Manuela Narrando
- Depois de ter conversado com o Matheus, sai andando em direção ao hospital novamente.
Percebo que o mesmo nem sequer tinha voltado e eu realmente não estava me importando com aquilo. Ele precisava do seu tempo depois de ter conversas comigo.
Quando chego em frente ao quanto do Justin, abro sem bater e vejo Laíla deitada ao lado dele. Os dois riam de algo, entro e fecho a porta fazendo eles me encararem sorrindo.
Laíla - Cadê o Matheus? - Me olhou confusa.
Eu - Foi embora, não aguentou ouvir umas verdades. Posso me juntar com vocês? - Faço bico e Justin abre os braços me fazendo deitar ao seu lado deitando minha cabeça em seu peito.
Justin - Essa maca vai quebrar, vocês são gordas. - Implicou nos fazendo rir.
Laíla - Idiota... - Bufou.
Eu - O que estavam fazendo e conversando depois que eu sai? - Pergunto.
Justin - Estava dando uns conselhos para essa cabeçuda! - Bagunçou o cabelo de Laíla que riu.
Eu não tinha ciúmes dos dois, era até bom ver os dois unidos desse jeito. Eu achava lindo o modo que eles se tratavam mesmo depois de ter terminado.
Os mesmo acabaram criando uma amizade de "melhores amigos" e isso só me faz entender que existe sim amizade entre homem e mulher e que nem sempre tem segundas intenções. E então, eu confio nos dois!
Eu - E ela pegou os conselhos? Porque essa aí é teimosa viu. - Brinco e ela me olha incrédula.
Laíla - Estão de complô contra mim é? - Saiu da maca emburrada e foi até a janela.
Vinicius - LAÍLA SUA LOUCA NÃO SE JOGA DAÍ! - Correu pegando na cintura da mesma.
Laíla - QUE? KKKKKK - Começou á ri nos braços dos mesmo.
Rodrigo - Prometo que não dei nenhum tipo de medicamento á ele! - Levantou os braços em forma de rendição.
Justin - Para de ser doente Vinicius! - Jogou seu travesseiro no mesmo.
Vinicius - Aí credo, eu pensei que ela ia se jogar por causa do gostoso do Matheus. - Fez careta e Laíla o olhou perplexa.
Laíla - Eu ainda estou aqui, tá bom? - Cruzou os braços.
Vanessa - Gente, o papo está ótimo mas podemos logo fazer a oração? Eu preciso realmente ir pra casa. - Sorriu meiga.
Justin - Claro... - Suspirou e eu pego em sua mão.
Rodrigo - Mas depois iremos comer né? Só vim aqui para comer mesmo. - Olhou para Justin rindo.
Justin - Sei... - Rolou os olhos.
Vanessa - Sim, depois iremos comer antes de irmos. - Deu um riso.
Laíla - Eu adoraria ficar mas... preciso ir. - Beijou todos nós nos deixando sem entender.
Vinicius - Ué, você vai aonde mulher? - Colocou a mão na cintura.
Laíla - Não te interessa bicha! - Mandou um beijo e saiu correndo.
Vinicius - Garota bipolar e marrenta, credo. - Fingiu jogar um cabelo imaginário nos fazendo rir.
Laíla Narrando
- Não queria ficar, eu não conseguiria ficar ali no meio deles pensando aonde o Matheus poderia ter ido.
Depois de ter parado um táxi no meio da rua, eu entro e dou o endereço da minha casa.
No caminho eu fui pensando sobre esse lance de ainda não ter sido pedida em namoro. Talvez eu estivesse fazendo uma tempestade em um copo d'água, talvez não fosse necessário ter realmente um pedido de namoro da parte do Matheus.
Mas no fundo, eu só queria que o nosso relacionamento fosse como os outros. Não que eu me importasse com a aliança, isso apenas é um objeto insignificante. Eu só queria vê-lo se ajoelhando em minha frente me pedindo em namoro e dizendo o quanto me ama.
Eu ficaria tão feliz, feliz em saber que ele realmente me ama e que em nenhum momento eu fui um brinquedo na vida dele. Que eu nunca fui uma oportunidade dele querer provocar com o meu pai só pelo mesmo ter afastado tanto a minha mãe dele na adolescência.
-- Ninguém nunca pensou nisso, mas eu sempre pensei.... --
Eu não pediria ninguém em namoro, não iria dar uma de "diferentona" como eu sempre dou. Ainda mais quando se trata do Matheus, o garoto mais sério do "bando" que talvez odiaria isso.
Eu poderia levar um não bem dado pelo mesmo e isso me machucaria profundamente. Eu só não queria ficar com essa enorme dúvida se ele realmente me ama ou não enquanto estivesse ao seu lado.
-- O maior problema é, o Matheus nunca provou isso de um modo como eu ando provando. --
Assim que o taxista chega, eu o pago e desço entrando em casa. No andar de baixo não tinha ninguém, suspiro e subo as escadas.
