Cold Little Heart

By louisgivenchy

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Louis é um ômega com um passado abusivo e uma criança alfa. Alguns meses depois de se divorciar, Louis conhe... More

1. Sterling.
2. Two 'B's.
3. Hot Cocoa.
4. Bunnies.
5. Green to Blue.
6. Camellia Snowflake.
7. Baba.
8. Cuddly.
Glossary (sort of)
9. Thank You.
11. Nest [part II]
12. Eggplant.
13. The Woods.
14. Snowdrop.
15. Water.
16. Air.
17. Earth.
18. Fire.
19. New Moon.
20. Sitka.
21. Late.
22. Matthew.
23. Flower?
24. Demetrius.
25. Aliens.
26. Poor omega.
27. Long Enough I.
28. Long Enough II.
29. The End I.
30. The End II.
WARM LITTLE HEART (REPOST)

10. Nest [part I]

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By louisgivenchy



"Harry," A mulher sentou-se, "O que é que você fez -que te deixa tão preocupado, que faz você sentir que eles não vão te amar como você os ama?"

"Eu tinha dezenove anos quando me perguntaram se eu queria ser um líder. Depois de quatro meses, me perguntaram se eu queria estar envolvido no setor de tortura." Ele fechou os olhos. "Quando eu vi acontecer, pela primeira vez, eu estava com medo. -Eu não assisti, eu aprendi -eu fiquei entorpecido." Ele estendeu suas duas mãos, encarando-as, "A tortura física cria tortura psicológica -um não existe sem o outro. Quando eu quebro o dedo de alguém -quando eu faço senti-los como se estivessem se afogando -eles nunca poderão viver sem lembrar o que eu fiz." Harry cruzou as mãos novamente, "Você pode fechar seus olhos -e eles podem lhe dar analgésicos para suas doenças. Você pode receber terapia para caminhar, falar -novamente. Mas," Ele olhou pela janela, "você não pode fugir de sua própria mente."

A mulher assentiu lentamente.

Harry observou um carro passar.

"Um homem, uma vez, me implorou para parar -ele implorou tanto -ele chorou tão forte. Ele me deu toda a informação que eu precisava. O homem implorou-me para matá-lo -ele tinha dezoito anos e era filho de um líder," Os olhos de Harry formaram em lágrimas. "Eu assisti cada osso de seu corpo quebrar sob minhas mãos, eu vi seus olhos castanhos chorarem -e eu só podia me enxergar neles -clamando para ser livre." Ele fechou os olhos antes que as lágrimas caíssem, "Eu o mantive vivo por três dias -cada dia fazendo algo pior. Eu o enviei de volta para casa -quebrado -por dentro e por fora, pois aquele era o meu trabalho." Ele olhou para a mulher que pegava alguns lenços. "Porque eu estava servindo às pessoas que eu amava. -Como dizer aos seus filhos que você torturava pessoas quando eles perguntassem o que você fazia para viver? -Como dizer que você destruiu uma pessoa enquanto ainda as deixava viver?"

"Você foi torturado, Harry?"

     "Ossos quebrados, simulação de afogamento, tortura sonora." Ele olhou para o nada, "Queimaduras, espancamentos, estrangulamento -dê um nome a isso." Harry encolheu os ombros com indiferença, "Ninguém poderia me capturar, quando alguém o fez foi porque eu deixei." Seu lábio tremeu, "Seu pai estava tão bravo, triste -quase à beira da morte. Eu apenas fechei meus olhos para que eu não visse o filho dele neles. Eu fechei os olhos porque era a única tortura que eu podia sentir. -Dezoito anos, filho do líder -ele foi lançado em algo que não deveria estar. É assustador, você está tentando fazer bem ao seu povo." Ele pressionou os lábios, "Todos estão lutando por alguma coisa. Eu estou matando você para que você não mate o meu povo, e você está me matando para que eu não mate o seu."

"Foi simplesmente o seu trabalho, Harry."

    "Eu posso ver sangue nas minhas mãos, algo que você nunca poderá ver. A matança é bem-vinda às vezes," Ele bufou, "Se eu colocar você em uma caixa muito pequena, com um buraco do tamanho de uma moeda, alimentando você com gotas de água por esse mesmo buraco apenas uma vez no dia -eu poderia fazê-la executar qualquer coisa para mim. Eu poderia fazer o seu cérebro apodrecer, eu seria o seu Deus -privação de sono, privação sensorial, regressão psicológica e eu não precisaria pôr minhas mãos em você para que perdesse a cabeça. Se eu lhe desse uma arma, você se mataria sem pensar."

A mulher engoliu a seco.

