Doce Obsessão (Romance Lésbic...

By CarolRosa86

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Alice e sua família se mudam do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro por causa do trabalho de seu pai. Tím... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22 - Final
Aviso

Capítulo 16

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By CarolRosa86

Fomos até o restaurante japonês que escolhi para nós almoçarmos e, por incrível que pareça, ela realmente melhorou suas habilidades com o hashi, tirando um pouco a graça do passeio. Porém só um pouco, pois a forma como ela comemorava cada pegada certeira que ela dava me fazia cair na gargalhada.

Houve um momento que percebi como a garçonete que nos servia me olhou de forma provocativa. Aquilo mexeu comigo, me senti desejada por alguém fora do meu círculo de conhecidos e fez bem para meu ego. Mas o que me encantou mesmo foi a forma como Bárbara a olhou quando percebeu seu olhar sobre mim. Senti como se ela fosse esgoelar a garota só com o olhar. "Não imaginei que ela pudesse ser ciumenta" pensei rindo para meus adentro.

Saímos do restaurante e fomos para o centro do Rio de Janeiro. Segundo Bárbara, era um excelente local para se conhecer a história da cidade. Fomos ao museu de artes, visitamos uma região chamada Cinelândia, onde fica o Teatro Municipal, passeamos próximo aos arcos da Lapa, fomos ao Paço Imperial, que eu já havia passado perto quando fui a Niterói de barca, mas nem reparei na construção e fomos também ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e a praça Mauá.

Bárbara, que parece ter feito o dever de casa, me falava sobre todos os atrativos com muita propriedade e conhecimento. Apesar de ser dia de semana, os locais estavam cheios e as atrações estavam belíssimas.

Confesso que estava me divertindo muito e, durante todo o trajeto, ficamos de mãos dadas. Bárbara é carinhosa, educada e cuidadosa.

- Quer entrar e ver a exposição? - Bárbara falou me mostrando o Museu do Amanhã.

Olhei a grande construção futurista e me senti tentada em entrar, afinal, já que estava ali, não custava nada dar uma olhada.

- Vamos sim. - Sorri para ela que retribuiu e me puxou carinhosamente para entrarmos.

Bárbara fez questão de comprar os ingressos e pudemos ver uma exposição chamada Trilhar os Amanhãs, bem didática, diga-se de passagem, mas muito bem montada e pensada. Caminhamos pelos espaços, sorrimos, vimos tudo atentamente. Estou me divertindo muito e Bárbara não me largou nem um minuto, acariciando minha mão como apego.

Depois da exposição, decidimos terminar nosso dia na Quinta da Boa Vista, eu queria muito ir lá, mas não imaginava que iríamos hoje, porém a segui de bom grado. Ao chegarmos paramos a moto e seguimos para um local gramado, embaixo de uma árvore. Bárbara se sentou e me puxou para sentar no meio de suas pernas, entrelaçando seu braço pela minha cintura.

- O que está achando do passeio? - Perguntei, afinal fui eu que propus quase tudo.

- Estou adorando... cada detalhe dele. - Bárbara falou me dando um beijo leve no pescoço, me fazendo arrepiar e soltar um risinho baixo.

- Que bom... - Falo me apoiando em seu corpo, me deixando relaxar em seus braços.

Ficamos assim por um tempo, em silêncio, olhando o movimento das pessoas que passavam. Crianças brincando com outras ou acompanhadas de seus pais, casais, grupo de amigos, etc. O clima estava tranquilo e muito aconchegante.

- Alice... - Bárbara sussurrou chamando minha atenção.

- O que foi? - Pergunto sem mudar de posição.

- Namora comigo?

Esse pedido me pegou de surpresa, afinal, eu pedi para irmos com calma, não imaginava que Bárbara fosse tomar alguma atitude antes de eu dizer algo, ou dar algum sinal de que quero ir além de nossas ficadas. Por um segundo, não soube o que fazer, sentindo até mesmo meu corpo ficar tenso.

- Bárbara... eu já falei sobre... - Tentei falar, mas ela me cortou.

- Eu sei que já falou... mas eu não quero só ficar com você. - Falou acariciando de leve meu braço. - Eu quero poder passar momentos como esses com você. Te chamar de namorada, te exibir para todo mundo, te beijar e namorar no portão com seu pai me olhando de cara feia. - Ao ouvi-la falando isso foi inevitável não rir. - Por favor... nos dá uma chance?! - Falou se virando e nos colocando de frente.

Os olhos de Bárbara transmitiam serenidade, sinceridade, carinho... paixão. Seu rosto, apesar de tudo, estava sereno e tranquilo, mas sei que, no fundo, está uma pilha de nervos. Não quero magoá-la, nem me magoar. Estou mudada, eu sei, não sei se conseguiria ser a Alice de antes, que acredita no conto de fadas e que pode ser fiel. Não quero machucá-la, mas também não quero perdê-la e isso me deixa em um labirinto sufocante e sem saída.

- Eu... - Suspirei fundo. - Eu quero te dar essa chance Bárbara. - Ao me ouvir falar isso, percebi como seus olhos se encheram de felicidade. - Mas não sei como.

- Como assim "não sabe como"? - Falou com um semblante perdido.

- Eu gosto de você. Da sua companhia, mas não quero magoar você. - Falei acariciando seu rosto. - Se eu passar no meu vestibular, provavelmente vou para longe, outra cidade. Como ficaremos? - Disse isso, mas sabemos que esse não é o único problema aqui.

Bárbara pegou minha mão e segurou firme, me olhando nos olhos. - O amanhã não nos importa, só o hoje, só o agora. O amanhã nós veremos depois, quando ele chegar. Só me diz que sim. - Falou com os olhos marejados. - Só diz que aceita e pensamos nisso juntas.

Seus olhos, seu semblante, seu jeito de falar, sua forma de me fazer sentir, tudo me leva a desejar dizer sim, ficar com ela hoje, amanhã e deixar ela me exibir para todos como sua namorada, salvo alguns lugares. O que estou prestes a fazer é errado, porque sei que sou o pior ser humano da face da Terra nesse momento, afinal, meus desejos são maiores que minha consciência.

- Me mostra onde você vive?! - Falei e a vi fazer uma cara de quem não está entendendo nada.

Levantei e peguei em sua mão, a puxando para se levantar e me seguir. Bárbara não falou absolutamente nada no caminho que fizemos do local onde estávamos até sua moto. Pegamos nossos capacetes e logo subimos, indo em direção à onde ela vive com as outras amigas de minha irmã.

Não demorou muito e conseguimos chegar, graças a moto, pois assim conseguimos cortar os carros e isso nos poupou bastante tempo. Bárbara parou em um estacionamento lateral ao prédio onde mora e fomos em direção a seu andar.

