PERIGOSAMENTE TENTADOR

By SamanthaGraceHart

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DOMINICK AMA QUEBRAR -REGRAS, MAS ADORA SER PECADOR NAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS... Ele tinha uma missão dentro... More

INFORMAÇÃO SOBRE O LIVRO
SINOPSE| PLAYLIST
TRAILER
CAPITULO UM
CAPITULO DOIS
CAPITULO TRÊS
CAPITULO QUATRO
CAPITULO CINCO
CAPITULO SETE
CAPITULO OITO
CAPITULO NOVE
CAPITULO DEZ
CAPITULO ONZE
CAPITULO DOZE
CAPITULO TREZE
CAPITULO QUATROZE
CAPITULO QUINZE
CAPITULO DEZASSEIS
CAPITULO DEZASSETE
CAPITULO DEZOITO
CAPITULO DEZANOVE
CAPITULO VINTE
CAPITULO VINTE E UM
CAPITULO VINTE E DOIS
CAPITULO VINTE E TRÊS
CAPITULO VINTE E QUATRO
CAPITULO VINTE E CINCO
CAPITULO VINTE E SEIS
CAPITULO VINTE E SETE
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE UM
CAP. VINTE E OITO ❧ PARTE DOIS
CAPITULO VINTE E NOVE
CAPITULO TRINTA
Cap. Trinta e Um
Cap. Trinta e Dois
Cap. Trinta e três |Parte um
Cap. Trinta e Três | Parte dois
Cap. Trinta e Quatro
Cap. Trinta e Cinco
Cap. Trinta e Seis
Cap. Trinta e Sete
Cap. Trinta e Oito
Cap. Trinta e Nove
Cap. Quarenta
Cap. Quarenta e Um
Cap. Quarenta e Dois
Cap. Quarenta e Três
Cap. Quarenta e Quatro
Cap. Quarenta e cinco| Parte 1
Cap. Quarenta e cinco| Parte 2
Cap. Quarenta e Seis
Cap. Quarenta e sete| Parte um
Cap. Quarenta e sete| parte 2
Cap. Quarenta e oito| parte 1
Cap. Quarenta e Oito| parte 2
Cap. Quarenta e Oito| parte 3
Cap. Quarenta e nove
Capitulo Cinquenta
Capitulo Cinquenta e um| parte um| reescrito

CAPITULO SEIS

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By SamanthaGraceHart



Mergulho o saquinho de chá preto dentro da caneca com água fervida, rapidamente ganha uma cor castanha fazendo-me lembrar das folhas do Outono. Sem demoras, retiro o saco de chá e deito no caixote do lixo próximo da bancada de mármore branca. Pego na caneca vermelha com as duas mãos e a levo aos lábios, bebendo um pequeno golo de chá. Descanso as ancas contra a bancada e olho para a ampla janela de vidro que dava para o jardim das traseiras. Ao longe vejo três jardineiros —todos com uma certa idade— aparar os grandes arbustos que protegiam e rondavam o muro de pedra. Um deles quando me viu acenou com a mão na minha direção, rapidamente o conheci. Era o George, o melhor amigo de Clayton, o meu...antigo guarda-costas.

Suspiro e bebo mais um golo do meu chá.

Aonde é que te metres-te Clayton? Será que aconteceu algo com a sua mulher?

Tenho saudades dele.

Sorriu timidamente para o George e aceno na sua direção, cumprimentando. Esse pequeno gesto chega a ser feito por breves segundos, porque a sombra monstruosa e masculina do meu guarda-costas tapa à frente de George, impossibilitando de o vê-lo.

Torço os lábios e dou mais um trago na minha bebida. Naquele momento, os meus olhos descaíram para o elástico azul, preso em volta do pulso esquerdo, onde ele o pôs e onde eu o deixei. Isso bastou para que ficasse irritada e perdesse a paciência. Aquele maldito elástico era uma prova em como ele consegui o me ter em suas mãos.

Largo a caneca em cima da bancada e retiro o elástico do pulso com força. Poderia deitá-lo fora ou até mesmo cortá-lo ao meio, mas não quero dar-lhe mais motivos para me chamar de criança. Criança... Criança imatura. Essa palavra ainda está entalada no centro da garganta e parece não querer descer tão cedo.

Faço um rabo de cavalo com o elástico e volto a pegar na caneca. A palavra volta atacar a minha mente e desta vez com mais força.

Criança Imatura.

