Stupid Wife (REMAKE)

By Horsinha

1.5M 101K 156K

O LIVRO DESSA FANFIC JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA VENDA NO SITE DA: editoraeuphoria.com.br Corra para garantir nos... More

Prólogo.
Capítulo 2 - Encarando a realidade.
Capítulo 3 - Egoísmo
Capítulo 4 - Carinha.
Capítulo 5 - Diários
Capítulo 6 - Família.
Capítulo 7 - O Maldito Verão.
Capítulo 8 - Desejos.
Capítulo 9 - Dor Compartilhada.
Capítulo 10 - Aniversário.
Capítulo 11 - Recomeço.
Capítulo 12 - Reconhecer.
Capítulo 13 - Conexão.
Capítulo 14 - Primeiro beijo.
Capítulo 15 - Esperanças.
Capítulo 16 - Lugar Certo.
Capítulo 17 - Familiar.
Capítulo 18 - Um pedaço do seu coração.
Capítulo 19 - Resposta óbvia.
Capítulo 20 - Até quando resistir?
Capítulo 21 - Minha pessoa.
Capítulo 22 - Dias melhores.
Capítulo 23 - Tudo acontece por um motivo.
Capítulo 24 - Cuidar dela.
Capítulo 25 - Na alegria e na tristeza
Capítulo 26 - Feliz natal
Capítulo 27 - O primeiro passo.
Capítulo 28 - Ponto de paz.
Capítulo 29 - O pedido dela.
Capítulo 30 - Tudo.
Capítulo 31 - Momentos.
Capítulo 32 - Diversas sensações.
Capítulo 33 - Uma lembrança.
Capítulo 34 - Pronta.
Capítulo 35 - Eu sou seu presente.
Capítulo 36 - A escolha perfeita.
Capítulo 37 - Gravidez dupla?
Capítulo 38 - FINALMENTE COMPLETAS.
Capítulo 39 - O GRANDE DIA.
Capítulo 40 - Esposa estúpida.
LIVRO!

Capítulo 1 - Sonho Louco

48.7K 3.8K 6.9K
By Horsinha


SURPRESA!!!!

Olá carinhas. Como vocês estão??????

Eu já disse que amo fazer surpresas, né? Eu realmente só vou postar essa fic ano que vem, mas isso não me impede de estar sendo boazinha e postar mais um. Porque vocês são meus amores e me fizeram muito feliz com a boa recepção.

Gente, por favor, superem os personagens da primeira versão. Eu segui em frente e dei uma renovada geral, não fiquem tão surpresos assim com a mudanças. Elas são necessárias quase sempre. Sabem como é, né?

Espero que gostem desse também, e conheçam o hunter.... (:

**************************************

Minha cabeça estava latejando outra vez, parecia que mais uma vez meu corpo tinha sido atingido por um caminhão ou eu estava com uma ressaca daquelas. Eu sentia meu corpo pesado. Completamente dolorida e indisposta. Poderia facilmente dizer que uma dessas viroses havia me pegado, mas não faria sentido. Lembro-me que fui dormir bem.

Mas que porra de sonho foi àquele na noite passada?

Confesso que já tive diversos sonhos esquisitos, mas o de ontem superou até mesmo aquele onde eu era um panda com uma bunda gigantesca com chifre de unicórnio. 

Sim, eu já sonhei com isso.

Abri meus olhos e me arrependi, pois a luz forte do quarto incomodou meus olhos. Voltei a fechá-los de forma instantânea, rapidamente praguejando Karla mentalmente. Com certeza devia ter sido ela que veio até aqui e deixou a luz acesa. Quero saber quando ela irá parar com essa mania estúpida. Levantei da cama com os olhos meio fechados e entrei no banheiro, começando a arrancar todas as minhas roupas.

Que horas são agora?

Quando a água quente bateu contra meu corpo eu gemi de satisfação. Era tudo o que eu precisava. Um banho relaxante e bem longo. Abri meu olho esquerdo e procurei pelo sabonete. Desde quando essa droga é azul? Ontem era laranja. Maldita Karla! Tenho certeza que isso é culpa dela. Essa garota precisa parar de invadir o meu espaço. Foi por essas e outras razões que papai decidiu fazer um banheiro para cada uma, apenas para evitar conflitos. Ela deve respeitar meu espaço pessoal. Esfreguei o sabonete nas mãos formando uma espuma, voltei a colocar o sabonete na saboneteira e passei as mãos com espuma pelo corpo. 

Primeiro o quadril, barriga e subi para os... Espera aí!