É um prédio pequeno, mas bem situado, com porteiro, elevador e uma pequena área de lazer. Chegamos em seu andar e pude vislumbrar um apartamento, de certa forma, grande, com quatro quartos, sendo um de empregada, sala de TV, cozinha, área e uma pequena varanda.

Bárbara me mostrou tudo nos mínimos detalhes e nos dirigimos para seu quarto, que estava, acreditem, uma verdadeira zona, a deixando sem graça e me fazendo morrer de rir.

- Desculpe... como as meninas não voltaram ainda, acabei deixando tudo fora do lugar. - Falou enquanto tentava arrumar sua bagunça.

- Então quer dizer que era aqui que minha irmã morava?! - Falei olhando tudo em volta. - Será que ela era bagunceira também?! - Virei para Bárbara que embolava algumas peças de roupa e jogava em um cesto.

- Não sei... mas acho que não. Ninguém consegue me superar nisso. - Falou se sentando na cama. - Então... te trouxe onde eu moro...

Sentei-me a seu lado e segurei sua mão, a fazendo me encarar. - Eu não sei se estou pronta para um relacionamento, Bárbara. - Falei e percebi que ela abaixou o olhar triste. - Eu me sinto feliz e segura a seu lado, por isso pedi para irmos com calma. - Levei minha mão a seu rosto a fazendo me olhar. - Eu aceito namorar com você. - Bárbara esboçou um sorriso alegre. - Só... vamos com cuidado...

Nem terminei e já senti o corpo de Bárbara sobre o meu, me enchendo de beijos e carinhos. Sua boca tomou a minha com paixão, com sofreguidão e desespero, podia perceber em seu ato um misto de alívio e medo, como se só essa atitude pudesse fazê-la acreditar que o que está passando é verdade.

- Vamos... como... você quiser... - Falou entre beijos. - Estou tão feliz Alice. - Disse me fitando nos olhos.

- Também estou feliz. - Falei me apoderando de seus lábios de forma faminta.

Sei que pode parecer apressado e de certa forma é, mas não trouxe Bárbara para seu quarto sem nenhum motivo. Quero provar dela, saber até onde consigo me sentir bem dentro desse "relacionamento".

Enquanto beijava sua boca, deitada sobre sua cama e com Bárbara sobre mim, levei minhas mãos por debaixo de sua camisa e deslisei meus dedos acariciando sua pele e a fazendo suspirar em minha boca. Passei minhas unhas de forma leve por sua pele e senti seu corpo inteiro estremecer com minha atitude.

- Alice... - Chamou no meio do beijo.

- Hmm?! - Falei deslizando minha boca para seu pescoço.

- Você não disse que quer ir com calma?! - Falou erguendo a cabeça para me dar acesso a seu delicioso e delicado pescoço, o qual eu mordi e beijei levemente.

- Estamos indo com calma. - Levei minha mão a sua bunda e apertei levemente a fazendo suspirar mais forte e sorrir.

- Espertinha... - Voltou a tomar minha boca. - Isso não é ir com calma.

- Tem algum problema com isso? - Voltei a apertar sua bunda, dessa vez com um pouco mais de força a fazendo soltar um pequeno gemido.

Bárbara estava ficando vermelha e suas pupilas já se encontravam dilatadas devido ao desejo, mas sei que ela não faria nada se não tivesse certeza, então, tomei a atitude.

- Fica tranquila... eu não tenho dúvida. - Falei levando uma mão a seu seio e apertando de leve, a fazendo fechar os olhos com a sensação. - Eu confio em você. - Voltei a tomar seus lábios com avidez, só que dessa vez ela correspondeu, com a mesma fome e desejo que eu.

Levei a mão até a barra de sua camisa e a puxei para retirá-la. Bárbara facilitou o processo erguendo os braços para que eu a tirasse. Seu corpo é tão lindo e delicado, sua pele branca e suave, seus seios pequenos e sua barriga lisinha e bem cuidada. Sua visão me fez engolir em seco e desejá-la mais ainda.

Bárbara retirou minha camisa, nos deixando em igualdade de condições e pude perceber em seu olhar o fascínio e admiração por meu corpo. Antes que vocês falem algo sobre as marcas que Laura me deixa, saibam que aprendi um truque com maquiagem que cobrem todas elas. Gasto um quilo do produto, mas o resultado é satisfatório.

Ao ver o olhar encantado de Bárbara, me senti feliz e desejada, mas ela não se move, não toma uma atitude, o que me deixa um pouco entediada. Mas, isso também me dá uma ideia pitoresca, afinal, posso, pela primeira vez, comandar algo de verdade na cama.

Peguei sua mão e, buscando provocá-la, levei a boca, beijando seus dedos de forma lenta e peralta, mas sem desviar meus olhos dos dela, que nem piscava me observando.

- Me toca... - Falei levando sua mão a meu seio e apertando. - Sente meu corpo e como eu quero você.

Bárbara engoliu em seco e, levemente, movimentou sua mão apalpando meu seio por cima do sutiã. Seus olhos analisam a situação com parcimônia e desejo. Levo minha mão a sua barriga e arranho levemente, fazendo um caminho que leva até sua calça, a qual abro, deixando a mostra sua calcinha preta que mais lembra uma box.

Não demora muito e, envolvidas pelo desejo, nos beijamos com violência. A língua dela passeia por minha boca com urgência, com sede. Suas mãos percorrem meu corpo com necessidade. Aperto sua nuca, puxo seus cabelos e mordo seu lábio inferior a fazendo arfar.

Retiro sua calça a deixando somente de calcinha e sutiã e, admito, a visão de seu corpo é linda e me faz querer tomá-la ali, sem cuidado, mas sei que não posso ser assim, não agora. A deito na cama e, sem desviar os olhos dela, retiro meu short, deixando a mostra meu corpo e a vendo vidrar no que vê. Isso me causa arrepios e graça, saber que ela me quer dessa forma é poderosamente magnífico.

Deito meu corpo sobre o dela e a beijo com paixão, sugando sua língua e mordendo seu lábio. Sua língua quente e ansiosa se entrelaça na minha de forma apressada, demostrando o quanto ela está inquieta por me ter.

Levo minha mão ao fecho de seu sutiã e o abro sem dificuldade o retirando e me dando a visão de seus seios lindos. Como falei são pequenos, mas delicados e suas auréolas são rosadas, como duas flores frágeis. Isso me excita mais, o que me faz levar minha boca até eles e beijar lentamente, passando a língua pelos bicos, morder com cuidado e sugar com desejo.

Bárbara se agarra em meus cabelos e suspira audivelmente, me puxando mais para ela. Finalmente está entregue, posso fazer o que quiser com ela e vou fazer, talvez não hoje, mas ela será minha cobaia para minhas habilidades sexuais e isso ninguém me tira.