Sem que me possa conter, um riso falso sai dos meus lábios. Mesmo não estando a olhá-lo, sei que o mesmo continua na sua tarefa dura em olhar-me por trás do vidro da cozinha.

Pressiono os lábios com força e solto uma exclamação de irritação. Será que não posso beber o meu chá sem que tenha alguém a observar-me. Já estou bem farta de olhar para o seu rosto bonitinho e pelos vistos vou continuar a vê-lo por algum tempo, mas espero que esse tempo tenha os dias contados.

Giro o rosto para a janela e olho seriamente. Prontamente, Dominick forma uma posição vertical mais séria, juntando as mãos na frente do seu saco de box. Riu. Saco de box. Sim, é a palavra mais explicativa e mais concreta para o que aconteceu há pouco. Descarreguei a minha fúria com o meu joelho na parte sensível de um homem. Além de ser sensível é um dos pontos mais fracos deles.

Como é que eu sei? Bem... A vida no colégio de freiras não era assim tão negativa. Todas as sextas-feiras, havia uma sessão de leitura na biblioteca principal. Uma sessão secreta que envolvia livros eróticos e bem explicativos. Tudo começou quando uma aluna do último ano trouxe das férias um livro bem picante e emprestou a uma das minhas colegas de aula. Nessa altura andávamos no décimo primeiro ano e aquele livro que ainda bem me lembro do seu nome, andou a circular secretamente pelas alunas que se sentavam atrás na sala de aula. Eu e a Phoebe eramos duas delas. O livro chamava-se After, foi o primeiro livro que li com cenas eróticas e logo depois veio o segundo, o terceiro e assim continuo até hoje. Quem me começou a fornecer os livros a partir daquele dia foi a namorada de Noah, o meu meio irmão. Os livros que ela os lia, mandava depois para mim.

Tenho uma mala cheia deles, graças a ela, que só a vi uma vez, mas que telefonava todos os dias para o colégio, ao contrário de Noah.

Com os olhos ainda postos nos de Dominick, ouço uma pessoa a entrar na cozinha. Não olho para verificar de quem se trata, mas uma coisa é certa, os meus irmãos não são.

— Minha querida...

Estanco a respiração ao ouvir uma voz muito conhecida da minha infância. Ela era uma das pessoas que via regularmente enquanto ainda tinha liberdade para viver nesta casa.

Giro lentamente a cabeça na sua direção passando a ignorar Dominick. Lá estava ela. Com o seu famoso cabelo castanho atado num rabo de cavalo e dentro da sua farda cinzenta habitual. A minha Blenda. A minha cozinheira favorita, na qual tenho um carinho muito especial.

— Blenda...— Sussurro o seu nome numa voz trémula ao sentir a emoção a crescer dentro do meu peito a cada compasso que ela dá na minha direção.

Desencosto-me da bancada colocando a caneca sobre ela. Blenda pára na minha frente e sorri com ternura. Aperto os lábios e aguento firme no lugar, mas mesmo assim começo a sentir as lágrimas a atrapalhar a visão.

— Como está meu moranguinho?

Mostro-lhe um pequeno sorriso e limpo a pequena lágrima que acaba de escorrer pelo o canto do olho. Mordo o lábio quando este começa a tremer comunicando-me que estou a ponto de pisar a minha linha de risco. Inspiro profundamente e dou-lhe mais um sorriso ao ouvi-la a chamar-me, mais uma vez de moranguinho. O meu famoso apelido que ficou gravado em mim quando comecei a apaixonar-me pela sua deliciosa tarte de morangos. Se não fosse por essa razão, o apelido ficaria na mesma. Adoro comer morangos a toda a hora.

Blenda abre os braços, convidando-me a entrar neles. Olho os durante algum tempo tentando tomar a iniciativa de avançar, mas não consigo. É Blenda que toma a iniciativa e avança para me abraçar. Os seus braços magros envolvem o meu corpo com cuidado e com bastante ternura. E ali, naquele preciso momento desmancho-me em lágrimas envolvendo o seu corpo num abraço forte, com medo que ela se vá e deixe-me sozinha para enfrentar a vida que tenho daqui para a frente. Porque a outra vida, de à onze anos atrás, foi desmanchada e pintada em tons de vermelho e preto. E essa vida está presente no passado e presa no futuro.

— Minha querida. Oh, minha querida. — Sussurra.