Laís - Laíla? - Me chamou e eu fui em direção ao seu quarto.
Eu - Diga... - Abro a porta.
Laís - Matheus deixou isso aqui. - Me entregou uma caixinha.
Pego a caixinha com o coração quase saindo pela boca e ela sorri, saio do quarto praticamente voando e entro no meu me jogando na cama no escuro mesmo.
Ao abrir a caixinha tinha uma chave dourada, eu estranhei aquilo e peguei o papelzinho embrulhado que tinha ali e o abrir devagar.
⋰Cartinha On ⋱
❛❛ — Sabe, eu peguei essa chave escondido do seu pai á algum tempo atrás. Eu estava tomando coragem para te levar nesse lugar que eu descobri vasculhando as caixas velhas que eu encontrei no quarto da sua mãe. Mas agora, eu acho que já está mais do que nada hora de nós darmos um visita nesse lugar.
Amanhã, ás 20:00h siga esse endereço e vá sozinha. Não tenha medo do matagal que vai ter por lá, é apenas um "esconderijo" que seu pai fez quando mais novo.
Quando chegar e encontrar a casinha, entre sem medo. Saiba que eu te amo muito... ❜❜ ❥ Ass:Matheus
⋰Cartinha Off ⋱
Sem perceber eu estava pulando pelo quarto que nem uma maluca, aquele resto de esperançava simplesmente subiu ao nível máximo.
Eu - É AGORA CARAI! - Grito pulando na minha cama enfiando minha cara no travesseiro.
Eu estava tão nervosa e curiosa ao mesmo tempo, meu pai e minha mãe mãe nunca tinham me falando desse tal lugar que Matheus tinha citado.
-- MAS QUEM SE IMPORTA AGORA?!--
Eu não consegui fechar os olhos, eu não parava de olhar fixo para o teto com um sorriso idiota no rosto e com o papel e a chave contra o meu peito. Eu só esperava que ele estivesse preparando algo bom.
Logan Narrando
- Thomas e eu tínhamos conversando mais cedo e o mesmo acabou ficando pois ele implorou para eu não deixá-lo voltar para casa de Sofia.
Thomas - Toma, fiz para nós dois. - Me entregou um pote de pipoca e eu peguei ainda não querendo dar muito confiança para ele.- Qual é, ainda está bravo comigo?
Eu - Sim! Aquela briga... eu não consigo esquecer. - Respiro fundo.
Thomas - Amor... nos brigamos por causa de quem colocaria o nome em um peixe. EM UM PEIXE! Tem noção disso??? - Riu e eu continuei sério.
Eu - Está querendo ofender o meu filho? - Me refiro ao peixe.
Thomas - Quer saber? Não vou discutir sobre isso de novo, é ridículo. - Balançou a cabeça negativamente.
Eu - Ridículo é você. - Enfio um pouco de pipoca na boca emburrado.
Thomas - Me da um beijo? - Fez beicinho e eu o olhei com desdém.
Eu - Eu não, nem sei aonde essa boca andou passando. - Falo e ele gargalha.
Thomas - Você... me impressiona às vezes. - Se deitou no sofá.
Não digo nada apenas fico quieto tentando assistir uma reportagem que passava.
Thomas - Amor? - Me chamou e eu o olho.
Eu - Fale...
Thomas - Voltamos, não voltamos? - Sussurrou e eu não deixo de sorrir.
Eu - Voltamos, idiota. - Rolo os olhos.
Em um movimento rápido ele se levanta abrindo um sorriso e se aproxima de mim aproximando nossos rostos.
Thomas - Senti falta de está aqui com você. - Sussurrou encarando meus lábios.
Eu - Sentiu? Então prove... - Sussurro o provocando.
Ele sorri malicioso e me empurra de leve me encostando no sofá ficando por cima de mim iniciando um beijo.
-- Não pude resistir... --
#SerGayNãoÉdoença 😉
Pamela Narrando
- A cesta de doce e Nutella que eu tinha comprado era extremamente enorme e eu estava empolgada para entregar a mesma á Alice.
Paro o meu carro na minha garagem e desço pegando a cesta no banco do carona, assim que saio tranco o carro e em seguida atravesso a rua ajeitando minha roupa.
Queria rezar um pai nosso antes mas não daria tempo, já estava ficando bem tarde e eu precisava entregar logo aquilo pois eu sofria muito de ansiedade.
Assim que toco a companhia dou um passo para trás e respiro fundo fechando meus olhos. Ouço a porta ser aberta e os abro novamente tento a total visão de Arthur sem camisa.
Eu - Er...sua mãe está? - Limpo a garganta e ele me olha desconfiado.
Arthur - O que pensa que está fazendo? - Saiu fechando a porta com cuidado.
Eu - Ué, estou tentando conquistar ela. Não quero ser odiada para sempre! - Falo como se fosse óbvio.
