How to save a life ~ ABO ~ l.s

Galing kay lourrystt

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Amelia e Louis tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava... Higit pa

Meet Amelia
It feels like fate
Taking care of you
Home
The A Team
The Magic Song
Brotherhood
The death of the past and a new life
The Solution
Trip routine
Jealous
First touch, first kiss
Meet Baby Bear
Only Angel
Date night
Naked
For I can't help falling in love with you
Intensity
The One
Changing
Arlo
Meet Richard Alexander Payne
Soulbond
Falling apart
Protection
He's gone
Finding Louis
Pain
Strong
Family love
Epílogo: Meet Violet, Aaron and Morgan
Agradecimentos, notas e rasgação de seda

Heaven

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Galing kay lourrystt

N/A

Ai eu escrevi esse capítulo ouvindo Heaven do Bryan Adams, puta que pariu como eu sou velha, mas, puta que pariu que música linda, puta que pariu como combina com meus larry. BABY YOU'RE ALL THAT I WANT WHEN YOU'RE LYING HERE IN MY ARMS I'M FINDING IT HARD TO BELIEVE WE'RE IN HEAVEN AND LOVE IS ALL THAT I NEED AND I FOUND IT THERE IN YOUR HEART IT ISN'T TOO HARD TO SEE WE'RE IN HEAVEN... parei

Mas, tb tem o início de um plot twist q vai deixar todo mundo com o cu na mão. É isto. Vão ouvir esse hino romântico que combina demais com a primeira parte do capítulo e sobre a segunda parte, nas palavras de Queen Bey: I ain't sorry, no no, hell no.

Enjoy <3

***

- Lou, posso entrar? - Anne deu duas batidinhas na porta do quarto que estava encostada, fazendo com que o ômega, que estava distraído terminando de arrumar algumas coisas no quarto olhasse para ela e assentisse um tanto surpreso. - Eu queria conversar com você... Um pouquinho...

- Claro, Sra. Styles... - Tomlinson fechou a mala e sentou-se na cama, deixando espaço para que a ômega mais velha sentasse ao lado dele.

- Pode me chamar de Anne, doce... - sentou-se, começando a tocar os dedos nervosamente. - Eu quero me desculpar com você, Lou.

- Perdão...?

- Pelas roupas, o relógio... Eu estava errada sobre você. - Louis percebeu que a mulher tinha os cantos dos olhos um pouco úmidos e a expressão entristecida.

- Está tudo bem, foram só presentes. - Tomlinson respondeu sem graça.

- Não foram, Lou. Não precisa fingir que não se sentiu mal ou estranho. Eu tenho feito algo com você esses últimos dias, algo que eu percebo agora que foi errado, algo de que não me orgulho. - suspirou uma vez antes de continuar - Eu só peço que você me entenda, eu realmente gosto de você, eu só... eu tentei interferir nas vidas de vocês e isso foi errado. Eu só fiz porque me preocupo...

O rapaz de olhos azuis não esperava aquela conversa. Anne havia se distanciado dele nos últimos dias, pouco antes do fim das férias, volta e meia relembrava coisas constrangedoras sobre o pai de Amelia, como se quisesse a todo momento demonstrar que Louis não pertencia àquele lugar, como se ele estivesse usurpando um direito que pertencia apenas à Alex. Não que ele precisasse ser continuamente lembrado disso, ele já sabia que não tinha direito nenhum.

Mas, naquele dia ela estava diferente, Louis percebeu assim que ela entrou no quarto, a expressão sisuda havia sido substituída por algo entre o triste e o envergonhada. Não sabia bem o que tinha acontecido, talvez Harry tivesse conversado com ela, talvez Gemma o tivesse feito, no fim das contas, não importava o que havia causado aquilo, ele só estava aliviado.

Calmamente, Anne tomou a mão do ômega entre as dela, segurando-a carinhosamente. Seu olhar variava entre o maravilhado e o confuso e Louis tinha a impressão de que era ele quem causava aquela confusão nela.

- Você foi o primeiro a conquistar o coração dele desde que o Alex se foi e eu... Eu acho que eu não estava preparada, apesar de desejar que o Harry fosse feliz novamente. - Louis engoliu o seco - Você é único Lou e eu deveria ter percebido isso só pela forma como a Amelia olha pra você. Se você puder me perdoar... - fez uma pausa e suspirou profundamente antes de retomar - Vocês têm a minha benção, é claro que têm...

