OLÁ CARINHAS!
Estão vendo essa capa do capitulo? É ele, sim o NOSSO carinha. Deem um olá para o nosso pequeno e amado Louis Cabello Jauregui.
Meu Deus, quanto tempo??? Eu nunca pensei que estaria aqui para repostar essa fanfic. Então primeiro deixem-me explicar sobre essa "remasterização". Ela está muito mudada e logo nesse prólogo vocês irão perceber as mudanças. Não vou falar nada porque quero ver a surpresa de vocês quando lerem. Essa é a versão original porque quando eu criei essa fanfic foi de uma forma, mas fui mudando conforme escrevia por causa de vocês.
Deixa eu dar um recado, não, a primeira versão NÃO será excluída de nenhuma plataforma. Eu bem que gostaria, mas vocês me matariam. Então fiquem tranquilos porque se não gostarem dessa ainda vai existir a outra. hauhsuahsuah'
Dessa vez eu vou colocar coisas novas, e também melhorar bastante a escrita dessa fanfic. Eu espero que para quem for me acompanhar possa gostar dessa versão 2.0 também.
Eu fiz uma enquete no twitter e perguntei se gostariam que eu postasse apenas o prólogo para que pudessem saber como vai ser as coisas aqui. Não adianta pedirem, implorarem e tudo mais, eu só vou postar essa fanfic quando ela estiver toda pronta. Ou seja, só no ano que vem. É isso mesmo, amados.
Mas chega de papo por enquanto... Eu tenho uma provinha para vocês....
Estou nervosa...
Vamos reviver Stupid Wife?
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05 de Junho de 2000 - Passado
Camila Cabello
Não existe alguém no mundo que eu odeie mais que Lauren Jauregui.
Você deve estar se perguntando o porquê, certo? Bom, eu explico. Eu simplesmente odeio tudo nela e sobre ela. Desde seu jeito arrogante de ser, o modo de andar como se fosse dona do mundo, o fato dela achar que as pessoas caem de amores aos seus pés, e muito mais. Porém, principalmente porque ela sempre encontra um jeito de atormentar a minha vida. Em qualquer lugar que eu vou, ela está lá. Ás vezes parece que ela me persegue e eu não ficaria surpresa se ela realmente o fizesse.
Ela não deve ter nada da vida para fazer além de ficar me perturbando. Isso deve diverti-la muito, pois, desde que essa estúpida entrou na minha vida, eu nunca mais tive sossego.
— Mila, pare de apertar o pobre taco. Ele não tem culpa de você estar estressada.
Ouço alguém dizer ao longe, meus olhos estão focados naquele ser humano asqueroso que parece bem humorada a alguns metros de distância de mim. Queria poder matá-la. É incrível como ela consegue trazer o meu pior a tona. Depois de poucos segundos desvio meu olhar daquela mesa, focando a atenção na pessoa ao meu lado. Karla, minha irmã gêmea está me encarando com uma expressão divertida em seu rosto. Quando seu olhar desce até minhas mãos eu acompanho com meus olhos e automaticamente uma careta surge em meu rosto.
Merda me sujei toda!
— Estragando comida outra vez, Chancho?
Minha melhor amiga, Dinah, questiona gargalhando a juntar-se na mesa comigo e Karla. Eu apenas reviro os olhos, ignorando-a, mas a careta em meu rosto aumenta quando sinto meus dedos colando. Excelente! Além de ficar sem meu lanche, estou com as mãos todas sujas. E tudo isso é culpa de quem? Da estúpida Lauren Jauregui.
— Jauregui trancou Camila na sala de teatro outra vez com as luzes apagadas.
Karla simplesmente não consegue controlar a maldita boca e fofoca a Dinah, que como esperado por mim, não demora muito para explodir em uma alta gargalhada. Minha irmã imbecil acompanhou minha melhor amiga idiota nas risadas.
Quem precisa de inimigos tendo essas duas em suas vidas?
— Quantas vezes ela fez isso durante essa semana mesmo? – eu apenas ouvia as duas zombando e rindo enquanto eu tentava tirar aquela nojeira das minhas mãos. — Acho que foram sete.
— Na verdade foram oito, contando com a de hoje.
Karla respondeu e isso fez com que as duas voltassem a gargalhar. Eu não estava a fim de me irritar ainda mais, tinha estourado toda a minha cota de estresse com a estúpida Jauregui. Hoje foi só mais um dos tantos dias onde ela infernizou a minha vida, não era fora do comum. Eu não podia agradecer mais por essa semana ser a última semana de aulas antes das férias de verão. Felizmente para mim, o assunto entre aquelas duas mudou totalmente o foco quando o time de basquete entrou no refeitório. Era automático; eles não podiam aparecer que tico e teco começavam a hiperventilar.
