Hurricane

By raiperosini

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Huracán, o deus das tempestades segundo a mitologia maia. Furacões, no entanto, são as tempestades mais forte... More

Preface
Prologue
Ett • Casino Night
Två • Dirty laundry
Tre • eLIAR
Fyra • Beauty and the Beast
Sex • Tacos
Sju • Until dawn (part I)
Sju • Until dawn (part II)
Atta • Here to create
Nio • Losing Sleep
Tio • Dark was the night, cold was the ground
Elva • My side of your story
Tolv • Indigo blue
Tretton • Passionfruit
Fjorton • Spanish guitar
Femton • Tre Kronor
Sexton • Paris
Sjutton • Hurricane Love

Fem • Hotter than hell

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By raiperosini

Meraki. Joan olhava para aquelas seis letrinhas com certa nostalgia, mas logo balançou a cabeça e procurou alguma outra palavra. A palavra que talvez a definiria, pelo menos por enquanto.

Vivacious. Cheia de vida e bons espíritos. Feliz e animada de uma forma atraente.

Ela sorriu para o celular ao ver essa em especial e se identificou com o significado, aquela seria a sua nova palavra. Pelo menos por enquanto. Até porque Joan não era uma pessoa de poucas palavras e tinha como hobbie estar sempre atualizando a sua lista de termos diferentes e bonitos.

Estava se preparando para fazer o ensaio fotográfico totalmente nua para a Body Issue, a edição especial da revista americana ESPN The Magazine. Aquele era o sonho da vida dela e ela não poderia estar mais feliz, e também um pouco tímida. Seu cabelo já estava arrumado, a maquiagem feita, seu corpo coberto de óleo e estava vestida apenas com um roupão, onde tinha The Body Issue escrito atrás.

A terra vermelha característica das quadras de tênis já estava espalhada pelo chão, a rede se encontrava montada e todos os acessórios necessários estavam em seu devido lugar. O estúdio enfim estava apropriadamente organizado e, depois de receber todas as instruções, a tenista estava ansiosa e um pouco nervosa, as câmeras inclusive já haviam filmado alguns dos preparativos para que a edição ficasse mais completa e recheada de detalhes, porém, enquanto os fotógrafos faziam as últimas regulagens de suas câmeras e luzes, a filmadora estava voltada para o seu perfil.

– Joan, como você se sente? – a produtora perguntou e Joan sorriu, olhando para a câmera.

– Um pouco nervosa, mas vamos começar a festa.

Brant caminhou até o primeiro local onde o diretor de ensaio tinha instruído, todo o seu percurso sendo registrado pelos flashes e quando ela parou, olhou para trás sorrindo.

– Qual a regra do ESPN Body Issue? – de novo Lily, a produtora, perguntou brincando e Joan retirou o roupão, jogando para um dos auxiliares.

– Eu tenho orgulho do meu corpo, com licença. – Riu, piscando e começando a fazer as poses.

– Olha que hino de mulher.

A tenista ficou alguns minutos em pé fazendo diversas poses, experimentando ângulos diferentes, e em seguida teve como aliada a sua raquete. Mais tarde foi adicionado ao cenário a bola de tênis. Depois disso, Joan se ajoelhou no chão vermelho, deitou de bruços, o ventilador fazendo seus cabelos esvoaçarem e no fim ela já queria todas aquelas fotos na sua mesa o mais rápido possível.

E o melhor de tudo aquilo: a sensação de mulher poderosa que a deixava até com os olhos escuros brilhando.

No entanto, antes de iniciar as fotos, tinha feito uma das entrevistas mais importantes da sua vida, onde ela pode desabafar abertamente sobre o julgamento e a pressão voltada a beleza relacionada a tenistas femininas.

"Existe uma pressão maior quando você é mulher e joga individualmente, nós estamos lá com uma saia curta e precisamos fazer tudo sozinhas, estamos sendo julgadas o tempo inteiro e sempre haverá opiniões divergentes sobre o nosso visual. Mas quer saber, a única coisa que realmente importa é ser a melhor jogadora de tênis que posso ser dentro de quadra." Se orgulhava não só do seu corpo, mas de suas palavras. Ela fazia o que era preciso para manter o seu corpo melhor como uma atleta, não para agradar ninguém em questão de estética. E era por isso que não dava a mínima para os julgamentos alheios sobre o seu corpo, estava feliz com as suas curvas e com os músculos que tinha.