Pareço fria agindo assim, confesso que de certa forma eu sou, mas isso não significa que não goste dela, que não queira cuidar dela. Mas o que posso fazer? Sou um ser vil e, desde que estou com Laura, sou um ser pervertido que quer colocar em prática tudo que sabe.

Enquanto cuido dos seios de Bárbara, ela retira meu sutiã e, para minha grata surpresa, se apressa em tirar minha calcinha e a sua, nos deixando nuas diante uma da outra. Suas mãos voltam a meus seios e os amassam com vontade, me fazendo ofegar.

Levo minha mão entre suas pernas e a percebo totalmente molhada o que faz meu tesão viajar o mais alto possível. Começo a massagear seu clitóris com dois dedos a fazendo gemer e me segurar contra ela. Não quero ser tocada hoje, só quero tocá-la, apesar que meu tesão está tão grande que bem provável que a deixe fazer comigo.

Pego suas mãos e, com minha mão livre, as prendo sobre sua cabeça, enquanto minha ávida mão continua a estimulando. Nossos olhos ficam fixos um no outro, enquanto seus gemidos aumentam o volume gradativamente. Beijo sua boca com carinho a sentindo gemer na minha boca. Com cuidado vou descendo meus dedos até sua entrada, aproveitando para lubrificá-los durante o percurso e, sem desviar meus olhos dos seus, começo a forçá-los levemente para dentro dela. Sua boca se abre num "o" e a sinto ficar um pouco tensa. "Não acredito que ela seja... virgem" penso sentindo meu coração dar um pulo de alegria.

- Relaxa... - Falo aproximando minha boca da dela e dando um beijo terno e delicado. - Não vai machucar se você relaxar.

Ao me ouvir a sinto se abrir aos poucos permitindo meu acesso total. Deixo meus dedos parados dentro dela, para que se acostume com a sensação e volto a beijá-la, dessa vez de maneira faminta, entrelaçando nossas línguas e dando leve mordidas em seu lábio. Percebo que ela está mais relaxada, então começo a mexer meus dedos em seu interior com cuidado e lentidão. A cada toque, cada vai e vem, a percebo mais entregue e seus gemidos vão além, preenchendo todo o quarto. Massageio seu clitóris com meu polegar enquanto mantenho os movimentos com meus dedos dentro dela.

Ela é tão quente e delicada. É tão bom ver seu rosto vermelho e sua feição com cada movimento que faço, ouvir seus gemidos. Beijo e mordo seu pescoço e seios a fazendo gemer mais alto. A essa altura já soltei seus braços que me envolvem e me arranham, me puxando mais contra ela.

Começo a sentir os espasmos de seu sexo contra meus dedos e seu corpo começar a convulsionar levemente sob o meu. Ela está chegando, está vindo para mim. Mordo sua orelha e aumento a intensidade dos movimentos e sinto seu gozo começar a escorrer em meus dedos. Bárbara grita se aferrando a mim com posse. Beijo sua boca e continuo meus movimentos e ela me corresponde com necessidade.

Após ela gozar, ficamos ali, naquela posição, por alguns minutos, quando seu corpo relaxou finalmente, me retirei com cuidado de dentro dela e colei nossas testas. Suas bochechas estão vermelhas e seu olhos estão apaixonados. Bárbara sorri timidamente para mim e abaixa a vista com vergonha.

- Tudo bem? - Pergunto me deitando no seu peito e recebo dela um "uhum" nasal, o que me faz rir. - Não precisa ficar com vergonha. - Falo dando um beijo leve em seu pescoço.

- Foi... - Ela começa a falar com voz baixa e receosa. - Foi minha primeira vez.

"Bingo... como imaginei" pensei eufórica com meu feito.

- E como foi? - Pergunto acariciando seu braço que está em volta do meu corpo.

Bárbara solta um suspiro e percebo que está com um sorriso nos lábios. - Maravilhoso. - Fala finalmente.

- Que bom... fico feliz por... - Sinto um receio em continuar, mas persisto. - nós. - Falo e recebo um beijo nos lábios dela. Um beijo doce.

- Eu estou muito feliz de nossa primeira vez juntas. - Fala voltando a me beijar. - Nunca vou esquecer esse dia.

Seus lábios tomam os meus em um beijo cálido e suave. Consigo sentir todo seu carinho e gratidão nos gestos que tem para mim, mas não sou esse tipo de pessoa. Não demora e me sinto quente novamente e aumento a intensidade do beijo, nos aprofundando mais uma na outra.

Fizemos novamente, dessa vez deixei Bárbara tomar a atitude e, confesso, foi bom. Ela é cuidadosa com seus toques e carícias, não estou acostumada com isso, mas muitas vezes é bom diversificar. Laura, até quando é doce no sexo, é intensa, já Bárbara é detalhista, presta atenção nos meus movimentos, seguindo com presteza as indicações do meu corpo.

Permiti que ela me tocasse e me fizesse gozar em suas mãos. Sim, eu gozei, eu me entreguei e deixei que ela fizesse amor comigo, porque foi isso que fizemos, amor. Não estou insatisfeita, ao contrário, estou feliz e me sinto bem com seus toques, mas não são suficientes para mim, não só eles.

Estávamos deitadas nuas na cama trocando afagos e namorando quando meu celular começou a tocar dentro da minha bolsa. Levantei e fui, nua mesmo, até ela e o peguei, dando de cara com o nome de Amanda na tela.

- Alô, Alice? - Ouvi a voz preocupada de Amanda do outro lado da linha.

- Oi Amanda, sou eu sim.

- Nossa Alice! Onde você está? Já são quase 18:00 e você não chega... já estava ficando preocupada. - Falou e pude notar o enfado em sua voz.

- Estou com Bárbara... desculpe, perdi a noção da hora. - Falei indo me sentar ao lado de Bárbara na cama.

- Tudo bem você estar com Bárbara, mas nem ligar para dizer que ia demorar?!

- Eu sei... desculpe. Já estamos indo embora para casa. - Falei enquanto Bárbara envolvia meu corpo e me dava beijinhos no ombro.

- Ok... se nossa mãe chegar antes falo que você ligou e já está vindo... Mas olha, quero saber o que andaram fazendo. - Ouvi um tom divertido em sua voz.

- Vou pensar se te conto tudo... afinal, não acho que posso te contar os detalhes. - Falei cômicamente para provocá-la.

- Como assim?! - Amanda praticamente gritou no meu ouvido. - Alice...

- Preciso desligar mana, nos vemos daqui a pouco.

- Alice!! Alice me fala isso direito...

- Bye. - Falei desligando a ligação. Conhecendo Amanda como eu conheço, tenho certeza que está se remoendo de curiosidade.