Arregalei os olhos e olhei para baixo. Estava assustada.

― Meu Deus, eu tenho peitos grandes! Eu tenho peitos enormes. – Eu estava incrédula para ser bem sincera. Desde quando eu tenho peitos tão grandes e macios? ― Caralho! Que merda é essa? Será que eu ainda estou sonhando?

Eu estava assustada e hipnotizada ao mesmo tempo. Se isso é um sonho eu não quero acordar agora. É ótimo ter peitos tão gostosos de pegar assim. Fiquei os massageando com minhas mãos e suspirando. Céus, isso é gostoso. Apertei meus mamilos entre meus dedos polegares e os indicadores e os puxei. Que sensação deliciosa eu senti.

É tão bom.

Estava prestes a gemer quando ouvi a porta ser aberta. Eu arregalei os olhos e soltei meus peitos imaginários, nem tão imaginários agora. Me virei por reflexo em direção a porta, mas logo me arrependi e fiquei ainda mais incrédula. Não podia ser verdade.

― O que você está fazendo aqui? – Lauren abriu e fechou a boca algumas vezes, seu olhar não saía do meu corpo nu, na mesma hora eu me dei conta de que o ser mais asqueroso do mundo estava me vendo sem roupas. Minhas bochechas coraram e eu tentei me cobrir da melhor forma possível. ― Lauren! Sai daqui, estúpida!

Eu queria gritar com ela e xingá-la, mas estava envergonhada demais para fazê-lo. Será que ela me viu massageando os peitos? Oh meu Deus, eu nunca mais vou conseguir olhar na cara dela outra vez. Se bem que isso não é de todo ruim.

Eu não quero mesmo ter que olhar para ela.

― Eu-eu... Okay.

Derrotada e de ombros baixos ela virou-se e saiu do banheiro de cabeça baixa. Eu pensei que teria ao menos um pouco de privacidade, mas ela voltou. Irritei-me outra vez e estava prestes a mandá-la sair dali outra vez, mas vi que ela apenas tinha voltado para colocar uma muda de roupa em cima do cesto de roupas sujas. Bufei e neguei com a cabeça, essa garota está ficando louca. Eu quero saber quem foi o idiota que a deixou entrar na minha casa. Quero dizer, eu espero que essa seja a minha casa.

Voltei ao meu banho, mas dessa vez não quis tocar naqueles airbags. Eu faria isso quando tivesse privacidade o suficiente. Dessa vez tudo o que fiz foi tomar meu banho. Estava me sentindo mais relaxada. Quando saí do box e me aproximei do cesto de roupas sujas, receosa eu peguei a muda de roupas que a psicopata deixou aqui para mim. Que louca, nem minha mãe separa minhas roupas.

E eu sou ainda mais louca por não estar chamando meu pai para tirá-la daqui e chamar a polícia.

Coloquei as peças íntimas sem nem me importar se eram minhas, mas deviam ser porque estava no meu quarto. Será que ela mexeu minha gaveta de calcinhas? Não acredito! Eu vou matar essa garota. Vesti-me com a regata do Miami Heat e o short de algodão azul escuro; depois enrolei a toalha nos cabelos. Abri a porta do banheiro cheia de ódio, mas paralisei no lugar. Porra! Era aquele mesmo quarto, ontem não foi um sonho. 

Quer dizer, eu desmaiei? Lauren me sequestrou mesmo? Oh porra!

Eu preciso ir embora. Tenho que enfrentar a psicopata outra vez e exigir que ela me leve embora daqui. Minha mãe vai falar à beça no meu ouvido por ter perdido o teste de matemática. Tudo isso é culpa dessa Lauren.

Sai do quarto e a casa estava silenciosa. Muito silenciosa para dizer a verdade. Preciso confessar que isso me assustou. Quem será que mora aqui? Olhei pelas paredes e vi algumas fotos. Não reconheci ninguém. Quem são essas pessoas? Eles pareciam conhecidos por algum motivo, mesmo que aqueles rostos não parecessem familiares.

— Essa parece a Dinah, será que é Milika? Ou provavelmente é alguma das irmãs da Chee. Ela tem tantos irmãos que eu nem sei quantos são. Parei de contar depois do quinto.

Continuei olhando e reconheci o rosto de Hunter, ou seria algum sósia dele mais velho com barba? Ele é realmente parecido com o irmão mais velho de Lauren.

Que porra de lugar é esse?