- Está tudo bem, não há nada para perdoar... - Tomlinson sorriu, erguendo a mão livre e cobrindo as mãos da ômega - Mas, obrigado por me aceitar na sua família.

- Não, doce, a nossa família. Você é parte dela. Vocês dois são.

Louis sorriu largo exibindo as conhecidas ruguinhas nos cantos dos olhos, recebendo um caloroso e apertado abraço logo em seguida. Era como um final de novela, a benção de Anne, mesmo que não tivesse efeitos práticos, significava muito para o ômega. Significava que ele e o seu filhote estariam agora sob a proteção dos Styles e ele não podia estar mais agradecido à vida pela segunda chance que recebera.

Então o mês de férias chegou ao fim, ao todo foram apenas quatro semanas e Tomlinson havia experimentado um misto de sensações quase imensurável, algo que ele havia estranhado no começo, mas, agora sentia-se até mesmo um pouco culpado por aceitar tão bem. Dormir e acordar ao lado de Harry, cuidar de Amelia e Thomas, conversar com Gemma. Realmente se tornara parte da família e ele não fazia ideia de que era tão bom se sentir protegido.

A gestação do ômega entrava em seu quarto mês, junto com ela, aparecia um tímido, porém insistente inchaço, algo que se mostrava cada vez mais evidente em suas roupas. A despretensiosa barriguinha era incessantemente acariciada pelo primeiro fã clube criado para o "Louis grávido". Formado pela presidente, Amelia Rose Styles e seu pai, Harry Edward Styles. Havia uma pequena batalha para decidir quem seria o fã #1 da barriga do ômega, ainda sem vencedores.

No dia da partida, todos iriam juntos, restando na casa apenas Anne e Robin, e como sempre, a ômega não estava satisfeita com aquele suave debandar que suas crias promoviam. Depois de arrumarem todas as malas e coloca-las dentro do carro, chegara a hora da despedida, pelo menos pelos próximos meses, Anne e Robin não veriam os filhos ou os netos.

- Engraçado que vai embora todo mundo de uma vez... - Anne comentou magoada. - Eu ainda não entendi por que vocês todos precisam ir ao mesmo tempo!

- A gente já tá aqui vai completar um mês mãe! - Gemma comentou risonha - Olha, a barriga do Louis já tá até aparecendo, isso devia ser o termômetro.

- Termômetro do que? De que vocês querem levar meus três netos embora, só se for... Acho isso de uma insensibilidade tão grande...

- Não precisa ficar tão emburrada Mamãe Ganso, quando o Louis estiver pertinho de dar à luz, a gente vai mandar buscar vocês. - Harry se aproximou da mãe, abraçando-a apertado e beijando-lhe o topo da cabeça.

- Até porque não vou perder o nascimento do meu neto e quebrar a tradição. Dá azar. - a ômega abraçou o alfa pela cintura.

- E a gente vai precisar de ajuda também. - Louis comentou sem graça, Amelia havia adormecido em seu colo.

Depois de muito abraços e várias cenas dramáticas protagonizada por Anne e Gemma, todos se despediram e embarcaram. Percebendo que Louis estava apreensivo por retornar, Harry envolveu o ômega em seu abraço, beijando-lhe a têmpora carinhosamente, tentando conforta-lo de alguma forma. A verdade, é que nem mesmo ele sabia como as coisas seriam daquele momento em diante e nenhum dos dois estava preparado para as consequências daquela relação, fossem elas quais fossem.

A viagem foi longa e os três chegaram em casa pouco depois das sete da noite, com uma Amelia totalmente elétrica por ter dormido a tarde inteira e um Harry e um Louis extremamente cansados do trajeto. Por fim, todos consideraram-se efetivamente deitados em suas camas à meia noite. A mudança na forma física do ômega fez com que o alfa deixasse, temporariamente, de ser a little spoon, tudo porque descobrira que adormecer sentindo a pequena saliência no corpo do menor era seu novo vício.

Na manhã seguinte, Harry saiu antes de Louis ou Amelia acordarem, mas, não sem antes deixar beijos carinhosos nos dois. Estava ansioso para o que estava por vir, precisava contar à Niall a novidade e sabia que a notícia não seria bem recebida pelo alfa irlandês, que nunca aceitou muito bem seus namorados. Não que ele tivesse muitos. Chegou ao hospital, mas, o loiro estava no meio de uma cirurgia, provavelmente duraria a manhã inteira. Preferiu enviar uma mensagem para que ele o encontrasse no refeitório:

Vamos almoçar hoje, preciso contar uma coisa.