"Eu quero encontrar uma família que vai me amar pelo que eu sou. Eu quero contá-los o que eu fiz porque eu não quero que eles sintam medo de mim -eu quero que eles se sintam seguros e confiantes de que eu sou um bom homem -um bom alfa, pai e marido." Ele colocou uma mão no peito, "Eu quero estabilidade e felicidade para mim, para o meu passado, para o meu futuro." Os olhos de Harry se encheram com lágrimas grossas. "Eu quero manter o meu ômega tão perto e nunca deixá-lo ir embora -eu quero que o meu filho sorria quando me ver e que ele queira estar perto de mim. Eu quero amor -eu renunciei, eu fui embora mesmo sendo implorado para ficar." Ele bateu no peito. "Eu fiz isso por mim, pela minha mente -pela família que eu rezo em ter." Ele encarou o espaço aberto. "Eu não quero que eles sintam receio de mim -do que eu sou capaz de fazer. Eu quero que eles me vejam -mas não daquele jeito."


-

"Vinte!"

    "Incrível, Abraham, o que vem depois do vinte?"

"Vinte e... um?"

"Muito bom. Veja, é muito simples, é como um ciclo."

"Vinte e dois, vinte e três?"

"Um alfa tão bom." Harry o pegou, beijando a criança até ele começar a rir. "Você cresceu muito em tão pouco tempo, estou orgulhoso de você."

Os olhos de Abraham brilharam, "Orgulhoso do Abby?"

"Isso mesmo." Harry assentiu, colocando-o de volta em sua cadeira. "Orgulhoso."

Abraham chutou as pernas, gritando com entusiasmo. "Orgulhoso! Como a mamãe!"

Harry assentiu. "Tenho certeza que sua mãe diz isso com frequência." Harry se animou, parando antes de pegar as tesouras na mesa. "Ômega."

"Mamãe!" Abraham rapidamente se arrastou para fora da cadeira, "Dia, mamãe!"

Harry virou a cadeira para encarar Louis, com a caixa de cereal e as tesouras em mãos. "Já é de tarde."

"Boa tarde, mamãe!"

Louis sorriu cambaleante, segurando Abraham com certa dificuldade. Ele bocejou baixinho, beijando o ombro de seu filho. "Boa tarde, precioso."

"Dormiu bem, mamãe?"

    "Sim, baby, obrigado." Ele se esticou, caminhando até a mesa de dois lugares. "Eu dormi muito bem."

Harry observou Louis, ele ainda estava cortando cada peça do quebra-cabeça. Louis sorriu para ele, "Boa tarde, Harry."

Harry curvou a cabeça brevemente, "Boa tarde, Camellia."

"Came -came -illa?" Abraham estava com o polegar na boca. "Baba, o que é came-illa?"

"É Camellia, Abraham, uma flor." Harry colocou uma pequena peça de quebra-cabeça no chão.

Abraham riu, agarrando a mão de Louis ao redor dele, "Mamãe não é uma flor."

Louis beijou o topo de sua cabeça, "Eu não sou, baby."

"Não?" Harry largou a caixa e as tesouras. "A mamãe tem um cheiro bom, certo?"

Abraham assentiu rapidamente, "Gostoso!"

"Sim, e as flores cheiram bem, certo?"

"Gostoso!"

Louis cobriu o rosto com uma mão, corando. "Meu deus."

"E a mamãe é linda, certo?"

    "Sim! Mamãe linda!"

    "E as flores são lindas, certo?"

"Sim!"

Louis rosnou, "Por que..."

"Parece que," Harry ergueu a cadeira mais perto, abrindo as pernas para puxar a cadeira de Louis para mais próximo dele. "a mamãe pode ser uma flor."

Abraham ficou calado por um momento, antes que seus olhos se arregalassem. Ele olhou de volta para Louis, com a boca entreaberta. "Mamãe é uma flor!"

"Eu não sou, Abby." Louis riu, "Harry está sendo bobo."

Abraham franziu a testa, "Mamãe é uma flor."

"Sim, ele é." Harry colocou uma mão sobre o joelho de Louis, apertando-o. Ele se inclinou, beijando o ômega brevemente. "Mm, realmente uma flor." As bochechas de Louis ficaram quentes.

"Eu, eu." Abraham sussurrou, virando-se para beijar sua mãe nos lábios. Ele bicou os lábios dele, sorrindo, "Como o baba."

Harry sentou-se para trás, com os braços cruzados, sorrindo, "Abraham -mostre à sua mãe como você conta."

Louis mordeu o lábio, olhando ansiosamente àquele sorriso -as covinhas. Ele lambeu o lábio inferior, o ambiente se tornando quente.