Arthur - Ela está grávida, o mau-humor dela é terrível e aliás você não quer morrer hoje. Certo? - Cruzou os braços e eu o encarei.
Antes que eu pudesse responder a porta é aberta e Alice me olha com desprezo colocando as mãos na sua cintura.
Alice - O que essa garota quer? - Fez cara feia e eu engulo em seco.
Guilherme - Quem está a... ah, oi futura nora! - Apertou minha mão animado e Alice lhe deu uma cotovelada.
Arthur - Mãe, está frio não acha que a Pamela deveria entrar? Ela quer te dar um negócio. - Sorriu sem-graça.
Alice - Negócio? Que negócio? - Ficou curiosa e eu lhe estendo a cesta vendo a mesma abri a boca surpresa.
Guilherme - Caraca, mas é eu!? - Me olhou indignado.
Eu - Desculpe, a cesta pode ser para os dois. - Ajeito meu cabelo soltando um riso e Alice o olha.
Alice - Você nem pense em tocar nessa cesta, está me entendendo? - O olhou fazendo uma voz de brava e ele levantou as mãos.
Guilherme - Calma, nem vou chegar perto... chocólatra. - Beijou a mesma rindo.
Arthur - Mas então...mãe. - Fez uma cara como se quisesse dizer algo á ela.
Alice - Tudo bem, eu me rendo. Entre, Pamela... - Me deu espaço e eu entro.- Vocês dois lá para cima. Preciso ter uma conversa sozinha com ela.
Guilherme - Eu sempre sou excluído, eu sou o pai também! Sabia?- Revirou os olhos subindo.
Arthur - Só não pega pesado com ela. - Sussurrou beijando a testa da mesma que riu.
Nesse momento eu queria me jogar pela janela e sai correndo que nem uma maluca para minha casa.
Minhas pernas tremiam e minhas mãos soavam, eu não esperava ficar sozinha e de cara-á-cara com a Alice.
Alice - Sente-se... - Mandou apontando para o sofá.
Eu engulo em seco e caminho na direção do mesmo me sentando e ajeitando a minha roupa.
Eu - Alice eu só queria dizer que... - Ela me corta.
Alice - Não te dei permissão para falar. - Alisou sua barriga e deu um sorrisinho sínico.
-- Ok, tô começando á desgostar dela.--
Alice - Primeiramente, achou mesmo que ia me comprar me dando aquela cesta de doces? Quer me ver gorda? - Ergueu a sobrancelha me encarando.
Eu - Não, de forma alguma! Eu só quis te agradar. - Me explico.
Alice - Me agradar? Por que quer tanto me agradar? - Cerrou os olhos e eu apertei minhas mãos uma na outra.
Eu - Pelo simples fato de você não aceitar que seu filho cresceu e continuar tratando ele como um bebezão ao ponto de querer mandar e ficar desfazendo de uma garota que você nem sabe quem é. Pronto falei, não sou baú para ficar guardando as coisas. - Falo tudo muito rápido e ela arregala os olhos surpresa.
Alice - Não acredito que disse isso! - Me olhou séria.
Eu - É, eu disse! Na verdade, senhorita Alice, eu sempre me inspirei em você. Te acho uma mulher maravilhosa, cuidadosa consigo mesma, sempre no estilo, uma ótima mãe e esposa. Agora eu não imaginava que você fosse tão rude e sem educação. - Dito isso me levanto para ir embora.
Alice - Espera... me desculpa! Você está certa, eu não sou assim. Alias, eu sou um algodão-doce me derreto toda só pela pessoa ter me dito apenas um "Oi moça" mas agora com essas suas palavras sobre minha pessoa me deixou perceber que não preciso fingir quem eu não sou só para proteger quem eu amo. - Segurou minha mão e eu abro um sorriso gentil.
Eu - Senhorita Alice, eu nunca machucaria o seu filho e muito menos tentaria tirar ele de você. Acho vocês uma família linda, eu perdi meus pais e sei como é essa dor... - Meus olhos se enchem de lágrimas e pela minha surpresa ela me abraça.
Alice - Eu sinto muito pela perda, querida. - Sussurrou e eu a abraço tentando segurar o choro.
Assim que nos soltamos ela limpou uma lágrima que escorria pelo meu rosto e sorriu.
Alice - Seja bem-vinda á minha casa, te tratarei como minha filha. Não precisa me chamar de senhorita Alice, se me chamar novamente eu arranco esses seus cabelos. Aliás, obrigada pela linda cesta. - Encarou a cesta no sofá e me olhou em seguida.
Eu - É...é sério?! Aí meu Deus, obrigada por confiar em mim. - A abraço por impulso e ela ri.
Alice - Não exagere também né, tô me acostumando ainda. Sossega o rabo... - Riu e eu a solto ficando tímida.
Eu - Desculpa, foi por impulso! - Solto um riso.
-- Parece que eu conseguir. --
De estrelinhas e comentem sobre o capítulo. ❤️🌹