Não me lembro de chorar tanto como estou a fazê-lo neste momento. Sempre fiz questão de chorar para dentro e nunca para fora. Gosto de ocultar os meus sentimentos e nunca de os demostrar em público. A vida fez como que assim o fosse.

Mas neste preciso momento, não consigo controlar esse sentimento. Blenda é a primeira abraçar-me desde... desde de há onze anos atrás. Nunca deixei ninguém se aproximar-se de mim como Blenda o fez. Não gosto de criar laços com ninguém. Porque cada laço que criei, foi cada facada dada no meu coração.

—Blenda — Murmuro o seu nome entre o choro.

—Esse é o nome da tua cozinheira preferida minha querida. — Solto um pequeno riso abafado e aperto ainda mais o seu corpo magro querendo obter mais do que um simples abraço de saudades. Eu queria obter o amor forte e puro que tem guardado nas suas veias.

— E ela nunca deixou de ser a minha cozinheira preferida mesmo estando longe. — Declaro com toda a sinceridade que tenho dentro de mim. Separo um pouco os nossos corpos e olho nos seus olhos doces. — Senti saudades suas.

— Eu também minha querida. — Afaga as minhas bochechas com as mãos, limpando o vestígio das lágrimas —Sempre tive esperanças que voltasse a casa, e aqui estás tu.

— Esta não é minha casa. — Blenda olha-me com tristeza — Eu nunca me senti em casa.

— Gostaria que tivesse uma opinião diferente. Mas sempre ouvi dizer que "A minha casa é onde o teu coração estiver."

— Isso é um bocadinho meloso. — Faço uma careta.

Ela risse e beija-me a testa.

—Oh querida, quando te apaixonares saberás que esta frase encaixa-se perfeitamente.

Forço um sorriso.

Apaixonar-me? Como, se não conheço num rapaz da minha idade e nunca beijei um para saber o que é apaixonar-me.

Blenda vendo o meu desconforto, segura-me nos ombros e olha-me profundamente nos meus olhos.

— Tenho fé querida, que algum dia vais ser uma menina livre e vais viver um conto de fadas.

— Eu vou ser livre Blenda. — Eu digo com determinação — Eu vim para ser livre e não uma prisioneira nesta casa. Jackson pode retirar a sua coroa de ouro da sua cabeça, porque não é rei nenhum para mandar e desmandar nas pessoas. Tenho dezoito anos, sou maior de idade e já tenho direito à herança da minha mãe, tal como Summer, e ele não pode fazer nada quanto a isso.

Ela abre a boca, mas rapidamente a fecha, ocultando-me os seus pensamentos. Por cima disso tudo vejo preocupação nos seus olhos.

— Não esteja preocupada Blenda.

Ela concorda com a cabeça e respira fundo.

— Que tal sentar-mos e comer-mos a tarte de morango que preparei de manhã, enquanto pomos a conversa em dia?

Não consigo conter um sorriso com o que acabo de ouvir.

— Excelente ideia.

Blenda afasta-se e não perco tempo em sentar-me nas cadeiras de pé alto que estão de frente para a ilha. Aproveito o momento —enquanto Blenda tira a tarte do frigorifico— para enxugar o meu rosto com as mãos.

— Estamos a ser vigiadas. — Comenta pousando a tarde sobre a mesa e a minha caneca de chá na minha frente para que acabasse de bebê-la.

Engulo em seco.

Merda, ele acaba de ver uma das minhas fraquezas.

Mordo a bochecha com força para conter a raiva que está a subir cada vez mais ao meu cérebro.

Acabo por pegar na caneca e levá-la aos lábios enquanto desvio o olhar para a ampla janela da cozinha. E lá estava ele. No seu perfeito fato e com aquela cara carrancuda. Mesmo que houvesse um furacão, aquele ser irritante continuaria na mesma posição e com o mesmo semblante.

Aperto com força a caneca e a pouso na ilha.

— Antes de você chegar, eu já estava a ser vigiada. —Respondo com desgosto ao vê-lo a erguer uma das suas sobrancelhas grossas na minha direção. Desvio o olhar para Blenda que corta o primeiro pedaço de tarte e põe num dos pratos de sobremesa.— Sabe alguma coisa sobre aquele infeliz cabulado? Além do seu nome esquisito e além do seu trabalho?

Não acredito que vou retirar informações através a minha cozinheira para conseguir usar contra ele, quase se vir a precisar.

