Mergulho o saquinho de chá preto dentro da caneca com água fervida, rapidamente ganha uma cor castanha fazendo-me lembrar das folhas do Outono. Sem demoras, retiro o saco de chá e deito no caixote do lixo próximo da bancada de mármore branca. Pego na caneca vermelha com as duas mãos e a levo aos lábios, bebendo um pequeno golo de chá. Descanso as ancas contra a bancada e olho para a ampla janela de vidro que dava para o jardim das traseiras. Ao longe vejo três jardineiros —todos com uma certa idade— aparar os grandes arbustos que protegiam e rondavam o muro de pedra. Um deles quando me viu acenou com a mão na minha direção, rapidamente o conheci. Era o George, o melhor amigo de Clayton, o meu...antigo guarda-costas.
Suspiro e bebo mais um golo do meu chá.
Aonde é que te metres-te Clayton? Será que aconteceu algo com a sua mulher?
Tenho saudades dele.
Sorriu timidamente para o George e aceno na sua direção, cumprimentando. Esse pequeno gesto chega a ser feito por breves segundos, porque a sombra monstruosa e masculina do meu guarda-costas tapa à frente de George, impossibilitando de o vê-lo.
Torço os lábios e dou mais um trago na minha bebida. Naquele momento, os meus olhos descaíram para o elástico azul, preso em volta do pulso esquerdo, onde ele o pôs e onde eu o deixei. Isso bastou para que ficasse irritada e perdesse a paciência. Aquele maldito elástico era uma prova em como ele consegui o me ter em suas mãos.
Largo a caneca em cima da bancada e retiro o elástico do pulso com força. Poderia deitá-lo fora ou até mesmo cortá-lo ao meio, mas não quero dar-lhe mais motivos para me chamar de criança. Criança... Criança imatura. Essa palavra ainda está entalada no centro da garganta e parece não querer descer tão cedo.
Faço um rabo de cavalo com o elástico e volto a pegar na caneca. A palavra volta atacar a minha mente e desta vez com mais força.
Criança Imatura.
Sem que me possa conter, um riso falso sai dos meus lábios. Mesmo não estando a olhá-lo, sei que o mesmo continua na sua tarefa dura em olhar-me por trás do vidro da cozinha.
Pressiono os lábios com força e solto uma exclamação de irritação. Será que não posso beber o meu chá sem que tenha alguém a observar-me. Já estou bem farta de olhar para o seu rosto bonitinho e pelos vistos vou continuar a vê-lo por algum tempo, mas espero que esse tempo tenha os dias contados.
Giro o rosto para a janela e olho seriamente. Prontamente, Dominick forma uma posição vertical mais séria, juntando as mãos na frente do seu saco de box. Riu. Saco de box. Sim, é a palavra mais explicativa e mais concreta para o que aconteceu há pouco. Descarreguei a minha fúria com o meu joelho na parte sensível de um homem. Além de ser sensível é um dos pontos mais fracos deles.
Como é que eu sei? Bem... A vida no colégio de freiras não era assim tão negativa. Todas as sextas-feiras, havia uma sessão de leitura na biblioteca principal. Uma sessão secreta que envolvia livros eróticos e bem explicativos. Tudo começou quando uma aluna do último ano trouxe das férias um livro bem picante e emprestou a uma das minhas colegas de aula. Nessa altura andávamos no décimo primeiro ano e aquele livro que ainda bem me lembro do seu nome, andou a circular secretamente pelas alunas que se sentavam atrás na sala de aula. Eu e a Phoebe eramos duas delas. O livro chamava-se After, foi o primeiro livro que li com cenas eróticas e logo depois veio o segundo, o terceiro e assim continuo até hoje. Quem me começou a fornecer os livros a partir daquele dia foi a namorada de Noah, o meu meio irmão. Os livros que ela os lia, mandava depois para mim.
Tenho uma mala cheia deles, graças a ela, que só a vi uma vez, mas que telefonava todos os dias para o colégio, ao contrário de Noah.