Ainda era uma novata no mundo do tênis, mas com seu trabalho duro conseguia espaço e respeito dentro da WTA (Women's Tennis Association). Tentava não se comparar com outras tenistas, apesar disso acontecer raramente, mas procurava focar em fazer o seu melhor sempre.

Vez ou outra a sessão era parada para que as fotos fossem analisadas, mas toda vez que Joan colocava seus olhos nelas, eram gritos que ecoavam da sua garganta. Ela estava mesmo muito bonita, sexy e poderosa.

A filmadora pegou todas as suas reações e ela já estava mais do que ansiosa para que tudo fosse editado, se pudesse acordaria todos os dias vendo os vídeos e as fotos daquele ensaio.

Depois de rolar literalmente na terra vermelha foi dado fim ao ensaio e Joan já estava louca para tomar um longo banho.

– E agora, Jo? Como se sente? – Lily voltou a questionar e Joan agora sorriu aliviada.

Quente como o inferno.

A reação da produtora foi sorrir de lado, dando uma ideia muito tentadora para a tenista.

– Espere só até o seu namorado ver essas fotos. – Ela piscou.

– Acho que ele nem vai precisar vê-las.

– Alguém tá perigosa hoje! – Riu e Brant sorriu, dando de ombros. O que ela podia fazer afinal? – Enfim, foi um prazer imenso te conhecer e ter essa conversa sensacional com você, com certeza você é um exemplo de mulher não só para mim, mas para as outras que irão ver e ler essa revista. Muito obrigada!

– Ah não, Lily – Joan pediu, colocando a mão no rosto como se estivesse envergonhada. – Vocês realizaram meu sonho de princesa, eu que preciso agradecer pela oportunidade. Fez mais por mim do que eu achei que faria, foi realmente uma experiência incrível e mal vejo a hora de ver essas fotos em circulação.

– Só um conselho pra você: foca nas coisas boas que virão, o mundo pode ser um pouco cruel com mulheres no poder – ela alertou e a tenista logo a abraçou, se despedindo e indo direto para o seu tão esperado banho.

...

Como era sábado e Joan tinha a noite completamente livre, decidiu que seria uma boa ideia assistir ao jogo dos Hurricanes contra os Devils.

O primeiro período, no entanto, não teve nada demais, mas todas as vezes que ouvia o nome de Lindholm era um arrepio diferente para a namorada tão orgulhosa como ela. Mas foi no segundo período que Elias fez uma assistência para Aho marcar o primeiro gol dos Canes contra os Devils, os dois eram uma ótima dupla no fim das contas. E com o celular em mãos, ela abriu o twitter para exaltar o rei das assistências que ela chamava de namorado, porém se sentiu no direito de mandar um olá especial para Adam Henrique, jogador do time adversário. Até que New Jersey Devils empatasse o jogo e ela soltasse um palavrão, digitando furiosamente no seu celular palavras como "o amor acabou", onde os destinatários – ela esperava – eram os diabinhos, claro.

Quando o terceiro período começou, as coisas estavam mais emocionantes, as defesas de Läck estavam sendo muito bem comentadas e o surto foi livre quando Jeff Skinner fez o segundo gol, Aho logo fez o terceiro e Joan até relaxou no sofá com a vantagem de dois gols.

"Miles Wood é irmão gêmeo do James Franco or nah? Tá de parabéns" tweetou com um sorriso sacana no rosto e logo fechou o aplicativo, já tinha atingido a sua cota do dia.

Então, mandou uma mensagem para o namorado parabenizando-o pelo jogo e perguntando a hora que ele devia chegar em casa mais ou menos, ela sabia que ele chegaria pela madrugada, mas estaria esperando-o com um presentinho.

...

Até aquele momento, Elias estava animado e curioso sobre o que Joan estava inventando quando disse que o encontraria no seu apartamento, mas quando viu os tweets dela falando sobre jogadores adversários algo mudou. Não podia acreditar que logo ele estava se sentindo um merda por causa de comentários idiotas na internet.

Por isso passou o voo em silêncio com seus fones de ouvido e olhos fechados, não tinha lógica estar tão puto e desejava que aquela viagem acabasse logo. Queria também mandar uma mensagem para ela, mas não sabia nem como dizer algo sem parecer um maluco sem sentido.

"Já chegou?".

Viu a mensagem dela assim que colocou os pés no aeroporto de Raleigh e passou as mãos pelo cabelo, bagunçando os fios loiros que estavam penteados. Não respondeu, no entanto, pegando a sua mala e indo para o estacionamento buscar o seu carro.