Estava ocupada tentando pensar em alguma explicação, buscando na memória de quem pudesse ser aquela casa e porque tinha foto daquelas pessoas ali. Uma me chamou a atenção, era uma daquele mesmo menino que eu vi ontem, ou mais cedo, não sei. Ele está sentado no colo de uma mulher e... Espera! Sofia? Mas isso é impossível, Sofia só tem cinco anos.

Quem é essa cópia mais velha da minha irmã mais nova?

Estou realmente assustada agora. De repente uma alta campainha ressoou pela casa. Só podia ser Deus me dando a chance de fugir daquele lugar estranho e ficar longe da louca. Corri em direção à escada, desci os primeiros degraus com cautela.

E se for algum comparsa de Lauren?

— Você disse que iria comigo ver as coisas do Toni, Lauren. – Era uma voz grossa. — Você me deu a sua palavra e eu não quero ter que ir sozinho. Tem muita coisa.

Hunter! Só pode ser ele, eu poderia reconhecer essa voz em qualquer lugar do mundo. É agora, minha chance de fugir daqui.

Desci o resto dos degraus correndo, só ele poderia me ajudar. Ouvi a voz de Lauren e a segui, logo cheguei a uma – enorme e espaçosa sala de estar. Minha sequestradora falava sem parar e gesticulava para... Hunter? Mas ele não era tão alto assim ontem na escola. Nem estava com os cabelos curtos... Mas ele pode ter cortado, né Camila? Duuuh.

— Hunter?

O chamei curiosa e ao ouvir minha voz, os dois se calaram. Hunter virou-se para mim e sorriu. Tenho certeza que meus olhos quase saltaram para fora.

Puta. Merda. Mas o quê...? Desde quando ele tem barba? E desde quando ele parece tão homem assim?!

― Camilita, boa tarde. – Veio em minha direção e me puxou para um abraço apertado com aqueles braços musculosos. Não retribui o abraço, estava assustada demais para ter alguma reação. Ele não pareceu se importar, estava sorrindo quando voltou a se afastar de mim. ― Será que você pode convencer a sua esposinha querida a me ajudar nas compras dos móveis para o quarto novo do Toni? O afilhado de vocês e minha mulher irão agradecer se formos logo. Principalmente minha esposa, queremos nossa privacidade de volta.

Mas de que porra ele está falando? Esposa? Minha esposa? Esposa dele? Quando ele se casou? Quando que...

— Que porra de brincadeira estúpida é essa?

Esbravejei fazendo-o saltar e me olhar sem entender. Ouvi Lauren suspirar pesado, mas estava ocupada demais tentando entender que porra de universo paralelo era aquele. Esse é o sonho mais bizarro que já tive.

Será que eu vou conseguir acordar logo?

― Era isso que eu estava tentando te contar, irmão. − Lauren se pronunciou e eu a olhei. Ela parecia perdida, me encarando de forma desanimada e confusa. ― Camila não está se sentindo bem hoje. Ela acordou estranha e eu não sei o que houve.

― O que houve?! Sua estúpida, você me sequestrou e me drogou! Foi isso que houve! Eu vou te matar!

Tentei avançar para cima dela, que se encolheu surpresa com minha agressividade, mas senti braços firmes em minha cintura. Hunter estava me impedindo de matar a irmã dele, ela tinha sorte dele estar aqui. Seus olhos verdes demonstravam terror, e era bom mesmo que ela estivesse com medo. Porque eu vou matá-la.

― O que aconteceu? Como assim a Lauren te drogou e te sequestrou? – Hunter parecia tão confuso quanto a Lauren. Eu só queria entender qual era o problema deles dois. — Camila, por que ela faria isso com a própria esposa? Isso é algum tipo de fetiche sexual?

Hunter soou brincalhão, divertindo-se com toda aquela situação. Eu queria poder estar da mesma forma, mas tudo aquilo estava me assustando. Lauren negou com a cabeça, encolhendo seus ombros.

― Você também está brincando comigo? Desde quando eu sou casada com aquela estúpida ali? Eu a odeio!

Soltei-me dele completamente revoltada, nem me importando com a expressão aparentemente magoada de Lauren. Por que eles estão fazendo essa babaquice comigo?

Hunter tinha seu cenho franzido, parecia confuso. Olhou para Lauren e depois para mim, segurou minha mão esquerda e a levantou, deixando bem visível a gritante aliança de ouro em meu anelar esquerdo.

Mas. Como. É. Que...?

― Desde onze anos atrás quando você disse sim?

Falou como se fosse óbvio e meu estômago embrulhou na hora, outra vez. Senti que iria pôr tudo para fora e me afastei dele, mas ao invés de vomitar, eu apenas apaguei outra vez. Foi como cair no sono repentinamente, eu só esperava acordar na minha casa.