"Vinte!"

Louis pulou, olhando em volta e depois para Abraham, que estava olhando orgulhoso para ele. Ele respirou, sorrindo grande, "Bom -trabalho, baby!"

"Orgulhoso, mamãe?"

"Muito." Louis abraçou seu filho, olhando fixamente para os olhos do alfa que os observava de perto, "Muito orgulhoso, precioso."


  -

"Eu fui demitido." Louis olhou para o telefone. "E o meu telefone agora está quebrado." Ele colocou o telefone de lado, pegando um envelope. "E a pensão alimentícia está aqui."

"Seu ex-marido te da pensão alimentícia?" Harry questionou, colocando as cenouras cortadas na panela como Louis pediu.

    "Sim, eu uso para o aluguel e a luz -e depois eu guardo o que sobra para pagar alguma dívida." Louis abriu o envelope, apoiado no balcão. "É mais difícil que o habitual."

"Ele lhe manda dinheiro?" Harry temperou as cenouras com temperos que ele nunca tinha ouvido falar (açafrão?)

"Não, nem sempre." Louis pegou o cheque, vendo o valor correto antes de retirar a carta. Ele abriu lentamente, lendo o que estava em destaque. Louis gemeu, "Irritante. Mal posso esperar até que eu não precise mais disso."

"Você pode rejeitar, se quiser." Harry falou sério. "O que é?" Ele adicionou outro tempero, levantando ambas as sobrancelhas quando as cenouras ficaram em um tom vermelho-brilhante.

Louis rapidamente rasgou a carta, jogando-a fora. "Ele está falando bobagem."

Harry olhou para o papel, "Por que você rasgou? Eu poderia ter lido."

    Louis cruzou os braços, "Para quê? É só estupidez."

"Você está chateado." Harry empurrou Louis contra o balcão, encostando seus narizes. "Se você está chateado, então deixe-me estar chateado com você. Eu tenho certeza que seja lá o que ele tiver escrito também me deixará triste."

Louis balançou a cabeça, tentando não sorrir. "Harry, isso não faz sentido."

Harry sorriu lentamente, os lábios pressionados nos de Louis, "Faz sentido para mim. Se você está feliz, eu quero estar feliz, se você está triste... "

"Você quer estar triste?" Louis riu, colocando duas mãos no peito de Harry. "Alfa bobo."

"Por você eu posso ser muito bobo." Ele envolveu as duas mãos em torno da cintura de Louis, beijando seu pescoço. Louis virou o pescoço para o lado, expondo a garganta para os beijos molhados de Harry. Ele farejou o ar quando um cheiro engraçado preencheu seu nariz.

"Harry," Ele se afastou devagar, "O que você colocou nas cenouras?"

Harry virou-se para a panela que continha as cenouras vermelhas. "Não sei, eu coloquei muitas coisas."

Louis pegou dois dos temperos no balcão, "O que -açafrão, pimenta caiena? Harry, onde você achou essas coisas? "

"Eu comprei enquanto você estava dormindo."

    "Açafrão? Isso não é para cenouras -e a caiena é picante."

    "Eu gosto de picante."

    "Sim," Louis riu, "Mas olhe, você provavelmente colocou demais." Harry colocou a mão na panela, puxando uma cenoura vermelha. O maxilar de Louis caiu, "Não está quente?

    "Na verdade, não." Harry enfiou na boca, os olhos piscando rapidamente. "Não é comestível."

    Louis jogou a cabeça para trás, gargalhando, "Você achou que teria gosto de quê?"

    Harry tirou a panela no fogão, "Não desse jeito." Ele sacudiu a cabeça, "Nojento."

    Louis segurou o estômago, abafando o riso, "Deve estar muito quente."

    "Você gostaria de tentar?"

    Louis negou, "Eu não gosto de açafrão."

    Harry olhou para a panela, "Você acha que eu exagerei?"

    Louis apertou os lábios, tentando não rir mais. "Não, Harry, você se saiu bem."


                                    -

    "Baba," Abraham falou do banco de trás.

    "Sim, Abraham."

    O pequeno alfa pôs os pequenos pés no banco do carro, "Vamos ver o Isa?"

    "Sim, mais tarde iremos, agora vamos comprar algumas coisas na loja."

    "Comprar algumas coisas." Abraham repetiu, brincando com o umbigo, "Que coisas?"

    Louis voltou para encarar seu filho do assento do passageiro. "Embora eu não tenha concordado com isso." Ele suspirou, "Harry quer comprar algumas coisas para um ninho."

    "Ninho?"