Desnecessário ficar ouvindo sobre músculos daqueles trogloditas, e um ranking de qual é o bumbum mais durinho. Eu não preciso disso.
— Ah... Olhem para ele. Hunter consegue ficar mais lindo a cada novo dia que passa.
E aí está ela pessoal: a tola apaixonada. Ela mesma; Dinah Jane. Sim, ela é completamente apaixonada por esse garoto desde... Não sei ao certo, a quinta série?
Hunter Jauregui, o garoto de ouro. Melhor cestinha do colégio e um aluno exemplar. Sim, ele é o irmão mais velho da estúpida Lauren Jauregui, e está prestes a ir para a faculdade depois que o verão acabar. Isso inclusive está matando minha melhor amiga. Ele é um cara legal, simpático, charmoso e sempre está ajudando os outros, por isso é tão popular. O completo oposto de sua irmã mais nova. Muitas garotas sofrem por ele, e Dinah é uma. Eu não consigo entender o porquê, pois eles se conhecem, mas nunca tiveram nada além de uma "amizade".
Dinah não consegue entender que os sorrisos dele para ela são apenas porque ele é muito simpático. Isso quase a mata do coração toda vez, e quando ele fala com ela... Consegue ser pior ainda. Realmente, eu não entendo. Ela fica sofrendo por ele pelos cantos fazem anos e não teve a capacidade de se declarar para ele.
Melhor arriscar do que ficar anos sofrendo por algo que você nem sabe se vai ser correspondido. Não dá para viver no "e se?".
Karla é diferente, apesar de ficar olhando os jogadores do time de basquete, seu foco é apenas em um: Rodrigo Lopes, seu namorado. Ele é estrangeiro, veio do Brasil para estudar aqui fazem 3 anos e está quase indo para a faculdade também no término do verão. Não levou nem 6 meses para que ele se tornasse meu cunhado e desde então Karla e Rodrigo estão juntos. Tenho que confessar; eles são o casal perfeito. Minha irmã se derrete de amores por ele, e felizmente o sentimento é mutuo. Mas eu sinto vontade de morrer quando eles estão namorando lá em casa, principalmente nos momentos em que os dois ficam se amassando no sofá.
É muito constrangedor.
— Porque vocês...
— Oh, meu Deus! Oh meu, Deus! – Dinah corta minha fala, completamente afobada. — Hunter está vindo para cá, ele está vindo mesmo.
Seu estava completamente vermelho e ela parecia prestes a entrar em colapso. Por que as pessoas agem de forma tão idiota quando estão apaixonadas?
— Dinah, respira. Pelo amor de Deus!
Peço agoniada em vê-la daquele jeito, e tudo somente porque o dito cujo está vindo em sua direção. Será que ela irá morrer caso ele sorria e a cumprimente como sempre?
— Ele é lindo demais, eu não consigo.
Já completamente sem paciência para aquela cena ridícula, eu apenas reviro os olhos e a ignoro. Karla é a única que tem paciência para lidar com essa Dinah surtando por causa de um garoto. Coloco meus cotovelos sobre a mesa e apoio meu queixo sobre minhas mãos, olhando na direção deles e rapidamente meu cérebro entra em pane ao ver não somente Hunter, mas o Rodrigo junto a ele. Excelente, vou ficar de vela e excluída nessa mesa.
Que delicia, eu adoro ser a pessoa que sobra mesmo.
Estou prestes a levantar e me poupar daquele momento esquisito e constrangedor, quando sou impedida por uma presença repentina ao meu lado e um braço extremamente pálido em minha cintura. Oh não...
— Oi, Camz... Eu vim te fazer companhia, você sabe... Para que você não fique sobrando. – ela diz e abre um enorme sorriso, apontando com a cabeça em direção aos pares a nossa frente. — Sinta-se privilegiada, muita gente gostaria de estar no seu lugar.
E como sempre, ela precisa mesmo abrir essa maldita boca e cuspir esse monte de lixo sonoro em cima dos outros. Lauren não se conforma em apenas ser desagradável, ela tem sempre que piorar tudo. Justamente por essas e outras eu não consigo suportá-la.
Ela precisa mesmo agir como se as pessoas fossem cair aos pés dela apenas por causa desse maldito sorriso e esses olhos verdes?
— Primeiro de tudo: tire suas mãos nojentas de mim. – ordeno, mas ela não obedece, sorrindo ainda mais ao negar com a cabeça. — Não estou brincando com você.
Fui mais firme dessa vez e ela finalmente solta minha cintura, fazendo sinal de rendição. Mas ela não se afasta e continua colada em mim. Insuportável.
— Camz você está muito estressada hoje... Podíamos dar uma volta, seria bom que eles tivessem privacidade.