Antes de deixar meu celular na mesa de cabeceira de Bárbara, noto que há duas mensagens nele, ambas de Laura. Confesso que estou curiosa para ver o que ela quer falar, mas sei que abri-las na presença, da agora minha namorada, será problemático, então resolvo ignorar por enquanto.

- Precisamos ir?! - Bárbara fala me abraçando por trás e mergulhando sua cabeça no meu pescoço.

- Precisamos... minha mãe estará em casa daqui a pouco, não quer ter problemas com ela, quer? - Falo lhe dando um beijo na mão e me levantando para pegar minhas roupas.

- Deus me livre arrumar confusão com minha sogra. - Bárbara fala se levantando também para se arrumar e me fazendo rir de seu comentário.

- Acho bom mesmo evitar confusão, afinal ela é brava. - Falo piscando para ela que sorri.

Nos arrumamos o mais depressa que conseguimos, entre beijos e carinhos e saímos em direção a minha casa. Bárbara, a todo momento que pode, acaricia meus braços em volta de sua cintura, me passando confiança e paixão. Não posso dizer que não estou feliz pelo que está acontecendo, mas as coisas vão bem além disso e nós sabemos.

Ao chegarmos em minha casa, Bárbara mal para a moto e já somos recebidas por uma Amanda eufórica, que só falta nos agarrar pelos cabelos para nos levar para dentro.

- Calma Amanda, acabamos de chegar. - Falo sendo puxada por ela enquanto Bárbara nos segue sem soltar minha mão.

- Vocês vão me contar tudoooooo.... Quero saber tudo que fizeram hoje. - Fala nos puxando para seu quarto.

Bárbara muito mal consegue dizer um oi para meu irmão, meus pais ainda não haviam chegado, mas sei que não demorariam a aparecer em casa e, com Amanda eufórica como está, bem capaz de notarem algo.

Entramos no quarto de Amanda que, prontamente, fechou a porta e, praticamente, nos jogou sobre sua cama para que nos sentássemos. Logo percebi seus olhos nos escaneando e, assim que notou nossas mãos dadas, liberou um sorriso satisfeito.

- Quais as novidades?! - Amanda fala se sentando numa cadeira em nossa frente.

Bárbara me olha com carinho e sinto sua mão apertando a minha, esperando que eu fale algo, mas não consigo esboçar nenhum tipo de palavra, então só sorrio para ela.

- ANDA MENINAS!! - Amanda grita nos fazendo dar um pulo com o susto. - O que vocês estão me escondendo?! Falem logo.

- Então... - Bárbara inicia e volta a me olhar, como pedindo autorização para falar, mas eu só sorrio sem graça. - Conversamos hoje e decidimos... - Continua me olhando esperando alguma reação minha, mas não consigo falar nada.

- Decidiram?! - Amanda fala nos apressando, já angustiada.

- Decidimos nos dar uma chance. - Falo finalmente, percebendo um ar satisfeito em Bárbara que aperta minha mão com carinho e sorri.

- AHHHHHH... - Dou um verdadeiro pulo com a reação da minha irmã, que dá um grito e se joga sobre nós duas. - Eu sabia que vocês iam se acertar, que iam, finalmente, formar um casal. - Falou dando um beijão na minha bochecha e na de Bárbara. - Como posso chamar vocês?! BarAlice?! - Disse me fazendo rodar os olhos e empurrar ela. Detesto esses ships malucos.

- Isso não me importa. - Falo me levantando da cama e deixando "minha namorada" e minha irmã jogadas sobre ela. - Só não quero que isso tome uma proporção gigante.

- Ué?! Mas por que não?! - Amanda falou se sentando e erguendo uma sobrancelha para mim.

- Queremos ir com calma, nos conhecendo e aproveitando os momentos. - Bárbara falou me salvando de ter que dar uma mega explicação que minha irmã não aceitaria tão fácil.

- Não sei quem é pior, você, em aceitar essa idiotice, ou minha irmã, em propor. - Amanda fala bufando.

- Não importa Amanda, respeite isso, por favor. - Falo a olhando com determinação, afinal ela é difícil de dobrar.

Amanda olha bem para mim, ponderando por um tempo e logo depois olha para Bárbara que sorri de forma sincera para ela.

- Ok... vou deixar vocês fazerem do jeito que acharem melhor. - Falou enfim. - Mas isso merece uma comemoração. Pizza em família?! - Propõe feliz.

Bárbara me olha como se perguntasse se devemos ou não aceitar, mas não tem porque dizer não, afinal, Amanda sabe e Amanda sabendo é a mesma coisa que todos saberem.

- Tudo bem... - Falo e vejo as duas sorrindo alegres. - Vou pro meu quarto tomar um banho e já volto. - Saio pela porta e me dirijo a meu quarto, pois estou, de verdade, cansada.

.

.

.

Assim que entro, fecho a porta e pego meu celular, olhando as mensagens de Laura, que agora se multiplicaram por três.

Laura: Boa tarde pequena, como está?!

Laura: Sinto sua falta... :'(

Laura: Está ocupada? Me responde assim que vir aqui, quero combinar nosso próximo encontro. ;)

Laura: Alice... onde você está?!

Laura: Não quer mais falar comigo?! Pensei que havia gostado do que fizemos..

Laura: Alice... para de me esnobar, fala comigo Agora! ¬¬

Vendo suas mensagens desesperadas me deixam com um ar de poder sobre seus desejos, o que me faz bem de certa forma.

Alice: Boa noite Laura...

Desculpe, deixei o celular de lado durante o dia...

Estou bem e você?

Logo ela fica online e corre para me responder.

Laura: Pensei que estava me esnobando...

Não gosto de ser deixada de lado. O que está pensando?!

Alice: Não estou pensando nada... precisava descansar, afinal você me deixou moída...

Laura: Isso não é motivo para não responder uma merda de uma mensagem...

Não me deixe mais sem resposta...

Alice: Nossa!!

Desculpe madame... vou tentar te responder da próxima vez... :P

Laura: Hahahaha... estou falando sério, Alice..

Mas agora mudando de assunto

Sinto falta de sua boca em mim...

Alice: Hmmm... ela também sente falta de seu gosto...

Quando vamos poder nos ver, para matar essa vontade?!

Laura: Domingo?! Podemos no domingo?!

Alice: Vou tentar com todas as minhas forças... te aviso por aqui...

Laura: Tomara que consiga... minha fome de você é imensa. ;)

Já estou começando a me deixar envolver pelas provocações de Laura, mas sou salva pelo gongo, ouço baterem à porta, o que me puxa de volta para a realidade.

- Oi?!

- Sou eu mana! - Amanda respondeu.

- O que você quer? - Falo indo até a porta e a abrindo.