    "Sim, baby. É como a cama de Harry, mas em um tamanho menor. "

    "Mm," Abraham bateu palma, "Como a cama do Baba."

    "Sim, se chama ninho."

    "Ninho." Abraham concordou, "Ninho do baba."

    "Eu vou fazer um para você, Abraham, para que você possa dormir lá."

    "Com a mamãe!"

    "Não," Harry se virou para a luz, "Sem ele, a mamãe precisa de sua própria cama."

    Louis revirou os olhos, balançando a cabeça. "Péssima ideia..."

    "O que -não!" Abraham agitou a cabeça, "Com a mamãe!"

    "Não, e por favor não grite." Harry deixou um homem atravessar a rua, "Você vai crescer e a mamãe precisa de seu próprio espaço, assim como você."

    "Não!" Abraham gritou, tentando sair de sua cadeira, "Eu digo não!"

    Louis suspirou, "Abby, por favor."

    Abraham choramingou, chutando as pernas e batendo os braços. "Não, não, não!"

    Harry estacionou em um local no estacionamento rapidamente. Parando o carro e saindo. Louis, apressadamente, saiu do veículo, seus braços bloqueando o acesso de Harry ao banco traseiro. O ômega estava respirando com força, a preocupação era visível em seus olhos, "Não bata no meu filho."

    Os lábios de Harry formaram uma carranca, "Você acha que eu -você não confia em mim?"

    Louis engoliu a seco, os lábios tremendo, "Eu confio..." Ele se virou, abrindo a porta lentamente. Abraham estava com o rosto avermelhado, a voz rouca.

    Harry desafivelou Abraham e agarrou seus braços, "Não me bata." Ele enxugou o rosto de Abraham com a mão. "Se você não se comportar, você não vai ver o Isa hoje."

    Abraham estava respirando forte, seu tórax subindo e descendo rapidamente.

    "Ouça com atenção, eu não vou repetir." Harry o encarou, "Você me entendeu?"

    Abraham assentiu, com medo.

    "Eu estou aqui para você, eu estou aqui para a sua mãe. Mas se você agir como você agiu, eu não farei mais isso."

    "Não..." Abraham choramingou.

    "Eu não mandei você falar."

    Abraham cobriu a boca com as mãos, novas lágrimas caindo por seu rosto.

    "Quando você fala, eu escuto, então, quando eu falar, eu espero o mesmo. Gritar, chutar e chorar do jeito que você fez é muito errado -eu não gosto, a mamãe não gosta. Não é justo. Se eu fizesse isso, você ficaria com medo, não é?"

    Abraham tossiu, "Medo."

    "Então, quando você faz isso, você não acha que também está assustando alguém? Você está assustando a mamãe, você está me assustando. Você é um alfa -alfas são mais propensos a raiva, não se permita ser tão comum, porque você não é. Você é forte e poderoso e você quer proteger a mamãe, certo?"

    "Sim..."

    "Quando você age desse jeito, você está fazendo o contrário, está machucando a mamãe, mesmo sem tocar nele. A mamãe o criou tão bem, sozinho -demonstre isso. Se você agir dessa maneira as pessoas vão olhar sua mãe com maus olhos e eles vão achar que ele também é louco. A mamãe é louco?"

    "Não..."

    "Eu não quero que isso aconteça novamente, você me entendeu?"

    "Entendi, baba..."

    "Peça desculpas à mamãe." Harry se afastou, deixando o ômega nervoso na frente dele. "Diga a ele o que você fez de errado."

    "Eu -eu," Abraham enxugou o rosto. "Sinto muito, mamãe -eu gritei, chutei -e chorei, desculpa."

    "Eu aceito suas desculpas, precioso." Louis agarrou seu filho, abraçando-o. Ele enxugou as próprias lágrimas. "Harry está certo, baby, ele é tão bom tentando nos ajudar." Louis o beijou, "Nós temos que ouvir o Harry para aprender com ele."

    Abraham assentiu, limpando as lágrimas que manchavam o rosto de Louis, "Sim, mamãe -por favor, não chore."

    "Eu só estou feliz, baby, fico feliz por você ter se acalmado sem o seu cobertor." Ele riu tristemente, "Você foi muito bem, você não chutou ninguém -é algo que nós devemos tentar melhor, é um ótimo passo." Ele lambeu o nariz de Abraham, "Você tem um alfa tão bom para ensinar você a corrigir as coisas." Louis sorriu, "E o Harry, você pode se desculpar com ele, por favor? Eu acho que ele merece."

    "Baba..." Abraham estendeu os braços, tremendo.

    Harry estendeu a mão para ele, tirando-o do carro. "Sim."