— Eu não vou a lugar nenhum com você. Eu nem ao menos te chamei para vir até aqui, ninguém chamou. – cruzo os braços e a encaro com extremo deboche antes de completar: — E só para refrescar a sua memória: você não faz meu tipo.
Isso poderia abalar qualquer pessoa. Sim, qualquer pessoa, mas eu sabia que Lauren nem iria dar importância. Não era a primeira vez que eu lhe dava fora e ela parece gostar disso. Viro-me para frente e me surpreendo ao ver Dinah conversando com Hunter de forma amigável e tranquila. Pelo menos não está surtando. E Karla, bem... Nojento.
Ela está aos beijos com Rodrigo, nem ao menos se importando com a presença das outras pessoas. Eles geralmente não ligam mesmo e isso me deixa desconfortável.
— Camz, por favor. Eu faço o tipo de todo mundo. – Lauren diz com extrema arrogância, voltando a colocar seu braço nojento em mim, mas dessa vez sobre meus ombros. Será que os médicos deixaram essa garota cair de cabeça quando nasceu? É provável. — Principalmente de garotas assim como você, com toda essa...
Não completa, afastando-se de mim para me analisar de cima a baixo. Faço uma cara de desgosto, que se torna incredulidade quando sinto algo em minha bunda. Ela realmente acabou de me apalpar?
— Você está louca? Não toque esses dedos nojentos em mim, não te dei permissão!
Sei que devo estar fazendo uma cena daquelas, mas jamais deixaria alguém faltar o respeito comigo e ficaria calada. Não aceito esse tipo de coisa, principalmente vindo desse ser humano asqueroso.
— Opa, eu não fiz isso. Minha mão esbarrou em você apenas. Eu não tenho culpa se você tem uma bunda enorme e é quase impossível desviar dela.
Diz como quem não quer nada e meu rosto automaticamente fica vermelho de vergonha. Seu sorriso cafajeste e a forma sem vergonha a qual ela acaba de falar da minha bunda me deixam em um estado catatônico. Levanto-me em questão de segundos, tenho certeza que estou parecendo um touro bravo.
— EU ODEIO VOCÊ!
Grito antes de sair daquele refeitório, sem nem ao menos ligar para todos aqueles olhares em mim. Eu queria apenas sair dali o mais rápido possível e ficar longe de Lauren Jauregui, se possível até as férias de verão.
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Estou parada a mais ou menos 20 minutos em frente a escola, esperando Dinah, mas ela parece simplesmente ter sumido da face da terra. Karla foi para casa com Rodrigo, e eu trouxa disse que ficaria e esperaria, porque eu sou uma ótima melhor amiga e nunca a deixo sem companhia para ir embora. Mas a babaca simplesmente sumiu?
Onde ela se meteu?
― Veja só o que temos aqui... – Ah não... Isso é alguma brincadeira, vida? Porque não tem graça alguma. ― É perigoso ficar aqui sozinha em frente à escola uma hora dessas, Camz.
Mordi o lábio inferior com força, mas minha vontade era de virar e dar um soco bem no nariz daquela escrota pra ver se ela aprendia a ser gente. Somente a presença dela me faz ter pensamentos horríveis, de tanto ódio que sinto. Coloco um sorriso irônico em meus lábios e me viro para ela, que está gloriosamente sentada em sua moto me encarando.
Moto ridícula e barulhenta, igual à dona mesmo.
― Não é mais perigoso do que ficar perto de você por mais de três segundos.
― Boa. – ela riu, nem dando importância ao meu comentário. Não seja estúpida, rebata isso, anda! ― Vem comigo. Sobre aqui. – eu arregalo os olhos ao vê-la pegar o capacete extra, estendendo para mim. ― O que foi? Vou te levar em casa, não posso deixar uma dama sozinha na rua.
― Nem fodendo. Não subo nessa coisa com você nem que me paguem.
Bato o pé e cruzo os braços, decidida a não ir a lugar nenhuma com esse ser. Prefiro ir a pé mesmo. Lauren bufa e fecha os olhos por alguns segundos. Parecia estar buscando paciência, contando até 10 ou algo assim.
Não busque paciência, idiota. Discuta comigo!
― Não fala assim da Sky. – finge estar ofendida e acaricia o tanque da moto. Reviro os olhos. Quem dá nome para a moto? Só essa estúpida mesmo. ― Vamos, Camz. É só uma carona, prometo ir devagar. Você não pode ficar aí sozinha.
― Estou esperando a Dinah.
― Ela já foi embora.
Eu não posso acreditar que aquela maldita... Hm, espera aí...
― E por que eu acreditaria em você?
Lauren revira os olhos.