A manhã se arrastou e o alfa cacheado teve graves problemas de concentração, felizmente não tinha pacientes naquele, ficando apenas com o trabalho burocrático dos residentes, algo que também não correu adequadamente. Enfim, pouco depois da hora do almoço, os dois se encontraram no refeitório e como sempre, Niall tinha um largo sorriso - que parecia grudado - em seu rosto. Cumprimentou a todos sendo sempre gentil e educado, sentando-se bem em frente à Harry que o esperava na mesa que ocupavam habitualmente.

- Muito boa tarde Sr. Harry Styles - começou piscando um dos olhos para o alfa cacheado - Quando eu dei a sugestão das férias, não imaginei que você fosse se enfiar na casa da sua mãe por um mês inteiro.

- Por isso que se chama férias e não feriado ou folga. - deu de ombros.

- Ele voltou engraçadinho ele, porém, tenso. O que aconteceu? - Styles suspirou pesadamente enquanto buscava as palavras corretas, não queria parecer rude, entretanto, não ficaria enrolando, já havia feito muito vindo pessoalmente contar.

- Bom, eu e o Louis estamos juntos. - o sorriso no rosto do alfa irlandês finalmente desapareceu, dando lugar à uma expressão assustada. - É, aconteceu enquanto nós estávamos na casa da minha mãe. Quero que ele seja meu, pretendo marcá-lo.

- O QUE? - Niall berrou incrédulo - VOCÊ TÁ DE BRINCADEIRA?

- Não... Eu não estou de brincadeira... - Styles suspirou entediado, sabia que a reação dele seria essa. - E não precisa gritar.

- Como se não bastasse enfiar um completo estranho na sua casa, pondo em risco a sua vida e a vida da Amelia, você começa a namorar com ele, pior, quer reclama-lo como seu. Se isso não é algum tipo de brincadeira, você deve ser o alfa mais imbecil que já caminhou pela Terra. - o irlandês comentou irritado - O Liam sabe disso?

- Niall, não precisa de tanto drama, eu sei o que eu estou fazendo - o alfa cacheado pressionou levemente a caneca de café em suas mãos - E é claro que o Liam sabe, eu liguei pra ele pra contar! - o pequeno show protagonizado pelo loiro chamava a atenção dos que estavam nos arredores, deixando Harry extremamente sem graça.

- E ELE CONCORDOU COM ESSA IDEIA IDIOTA???

- Em primeiro lugar, se você não parar de gritar eu vou me levantar e deixar você aí sozinho. - sentenciou - E em segundo lugar, é a minha vida, ninguém tem que concordar com nada, eu não to pedindo permissão, to avisando.

- Claro que você não tá pedindo permissão, até porque não teria a minha. - Horan cruzou os braços e rosnou encarando o alfa.

- Olha Niall, eu realmente não me importo, eu só achei que eu deveria contar pra você, porque afinal de contas, você é o meu melhor amigo, pelo menos na teoria. Não vamos fazer disso a revelação de uma novela mexicana, ok? Eu já estou namorando o Louis, é isto.

- Você se importa o suficiente pra me contar tudo pessoalmente... Uma parte de você deve saber que não é uma boa ideia, nem que seja uma parte pequena.

- Uma coisa não tem nada a ver com a outra, eu preferi contar pessoalmente porque eu sabia que você ia fazer uma cena, bom, eu não estava errado. E, de mais a mais, o Louis não precisa disso, e eu não queria que ele ouvisse esse teu discurso de falso moralista.

- Falso moralista? Eu estou preocupado com a Amelia! Se você quer arriscar a sua vida, ótimo, problema seu, mas, você não está sozinho. Além do mais, você tá desrespeitando a memória do Alex! Enfiando um ômega qualquer no lugar dele, alguém que você nem sabe de onde veio ou quem é a família, permitindo que o filhote dele seja criado por esse tipo...

- Não termine. - rosnou irritado fazendo-o se calar, fez uma longa pausa antes de soltar um riso debochado - Você, mais do que ninguém, preza pela memória do Alex né? - o loiro piscou algumas vezes, não esperava essa resposta. - Olha aqui Niall, a única razão pela qual eu permiti que você ficasse na vida da Amelia e, por consequência na minha, é porque eu sei que você a ama tanto quanto eu, mas, eu sou o pai dela, não se esqueça disso.