    "Desculpe -por ser mau," Abraham disse ainda chorando. "Eu vou ser bom."

    "É isso que eu quero ouvir." Ele aromatizou a criança para acalmá-lo. Harry lambeu o rosto frio de Abraham, "Você acha que está pronto para entrar ou você gostaria de esperar um minuto?"

    Abraham fungou, "Pronto."

    "Nós vamos fazer um ninho para você. Será no mesmo quarto que o da sua mãe, só que no chão. Na natureza, de onde eu venho, é comum que as crianças tenham seus próprios ninhos -seus quartos. Porque você compartilha um quarto, você terá o seu próprio ninho."

    Abraham fez bico, "Mas -a mamãe."

    "Ele não vai a lugar nenhum. Ele ainda estará no quarto." Harry ajustou o casaco de Abraham, "Mas a mamãe precisa de espaço, e se eu quiser dormir também -onde vai ser?

    Abraham olhou para Louis, franzindo a testa, "Comigo e com a mamãe."

    "Mas eu não vou caber se você estiver na cama."

    Abraham cruzou os braços, chateado, "Sofá!"

    Harry riu, beijando sua bochecha gordinha, "O sofá -mas se eu quiser dormir na cama?"

    Abraham manteve os braços cruzados, "Eu e a mamãe no sofá!"

    Louis riu, tocando a parte traseira da cabeça do filho. "Tudo bem, baby. Quando nos mudarmos você terá o seu próprio quarto."

    Abraham levantou as sobrancelhas, "Para Alka?"

    "Alaska," Harry gemeu, revirando os olhos.

    "Sim," Louis afastou o olhar irritado para o grande alfa, "Para o Alaska, Abby. Eu quero que você tenha o seu próprio quarto."

    Abraham pensou naquilo, "Isa vivia em Alka."

    "É verdade, baby."

    Abraham olhou para Harry, "Isa tem seu próprio quarto?"

    Harry assentiu, "Sim, e ele também tem um ninho."

    Abraham mordeu o lábio, "O -okay, mamãe -baba, eu também quero ter um ninho."


                                      -

    "Pegue um travesseiro." Harry segurava três cobertores que haviam sido escolhidos por Abraham e Louis fazia o mesmo com um pequeno bicho de pelúcia. Ainda que a criança estivesse cautelosa quanto ao seu próprio ninho, ele estava muito animado para escolher suas próprias coisas.

    "Travesseiro, travesseiro." A criança murmurou para si mesmo. Ele pegou um travesseiro rosa, "Quero!"

    Harry agarrou-o, "Pegue outro."

    Abraham riu, batendo palmas. Ele pegou um travesseiro verde com a imagem de um sapo. "Quero!"

    Harry pegou mais um, "Outro."

    "Yay!" Abraham gritou, pegando um travesseiro que continha a foto de um lobo de desenho animado. "Quero!"

    Louis pegou a almofada, gargalhando quando viu os braços de Harry.

    "Okay," Harry olhou em volta, "Um edredom."

    "Você tem certeza de que não devemos pegar um carrinho?"

    "Não há necessidade." Harry deu a Abraham um travesseiro. "Segure isso, por favor."

    Abraham apertou o objeto no rosto. "Eu vou segurar."

    "Bom menino." Harry olhou em volta, "Eu estou vendo edredons para criança -depois disso iremos para minha casa."

    "Casa do baba, casa do baba." Abraham cantarolou, o som saindo abafado pelo grande travesseiro. Ele colidiu em uma parede. "Oof."

    Louis riu, guiando seu filho na frente dele, "Cuidado, baby."

    "Sim, mamãe."

    "Abraham." Harry pegou o travesseiro. "Escolha um edredom."

    Abraham saltou sobre os pés, olhando ao redor, "Oh! Mamãe, mamãe, olha! "Ele apontou para um edredom de lobo.

    "Oh, é o lobo do seu programa de TV?"

    "Sim!" Abraham tentou agarrá-lo, "Quero, baba, quero, por favor!"

    Harry lhe deu o travesseiro, "Segure isso, por favor." Ele segurou o edredom, revirando os olhos, "É aquele menino lobo."

    "Quero!" Abraham lamuriou, "Por favor!"

    "Abby," A voz de Louis o advertiu, "Não implore."

    "Sua mãe está certo, eu já disse que vou comprar. O show é apenas muito irreal e pouco atraente."

    Abraham se balançou em seu lugar, "Eu gosto -Kenny é como o baba."

    "Eu vou assumir que 'Kenny' é o nome deste menino. Eu não sou maior do que a minha casa."

    "Mas -mas, o Kenny é corajoso e legal!"