― Meu irmão a levou em casa. – deu de ombros como se não fosse grande. Meu queixo caiu, Dinah deve estar tendo uma sincope nesse momento. ― E então, vamos? Sua casa é muito longe para você ir andando sozinha essa hora.
Eu não queria ter que aceitar sua carona, mas sabia que se não aceitasse teria de ter coragem para ir andando para casa por que: Karla provavelmente está na casa do Rodrigo aproveitando os minutos que eles têm antes dos nossos pais mandarem-na para casa, e Dinah não virá me buscar nem se eu pagar. Os ônibus aqui demoram e eu não tenho como avisar meus pais.
Que ótimo, vida, muito obrigada!
― Fazer o quê? Não tenho opção mesmo. – o sorriso vitorioso de Lauren quase me fez desistir. Quase. ― Mas se você fizer qualquer gracinha, eu corto seus dedos fora, entendeu? Eu juro que faço.
Ela faz uma expressão de inocente e beija seus dedos cruzados como se estivesse jurando que se comportaria.
Eu só espero que se comporte mesmo!
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EU. NUNCA. MAIS. ANDAREI. NISSO. OUTRA. VEZ. NA. VIDA.
Eu estou tremendo desde que Lauren estacionou em frente à minha casa, meus braços ainda estão em volta de sua cintura enquanto eu ainda tento acreditar que estou viva. Essa filha da puta me enganou, no começo ela estava indo devagar e de repente a rua virou um borrão diante dos meus olhos e o barulho daquela moto era tudo o que eu ouvia além do som do vento.
― Ah, qual é, Camz? Um pouco de adrenalina faz bem.
Volto à realidade aos poucos, rapidamente soltando sua cintura e luto para que minhas pernas não me traiam na hora em que eu descer dessa moto. Uma gargalhada ressoa pela rua quase vazia e eu enfim noto que ela está rindo de mim.
Estúpida!
― Vai tomar no cu, idiota! – Esbravejei, mas isso nem a abalou, ela continuou rindo. Bufei sem paciência e me virei para sair dali. ― Tomara que você caia quando estiver voltando para casa.
― Sua mãe não te ensinou que não se deve desejar mal aos outros? – levantei uma mão e mostrei o dedo do meio para ela. Minha casa parece mais longe! ― Camila!
Ela ficou me gritando e não tive outra opção que não fosse olhar para que ela parasse de gritar. Isso poderia fazer um dos meus pais virem conferir, e eu não estou querendo ter que explicar toda essa situação para ninguém.
― O que é inferno?!
― Meu capacete, cara bonita. Eu preciso dele.
Apontou para minha cabeça e eu corei na hora, só então me dando conta que não tinha tirado o capacete dela. Será que eu posso cavar um buraco para me enfiar agora?
― Você quer? – Sorrio diabolicamente enquanto estendo o capacete. Lauren sorri e estica a mão, esperando que eu vá até ela para lhe entregar. ― Então toma.
Sem pensar duas vezes o jogo no gramado do meu quintal, e não posso evitar gargalhar da expressão incrédula de Lauren.
― Porra, Camila. Essa merda é cara, sabia? Se arranhar eu vou fazer você pagar.
Cruzei os braços negando com a cabeça enquanto observava ela descer da moto e ir até seu capacete caído no chão.
Toma essa, estúpida.
― Coitada de você.
Desdenho; totalmente despreocupada. Muitas pessoas costumam ter medo dela, mas eu felizmente não sou uma delas. Lauren pegou o capacete e começou a analisá-lo, procurando algum arranhão.
― Aqui! Você o arranhou, está satisfeita? – Assenti com a cabeça freneticamente e Lauren bufou. Eu adoro quando ela fica irritada. ― Vai ter que pagar.
― Me obrigue!
Atrevida eu? Sou mesmo. Os olhos de Lauren escureceram e eu até ficaria com medo daquela expressão dela, mas Lauren nunca me meteu medo. Ela é só uma idiota.
― Eu já sei como você vai me pagar. – ela declarou e começou a caminhar na minha direção, dei um passo para trás e olhei para ela sem entender. ― Eu aceito um beijo.
― Um beijo?
Perguntei apenas para confirmar se não estava ouvindo coisas. Lauren assentiu sorrindo daquele jeito safado dela de ser e eu semicerrei meus olhos. Era óbvio que eu não iria beijá-la nunca, mas nunca mesmo. Nem nessa vida e nem na próxima.
― Um beijo, de língua. Nada de beijos cinematográficos, eu quero um de verdade.
Ela parou na minha frente e eu mantive minha expressão de nada enquanto ela sorria com expectativa.
Tudo bem, Jauregui. Duas podem jogar esse jogo.
― Você quer um beijo? – Lauren assentiu e apontou para sua boca, abri um enorme sorriso, falso. ― Então ok, feche os olhos.