- Essa é uma certeza que me assombra todos os dias, Harry. Eu sei quem é o pai da Amelia.

- Ótimo. Que bom que você sabe. - o alfa irlandês ainda estava atônito com o rumo que a conversa havia tomado e encarava Harry sem acreditar que ele havia falado daquela forma. - Perdoar não é esquecer, e eu não esqueci. O Louis é o meu ômega agora, se quiser continuar perto da Ame, vai ter que trata-lo bem.

Niall encarou o alfa cacheado enquanto ele se levantava e deixava o refeitório, afundou-se na cadeira assim que se viu sozinho. Sentiu os olhos curiosos sobre si e rosnou alto, fazendo com que todos retomassem o que faziam e parassem de olhá-lo. Seu estômago revirou apenas com a ideia de Amelia ser criada junto de um ômega qualquer. Sabia que se Alex estivesse vivo isso jamais aconteceria, e, grande parte dele desejou que ele ainda estivesse.

Depois de vários minutos inerte no mesmo lugar, Niall também deixou o refeitório e os dois não se viram mais. Ambos se evitaram durante todo o dia, os dois estavam irritados, aquele não era o momento apropriado para uma conversa, qualquer que fosse o assunto e os dois sabiam que só haveria uma temática a ser tratada e definitivamente, não queriam tratar dela. No final do dia, Harry deixou o hospital com a estranha sensação de estar fazendo algo extremamente errado.

Durante o trajeto de volta, Styles ligou o rádio em busca de alguma distração, qualquer música que estivesse sendo tocada em alguma estação de rádio aleatória. Esperava que a melodia e as letras da canção soassem mais alto do que a bagunça em sua cabeça, mas, falhou miseravelmente. Não queria pensar, mas, foi a única coisa que fez nos torturantes minutos entre o hospital e sua casa.

Quando estacionou em frente a porta de entrada, o fez com o mínimo de ruído, desceu do veículo e entrou em casa tão silenciosamente, que Louis e Amelia, que estavam no andar de cima, não perceberam sua presença. Esgueirou-se até o escritório e trancou-se lá dentro, sentando-se em frente a sua mesa e ligando o notebook. Estava nervoso. Só uma pessoa no mundo o faria se acalmar e precisava desesperadamente conversar com ela. Clicou no ícone do Skype e logo em seguida na foto da irmã.

- Não vive sem mim. - Gemma comentou afetada assim que atendeu, surgindo em frente ao próprio notebook completamente descabelada, com um Thomas adormecido em seus braços.

- Você está parcialmente certa. - relaxou um pouco assim que pôs os olhos na irmã.

- O que aconteceu? Você está bem? - um Styles reconheceria o aborrecimento de outro, mesmo a quilômetros de distância, e Gemma percebeu instantaneamente que Harry não estava bem.

- Contei ao Niall sobre o Louis. - disse sem rodeios arrancando um rosnado entediado da ômega.

- Ah não, você ainda dá papo pra esse cara!? - a ômega soltou um muxoxo de desaprovação, seguido de um rosnado emburrado.

- Você não vai acreditar na cena que ele fez quando eu contei... - ignorou o comentário, dando continuidade à narrativa.

- Bom, é do Niall que nós estamos falando, não sei porque isso te surpreende.

- Não to surpreso, to irritado.

- Pra começo de conversa eu nem sei porque você não botou esse imbecil pra correr quando teve a chance. Pra final de conversa, você é um trouxa.

- Você sabe porque. E eu não sou trouxa.

- Não faz o menor sentido. Como você tem tanta certeza que ele ama a Ame? O Niall não gosta nem dele, como vai gostar de outra pessoa? E sim, você é o mais trouxa do mundo.

- Eu não tinha o direito de afasta-lo da Amelia, Gemma, e ele me implorou pra não fazer isso.

- O cara quase destruiu sua vida, a sua família, e mesmo assim você atende as súplicas do coitadinho, como se fosse responsável por alguma coisa.

- Eu me sinto responsável.

- Percebi, você ainda dá satisfação pra esse imbecil. Cai na real, Harry. O cara é um imbecil.

- Eu não tava dando satisfação, eu estava comunicando, ele frequenta a minha casa, por que eu deveria esconder isso dele?