    "Obrigado," Harry arrumou o edredom no ombro, "Eu não vou mudar o meu ponto de vista sobre esse programa, mas aprecio o seu sentimento."

    "Deixe o meu filho." Louis sorriu, cutucando Abraham. "Venha, Abby."

                                     -

    O pequeno lobo preto apareceu rastejando assim que a porta foi aberta. Uma vez que Abraham estava dentro -ele pulou. Isaac correu para o garotinho, derrubando-o. Harry o pegou antes que ele pudesse cair, "Te peguei."

    Zayn caminhou em direção ao grupo, "Isaac, isso é perigoso -Abraham poderia ter caído."

    O pequeno lobo correu em círculos, choramingando.

    Abraham arregalou os olhos, sendo empurrado para trás. Ele olhou para Harry e em seguida para Isaac, "Isa...?"

    Isaac ergueu a cabeça, aproximou-se, farejando os pequenos sapatos de Abraham.

    Abraham pisou os pés levemente, rindo, "Isa!"

    Louis sorriu, "É o Isa, Abby, ele está em sua forma de lobo.

    Abraham se agachou, tocando o ômega delicadamente. "Mm, Isa macio."

    O filhote choramingou alegremente, se deitando. Abraham bateu palmas, coçando o estômago do pequeno lobo preto. Harry conduziu Louis para dentro da casa, deixando as bolsas caírem no chão. "Afaste-se, por favor, Abraham -retire seus sapatos." Ele beijou rapidamente a bochecha de Louis, "Eu vou mover o carro."

    Louis colocou as outras bolsas no chão, "Sim, Harry."

    Abraham caiu de bunda no chão, puxando os cadarços até que se separassem. Ele tirou ambos os sapatos, entregando-os para Louis.

    Louis sorriu. "Bem, obrigado, Abby." Ele os colocou no tapete ao lado de outros pares de sapatos antes de remover o dele.

    "De nada, mamãe." Abraham sacudiu seus longos cabelos ondulados quando Louis removeu seu suéter. Abraham apontou com entusiasmo para o filhote. "Eu brincar com o Isa, mamãe?"

    "Claro, baby, pode ir."

    Zayn se afastou das crianças animadas, sorrindo para Louis. "Peço desculpas pelo Isaac, ele estava muito animado para ver o Abraham."

    Louis ergueu a mão, "Não, não, não precisa. Isaac é muito doce -Abraham ficou muito animado em vê-lo também." Ele corou, "Peço desculpas, eu sei que vocês são uma família -não queremos interferir."

    "Bobagem." Zayn inclinou-se, "Vocês são uma adorável companhia." Ele cruzou os braços, "Infelizmente não nos damos bem com meias-raça, mas você é diferente."

    Louis engoliu a seco, esfregando os braços, rindo. "Espero que isso não signifique algo ruim."

    "De modo algum." Zayn assentiu quando Harry voltou para dentro, tirando o casaco. "Você é muito respeitoso -embora não seja uma surpresa, visto que você é de uma linha de sangue direta."

    Harry veio por trás de Louis, lambendo o lado de seu pescoço carinhosamente. "Com licença," Ele pressionou o nariz na pele de Louis, "Você ainda está com frio, ômega? Precisa do seu suéter?"

    Louis olhou para si mesmo com um sorriso suave. "Eu esqueci, mas não está frio." Harry o ajudou a remover o casaco e a pendurá-lo. "Obrigado... e obrigado, Zayn, você é muito gentil."

    "Claro."

    "Alfa." Liam caminhou até eles. "Você banhou o Isaac?"

    "Sim, meu amor." Zayn estendeu uma mão para ele, "Você adormeceu lá fora, como foi?"

    "Adorável." Liam sorriu contente, com uma mão na barriga. "Louis, Harry."

    "Olá, ômega." Harry agarrou a mão de Liam, beijando-a. "Como você está se sentindo hoje?"

    "Bem," Ele cantarolou, "Um pouco quente."

    "Se quiser eu posso diminuir o ar."

    "Não, Harry, obrigado. Dormir lá fora me fez bem." Ele olhou para Louis que estava parado. "Como você está, Louis?"

    "Oh, muito bem, obrigado."

    Liam sorriu, "Você tirou o dia de folga?"

    Louis sacudiu a cabeça, olhando para baixo, "Não -apenas algumas complicações que me fizeram ficar em casa."

    Liam franziu a testa, "Oh, minhas desculpas."

    "Não, não tem problema."

    Harry agarrou o ômega, aconchegando Louis sob seu braço. "Você está com fome, Camellia?"

    "Não, Harry, obrigado."