Com os olhos ainda postos nos de Dominick, ouço uma pessoa a entrar na cozinha. Não olho para verificar de quem se trata, mas uma coisa é certa, os meus irmãos não são.
— Minha querida...
Estanco a respiração ao ouvir uma voz muito conhecida da minha infância. Ela era uma das pessoas que via regularmente enquanto ainda tinha liberdade para viver nesta casa.
Giro lentamente a cabeça na sua direção passando a ignorar Dominick. Lá estava ela. Com o seu famoso cabelo castanho atado num rabo de cavalo e dentro da sua farda cinzenta habitual. A minha Blenda. A minha cozinheira favorita, na qual tenho um carinho muito especial.
— Blenda...— Sussurro o seu nome numa voz trémula ao sentir a emoção a crescer dentro do meu peito a cada compasso que ela dá na minha direção.
Desencosto-me da bancada colocando a caneca sobre ela. Blenda pára na minha frente e sorri com ternura. Aperto os lábios e aguento firme no lugar, mas mesmo assim começo a sentir as lágrimas a atrapalhar a visão.
— Como está meu moranguinho?
Mostro-lhe um pequeno sorriso e limpo a pequena lágrima que acaba de escorrer pelo o canto do olho. Mordo o lábio quando este começa a tremer comunicando-me que estou a ponto de pisar a minha linha de risco. Inspiro profundamente e dou-lhe mais um sorriso ao ouvi-la a chamar-me, mais uma vez de moranguinho. O meu famoso apelido que ficou gravado em mim quando comecei a apaixonar-me pela sua deliciosa tarte de morangos. Se não fosse por essa razão, o apelido ficaria na mesma. Adoro comer morangos a toda a hora.
Blenda abre os braços, convidando-me a entrar neles. Olho os durante algum tempo tentando tomar a iniciativa de avançar, mas não consigo. É Blenda que toma a iniciativa e avança para me abraçar. Os seus braços magros envolvem o meu corpo com cuidado e com bastante ternura. E ali, naquele preciso momento desmancho-me em lágrimas envolvendo o seu corpo num abraço forte, com medo que ela se vá e deixe-me sozinha para enfrentar a vida que tenho daqui para a frente. Porque a outra vida, de à onze anos atrás, foi desmanchada e pintada em tons de vermelho e preto. E essa vida está presente no passado e presa no futuro.
— Minha querida. Oh, minha querida. — Sussurra.
Não me lembro de chorar tanto como estou a fazê-lo neste momento. Sempre fiz questão de chorar para dentro e nunca para fora. Gosto de ocultar os meus sentimentos e nunca de os demostrar em público. A vida fez como que assim o fosse.
Mas neste preciso momento, não consigo controlar esse sentimento. Blenda é a primeira abraçar-me desde... desde de há onze anos atrás. Nunca deixei ninguém se aproximar-se de mim como Blenda o fez. Não gosto de criar laços com ninguém. Porque cada laço que criei, foi cada facada dada no meu coração.
—Blenda — Murmuro o seu nome entre o choro.
—Esse é o nome da tua cozinheira preferida minha querida. — Solto um pequeno riso abafado e aperto ainda mais o seu corpo magro querendo obter mais do que um simples abraço de saudades. Eu queria obter o amor forte e puro que tem guardado nas suas veias.
— E ela nunca deixou de ser a minha cozinheira preferida mesmo estando longe. — Declaro com toda a sinceridade que tenho dentro de mim. Separo um pouco os nossos corpos e olho nos seus olhos doces. — Senti saudades suas.
— Eu também minha querida. — Afaga as minhas bochechas com as mãos, limpando o vestígio das lágrimas —Sempre tive esperanças que voltasse a casa, e aqui estás tu.
— Esta não é minha casa. — Blenda olha-me com tristeza — Eu nunca me senti em casa.
— Gostaria que tivesse uma opinião diferente. Mas sempre ouvi dizer que "A minha casa é onde o teu coração estiver."