- Só falar que já pedi as pizzas e nossos pais chegaram. - Amanda fala com aquele sorriso malicioso nos lábios.

- Ahh... tá bom. Vou tomar meu banho agora. Daqui a pouco desço. - Falo sem importância.

- Hmm... tá ok. Até daqui a pouco. - Amanda fala com um ar de decepção na voz. Sei que ela queria me deixar nervosa com a possibilidade de falar com nossos pais sobre eu e Bárbara, mas estou pouco me lixando para isso.

Fecho a porta e volto minha atenção para a meu celular, onde Laura me "espera".

Laura: Alice!? Está aí?!

Alice: Desculpe Laura, minha irmã bateu aqui no meu quarto.

Preciso descer, meus pais chegaram e estão nos chamando. (Menti)

Laura: Ahh.. tudo bem.

Tenta vir no domingo, estarei te esperando ansiosa.

Alice: Vou fazer o impossível.. ;) (E vou mesmo, quero transar com ela novamente. Me julguem)

Laura: Beijos pequena...

Alice: Beijos Laura. :*

Jogo meu celular de lado e vou tomar meu banho, demorado como eu gosto. Deixo a água escorrer pelo meu corpo e começo a ver as marcas deixadas por Laura e algumas deixadas por Bárbara. Até nisso consigo ver a diferença entre as duas. Enquanto uma age de maneira delicada a outra é voraz, não se preocupando em marcar meu corpo com suas mãos, dentes e boca.

Termino meu banho e coloco a roupa mais largada que tenho. Uma calça de moletom preta, havaianas de pandas e uma camisa cinza. Estou o verdadeiro espantalho nesse momento. Normalmente as garotas se arrumam toda para seus parceiros, no caso aqui, parceira, porém eu não quero viver esse clichê, se Bárbara quer mesmo me namorar, vai ter que lidar com meu jeito desleixado.

Desço as escadas e dou de cara com toda a família reunida à mesa, aparentemente, só me esperando para atacarem as pizzas que já chegaram e estão dispostas. Amanda logo me dá uma de suas olhadas reprovadoras por causa da minha vestimenta, mas ignoro artisticamente e sigo, primeiro para dar um beijo no meu pai e bagunçar seus cabelos, como sempre faço, e depois para beijar minha mãe, para, só então, me sentar na cadeira próxima à Bárbara, que está disposta exatamente para ficar do meu lado.

- Finalmente vamos poder comer. - Falou Ale já buscando um pedaço de pizza para ele, mas antes mesmo de alcançar é impedido por Amanda que lhe dá um tapa na mão, fazendo todos a olharem abismados.

- Não sem antes contar a novidade. - Amanda fala aguçando a curiosidade de todos.

- Novidade?! Que novidade, Amanda?! - Pergunta minha mãe com uma sobrancelha erguida. Deve imaginar que Amanda está aprontando alguma coisa.

- Bem... não é nada negativo... pelo menos eu não considero e acredito que vocês também não vão achar. - Fala dando uma piscadinha para minha mãe.

Logo percebo Bárbara ficar tensa ao meu lado e começar a suar frio. Notando que a menina está quase tendo uma síncope, afinal está diante de toda minha família e sem ninguém da sua por perto, pego em sua mão por debaixo da mesa tentando passar segurança para ela.

- Ok... não é nada negativo. Pode nos dizer o que é então, Amanda? - Dessa vez é meu pai que fala a fitando com curiosidade.

Amanda dá um sorrisinho de lado e olha para mim. "Já até sei o que ela está pensando." - Vou deixar Alice falar. - Fala e todos se voltam para mim e Bárbara começa a tremer do meu lado.

- Chega desse jogo de empurra! - Minha mãe fala já angustiada. - O que está acontecendo aqui?!

Respiro fundo e, tentando manter a parcimônia e calma, busco coragem e as palavras certas para falar o que é. Não busco essa coragem por medo da minha família, pois como já expliquei antes, eles não são preconceituosos e nem super protetores a ponto que não quererem que eu namore, além de conhecerem e gostarem de Bárbara. Busco porque sei que esse será um passo grande que, talvez, eu não queira dar 100%.

- Então... pai, mãe... - Falo olhando para eles. - Alexandre... - Olho para Bárbara que sorri sem graça. - Eu e Bárbara queremos dizer que estamos nos dando uma oportunidade. - Digo por fim, mas percebam que não quis dizer a palavra "namoro".

Meus pais arregalam os olhos e encaram eu e Bárbara como se estivessem buscando a confirmação do que eu disse e Alexandre ri com cara de bobo, como se estivesse dizendo "demorou, hein."

- Que bom filha! - Minha mãe é a primeira a reagir se levantando e vindo até mim e Bárbara para nos dar um beijo. - Fico feliz por vocês. - Segura nossas mãos. - Bárbara é uma menina educada e muito responsável, sei que cuidará de ti.

Bárbara sorri encantada pelas palavras de minha mãe e cora de vergonha, afinal minha mãe sempre demonstrou gostar dela, mas nunca falou nada disso diretamente.

- Hmmm... Fico feliz por vocês. - Meu pai fala de maneira séria nos fazendo virar para olhá-lo. - Bárbara, quero que saiba que Alice é minha pequena filha, minha princesa, então... se a magoar passo com meu carro sobre você. - Fala a olhando fixamente.

Bárbara arregala os olhos de forma assustada e engole em seco e todos na mesa encaram meu pai calados. Nunca o vi falar assim com ninguém, nem mesmo com os namorados de Amanda e olha que eles não eram exemplo para ninguém.

- Estamos entendidos? - Fala de forma lenta e calma.

- Si... sim... sim senhor Gustavo. - Bárbara fala ainda com cara assustada e tremendo.

- Ok... então vamos comemorar e comer essas pizzas antes que esfriem. - Meu pai fala de forma descontraída já puxando seu prato para colocar seu pedaço. - Anda logo gente... não vamos perder tempo. - Coloca um pedaço de pizza de quatro queijos em seu prato. - E Bárbara, seja sempre bem-vinda em nossa casa. - Dá uma piscadela em sua direção a fazendo rir baixinho de nervoso.

- Vamos comer. - Falo pegando um pedaço da mesma pizza que meu pai pegou e colocando em meu prato. - Quer também, Bárbara? - Digo pegando um pedaço e colocando em seu prato.

Alexandre ri alto chamando a atenção de todos enquanto eu mordo um pedaço da minha fatia. - A princesinha do papai desencalhou, normal ele agir assim. - Fala levando a mão a boca para disfarçar o riso. - Vamos comer. - Pega um pedaço da pizza de Pepperoni para si.