"Elias? Aconteceu algo? Eu fico preocupada."

Ele sabia, e se sentiu um pouco culpado por ignorar as mensagens dela, então foi seco ao responder um simples Ja. Sim, em sua língua.

Dirigiu com uma velocidade absurda pelas ruas de Raleigh, aproveitou que os sinais ficavam abertos de madrugada e o acelerador foi seu melhor amigo. Queria dar um fim àquela sensação e dormir, estava acima de tudo exausto.

Por fim, chegou com a cara fechada no seu apartamento, trancando a porta e, assim que chegou a sala, deu de cara com a namorada de roupão no batente da porta do seu quarto.

Ele mal olhou para ela, passando direto e jogando a sua mala no canto do cômodo. Afrouxando a gravata apressadamente e se livrando do terno em seguida.

– O que aconteceu? – Joan perguntou com a voz serena.

– Nada – respondeu seco de novo e viu pelo canto dos olhos ela fechando os olhos devagar como se procurasse por paciência, a conhecia bem demais para decifrar algumas de suas ações.

Ela soltou a respiração audivelmente e se aproximou dele, o ajudando a abrir os botões da camisa social.

– Foi o jogo? – Tentou, mesmo sabendo que ele saiu do mesmo feliz.

– Não.

– Algo após o jogo?

Silêncio.

– Alguma briga?

– Não.

– Elias? – Ouviu o seu nome sendo chamado daquela mesma forma que é chamado na Suécia – e-lee-ahs – e ele levantou os seus olhos para os dela, já com a camisa desabotoada e percebendo detalhes que não tinha prestado atenção antes.

Joan usava o roupão branco da Body Issue que tinha ganhado, mas estava bem ali a sua frente a tatuagem que ela tinha entre os seios, a curva dos mesmos marcados pelo óleo que ela tinha na pele, o colo e clavículas brilhavam, o queixo empinado, a boca desenhada e o nariz fino. Os olhos pareciam buracos negros querendo o engolir e os cabelos escuros caindo por seus ombros.

Era linda.

E por um instante até se esqueceu porque estava tão puto.

– Você por um acaso abriu o twitter milagrosamente hoje? – indagou e ele engoliu em seco. – Ciúmes?

Ciúmes? Desde quando ele tinha ciúmes? Uma careta se formou em seu rosto e ele percebeu que era exatamente aquilo o motivo de toda a sua revolta: o maldito do ciúme.

– Sim – admitiu e ela sorriu.

– Ciúme de homens que nem me conhecem, Lindholm? – Jogou a cabeça para o lado e abriu o laço do roupão. – Homens que nunca terão essa visão particular que você tem, homens que nunca passarão a mão pelo meu corpo e homens que nunca me terão no fim da noite? – O tecido caiu nos pés dela e ele acompanhou o movimento com os olhos, subindo devagar seu olhar pelas pernas torneadas dela, as curvas que ele tanto amava descarrilhar... – Você ainda está com ciúmes?

Elias ia colocar as suas mãos na cintura dela quando ela o interrompeu, empurrando levemente o seu corpo para trás, espalmando as mãos no peito dele e depois deslizando os dedos de forma a despi-lo da camisa social. Foi questão de segundos até a calça estar no chão com as demais peças, os sapatos e meias não estavam mais em seus pés. Então, ele beijou o pescoço dela, embaixo da orelha e depois puxou o lóbulo dela com os dentes, ainda sem encostar um dedo nela como desejava. Joan pegou as mãos dele e colocou sobre os seus seios, soltando um suspiro alto quando ele os apertou.

– Ainda com ciúmes? – perguntou em um sussurro e ele respondeu no seu ouvido:

Nej.

Então foi certeiro quando os lábios dele encontraram os dela, iniciando um beijo que se dependesse da vontade dos dois não teria fim.

As mãos de Elias finalmente percorriam a pele dela sem restrição alguma, a textura macia e escorregadia devido ao óleo que lhe deixava com uma necessidade absurda de passar a língua por ela como se fosse seu doce favorito. E assim que ele a deitou em sua cama foi exatamente isso que fez, passeou com a língua pelo pescoço dela e desceu até chegar ao bico intumescido que o convidava para se deleitar.