— Isso é um bocadinho meloso. — Faço uma careta.
Ela risse e beija-me a testa.
—Oh querida, quando te apaixonares saberás que esta frase encaixa-se perfeitamente.
Forço um sorriso.
Apaixonar-me? Como, se não conheço num rapaz da minha idade e nunca beijei um para saber o que é apaixonar-me.
Blenda vendo o meu desconforto, segura-me nos ombros e olha-me profundamente nos meus olhos.
— Tenho fé querida, que algum dia vais ser uma menina livre e vais viver um conto de fadas.
— Eu vou ser livre Blenda. — Eu digo com determinação — Eu vim para ser livre e não uma prisioneira nesta casa. Jackson pode retirar a sua coroa de ouro da sua cabeça, porque não é rei nenhum para mandar e desmandar nas pessoas. Tenho dezoito anos, sou maior de idade e já tenho direito à herança da minha mãe, tal como Summer, e ele não pode fazer nada quanto a isso.
Ela abre a boca, mas rapidamente a fecha, ocultando-me os seus pensamentos. Por cima disso tudo vejo preocupação nos seus olhos.
— Não esteja preocupada Blenda.
Ela concorda com a cabeça e respira fundo.
— Que tal sentar-mos e comer-mos a tarte de morango que preparei de manhã, enquanto pomos a conversa em dia?
Não consigo conter um sorriso com o que acabo de ouvir.
— Excelente ideia.
Blenda afasta-se e não perco tempo em sentar-me nas cadeiras de pé alto que estão de frente para a ilha. Aproveito o momento —enquanto Blenda tira a tarte do frigorifico— para enxugar o meu rosto com as mãos.
— Estamos a ser vigiadas. — Comenta pousando a tarde sobre a mesa e a minha caneca de chá na minha frente para que acabasse de bebê-la.
Engulo em seco.
Merda, ele acaba de ver uma das minhas fraquezas.
Mordo a bochecha com força para conter a raiva que está a subir cada vez mais ao meu cérebro.
Acabo por pegar na caneca e levá-la aos lábios enquanto desvio o olhar para a ampla janela da cozinha. E lá estava ele. No seu perfeito fato e com aquela cara carrancuda. Mesmo que houvesse um furacão, aquele ser irritante continuaria na mesma posição e com o mesmo semblante.
Aperto com força a caneca e a pouso na ilha.
— Antes de você chegar, eu já estava a ser vigiada. —Respondo com desgosto ao vê-lo a erguer uma das suas sobrancelhas grossas na minha direção. Desvio o olhar para Blenda que corta o primeiro pedaço de tarte e põe num dos pratos de sobremesa.— Sabe alguma coisa sobre aquele infeliz cabulado? Além do seu nome esquisito e além do seu trabalho?
Não acredito que vou retirar informações através a minha cozinheira para conseguir usar contra ele, quase se vir a precisar.
— Sei. — Ouvir aquela pequena palavra, endireito-me rapidamente no banco.— É um bom homem e não tenho mais nada para dizer.
Trouço o nariz.
— Bom homem? Aquele homem que está lá fora, está longe de ser um bom homem Blenda. Muito longe. — Comento com um traço de irritação. — Mas é só isso que sabe?
Ela acaba de partir uma segunda fatia para si e levanta o seu olhar interrogativo na minha direção.
— Por que quê queres saber mais informações sobre o Dominick? — Encolho os ombros. Blenda suspira e cruza os braços. — Diz lá, o quê que ele fez?
— Chamou-me criança imatura.
Os seus olhos esbugalham-se com a informação que acaba de sair da minha boca. Ela desvia o olhar do meu para a janela e depois volta a olhar para mim.
— O quê que tu fizeste para que ele te chamasse isso?
— Nada de mais. — Encolho os ombros e pego na minha caneca para beber um pouco mais de chá antes de falar de novo— Simplesmente dei-lhe uma joelhada no meio das suas pernas.