    Liam estendeu a mão para Louis, que parecia surpreso. "Posso tomá-lo de você, Harry?"

    Harry assentiu, pegando uma bolsa que havia deixado no chão, "Se ele permitir -eu vou levar esses quebra-cabeças para o Abraham." Zayn inclinou a cabeça para ambos os ômegas, seguindo atrás de Harry.

    Louis corou, "Oi."

    Liam sorriu, havia um brilho em sua pele -e Louis não sabia se era apenas por causa da gravidez. O que parecia era que todos os raças-pura eram lindos. "Olá, posso te levar?"

    Louis corou, "Claro que pode."

    Liam riu, conduzindo Louis cuidadosamente para o sofá. Ele se sentou no monte de travesseiros no chão, deitado de lado, "Sente-se, por favor."

    Louis sentou na beirada do sofá, com as mãos no colo. "Fiz algo de errado?"

    "Não," Liam riu, "Não é nada, eu só queria conversar." Ele suspirou, "Eu adoro o Abraham, ele foi criado tão bem."

    Louis curvou-se, "Obrigado, eu penso o mesmo do Isaac. Ele ama muito a Abraham -ele o primeiro amigo de Abraham, além de uma estrela do mar."

    Liam sorriu, "Eu vejo." Ele piscou lentamente para Louis, "Você não tem nenhuma obrigação de me responder, eu só acho que é fofo. Harry e você -o jeito que ele o segura, vocês dois parecem tão próximos."

    Louis apertou os joelhos, nervoso. "Eu -acredito que eu gosto de Harry, ele é -tão doce, tão bom para mim -para Abraham." Ele mordeu o lábio, "Eu não sei -nós não estamos juntos, apesar de tudo."

    Liam sorriu, "Lindo." Ele mordeu o lábio, "Você -tem uma cicatriz leve na parte de trás do seu pescoço -você estava ligado a alguém?"

    A respiração de Louis parou por um momento, sua mão voando até a marca. Liam rapidamente se sentou, "Não fique estressado -não me ofendeu, é apenas uma pergunta."

    Louis expirou. "Eu -eu estava ligado a um alfa abusivo, eu o deixei pelo Abraham -por mim."

    Liam assentiu com entendimento. "Sinto muito por ouvir isso." Ele sorriu gentilmente, "Harry nunca o machucará intencionalmente, caso você esteja preocupado."

    Louis sorriu, "Sim, eu sei, eu confio muito nele -ele o único alfa que eu confio."

    Liam olhou brevemente para a ampla sala de estar, "Eu não sei, se você sabe."

    Louis olhou para o ômega grávido, "O quê?"

    "Não é para forçá-lo a nada, é apenas um lembrete -os meias-raça tendem a ser um pouco ignorantes sobre as capacidades de um raça-pura, não estou dizendo que você é assim." Liam encolheu os ombros, "Não sei o quanto você sabe."

    "Oh, não muito, se houver algo que eu deveria saber -por favor, fale comigo."

    Liam colocou duas mãos na barriga, "Quando um elo é formado em 'seu mundo', ensina-se que é impossível quebrar sem a morte. Claro que você pode se ligar novamente, mas o vínculo original permanecerá."

    Louis esfregou o pescoço, "Sim, infelizmente."

    "Infeliz e falso." Os olhos de Louis se arregalaram. "Um lobo pode quebrar essa ligação." Liam apertou os dedos, separando-os. "Imagine como duas linhas finas feitas de aço. Os dentes de um meia-raça nunca poderiam quebra-las, metaforicamente, mas um raça-pura conseguiria." Ele riu da expressão chocada de Louis. "Os lobos são a espécie dominante, os meias-raça querendo acreditar ou não, nós somos. A única razão pela qual eles sobreviveram é por causa do nosso gene. Se você desejar ligar-se a Harry, no futuro, você pode e só será com ele." Ele mordeu o lábio, "Embora possa doer."

    Louis ficou atordoado. Ele sempre foi ensinado que quando você se liga a alguém, aquilo será para a vida. Não havia como quebrar o vínculo, a menos que um ou ambos morressem. CJ sempre o sentiria, mesmo que a marca não estivesse realmente lá -e vice-versa. Louis não queria nada com o homem, ele queria que todos os vestígios dele fossem apagados.

    Louis jogou fora fotos, roupas, presentes; tudo o que poderia ser rastreado até o horrível alfa. Louis não tinha nada de CJ, exceto Abraham e seu vínculo "interno". Mas -Harry poderia removê-lo. Deveria ter sigo algo que tivesse o preocupado brevemente. Louis às vezes se sentia sujo quando estava ao redor de Harry, preocupado com o julgamento. Quem quer estar com alguém que não está realmente com você?