Lá vamos nós de novo.

(  .  )(  .  )

xx

Eu ouvia um monte de vozes, e não conseguia identificar nenhuma.

Por que meu corpo parece pesar uma tonelada? Onde estou?

— Camila? Você pode me ouvir?

Abri meus olhos e pisquei algumas vezes até me acostumar com a claridade. Minha visão demorou um pouco a focalizar, mas logo pude enxergar um cara loiro, vestido com um jaleco branco. Me trouxeram para um hospital? Bom, pelo menos estou a salvo.

— Onde eu... – senti minha garganta doer, pigarreei e me ajeitei melhor na cama. — Onde eu estou?

— Você está no Hospital. – O cara loiro confirmou, abrindo um enorme sorriso. Ele é bonito, pude confirmar isso ao reparar melhor em seu rosto. — Eu sou o Dr. Charlie, ainda bem que você acordou. Sua esposa não para de perguntar por você.

Ele me informou e eu travei meus dentes, soltando uma lufada de ar por minhas narinas. Será que até ele ficaria com essa ideia de esposa? Mas que inferno.

— Eu não tenho esposa nenhuma. Não tenho nem idade para casar. Eu nem cursei minha faculdade ainda, pretendo me casar apenas depois de me formar e ter uma boa carreira.

O Dr. Charlie me olhou confuso, leu algo na prancheta em suas mãos e depois veio para perto de mim. Ele começou a medir minha temperatura com uma mão, eu estava tentando entender tudo aquilo.

Qual o problema das pessoas com a minha temperatura?

— Você está sentindo alguma coisa? – neguei com a cabeça, eu só queria ir embora logo. — Camila, me diz uma coisa... – O Dr. sentou na cadeira ao meu lado e eu olhei curiosa para ele. — Qual é a última coisa que você se lembra?

Franzi o cenho, que diabo de pergunta era aquela?

― Eu me lembro de ter acordado essa manhã numa casa desconhecida com uma psicopata e todos ao meu redor insistem em dizer que é minha esposa.

Falei tudo num fôlego só, resumindo um pouco do dia mais louco da minha vida. Eu só quero ir para casa, quero meus pais, minhas irmãs chatas. Eu nunca mais vou reclamar da minha vida, eu só quero tudo de volta no mesmo lugar.

― E antes? Do que você lembrava quando acordou?

Estou confusa... Mas isso deve fazer parte de algum diagnóstico ou exame...

Como eu vou saber?

― Eu me lembro de ter deitado na minha cama com muita raiva daquela psicopata que você diz ser minha esposa... E ai, eu acordei naquela casa desconhecida essa manhã e está tudo estranho, as pessoas que eu conhecia parecem mais velhas e... O que está acontecendo?

Confesso que estou desesperada, não faço ideia do que está acontecendo e isso me perturba. Por que tudo parece tão estranho? Por que as coisas não parecem em seus devidos lugares? Por que eles insistem em me tratar como se eu fosse outra pessoa?

― Okay... – Dr. Charlie anotou algo em sua prancheta e depois se levantou. ― Eu vou chamar sua esposa e seus pais, acho que precisamos ter uma conversa.

Ela não é minha esposa! Mas espera... Meus pais? Ótimo! Vou poder voltar para casa e denunciar Lauren por sequestro.

Estava ansiosa, agora eu até sorria. Dr. Charlie abriu a porta e chamou pelos meus pais e pela psicopata. Primeiro quem entrou foi Lauren, ela sorriu sem jeito e eu fechei minha cara. Depois foi a vez da minha... Mãe? Por que a senhora parece tão velha?

― Mãe?!

Quase gritei. Minha mãe, apesar de que não fazia ideia de quem era aquela pessoa, abriu um enorme sorriso e caminhou rapidamente até mim. Ela me abraçou com força e eu olhei por cima do ombro. Meu pai está grisalho desde quando?!

― Mi hija, que bom te ver acordada. Você nos deu um baita susto sabia? Quando Lauren me ligou eu achei que tinha acontecido o pior. Ela parecia realmente desesperada.

Minha mãe segurava meu rosto em suas mãos, seus olhos brilhavam por trás dos óculos de grau. Ela parece feliz em me ver, isso é bom. Meu coração finalmente parece estar um pouco em paz.

― Não nos assuste assim, Kaki.

Papai veio até mim e bagunçou meus cabelos. Eu ainda estava tentando assimilar que meus pais envelheceram pelo menos uns dez anos em uma noite só. Como?!