— Sei. — Ouvir aquela pequena palavra, endireito-me rapidamente no banco.— É um bom homem e não tenho mais nada para dizer.

Trouço o nariz.

— Bom homem? Aquele homem que está lá fora, está longe de ser um bom homem Blenda. Muito longe. — Comento com um traço de irritação. — Mas é só isso que sabe?

Ela acaba de partir uma segunda fatia para si e levanta o seu olhar interrogativo na minha direção.

— Por que quê queres saber mais informações sobre o Dominick? — Encolho os ombros. Blenda suspira e cruza os braços. — Diz lá, o quê que ele fez?

— Chamou-me criança imatura.

Os seus olhos esbugalham-se com a informação que acaba de sair da minha boca. Ela desvia o olhar do meu para a janela e depois volta a olhar para mim.

— O quê que tu fizeste para que ele te chamasse isso?

— Nada de mais. — Encolho os ombros e pego na minha caneca para beber um pouco mais de chá antes de falar de novo— Simplesmente dei-lhe uma joelhada no meio das suas pernas.

— Eva Green, tu fizeste o quê!

Oh merda, acho que fiz mal contar-lhe.

— Fiz o que qualquer mulher no meu lugar faria. Dominick não é um homem bom. É mal-educado, ignorante e...odeio por seu o meu novo guarda-costas. — Blenda nega com a cabeça — Não sabe mesmo mais nada sobre ele?

— Não, não sei.

Sim sabe.

— Você gosta mesmo dele. — Murmuro um pouco ciumenta.

— Gosto. — Diz sincera— É um dos homens mais queridos e educados que aqui trabalha. Tens sorte de ele ser teu guarda-costas.

É por pouco tempo. Clayton vai voltar ao seu posto e Dominick vai se embora, nem que eu tenha que inventar uma história mesmo má para que seja despedido. Por enquanto acho que não é preciso inventar nenhuma história, tenho conteúdo que chegue para acabar com ele. E ele tem conteúdo que chegue para acabar comigo. Se for os dois a confrontar ao mesmo tempo, de certeza que chego a perder.

Merda!

Dou por mim, a apertar novamente a caneca, só que desta vez com mais força. Aperto os lábios e olho para Dominick que não desiste de me olhar. Não aguentando de ser observada por mais tempo, não com tenho em esconder os meus dedos direitos e deixar o do meio colado à caneca, somente para ele.

Agora estou mesmo a ser uma criança imatura.

— O neto de George está a trabalhar aqui nas suas férias de verão. —Ouço a comentar do nada, fazendo-me desviar atenção do meu guarda-costas para ela, vendo a minha cara de confusa diz. — Spencer está a trabalhar nos estábulos.

— Ainda existe os cavalos. — Franzo a testa — Julguei que Jackson ou até mesmo o falecido Niall já os tivessem vendido.

Ponho a caneca de parte. Pego num garfo pequeno que está sobre a mesa e começo a comer a minha fatia de tarte.

— Spencer está a tentar com que a Serena ande de cavalo. — Depois de enfiar o pedaço de tarte na boca deixo cair lentamente o garfo para baixo e olho com atenção para Blenda que sorri— Acho que ele quer tentar ser amigo dela, só que a tua irmã quando o vê chega a fugir dele.

Largo o garfo sobre o prato, pronta para me levantar da cadeira e ir atrás desse tal Spencer, se ele realmente fez algo com a minha irmã.

— Ele fez algu...— Sou rapidamente interrompida.

— Não, é também é um bom rapaz. — Suspiro aliviada — Eu conheço o melhor que o teu guarda-costas. Ele é meu neto, sendo que ando com George.

— Você o quê? Quando é que...

— Há cinco anos.

Sorrio com ternura.

— Ele é um bom homem.

— Sim, ele o é.

Os minutos passaram e nós continuamos a comer a tarte e a falar sobre o seu relacionamento amoroso com o jardineiro. Um momento ou outro, durante a conversa, pergunto sobre esse tal Spencer para ter a certeza de que ele é um bom rapaz e não fará uma parvoíce nenhuma com a minha irmã. Fiquei a saber que Spencer tem vinte e um anos, anda na universidade estadual da califórnia em Los Angeles, é capitão de futebol Americano e que está nos Alpes a passar férias na casa do seu avô e a trabalhar para ganhar dinheiro para pagar as suas propinas para o próximo ano.