Aquele momento se resumia só aos dois e o prazer que ambos sentiam. Por isso, o jogador não tirava os olhos dela nem por um instante, acompanhando as orbes negras se revirando com o carinho especial que recebia em áreas mais sensíveis e erógenas. Então ele foi um pouco mais abaixo, brincando com o umbigo dela, antes de alcançar a virilha e chegar onde queria, provando do mel que a fazia se contorcer na sua boca.

Particularmente ele amava aquilo, nada o deixava mais louco do que deixá-la insana sob a sua língua e dedos. Seu objetivo aquela noite era fazê-la gozar e gritar porque ainda era ele ali, se certificando de ser o melhor homem que ela já teve.

Quando ela chegou ao ápice pela primeira vez na noite, Elias acabou de se despir e já estava duro como uma pedra. Assistiu um sorriso surgir aos poucos nos lábios dela antes de beijá-la, sentindo as mãos delicadas vagueando pelo seu corpo.

– Isso foi uma tentativa de me impressionar? – Joan perguntou assim que o beijo fora quebrado e ele sorriu.

I am to please.

– Aham, não sei porque eu sinto como se isso fosse uma marcação de território – provocou rindo, empurrando ele para o lado e sentando em cima do seu corpo.

Assim que alcançou a gaveta da mesinha de cabeceira e tirou o preservativo de lá, fez questão de colocar nele, roçando em seguida só para atiçar.

– Você quer me ver marcando território, Jo? Como um cachorro? – questionou, trocando de posição com ela, fazendo o mesmo que a morena tinha feito antes.

Me coma como um cachorro, querido – pediu com o sorriso mais safado no rosto e ele passou a mão entre as pernas dela só para comprovar que ela já estava encharcada novamente.

– Seu pedido é uma ordem.

E para cumprir o pedido dela, se afastou só para que ela ficasse de quatro na sua cama e ele fundisse o seu corpo ao dela. Tinha medo de que aquilo acabasse antes da hora, aquela mulher era demais para ele, e esse era mais um fato que ele tinha bastante ciência. Se moveu devagar, vendo Joan jogar a cabeça para trás. Não sabia o porquê, mas queria que aquela transa em especial fosse memorável, cada estocada que ele dava, cada toque de pele, cada beijo, cada estímulo que veio em forma de mais prazer.

Nada o deixava mais louco do que deixá-la insana.

Os corpos se moviam mais rápido um contra o outro, o suor molhando os fios de cabelos dos dois, o cheiro de sexo inundando o quarto, o som se propagando pelas paredes. Marcas em todos os lugares, na pele, nos lençóis, na memória. Não sabiam por mais quanto tempo conseguiriam manter aquele ritmo, até mudarem de posição, uma que Joan podia cravar a unha nas costas de Elias e ele podia deixar roxos pelos peitos dela.

O sueco mal viu quando ela já estava em cima dele, cavalgando como se fosse a amazona mais sexy que já tinha visto. E com aquela visão ele não conseguiu mais se segurar, quase soltando palavrões em duas línguas diferentes, quando ela chegou ao ápice junto dele.

Joan demorou alguns segundos para se mover, saindo do colo dele e se jogando ao seu lado. Os dois com a respiração pesada, o corpo coberto de suor e completamente relaxados.

Não era segredo que aqueles dois separados eram devassos, mas quando estavam juntos eram depravados, safados, imprudentes, atrevidos, obscenos, lascivos... Mais quentes que o inferno.

🏒🔥🎾

Ja; nej: sim; não.

  (20.10.2k17)
EU TÔ NERVOSA!!!!!!
Eu gosto tanto desse capítulo, mas ao mesmo tempo sou tão insegura que espero do fundinho do coração que vocês tenham gostado dessa restrita sem muito explicit AHHAHAHA. Nessa montagem acima, o que tá na esquerda é Adam Henrique e o da direita é James Franco... ops, Miles Wood, e só por causa deles os diabinhos tão de parabéns mesmo ahahhaa. E ELIAS NÃO TÁ LAMBENDO O STICK/TACO AGFJAJEH eu tirei esse print ontem e a gringaiada tava tipo "q? ele lambeu a porra do stick?" e não, migs, ele não lambeu, ele só tem mania de colocar a língua pra fora igual um cachorro mesmo e a nossa mente vai lá....... Mas coitado, ele só tava cansado pensando ACABA LOGO e lá nos últimos segundos ele ainda deu uma de defensor que olha <3
Ok, agora vou calar os dedos e não deixem de me dizer o que acharam!

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