Lauren pareceu surpresa ao ver que eu estava cedendo, mas logo fechou os olhos, não parecendo querer perder tempo. Tive que prender o riso para não gargalhar. Idiota, ela realmente acha que vou beijá-la.
Lentamente eu comecei a dar passos para trás e esperei ficar longe o suficiente dela para começar a gargalhar. Lauren abriu os olhos, mas era tarde, eu já estava na porta da minha casa bem distante dela.
― Você trapaceou!
Ela exclamou indignada, cruzando os braços abaixo dos seios e eu ri com desdém dando de ombros.
― O mundo é dos espertos, tapada. Achou mesmo que eu queria te beijar? Poupe-me.
Gritei de volta para ela ouvir, Lauren negou com a cabeça algumas vezes e então sorriu. É isso mesmo, ela sorriu. Será que nada abala essa idiota?
― Você ainda vai implorar pelos meus beijos, Camila.
― Nunca!
― Nunca diga nunca, Camz. – ela mandou um beijo no ar para mim e virou-se com aquele ar de "sou foda", mas tornou a me olhar e completou: ― Nós ainda iremos nos casar, Camila. Espero que guarde isso bem na sua memória.
Ela nem me deu chance para rebater, colocou o outro capacete no compartimento de trás da moto e subiu na mesma. Tudo que se pôde ouvir foi o barulho ensurdecedor daquela moto. Entrei em casa cuspindo fogo, odeio perder para ela. Quem dá a última palavra sou eu!
Subi para tomar um banho e depois vesti uma roupa qualquer, iria tirar um cochilo e ligaria para Dinah. Apesar de tudo eu queria saber se Hunter ela tinha chegado a algum lugar. Ela não seria idiota de perder essa chance.
"Nós ainda iremos nos casar, Camila..." a voz de Lauren ressoou em minha mente e eu soltei uma risada nasal. Joguei-me em minha cama e agarrei Tom, meu ursão de pelúcia.
― Eu nunca vou nem te beijar, Jauregui. Quem dirá casar.
Falei comigo mesma antes de fechar os olhos e esperar o sono vir.
Prefiro morrer solteira a me casar com Lauren Jauregui.
― Está se dando bem com a Lauren?
Karla surge de repente invadindo meu quarto e nem me dando tempo de ter alguma outra reação além de susto. Ela está vestida com a mesma roupa a qual estava usando na escola, mas nos pés tem um par de chinelos.
― Você estava em casa ou chegou agora?
― Estava em casa. – dá de ombros, vindo até minha cama. ― E então... Estão se dando bem?
― Você ainda pergunta? É óbvio que não, eu não a suporto.
― E por que a deixou trazê-la em casa?
Ergue uma sobrancelha, curiosa.
― Dinah é uma imbecil que saiu sem me avisar, e eu acabei tendo que aceitar a carona daquela estúpida. Longa história e eu estou cansada. Você pode me deixar sozinha?
― Claro! – concorda rapidamente e se levanta da cama, indo em direção à porta. ― Mas eu acho que você deveria tentar se der bem com a Lauren.
― Você está louca? Por que eu faria essa idiotice?
― Bem... Lembra que o papai queria alguém para cuidar do jardim durante o verão? Ela se ofereceu e ele aceitou.
― O que?!
Só podia ser brincadeira, eu não acredito. Pensei que ficaria longe de Lauren Jauregui durante o verão e descubro que na verdade irei continuar a vê-la durante o verão.
Vida, você me odeia?
― É isso mesmo, irmãzinha. Parece que o destino adora te juntar com ela.
― Saía do meu quarto antes que eu mate você.
Karla não responde mais nada e saí de meu quarto gargalhando. Estou chocada para dizer a verdade. E muito, muito brava. Só pode ser algum tipo de teste do universo comigo.
Qual foi o pecado que eu cometi para ter Lauren Jauregui em minha vida?
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05 de Novembro de 2016 – Dias Atuais!
Grunhi antes de abrir os olhos, sentia como se um caminhão tivesse me atropelado e deixado meus ossos em pequenos pedaços. Logo notei que minhas costas ardiam e minha cabeça parecia pesar uma tonelada. Céus! Que sono foi esse? Parecia que eu havia bebido todas na noite passada e hoje estava com uma ressaca fodida, mas eu nunca tive esse costume. Mas eu consigo entender, minha noite tinha sido péssima após receber a maldita notícia de que eu iria ter que aturar Lauren Jauregui durante todo o verão. Eu tentei de todas as formas fazer com que papai arranjasse outra pessoa, mas ele foi impossível, dizendo que Lauren precisaria daquele emprego de verão. Resultado: fui dormir muito irritada e agora estou destruída.
Será um dos piores verões da minha vida, certeza.