Amanda e minha mãe também soltam uma gargalhada fazendo Bárbara estranhar a atitude de nossa família. No mínimo está nos achando um bando de loucos que ameaçam as pessoas e depois comem como se nada tivesse acontecido.

- Relaxa Bárbara! - Amanda falou. - Você é a primeira pessoa que Alice apresenta em casa, seria estranho meu pai não te ameaçar. - Sorri para Bárbara. - Ele não vai te matar.

- É minha querida... meu marido é exagerado, mas está feliz por vocês, assim como todos nós. - Minha mãe fala reforçando as palavras de Amanda enquanto meu pai continua comendo seu pedaço de pizza, como se não estivessem falando dele.

- Bem-vinda cunhada. - Ale fala sorrindo carinhosamente para ela.

Sinto que Bárbara começa a relaxar do meu lado e sorri aliviada. Imagino se fosse Laura enfrentando meu pai. Provavelmente diria "não se eu passar com o meu em cima de você primeiro." É algo típico dela enfrentar as pessoas de frente.

A noite transcorre sem mais nenhuma "surpresa". Bárbara foi muito bem tratada por todos em minha casa, incluindo meu pai, que brincou com ela em diversas situações e foi compreensível com sua timidez.

Agora estamos na porta de casa nos despedindo como duas namoradas apaixonadas. Não sei se me sinto feliz, ansiosa ou perdida com essa minha atitude, mas não é algo ruim.

- Até amanhã, namorada. - Bárbara fala me dando um abraço e um beijo terno nos lábios.

- Até... - Falo a envolvendo com meus braços e retribuindo os beijos. - Está disposta a enfrentar meu pai? - Pergunto a fazendo rir.

- Não sabe o susto que ele me deu quando falou aquilo. - Bárbara admite me fazendo rir alto. - Mas não posso culpá-lo.

- Não?!

- Claro que não... afinal não iria querer qualquer uma perto da minha filha. - Fala me fazendo rir.

- Tá certo... - Falo lhe dando outro beijo. - Acho melhor você ir, está ficando tarde.

- Não querooooo... - Bárbara fala me puxando mais para seu abraço.

- Você tem que querer. Vamos nos ver amanhã. - Falo lhe dando um selinho de despedida. Até amanhã. - Desprendo meu corpo do dela a empurrando para ir.

- Nosso primeiro dia e você já me expulsa. - Fala fingindo indignação.

- É para seu bem. - Dou língua para ela que ri do meu jeito sapeca.

- Ok... vou aceitar porque é você. - Volta a se aproximar e, segurando meu rosto, me dá um beijo casto nos lábios. - Boa noite e até amanhã. - Vai, finalmente, em direção a sua moto para ir para seu apartamento.

Entro em casa e, felizmente, ninguém está por perto. Subo e vou direto para meu quarto, me trancando nele. Ligo a TV e me jogo na cama. "O dia de amanhã será intenso e movimentado" penso desanimada, imaginando a bagunça que não estará a casa com os amigos de Amanda. Para minha alegria, não demoro muito a pegar no sono e dormir placidamente.

.

.

.

Acordei com um barulho irritante vindo da piscina e logo lembrei que hoje era a tal festa da Amanda. Eram 8:30 da minha última sexta-feira de férias e acordar cedo assim é desanimador.

Levantei me arrastando e fui tomar um banho rápido, só para acordar de vez, e desci para tomar café. Assim que cheguei na cozinha me deparei com minha irmã estérica arrumando um monte de coisas sobre a bancada.

- Ainda bem que levantou... me ajuda aqui. - Amanda falou me estendendo uma cesta cheia de frutas.

- Que isso? - Perguntei a olhando estranhada.

- Vou montar essa cesta lá fora, na mesa, para enfeite e se o pessoal quiser comer também. - Falou apressadamente colocando a cesta em meus braços. - O cara que contratei para o churrasco vai chegar daqui a pouco e as bebidas já estão gelando desde ontem... o dj está arrumando as caixas de som... falta alguma coisa? - Fez cara de nervosismo.

- Falta! Noção... - Ale falou entrando na cozinha com a cara amassada. - É sexta-feira, 8 e alguma coisa e vocês não deixam ninguém dormir. - Foi até a geladeira pegar água.

- Desculpa!? Hoje não é um dia qualquer, é o dia da minha festa, então parem de reclamar e me ajudem. - Falou me olhando já que a essa altura já tinha deixado a cesta de lado e ido por algo para comer.

- O aniversário é seu, por que nós temos que ajudar? - Ale perguntou.

- Porque quando for o de vocês, eu vou dar a maior força. - Amanda falou revirando os olhos.

Nesse momento a campainha tocou e ela saiu em disparada para atender. Não demorou muito e alguns caras entraram carregando um monte de coisas e indo em direção a piscina, parecem ser a equipe que fará o churrasco.

- Ahhh... eu vou enlouquecer! - Amanda voltou gritando e, para minha surpresa, estava acompanhada de Bárbara que, assim que me viu, abriu um sorriso encantador.

- Olha quem tá aqui!! Cunhadinha. - Ale falou a cumprimentando. - Já marcando território cedo, hein.

Bárbara riu do comentário de Alexandre e me olhou sem graça. - Que nada. Tinha combinado com sua irmã de vir ajudá-la antes da festa.

- Exatamente! Porque, diferente dos meus irmãos, Bárbara pensa na minha felicidade. - Amanda falou fazendo drama, como sempre. - Amiga, me ajuda com essa cesta de frutas? Preciso arrumar e colocar lá fora. - Apontou a cesta que estava um verdadeiro desastre.

- Ajudo sim. - Enquanto Bárbara pegava a cesta e tentava dar um jeito na bagunça que ela estava, eu continuava tomando meu café, que a essa altura e essa zona, se resumia um cereal com leite e aveia.

A manhã passou na correria, pelo que entendi o churrasco começaria às 11:00, então Amanda estava absorvida pela loucura e desespero. No fim, acabou que eu e Ale, acabamos ajudando também, arrumando as mesas e os enfeites na mesa onde estava o bolo dela.

Por volta das 10:00 já estava tudo pronto e Amanda foi correndo se arrumar, pois não demoraria para seus amigos e convidados começarem a chegar. Nossos pais não estavam em casa, mas sei que viriam para a festa, até porque, minha mãe e meu pai não deixariam sua casa na mão de jovens e adolescentes sem noção.

Fui para meu quarto me arrumar e ganhar um tempo curto de paz, afinal logo o tal dj começaria com a algazarra e, meu quarto, sendo de frente para a área da piscina, logo estaria inabitável.

Deitei na minha aconchegante e desarrumada cama e peguei o celular vendo uma mensagem que Bárbara me enviou ontem, mas que, devido ao cansaço, acabei nem vendo e outra de Laura, que não vi pelo mesmo motivo de não ter visto a outra.