— Eva Green, tu fizeste o quê!
Oh merda, acho que fiz mal contar-lhe.
— Fiz o que qualquer mulher no meu lugar faria. Dominick não é um homem bom. É mal-educado, ignorante e...odeio por seu o meu novo guarda-costas. — Blenda nega com a cabeça — Não sabe mesmo mais nada sobre ele?
— Não, não sei.
Sim sabe.
— Você gosta mesmo dele. — Murmuro um pouco ciumenta.
— Gosto. — Diz sincera— É um dos homens mais queridos e educados que aqui trabalha. Tens sorte de ele ser teu guarda-costas.
É por pouco tempo. Clayton vai voltar ao seu posto e Dominick vai se embora, nem que eu tenha que inventar uma história mesmo má para que seja despedido. Por enquanto acho que não é preciso inventar nenhuma história, tenho conteúdo que chegue para acabar com ele. E ele tem conteúdo que chegue para acabar comigo. Se for os dois a confrontar ao mesmo tempo, de certeza que chego a perder.
Merda!
Dou por mim, a apertar novamente a caneca, só que desta vez com mais força. Aperto os lábios e olho para Dominick que não desiste de me olhar. Não aguentando de ser observada por mais tempo, não com tenho em esconder os meus dedos direitos e deixar o do meio colado à caneca, somente para ele.
Agora estou mesmo a ser uma criança imatura.
— O neto de George está a trabalhar aqui nas suas férias de verão. —Ouço a comentar do nada, fazendo-me desviar atenção do meu guarda-costas para ela, vendo a minha cara de confusa diz. — Spencer está a trabalhar nos estábulos.
— Ainda existe os cavalos. — Franzo a testa — Julguei que Jackson ou até mesmo o falecido Niall já os tivessem vendido.
Ponho a caneca de parte. Pego num garfo pequeno que está sobre a mesa e começo a comer a minha fatia de tarte.
— Spencer está a tentar com que a Serena ande de cavalo. — Depois de enfiar o pedaço de tarte na boca deixo cair lentamente o garfo para baixo e olho com atenção para Blenda que sorri— Acho que ele quer tentar ser amigo dela, só que a tua irmã quando o vê chega a fugir dele.
Largo o garfo sobre o prato, pronta para me levantar da cadeira e ir atrás desse tal Spencer, se ele realmente fez algo com a minha irmã.
— Ele fez algu...— Sou rapidamente interrompida.
— Não, é também é um bom rapaz. — Suspiro aliviada — Eu conheço o melhor que o teu guarda-costas. Ele é meu neto, sendo que ando com George.
— Você o quê? Quando é que...
— Há cinco anos.
Sorrio com ternura.
— Ele é um bom homem.
— Sim, ele o é.
Os minutos passaram e nós continuamos a comer a tarte e a falar sobre o seu relacionamento amoroso com o jardineiro. Um momento ou outro, durante a conversa, pergunto sobre esse tal Spencer para ter a certeza de que ele é um bom rapaz e não fará uma parvoíce nenhuma com a minha irmã. Fiquei a saber que Spencer tem vinte e um anos, anda na universidade estadual da califórnia em Los Angeles, é capitão de futebol Americano e que está nos Alpes a passar férias na casa do seu avô e a trabalhar para ganhar dinheiro para pagar as suas propinas para o próximo ano.
Ouve só dois momentos naquela conversa em que perguntei sobre os meus dois meios-irmãos— aqueles que nem tiveram coragem para ir me buscar ou até mesmo esperar cá em casa por mim.
— Noah está em Londres, em trabalho. Jackson saiu à pouco para uma reunião de última hora, nem deve vir jantar.
— Oh... essa reunião deve ser muito importante. Deve ser para saber como roubar mais ao povo do que o meu pai alguma vez o fez.
Blenda não comenta nada, porque ela sabe que tenho razão.