Tento me esticar, mas paraliso ao sentir um braço segurando com firmeza minha cintura. Durante alguns segundos cogito a possibilidade de ser Karla, mas ela sempre me acorda quando vem ao meu quarto. Quando a realização caiu sobre mim, meu coração disparou e eu arregalei os olhos, olhando para baixo rapidamente e levando um susto ao me deparar com um braço branco como leite. Definitivamente não é Karla.
Oh meu Deus! Alguém invadiu minha casa e abusou de mim durante a noite.
Pensei apavorada e saltei da cama, andando para trás sem tirar meus olhos daquela pessoa desconhecida. Quase caí ao tropeçar em um chinelo que estava no chão, me distrai, mas logo voltei a olhar para tentar descobrir quem era o intruso. Só então pude ver quem era o ladrão pedófilo, mas na verdade era mulher.
Uma mulher!
― Mãe! Pai! AHHHHHHH SOCORRO!
Comecei a gritar e correr pelo quarto, eu não conseguia encontrar a porta.
Cadê a porra da porta do meu quarto?!
Estava olhando tudo em volta e paralisei. Eu não reconhecia porra nenhuma ali, não fazia ideia de onde eu estava. Meu Deus! Ela me sequestrou; ela vai me fazer de escrava sexual! Eu preciso ligar para a polícia. Porra, porra, porra!
― Hmmmpf, amor? – Meu coração batia descompassado. Merda ela acordou. ― Por que você está gritando como uma louca? Eu estou morrendo de dor de cabeça, e minhas costas doem. – Eu me recusava a olhar para trás, mas sabia que a mulher me observava. Um vento frio bateu em meu corpo e só então me dei conta que... Puta. Que. Pariu. ― Bebê, volta aqui pra cama vem. Você acabou comigo noite passada, mas eu quero mais.
Soltou uma risadinha meio sonolenta e ao mesmo tempo safada. Meu estômago embrulhou na hora, senti náuseas. Bebê? Acabei com ela noite passada? Essa desgraçada me dopou e se aproveitou de mim. Eu não posso acreditar que minha primeira vez foi dessa forma.
Virei-me com os olhos fervendo em fúria. Estava prestes a gritar com aquela louca e exigir que ela me levasse de volta para casa, que me devolvesse para a minha família – afinal, eu era muito jovem e tinha muita coisa para fazer – mas toda minha pose caiu ao me deparar com ninguém menos que...
― LAUREN?!
Não acredito! Essa estúpida além de tudo é uma psicopata que sequestra garotas inocentes e indefesas. Eu sabia que não deveria ter aceitado aquela carona.
Tudo isso só poderia ser algum tipo de brincadeira, ou talvez eu esteja apenas tendo um maldito pesadelo. O que essa imbecil acha que está fazendo, afinal?Ela pensa que pode agir dessa forma sem sofrer consequências? Meus pais irão mandá-la para a cadeia. Eu vou acabar com a vida dela.
― Camila! Por que você está gritando como uma louca? E para de ficar rodando igual um pião. Já estou ficando tonta.
Parei no lugar, minhas mãos em punho. Queria socá-la com toda a força que existe em meu corpo, quebrar todos os seus dentes para que ela aprenda.
Eu aqui buscando uma explicação para essa estúpida ter feito o que fez e eu sou a louca por estar gritando? ELA ME SEQUESTROU!!!
Virei-me para ela completamente revoltada, era capaz de estar saindo fumaça da minha cabeça. Lauren me olhava fixamente, seus longos cabelos castanhos estavam um pouco bagunçados caindo como cascatas em seus ombros tapando seus seios nus. Fiz careta, eu não acredito que minha primeira vez foi com essa asquerosa. Respirei fundo, com 16 anos eu já posso ser presa nesse país. Vou deixar para pensar nisso quando estiver livre dela e segura.
― Isso é algum tipo de piadinha imbecil? Está achando legal me drogar, abusar de mim e me trazer para essa casa que eu não faço ideia de onde é. – a cada palavra dita, ou melhor, cuspida, a confusão no rosto de Lauren aumentava. ― Qual a porra do seu problema, garota?!
Lauren arregalou os olhos após meu grito, ela parecia surpresa com minha explosão. Eu estou a ponto de arrancar meus cabelos e os dela também. Penso em diversas maneiras de matá-la sem surtar tanto com o que tudo isso daria, as consequências serão pesadas.
Meu Deus! Meus pais devem estar loucos atrás de mim. Por que essa garota tinha que fazer essa estupidez justamente comigo? Eu sempre soube que ela é meio retardada, mas não a esse ponto.
Estava tão concentrada em surtar e traçar planos de assassinato, que só voltei à realidade quando Lauren parou em minha frente e segurou em meus ombros. Olhei para seu rosto e a primeira coisa que me chamou a atenção foi o tamanho de seus cabelos, estavam enormes, diferente de ontem. Como eles cresceram tanto em uma noite?