- Por que diabos ele frequenta sua casa? Você tá tentando explicar e eu continuo achando ridículo você manter um cara como o Niall na sua vida, mesmo sabendo que não deveria. Mesmo o conhecendo há anos e sabendo do que ele é capaz.

- Você sempre exagerou nessa questão.

- Não é exagero, eu não confio nele perto de vocês.

- Eu também não!

- A diferença é que eu não recebo gente babaca na minha casa, nem deixo pessoas em quem eu não confio perto do meu filhote, você devia ter posto esse cara pra correr há dez anos atrás, agora esse é o momento perfeito pra consertar isso. Manda ele embora H, eu não gosto dele!

- Eu provavelmente não vou precisar mandar ninguém embora, o Niall não vai querer vir na minha casa agora que o Louis tá comigo.

- Não duvide da capacidade que o Niall tem de estragar tudo. Ele fez uma vez, pode fazer de novo. - Thomas ronronou e choramingou, chamando a atenção da ômega - Eu preciso ir, cuidado H.

- Tudo bem.

- Amo você.

- Também amo você.

Styles fechou o ícone do Skype em seu computador e suspirou pesadamente. Toda a agonia e confusão que o acometeram dez anos antes estavam de volta, ainda mais fortes. As lembranças o atingiu com tanta força que seu corpo inteiro doía. Ele sempre desconfiou que o seu passado voltaria para assombra-lo eventualmente, mas, demorou tanto tempo que ele até mesmo se esqueceu e viveu sua vida normalmente. Todas aquelas memórias que ele levou tanto tempo para esquecer, vieram a tona num baque surdo, deixando-o atordoado.

***

- POR QUE FEZ ISSO COMIGO? POR QUE TEVE QUE SER TÃO CRUEL?

- EU ESTOU ARREPENDIDO, HARRY POR FAVOR, ME ESCUTA!

- PRA QUE? PRA VOCÊ CONTINUAR MENTINDO? ME ENGANANDO? ME FAZENDO DE IDIOTA?

- EU AMO VOCÊ!

- VOCÊ AMA O STATUS, VOCÊ AMA TUDO QUE EU TE DOU, VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM ALEX, EU SOU SÓ UM BÔNUS! VOCÊ SE CASARIA COM QUALQUER UM QUE TE OFERECESSE MAIS DO QUE EU OFEREÇO, ENTÃO, VOU FACILITAR PRA VOCÊ: PODE IR EMBORA, PODE IR PROCURAR OUTRO OTÁRIO PRA FAZER DE BANCO. VAI EMBORA DAQUI! EU NÃO QUERO MAIS VER A SUA CARA!

- VOCÊ NÃO PODE ME ABANDONAR, NÃO PODE ME DEIXAR AGORA QUE ME MARCOU!

- EU POSSO FAZER O QUE EU QUISER! SAI AGORA DA MINHA CASA, ALEX!

- EU NÃO VOU À LUGAR ALGUM, VOCÊ NÃO VAI ME TIRAR DA SUA VIDA COMO SE EU FOSSE UM NADA!

- MAS É O QUE VOCÊ É. É EXATAMENTE O QUE VOCÊ É, ALEX VOCÊ É UM NADA! EU TENHO NOJO DE VOCÊ...

***

- Tá tudo bem? - Louis retirou Harry dos próprios devaneios e perguntou, referindo-se a pequena ruga de preocupação que o alfa tinha na testa. - Não vi você chegar...

- A ideia era essa... Tá tudo bem, só estou preocupado com algumas coisas no hospital, não é nada demais. - encostou-se à cadeira de couro e sorriu, subitamente aliviado com a presença dele ali. - Vem aqui.

Louis sorriu travesso e entrou no escritório, aproximando-se do alfa e sentando-se em seu colo. Rapidamente o cacheado tomou-lhe os lábios num beijo molhado e possessivo, agarrando o quadril avantajado do ômega, fazendo-o se remexer sobre seu membro. O menor sentiu o próprio corpo esquentar com o carinho inesperadamente íntimo, desfazendo o coque do alfa, deixando que os cachos se espalhassem compridos e bagunçados sobre os ombros.

- Acho que eu estou me apaixonando rápido demais por você, Louis Tomlinson. - o alfa disse rouco, prendendo o lábio inferior de Louis entre os dentes logo em seguida.

- Sorte a minha, Harry Styles... - o ômega deixou escapar um ofego quando os dedos do alfa seguiram para sua bunda, apertando a carne de modo dominante.