Antes que Blenda ou eu começássemos uma nova conversa, um homem alto entra pela porta da cozinha. Olho o de cima a baixo querendo adivinhar de quem se trata o individuo, rapidamente descubro que é mais um da coleção de guarda-costas de Jackson. O fato preto e a gravata denunciaram o seu trabalho.
Ele entra numa postura rija e de braços afastados do seu corpo, movimentando-os coordenadamente enquanto anda. Mostrando o quanto é musculado e de certa forma que também trabalhou como militar. A sua postura é igualzinha a de Dominick. Naquele momento vi-me a girar a cabeça para a janela, vendo o meu guarda-costas de cenho franzido, a olhar para trás de mim enquanto continuava com as suas pernas afastadas e os seus braços à frente do seu corpo.
Volto com a cabeça para o homem que neste momento está a olhar-me. Estive com dificuldades em não arregalar os olhos e a não suspirar nervosamente quando os meus olhos viram os seus. São dois oceanos límpidos e cheios de pura frieza.
— Bruce Hard — Apresenta-se esticando a sua mão grossa na minha direção. Olho a por um segundo antes de resolver em pegar nela e apertar— A Menina deve ser a irmã de Summer, a Eva.
— Exatamente e você é um guarda-costas.
— Vê como adivinhou. — Diz sarcástico— Sou guarda-costas da sua irmã.
O quê? Onde é que está o Ed, o seu antigo guarda-costas?
Olho para Blenda perguntando silenciosamente sobre o Ed. Ela encolhe os ombros como se dissesse que não sabe. Blenda desvia o seu olhar para Bruce.
— Bruce...necessita de alguma coisa?
—Vinha perguntar a si, se a Menina Summer já desceu para comer alguma coisa.
— Ainda não.
— Então poderia arranjar qualquer coisa para que ela coma.
De relance, olho para Blenda que deita um sorriso comprometido e um pouco tenso na direção do guarda-costas. Este parece ser rápido a decifrar aquele pequeno código da cozinheira, por isso, chega a perguntar.
— Diga lá, o quê que se passa? — Pergunta um pouco tenso e sério.
— Acho que não vai consegui-la encontrar no quarto.
Bruce levanta uma das suas sobrancelhas grossas e passa a mão pela sua barba como se tivesse a conter.
— O quê...!
— Há uma hora atrás foi ao seu quarto e encontrei a porta fechada, mas abri na mesma com a chaves suplente. Ela não estava lá.
— E porquê que agora só me conta isso.
— Por que acho que a menina precisa de espaço.
Mordo o lábio para conter o sorriso.
— Eu não estou a acreditar nisto! Não estou! — Desabafa num rosno forte, dando a volta e saindo pela porta da cozinha em passos grande e controlados. Mesmo ele estando longe da cozinha consigo ouvir um grito de irritação a sair da sua garganta.
Blenda risse, nega com a cabeça e depois diz:
—É a segunda vez, em uma semana, que ela foge dele.
Hum... interessante. Pelos vistos estes meses cá em casa não vão ser tão enfadonhos. Posso por à prova o trabalho de Dominick e deixá-lo com a cabeça em água, brincando às escondidas. Se realmente fugir-se, ganharia o caso contra ele e ele deixaria o seu posto num abrir e fechar de olhos. E sobre tudo... não brincaria comigo como o fez há pouco no elevador.
Estremeço na cadeira ao lembrar desse episodio, mesmo assim deixo que um sorriso malandro se apodere do meu rosto e que o faça olhando na direção daquele rosto maduro e masculino que me encara desta vez com suspeita.
Dominick, será que estás a tentar intender o que se está a passar na minha mente neste momento?
Riu-me.
Não perdes pela demora querido. Não chegaste a inda a conhecer a verdadeira Eva Green com todos os seus defeitos e teimosias.
Pisco-lhe o olho e desvio o olhar para Blenda que me olha estupefacta e que depois nega com a cabeça.
Acho que ela sabe o que está na minha mente.