― Eu acho que você bebeu demais noite passada. Eu avisei que não era para ter bebido tanto, pois sabia que poderia causar uma amnésia alcoólica. – soltou uma risadinha, parecia estar se divertindo com toda essa situação. Qual a graça, imbecil?! Tem ninguém rindo aqui. ― Você teve algum sonho noite passada? Por que eu te drogaria?
Acariciou meu rosto com seus polegares e me olhou questionadora. Ela parecia calma demais para alguém que deve estar sendo caçada pela polícia.
― Tire suas mãos imundas de mim, agora! – sibilei entre os dentes e Lauren soltou-me, me olhando com algo que parecia mágoa. ― Eu quero ir embora, meus pais devem estar atrás de mim.
Eu estava quase entrando em colapso de novo, aquela idiota continuava me olhando com aqueles olhos verdes sinistros e parecia confusa.
E se ela me matar?
― Você ligou para os seus pais? Eu não acredito Camila. Você vai para onde? Essa é a sua casa, nós conversamos ontem sobre isso.
Ela está louca, eu preciso sair daqui antes que vire sua prisioneira!
― NÃO! AQUI NÃO É A PORRA DA MINHA CASA E VOCÊ SABE DISSO!
― Por que você está gritando e dizendo essas coisas? Eu achei que estivesse tudo bem entre nós duas. Foi só uma briga idiota, amor. Você me disse que estava tudo bem ontem à noite, nós ficamos fazendo amor por horas e hoje você acorda querendo ir embora? Depois de tanto ter insistido que eu ficasse? – ela falava sem parar gesticulando freneticamente. Ela está alucinando, será que está drogada? ― Amor, você não pode falar essas coisas pra mim. Sabe que eu não saberia ficar sem você, Camz. Ontem você me disse que iria mudar. O que mudou? Você desistiu de nós? Não quer mais tentar?
― Você é retardada, garota? Eu nem te vi ontem depois daquela carona. – ela voltou a ficar confusa. Drogas causam retardo nas pessoas. ― Eu sabia que não devia ter aceitado aquela carona maldita. Olhe só onde eu me meti agora, e tudo isso por sua causa!
Eu preciso sair daqui, agora!
― Amor? Tem certeza que você está bem?
Amor?
Essa garota é doente mesmo. Por que diabos essa criatura insiste em ficar me chamando de amor? Louca! Completamente louca!
― Amor? Está ficando doida, Lauren? A gente nem se suporta. Leve-me embora daqui agora. Eu quero minha casa, eu quero meus pais. E eu quero... – bati a mão na testa. Que horas são? Meu teste de matemática, puta que pariu! ― Imbecil! Estúpida! Eu perdi meu teste de matemática por sua causa!
Lauren juntou as sobrancelhas e veio andando em minha direção. Por que a pele dela parece menos jovem? Será que aquela perfeição toda era só maquiagem? Sempre soube. Senti minhas costas colidirem com a parede e engoli seco, estava presa. Lauren encostou as costas da mão em minha testa e depois colocou no pescoço, como se estivesse medindo minha temperatura. Qual o seu problema, criatura?
― Você está se sentindo bem? Que teste de matemática é esse? Está falando até como se ainda estivesse no colegial.
Começou a gargalhar daquela mesma forma debochada de sempre que eu tanto odiei. Eu queria esganá-la e acabar com todo aquele deboche.
Desgraçada! Agora está tentando me fazer parecer louca?
Quem ela pensa que é?
― Mas eu ainda estou no colegial, sua psicopata!
Lauren parou de rir na hora em que eu gritei. Ela me olhou como se eu tivesse no mínimo umas quatro cabeças. Ela provavelmente ganharia um Oscar se decidisse seguir a carreira de atuação, pois está mesmo conseguindo atuar bem.
― Ainda está no colegial? Camila, você terminou o colegial faz anos.
Arregalei meus olhos.
Meu Deus, ela é mais louca do que eu pensei. Agora além de ter me sequestrado, abusado de mim e me drogado, ela também age e fala como se tivéssemos viajado no tempo.
Eu preciso sair daqui urgentemente!
― Você é completamente louca!
Esbravejei e empurrei-a para trás. Tenho que sair desse lugar. Nem me importei com minha nudez, apenas queria sair dali o mais rápido possível. Finalmente encontrei a maldita porta e corri até ela. Quando girei a maçaneta agradeci mentalmente porque não estava trancada. Meu coração saltava no peito, a adrenalina estava presente em tudo. Ouvi Lauren me chamando, mas apenas ignorei. Dei de cara com um corredor e corri para um lado, não achei nada que não fossem portas e janelas. Corri para o outro lado e vi uma escada, estava quase ganhando o primeiro degrau quando uma vozinha me chamou a atenção. Paralisei.