Bárbara: Boa noite namorada... já estou com saudades :(

Laura: Boa noite pequena

Estou excitada pensando em você..

Espero te ver no domingo.

Bjs!

Ao ler ambas as mensagens, abro um riso involuntário, afinal são duas mulheres bastante diferentes e excitantes, cada uma de seu jeito. Para não ter brigas, respondo a mensagem de Laura de forma provocativa.

Alice: Bom dia Laura

Estou ansiosa pelo domingo, só de pensar também fico excitada.

Bjs e tenha um ótimo dia. ;)

Enviei a mensagem e fiquei imaginando a cara que ela faria ao ler, o que me causou graça. Liguei a TV e estava passando Meninas Superpoderosas, então resolvi assistir um pouco, pelo menos até a zorra começar. Fiquei um tempo jogada na cama quando ouvi baterem na porta.

- Entra! - Assim que falei vi a porta se abrir e Bárbara surgir sorridente.

- Oi linda. - Falou com um jeito tímido. - Desculpe... Amanda falou que podia vir aqui ficar com você.

Sorri para ela e estendi a mão a chamando para se deitar ao meu lado, o que ela prontamente entendeu e veio correndo, arrancando os sapatos e se recostando na cama.

- O que está assistindo? - Perguntou abraçando minha cintura e recostando a cabeça em meu ombro, se aninhando em mim.

- Desenhos. - Respondi passando a mão por seu ombro. - Pelo menos até a zona não começar. - Falei tirando um riso dela.

- Não curte mesmo barulho, hein?!

- Detesto! Queria ter minha última sexta de férias para ficar atôa, afinal amanhã tenho aula. - Falei não escondendo meu descontentamento.

- Pena que as meninas chegam hoje na república, senão te raptava para ficarmos lá, só nós duas, assistindo quantos desenhos você quiser, paz, sossego e meus beijos. - Falou me encarando com carinho.

Os olhos de Bárbara refletem o melhor dela, são tão transparentes e encantadores. Quando olho para eles, posso jurar que enxergo tudo sobre ela, nos mínimos detalhes. Sua feição é de carinho e paixão e seus olhos mostram isso em detalhes.

Aproximo nossos lábios e tomo os dela com delicadeza, sentindo seu gosto e a maciez de sua língua tocando a minha. Sinto meu corpo começar a esquentar, mas sei que tenho que me controlar, afinal, estou em minha casa e com uma festa prestes a acontecer na piscina.

Bárbara me aperta mais a ela e acaricia minha cintura com seu polegar, me causando arrepios. Ficamos ali um tempo entre beijos e carinhos, o famoso namorando, parecia até que todo mundo havia esquecido que existimos, mas, como nada é perfeito, enquanto trocávamos um beijo mais cálido, Amanda entrou no meu quarto feito uma manada de elefantes nos fazendo dar um pulo de susto.

- Desculpem atrapalhar, Alice, preciso de sua sombra clarinha. - Falou indo em direção ao meu banheiro.

- Agora que já atrapalhou. - Falei bufando e fazendo Bárbara rir.

- Não tenho culpa... preciso me arrumar direito. O pessoal já deve tá chegando. - Falou voltando para o quarto com minhas maquiagens e se sentando na minha escrivaninha. Foi só ela falar e ouvimos a campainha tocar, anunciando o tal pessoal que ela convidou e, acreditem, parecendo sincronizado, o dj colocou a música alta, explodindo minha cabeça, no mesmo instante.

- Aiiii... Meu Deus... - Amanda se desesperou. - Não estou pronta... Alice, desce e recebe quem chegou para mim?! Por favor! - Falou praticamente se ajoelhando em minha frente.

Rodei os olhos desanimada com a missão que me foi dada, pois não quero ter que receber o loucos dos amigos dela. Já me preparei para dizer que não, mas Bárbara nem me deu tempo de falar nada, pois aceitou o pedido de minha irmã sorrindo.

- Ok Amanda... apesar de ter nos atrapalhado, vamos te ajudar. - Falou se levantando e calçando seus sapatos.

- Oi?! - Perguntei não gostando da ideia.

- Só até ela terminar de se maquiar, amor. Vai ser rápido. - Bárbara falou estendendo a mão para que eu segurasse e levantasse.

- É Alice, por favor. Já estou descendo, só terminar a maquiagem aqui. - Amanda falou se levantando e indo até o banheiro correndo.

Bufei sem alternativa, afinal... e me levantei para poder começar a fazer as coisas que minha irmã não pensou em fazer antes.

Fomos até a entrada e, por sorte, Ale já havia recebido as tais meninas que haviam chegado. Pelo que entendi de Bárbara, são amigas de classe de minha irmã. Não demorou muito e começou a chegar mais gente. Rapazes, moças, casais, etc, todos com as mesmas feições e as mesmas formas de falar. De certa forma agradeço por Bárbara estar aqui, afinal, com isso ela me ajuda a não sair e deixar todos falando sozinhos.

Quando Amanda finalmente desceu, praticamente todos os seus convidados já haviam chegado e já estavam na área da piscina bebendo e dançando ao som de música eletrônica.

Eu não estava nem um pouco animada com a "bagunça", mas, fazer o quê? Meus pais deixaram e a casa não é só minha. Porém como nem tudo é para ser ruim, logo vi entrarem na festa as melhores pessoas do mundo. Alessandro acompanhado de Miguel, seu namorado e Dani, infelizmente sozinha, mas, pelo menos, são eles. Assim que me viram, vieram em disparada e me agarram, me jogando para cima e rodopiando. Confesso, amei vê-los ali, pelo menos não me sentiria tão deslocada assim nessa festa.

- Seus filhos da mãe... nem para me avisarem que Amanda chamou vocês. - Falei sorrindo feito uma criança que ganhou um brinquedo novo.

- Nem nós sabíamos! Encontrei com ela ontem a tarde e perguntei de você, aí ela falou sobre a festa e disse que poderia vir e trazer quem eu quisesse. - Dani falou toda sorridente também.

- Aí ela me trouxe e eu trouxe o Miguel. - Alessandro falou olhando com carinho para seu boy magia. - Espero que sua irmã não se importe. - Disse sem graça olhando em volta.

- Relaxa! Ela vai adorar ver que vieram. - Falo desprendendo importância. - Mas me falem, como foram de férias? Mal nos falamos.

Desde que entramos de férias nos falamos pouquíssimo. Alessandro intensificou seus treinamentos e não tinha tempo para nada e Dani, desde a vez que ela passou por aquele problema com seus pais, foi mandada para casa de sua avó em Pernambuco e desde então não conseguimos nos falar.

