Dois Meses Depois
É incrível como consigo chamar atenção das pessoas. Elas me amam e me idolatram... Amo isso!
Elas reconhecem o quanto sou talentoso e bonito. Todos aqui gostam de mim. Só não consigo agradar meu pai. O pastor.
Jéssica: Nando? Me ajuda?
Eu: Fala Jéssica. O que tá pegando?
Jéssica: Nando, eu machuquei.
Eu: Onde?
Jéssica: Aqui.
Pós um dos dedos na boca; na mesma hora a beijei e ela me empurrou.
Eu: Vai me ajudar a comprar algumas roupas?
Jéssica: Com certeza. Conheço uma loja aqui perto.
Eu: Beleza.
Depois de me ajudar a comprar algumas roupas, a levei em uma sorveteria.
Jéssica: Você é demais.
Eu: Eu sei.
Jéssica: Nando, você quer ser pastor?
Eu: Fala sério Jéssica, não. Claro que não. Isso não é pra mim.
(1 minuto de silêncio)
Jéssica: Fica comigo?
Eu: Já estou com você.
Jéssica: Não... Namora comigo? Não quero só ficar, eu quero namorar. Quero ser a namorada do filho do pastor.
Eu: Você só quer é ser conhecida como a namorada do filho do pastor. Só isso que você quer né? Quer que as garotas fiquem com inveja de você...
Jéssica: Não é verdade. Eu também gosto de você.
Eu: Pra mim está ótimo assim. É pegar e não se apegar. Entendeu?
Jéssica: Quero algo sério.
Eu: Sério? Eu sou o tipo de cara que quer algo sério? Não. Não sou. (pausa) Jéssica preciso ganhar uma grana, sabe? Não posso depender do meu pai. Pastor trabalha para salvar almas, e o que temos é só para comprar o necessário... Quero poder comprar as minhas coisas, já que eles não podem me dar muito. Entende?
Jéssica: O que você vai fazer?
Eu: Não sei, preciso de ajuda.
Jéssica: Pra você é impossível encontrar um emprego. Só se você for vender drogas. (riu)
Eu: Não, isso não.
Jéssica: Estou brincando. Isso é sério demais. Por que não vende algo na rua?
Eu: Também não. Vou dar meu jeito.
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