    Essa foi a razão pela qual a remoção da marca foi tão malvista. Eventualmente, a cicatriz desapareceria completamente. Seu novo amor nunca saberia que você já estava vinculado a alguém e isto era visto como um truque. Seu corpo está aqui, seu coração está em outro lugar.

    "É apenas um lembrete." Liam bocejou, "Para manter seu coração à vontade."

    Louis rapidamente se afastou do sofá, no chão, ao lado de Liam. "Eu tenho -outras perguntas."

    Liam sorriu, "Pergunte."

    Louis esfregou as mãos devido ao frio da casa de Harry. "Hum, se -se eu fosse o parceiro de Harry, poderíamos nos casar?"

    Liam franziu a testa, "Por lei, não. O casamento é um tipo diferente de vínculo. Se você se casar, ninguém vai prejudicá-lo, mas se você realmente quiser se casar num tribunal -então, não, eles não irão conceder um casamento misto." Ele encolheu os ombros. "Estou certo de que você pode tentar -Harry é muito bem conhecido nessas partes, nunca se sabe."

    Louis assentiu, franzindo um pouco a testa. "Tudo bem."

    Liam tocou seu rosto, "Harry não é ignorante para nenhuma dessas coisas. Ele sabe no que está se envolvendo se ele quiser estar com você, e eu sei que é o que ele quer."

    Louis sorriu, esfregando as pernas, "Obrigado -e se ele quiser filhos?"

    Liam limpou a garganta suavemente, mordiscando os lábios. "Se você tem filhos, não temos certeza do que exatamente pode acontecer -temos, talvez, cinco meias-raça em todo o Alaska e nenhum deles está ligado com lobos ou são linhas diretas de sangue. Os linhas direta de sangue são extremamente incomuns. Você," Liam sussurrou, "é um linha de sangue direta, o que o torna muito especial."

    "Especial?"

    "Ficamos muito surpresos, mas talvez não devêssemos. Você é muito diferente dos ômegas de raça-pura." Liam lambeu os lábios, "Se você se ligar ao Harry -há uma grande chance de você conceber uma criança de raça-pura."

    Louis corou, "Uma -criança?"

    "Sim." Liam sorriu gentilmente, "Ser um linha direta de sangue é quase como ter dois lobos. A linhagem de lobo de Harry é muito forte -Abraham, ele mesmo, tem muitos traços físicos de você -de um lobo. Como os olhos, cabelo -qualidades de proteção. Seu antigo companheiro contribuiu apenas numa pequena parte da criação de seu filho, você e sua linhagem fizeram a maior parte do trabalho."

    Os lábios de Louis tremeram, "Oh..." Ele cobriu seus olhos, chorando. Liam o puxou para um abraço. "Sinto muito."

    "Sh," Liam disse, "Desculpe, eu não queria fazer você chorar."

    Louis levantou a cabeça, fungando, "Eu só estou feliz, são -as palavras que eu sempre quis ouvir." Ele cobriu o rosto, soluçando baixinho, "Obrigado."

    "Camellia."

    "Mamãe!" Abraham correu para sua mãe, tropeçando duas vezes. Ele afastou as mãos de Louis de seu rosto, franzindo a testa, "Mamãe, o que aconteceu?"

    Harry se ajoelhou ao lado dele, as mãos nas costas de Louis. "Liam."

    "Ele só está feliz." Os olhos de Liam estavam arregalados, "Não se preocupe."

    Harry abaixou o olhar, beijando o ombro de Louis. "Levante, Camellia. Abraham, deixe sua mãe se levantar."

    Abraham saiu do colo de Louis, com os dedos cruzados. "Baba, mamãe bem?"

    "Ele está bem, eu vou cuidar dele." Harry levantou Louis, segurando-o pelas coxas. "Vá brincar com o Isaac."

    "Sim, baba." Abraham olhou mais algumas vezes antes de sair.

    "Sh, ômega, eu estou aqui." Harry o soltou suavemente.

    Liam ainda estava encarando, "Você -escutou ele?"

    Harry não respondeu.

    Liam olhou para suas pernas, "Você não ouviu -Abraham veio porque ele sabe quando há algo de errado com sua mãe -eles estão conectados através do DNA." Ele fitou o alfa, "Por que você veio?"

    "Porque eu senti que ele estava chorando." Harry não disse outra palavra, saindo do cômodo.

    Liam permaneceu nos travesseiros, recostado, com a mão sobre a barriga. "Hm -interessante."








                                      -

• Capitulo traduzido por Elstommo

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