- Nah, sorte a minha. - voltaram a se beijar de modo desesperado.

O ômega sentia algo diferente nos carinhos do alfa. Um quê de posse, como se ele quisesse reafirmar a propriedade sobre o ômega. Não só a propriedade física, era como se desejasse a entrega completa de Louis e ele a tinha. De um modo não tão saudável quanto poderia. Os dois sentiam que tudo estava indo rápido demais, mas, nem por um decreto tinham vontade de parar, era avassalador.

Enquanto embolava os dedos por entre os cabelos do alfa, Louis sentia os dedos sorrateiros e cheios de anéis perpassarem o tecido da camisa e apertarem a pele das costas. As unhas curtas criando um rastro ardido no meio de sua espinha fazendo-o arrepiar. Interromperam o beijo apenas para que Harry fizesse no pescoço do menor o mesmo que fazia na boca: beijar, morder, lamber, até que o seu cheiro se misturasse ao dele e a bagunça de aromas tornasse impossível identificar qual era um, qual era outro.

E na metáfora daquela situação, talvez a frase "apaixonar-se é uma forma de insanidade socialmente aceitável" fosse a única coisa que fizesse algum sentido. Os dois pareciam estar no meio de uma crise de insanidade temporária, do tipo que isenta o criminoso da sua punição. Não havia Harry e Louis, em corpos separados, em vidas despedaçadas, em passados mal enterrados, havia Harry e Louis compartilhando da sensação mais primitiva, do sentimento capaz de fazer um viúvo acomodado e um ex-garoto de programa se atracarem feito dois adolescentes.

Louis não sabia porque ele parecia tão possessivo, mas, não estava reclamando, tinha a impressão de que toda a tensão que pesava sobre os ombros do cacheado quando ele entrou ali, havia se dissipado no instante em que trocaram o primeiro beijo, e estava reduzida a zero naquele momento. Harry teve a impressão que o único capaz de calar a bagunça em sua cabeça era o rapaz de olhos azuis e talvez ele estivesse certo.

Styles estava no meio de uma desordem sentimental, o pequeno surto de Niall havia trazido a tona lembranças que ele levara tempo demais para enterrar, mas, quando pôs os olhos no ômega, bem ali na sua frente, todas as suas dúvidas desapareceram instantaneamente. E tudo parecia certo novamente.

- ECA PAPAI! - Amelia berrou fazendo os dois interromperem o beijo instantaneamente e caírem na gargalhada. - ECA! ECA! ECA! ECA! - a garotinha tapou os olhos e deixou o escritório correndo.

Louis fechou os olhos rindo enquanto encostava a própria testa à do alfa, que também sorria.

- Eu tinha vindo te chamar pra jantar... Acho que a Ame cansou de esperar...

- Provavelmente.

- Vem, prometo compensar quando a gente for dormir.

Tomlinson deu uma piscadela e se levantou, puxando o alfa pela mão. Os dois chegaram juntos à cozinha onde Amelia os esperava impaciente.

- Nossa papai, que bonito, me deixa com fome pra ficar beijando o Louis.

- Perdão, perdão, perdão - correu até a garotinha erguendo-a em seu colo. - Perdãoperdãoperdão - sequenciou enquanto deixava vários beijos no pescoço da menina que gargalhava tentando afasta-lo.

- Sai papai você tá me babando a baba do Louis que tá na sua boca...

- Ei! - o cacheado fingiu irritação.

Styles colocou a menina no chão que imediatamente limpou o rosto e o pescoço, recitando mais uma quantidade infindável de "ecas" antes de se sentar em seu lugar. O alfa sentou-se ao lado dela simulando mais alguns beijos e ganhando em resposta mais alguns rosnados de filhote irritado, voltou-se para o ômega que havia curvado-se em frente ao fogão para tirar algo do forno e não fez questão de esconder o olhar esfomeado para a bunda dele.

- O que a gente vai jantar hoje? - Harry perguntou, tentando esquecer as formas avantajadas do ômega.

- Eu fiz macarronada... É que como a gente viajou, não tinha muita coisa e eu tive que improvisar... - Louis respondeu sem graça, colocando a travessa sobre a mesa.

- EU AMO MACARRÃO! - Amelia respondeu animada.

- Ela ama macarrão. - o alfa completou animado.

- Eu notei. - Louis riu do filhote tentando enfiar os dedinhos na travessa de macarrão.