― Senhor e Senhora Cabello, nós precisamos conversar sobre o caso de Camila. – Dr. Charlie disse e meus pais assentiram, logo dando as mãos e olhando para mim. Sorri mesmo confusa, era bom ter a presença deles ali apesar de tudo. ― Você também, Sra. Cabello-Jauregui.

Chamou por Lauren.

Cabello-Jauregui? Mas o que porra ele tem na cabeça?

― Cabello-Jauregui? Como é que é?!

Explodi, estava cansada dessa merda toda. Se até meus pais estão participando disso, deve ser um big reality show. Porque até envelhecer eles, envelheceram. Mamãe e Papai olharam confusos para mim, Lauren estava mais chateada do que confusa.

― É sobre isso que eu quero conversar.

― Camila, por que está falando assim com sua esposa?

Minha mãe repreendeu-me com o olhar. Mas como ela pode dizer isso? Por quê?

― Sra. Cabello, sua filha está sofrendo de um caso de perda de memória a longo prazo.

Cruzei meus braços ouvindo toda aquela baboseira, queria ver até onde eles levariam essa merda toda. Olhei para os lados em busca de alguma câmera, mas não encontrei nada.

Onde elas estão?

― ... E tudo que ela lembra é de ainda estar no colegial. Foi o que ela me disse.

― Eu estou no colegial!

Exclamei impaciente, Dr. Charlie apontou com a cabeça para mim e meus pais olharam para mim, Lauren também, mas ela não conta. Os rostos deles três tinham a mesma expressão: medo e surpresa.

― Camila em que anos nós estamos?

― Em 2000.

Respondi como se fosse óbvio e revirei os olhos. Que saco. Lauren abaixou a cabeça e mamãe levou as mãos até a boca. Que porra é essa?

― Camila – Dr. Charlie veio para perto de mim e sacou um aparelho celular de dentro do bolso. Quando lançaram telefones tão finos assim? Aquilo era um celular? ― Por favor, leia em voz alta em que data nós estamos.

Meus olhos faltaram saltar das órbitas.

― Cinco de novembro de dois mil e dezesseis?! O que?

Gritei exasperada, amedrontada. Diversas sensações tomavam conta de mim, eu apenas queria que tudo voltasse para o lugar. Afinal, que tipo de brincadeira era aquela?

O que era aquilo? Que porra é essa? De onde saiu esses celulares finos, por que mudaram as datas do calendário?

― Nós estamos em dois mil e dezesseis, filha.

Papai disse quase sem voz, mamãe já estava chorando agarrada ao pescoço dele e Lauren... Eu podia ver seus ombros balançando conforme ela soluçava.

Que cena toda é essa? Eles deveriam ser atores.

― Você está querendo me dizer que eu dormi durante dezesseis anos? – minha voz era sarcasmo puro. ― Ou melhor, eu me teletransportei para o futuro? Oh meu Deus, chamem a imprensa. Eles precisam saber disso.

Fingi afobação, eu queria que aquela palhaçada toda acabasse logo, só queria ir para casa, aturar a cobrança dos meus pais, minhas irmãs chatas e os professores chatos da escola. E claro, odiar Lauren Jauregui, porque sempre foi meu melhor passatempo.

― Não, Camila. Você não se telestransportou no tempo, isso nem é possível ainda.

Dr. Charlie esclareceu. Rolei os olhos e bufei, minha cara deveria ser puro tédio.

― Então o que aconteceu com os dezesseis anos que se passaram sem eu ver?

O Dr. respirou fundo e olhou para os meus pais e Lauren antes de voltar a olhar para mim e responder completamente sério, tão sério que chegou a me fazer arrepiar.

― Eles sumiram da sua memória, você simplesmente não se lembra de nada do que aconteceu nos últimos dezesseis anos.

Definitivamente esse é sonho mais louco de todos.

********************

Como estamos???

Ah! Eu preciso dizer, eu amo essa nostalgia. É simplesmente incrível poder reviver isso junto com vocês. 

Espero que tenham gostado, vejo vocês agora somente no ano que vem. <3

Continue Reading

You'll Also Like

1.1M 53.4K 73
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
1.2M 123K 60
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
158K 1.1K 30
Oiiee amores, uma fic pra vcs!! Irá conter: - masturbação - sexo - traição Se não gosta de nenhum dos assuntos a cima, já sabe não leia.
111K 6.7K 34
1 TEMPORADA CONCLUÍDA 2 TEMPORADA EM ANDAMENTO S/n se vê a pior amiga do mundo quando descobre que o cara com quem ela ficou em uma boate é o pai d...