― Mommy?
Olhei para o meu lado esquerdo e me deparei com um garotinho. Ele coçava um olho com sua pequena mãozinha. Os cabelos negros estavam um pouco bagunçados e na outra mão ele tinha um coelho de pelúcia que estava arrastando no chão. Usava uma chupeta azul com o brasão da américa que estava quase caindo de sua boca. Quem é essa coisa fofa? Ele parou de coçar o olho e me olhou, bocejando um pouco.
Meu Deus! Que casa é essa? Será que Lauren me trouxe para algum lugar que ela invadiu? Porque pelo que eu me lembre de ela não tem nenhum irmão além do Hunter.
― Camila? Camila?! – Ah não! Em segundos uma Lauren afobada surgiu atrás do garotinho. Em suas mãos tinha um roupão branco igual ao que ela estava usando. Ela ia falar alguma coisa, mas ao ver o pequeno ali em pé se calou. ― Oi, meu pequeno. Já está acordado? Que milagre.
Pegou o garoto no colo com certo esforço, ele não era bem uma criança pequena e parecia pesado apesar do corpo magro. Ele gargalhou, parecendo adorar aquilo. O som lembrava a gargalhada da Lauren, mas não a gargalhada debochada. Deve ser parente dela. Confesso que a cena dele agarrado ao pescoço dela e rindo enquanto ela o enchia de beijos foi extremamente fofa. Olhando de longe eles pareciam mãe e filho.
Por Deus! Onde eu estou?!
― Por que a mommy está sem roupa?
Sua pergunta me fez lembrar que eu ainda estava nua. Como reflexo tentei cobrir ao máximo minha nudez. Que péssimo exemplo estávamos dando a essa criança?
― Ela saiu do quarto com pressa.
Lauren respondeu parecendo tão sem graça quanto eu. Olhou em minha direção e me jogou o roupão. Vesti rapidamente, sentindo-me mais tranquila dessa forma.
― Seu sobrinho?
Perguntei curiosa. Tudo bem, eu queria fugir dali, mas o que custa perguntar?
Eu sou curiosa demais, sempre lutei contra isso. É um maldito defeito.
― O que? Sobrinho? Camz, você não está bem mesmo.
― Mommy precisa de chocolate quente!
O pequeno exclamou e Lauren sorriu para ele. Os dois fizeram um toque com os dedos e depois voltaram a olhar para mim. Sentia-me completamente perdida.
Mommy? Quem é mommy?
― Quem é ele, Lauren? De quem é essa criança?
Perguntei nervosa. Era só o que me faltava que além de me sequestrar, ela também tivesse sequestrado a criança e agora estava fingindo ser uma família feliz comigo. Estou muito preocupada com sua saúde mental.
Ela é louca mesmo, eu não ficaria surpresa com mais nada.
― Como assim de quem ele é, Camila? É nosso filho, nasceu de você.
Ela falou como se fosse óbvio e seus olhos demonstravam preocupação, assim como os do pequeno. Depois de ouvir aquilo tudo começou a embaralhar na minha frente. Eu tive que me segurar no corrimão da escada para não cair. Perdi as forças. Eu tentava voltar à consciência, mas tudo estava escurecendo. Ouvia ao longe alguns gritos finos desesperados e os chamados de Lauren. Era uma mistura de "Amor? O que está acontecendo?" com "Mommy".
Minhas pernas fraquejaram e meus olhos reviraram. Tudo o que me lembro foi de sentir braços firmes me segurarem e então eu simplesmente... Apaguei!
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Uau! Hein? Gostaram das mudanças?
Sim, dessa vez a irmã da Camila na verdade nada mais é que Karla, sua irmã gêmea. Eu queria mesmo colocar isso na primeira vez, mas acabei não colocando. Vai dar trabalho mudar isso enquanto reescrevo a fic então espero mesmo que goste. Outra coisa que eu mudei também foi o irmão da Lauren porque não quero macho lixo em fanfic minha, então, Ian Somehalder vá para a puta que pariu.
Uh, e uma foto das gêmeas para que vocês possam saber quem é quem:
Lembrando que esse é um remake, vão ocorrer mudanças em cenas e acontecimentos. Principalmente nos acontecimentos. Então estejam cientes disso.
Nos vemos no ano que vem, amores. Eu quero primeiro a agradecer vocês por terem transformado essa fanfic no que ela é hoje. Tudo isso é por causa de vocês, pelo reconhecimento de vocês. Então eu dedico essa nova e a antiga a todos vocês. Obrigada por tudo de bom que me trouxeram.
Amo vocês. ♥