Os três jantaram animados, conversando amenidades feito a família barulhenta que eram. Quando terminaram, Harry ficou responsável pela louça enquanto Louis ficou responsável por Amelia.

O ômega subiu com o filhote no colo, levando-a para o quarto. Enquanto ela escolhia o pijama, Louis enchia a banheira. Era estranho demais o quanto ele se sentia confortável naquela posição, sabe? Cuidando de tudo, de uma casa, de um filhote, de um marido... Talvez. Sorriu meio bobo porque pouquíssimo tempo antes, ele não tinha nada e de repente, ele tinha tudo. Amelia surgiu no banheiro já sem as roupas, atirando-se na banheira e fazendo a maior bagunça. Não que Louis se importasse.

Quando terminou de vesti-la, sentou-se com ela na cama e começou a pentear-lhe os cabelos.

- LouLou, eu to muito feliz que você e o meu papai agora são namorados. - Tomlinson sorriu sem graça enquanto prendia os cachos em uma trança, como Harry fazia toda noite. - Sabe por que? Porque isso que dizer que você não vai mais embora e vai morar aqui pra sempre.

- Então você gosta da ideia de ter a mim, morando aqui pra sempre? - deixou a escova sobre o criado mudo e se levantou, fazendo com que Amelia se deitasse e cobrindo-a logo em seguida.

- É claro que eu gosto, você cuida de mim e cuida do papai e faz macarronada, você é o papai mais legal do mundo - o ômega se surpreendeu com o comentário inocente, mas, Amelia não pareceu se importar, erguendo os braços e sorrindo, pedindo um abraço. Pedido que Louis prontamente atendeu. - Você tem cheiro de suco de laranja com flor de margarida...

- Você tem cheiro de jujuba...

- E eu tenho cheiro de que? - Harry interrompeu, aproximando-se o suficiente para se sentar na cama, ao lado da filha. - Boa noite, ursinha. - curvou-se sobre o corpo da filha e ganhou um selinho do filhote sonolento.

- Você tem cheiro de Louis, papai. - Amelia deu de ombros - Boa noite papai... Boa noite LouLou...

- Bom, eu gosto de ter cheiro de Louis.

Tomlinson sussurrou um "boa noite" e deixando um beijo na testa de Amelia, que agarrou-se ao bichinho de pelúcia virando-se, Harry acendeu o abajur e os dois deixaram o quarto. Quando se viu no corredor, o alfa agarrou o ômega pelas pernas colocando-o com cuidado em seus ombros e apressando o passo até o próprio quarto, uma vez dentro do cômodo, colocou-o na cama deitando-se sobre ele.

- Como você consegue passar de um bebê fofinho pra um macho alfa louco por sexo?

- Deve ser essa tua bunda gostosa, sei não.

Aproximou-se para beijar o ômega, mas, sentiu o celular vibrar em seu bolso. Rosnou irritado vendo Louis rir. Ergueu-se e puxou o aparelho, o contato do alfa irlandês brilhando na tela:

Me desculpe por hoje mais cedo, eu não devia ter reagido daquela forma. Você é o meu irmão, vou te apoiar sempre.

- Então...? - Louis perguntou, apoiando-se nos cotovelos e encarando o alfa com a expressão desconfiada.

- Então é o Niall empatando a minha foda, nada novo. - respondeu um "ok" e travou o celular novamente, colocando-o no criado-mudo ao lado da cama. - Onde a gente tava?

- Algo entre um bebê fofinho e um macho alfa louco por sexo.

- Ah sim... - o alfa puxou a camisa de qualquer jeito pela cabeça e o ômega riu do desespero

- Eu não vou fugir... - deixou-se ser erguido quando o alfa se deitou e puxou-o para o próprio colo, sentou-se com as pernas de cada lado do quadril de Harry, que segurou-lhe as coxas.

- Não se acostuma, eu prefiro ficar por cima, mas, você tá grávido e a gente precisa ir devagar e blablablabla...

- Eu vou me acostumar...

- Deixa só esse filhote sair de você...

Louis riu curvando-se para beijar o alfa que agarrou-lhe a nuca, puxando-o com vontade. No outro quarto, esquecido em algum canto da mochila do ômega, o celular de Louis vibrava:

Lots calling...

***

N/A

Pois é :) E eu não to nem com a consciência pesada.

Beijos de luz e até a próxima anjos.

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