Ouve só dois momentos naquela conversa em que perguntei sobre os meus dois meios-irmãos— aqueles que nem tiveram coragem para ir me buscar ou até mesmo esperar cá em casa por mim.

— Noah está em Londres, em trabalho. Jackson saiu à pouco para uma reunião de última hora, nem deve vir jantar.

— Oh... essa reunião deve ser muito importante. Deve ser para saber como roubar mais ao povo do que o meu pai alguma vez o fez.

Blenda não comenta nada, porque ela sabe que tenho razão.

Antes que Blenda ou eu começássemos uma nova conversa, um homem alto entra pela porta da cozinha. Olho o de cima a baixo querendo adivinhar de quem se trata o individuo, rapidamente descubro que é mais um da coleção de guarda-costas de Jackson. O fato preto e a gravata denunciaram o seu trabalho.

Ele entra numa postura rija e de braços afastados do seu corpo, movimentando-os coordenadamente enquanto anda. Mostrando o quanto é musculado e de certa forma que também trabalhou como militar. A sua postura é igualzinha a de Dominick. Naquele momento vi-me a girar a cabeça para a janela, vendo o meu guarda-costas de cenho franzido, a olhar para trás de mim enquanto continuava com as suas pernas afastadas e os seus braços à frente do seu corpo.

Volto com a cabeça para o homem que neste momento está a olhar-me. Estive com dificuldades em não arregalar os olhos e a não suspirar nervosamente quando os meus olhos viram os seus. São dois oceanos límpidos e cheios de pura frieza.

— Bruce Hard — Apresenta-se esticando a sua mão grossa na minha direção. Olho a por um segundo antes de resolver em pegar nela e apertar— A Menina deve ser a irmã de Summer, a Eva.

— Exatamente e você é um guarda-costas.

— Vê como adivinhou. — Diz sarcástico— Sou guarda-costas da sua irmã.

O quê? Onde é que está o Ed, o seu antigo guarda-costas?

Olho para Blenda perguntando silenciosamente sobre o Ed. Ela encolhe os ombros como se dissesse que não sabe. Blenda desvia o seu olhar para Bruce.

— Bruce...necessita de alguma coisa?

—Vinha perguntar a si, se a Menina Summer já desceu para comer alguma coisa.

— Ainda não.

— Então poderia arranjar qualquer coisa para que ela coma.

De relance, olho para Blenda que deita um sorriso comprometido e um pouco tenso na direção do guarda-costas. Este parece ser rápido a decifrar aquele pequeno código da cozinheira, por isso, chega a perguntar.

— Diga lá, o quê que se passa? — Pergunta um pouco tenso e sério.

— Acho que não vai consegui-la encontrar no quarto.

Bruce levanta uma das suas sobrancelhas grossas e passa a mão pela sua barba como se tivesse a conter.

— O quê...!

— Há uma hora atrás foi ao seu quarto e encontrei a porta fechada, mas abri na mesma com a chaves suplente. Ela não estava lá.

— E porquê que agora só me conta isso.

— Por que acho que a menina precisa de espaço.

Mordo o lábio para conter o sorriso.

— Eu não estou a acreditar nisto! Não estou! — Desabafa num rosno forte, dando a volta e saindo pela porta da cozinha em passos grande e controlados. Mesmo ele estando longe da cozinha consigo ouvir um grito de irritação a sair da sua garganta.

Blenda risse, nega com a cabeça e depois diz:

—É a segunda vez, em uma semana, que ela foge dele.

Hum... interessante. Pelos vistos estes meses cá em casa não vão ser tão enfadonhos. Posso por à prova o trabalho de Dominick e deixá-lo com a cabeça em água, brincando às escondidas. Se realmente fugir-se, ganharia o caso contra ele e ele deixaria o seu posto num abrir e fechar de olhos. E sobre tudo... não brincaria comigo como o fez há pouco no elevador.

Estremeço na cadeira ao lembrar desse episodio, mesmo assim deixo que um sorriso malandro se apodere do meu rosto e que o faça olhando na direção daquele rosto maduro e masculino que me encara desta vez com suspeita.

Dominick, será que estás a tentar intender o que se está a passar na minha mente neste momento?

Riu-me.

Não perdes pela demora querido. Não chegaste a inda a conhecer a verdadeira Eva Green com todos os seus defeitos e teimosias.

Pisco-lhe o olho e desvio o olhar para Blenda que me olha estupefacta e que depois nega com a cabeça.

Acho que ela sabe o que está na minha mente.


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