- Infelizmente, ou não, os treinamentos roubaram todo meu tempo, chegava em casa tão esgotado que não tinha vontade de nada a não ser dormir. - Falou Alessandro olhando para seu namorado. - Se Miguel não estivesse treinando comigo, nem vê-lo eu conseguiria.

- Imagino, mas pelo visto ganhou uma folga esses dias, né? - Perguntei animada.

- Sim, meu treinador me deixou livre para curtir o último final de semana das férias. - Falou fazendo mão chifrada comemorando.

- Que bom! Vamos aproveitar e matar a saudade. - Falei fazendo o mesmo sinal e arrancando risos dele e de seu namorado. - E você, Dani?! Como foi na casa de sua avó?

- Um verdadeiro saco. Aquele lugar não tem nada. - Dani falou pegando uma bebida de um cara que estava servindo. - Passei minhas férias visitando amigas de minha avó com ela e assistindo TV. - Revirou os olhos com o comentário.

- Nossa! Sinto muito. - Falei realmente mexida com sua situação.

- Mas nem tudo é tão ruim. - Sorriu de um jeito diabólico. - Minha avó está do meu lado. Contei para ela sobre o Renato e nosso relacionamento e ela disse que me apoia, que está comigo contra meus pais. - Fez uma dancinha de comemoração nos fazendo rir.

- Ai amiga... - Fui até ela, lhe dando um abraço. - Fico feliz por você. Afinal sei que ele é um cara bacana e que te faz feliz. - Falo sincera, afinal ela merece ser feliz e Renato é um rapaz maravilhoso. - Aliás, por que não o trouxe?

- Até o chamei, mas ele está no estágio hoje. - Falou fazendo carinha triste. - Ele está trabalhando em um laboratório farmacêutico e está muito feliz com essa oportunidade. - Abriu um sorriso encantador ao lembrar dele. - Mas ele mandou um beijo para os dois.

- Que pena, mas foi por uma boa causa, então perdoo. - Falei arrancando um riso alto dos meus amigos.

- Mas não vamos pensar nada mais, afinal, estamos de folga e férias, vamos nos divertir nessa festa, quero comer muita carne e beber. - Alessandro fala nos causando uma gargalhada.

- Vamos sim! Com vocês aqui, vou, finalmente, me divertir com essa bagunça. - Falo pegando na mão de Dani e chamando Alessandro e Miguel para pegarmos carne e bebidas para todos.

Vocês devem estar se perguntado onde está Bárbara, afinal ela não estava grudada em mim?! Devido a folga da minha irmã e o bom coração – ou espírito de trouxa, ainda estou decidindo - de Bárbara, ela acabou saindo com Alexandre para comprar algumas coisas que estavam faltando, o que acabou me deixando sozinha nesse furdunço, mas com meus amigos aqui, não preciso mais me preocupar.

Começamos a comer, rir, dançar as músicas animadamente, algumas até chegando a chamar a atenção do pessoal que nos via. Amanda de longe se divertia ao me ver tão solta e risonha, já que desde o início eu não estava muito afim dessa festa, mas agora posso dizer que já nem me importo com o barulho.

Meus pais chegaram em casa e não demoraram a se entrosar com os amigos de minha irmã. Apesar de serem nossos pais e estarem em uma festa de maioria jovem, eles conseguiam se adaptar e conversar com qualquer tipo de pessoa, o que facilitava nossa convivência com eles e nossos amigos.

Bárbara chegou trazendo o gelo – sim, ela foi comprar mais gelo, pois minha irmã esqueceu de encomendar. - com Alexandre e, assim que me viu, veio em minha direção toda amorosa, o que chamou a atenção de Alessandro e Dani na hora, que me encararam risonhos. "Vou ter que explicar para eles essa situação."

- Fomos longe para conseguir o gelo, sua irmã me paga. - Bárbara falou rindo e pegando um copo de caipirinha para ela.

- Normal... Amanda sempre esquece o essencial nesses casos. Um dia ela ainda vai esquecer dela mesma. - Falo rindo e olhando para minha irmã que está do outro lado da piscina junto com suas amigas e o cara estranho.

Lembram dele? Aquele com quem ela sumiu naquela festa onde eu conheci Bárbara?! Posso lhes dizer, o gosto da minha irmã para homens é extremamente admirável, é cada um mais peculiar que o outro. Nossa!

- Também, ela está com o Tomas. Estranho seria ela lembrar algo. - Bárbara falou olhando para os dois, que tentam disfarçar, mas está na cara que tem algo ali.

- Tomas é feio. - Minha amiga, sem papas na língua, fala ao observá-lo, me fazendo, quase, cuspir a bebida em minha boca com a risada que dei.

Tomas, como acabei de descobrir que ele se chama, é muito magro e alto, tem um bigode disforme e um nariz maior que o do Luciano Huck, além de se vestir mal. Ele está usando uma bermuda rosa, com uma camisa verde limão e alpargatas pretas. Não sei o que Amanda está pensando, mas gosto não se discute, espero que ele seja bom para ela, é o mínimo que se espera de um cara feio como ele.

Depois de uma análise detalhada do crush de minha irmã, ficamos no nosso canto, conversando, comendo e bebendo. Apesar de ter que ter cuidado com meus pais e com a bebida, consegui me libertar bastante.

Passamos, praticamente, três horas de festa juntos, de vez em quando um ou outro se afastava para falar com outras pessoas, principalmente Bárbara, que, por estudar no mesmo instituto que minha irmã, conhecia boa parte do pessoal presente. Num desses afastamentos para falar com um grupo, Dani me imprensou com suas perguntas.

- Lice!! Conta tudo! - Falou me encarando com seus olhos azuis inquisitórios.

- Contar o que? - Falei me fazendo de desentendida, mas sei bem que ela quer saber sobre Bárbara e eu.

- Não se faz de sonsa! Eu sei que tá rolando algo aí. Conta logo. - Falou com cara de poucos amigos e me fazendo rir.

- Também percebi isso aí. Você e a Bárbara estão tendo algo? - Alessandro perguntou sorrindo debochado.

- Estamos ficando... oficialmente. - Falei sem olhá-los e bebendo de meu suco. A essa altura melhor deixar a bebida um pouco.

- Como assim ficando oficialmente? - Dani perguntou com uma sobrancelha erguida.

- Falamos com minha família sobre nós, mas estamos nos conhecendo, indo com calma. - Falo sorrindo.

- Isso é praticamente um namoro, Alice. - Alessandro falou com um olhar admirado.

Mal sabem eles que, para minha família e Bárbara é um namoro. Mas, sinceramente, apesar de ter dito sim para seu pedido, não me sinto tão dentro desse relacionamento assim. Gosto de sua companhia, mas sinto que falta alguma coisa. Não sei explicar, acho que por isso não cogito a ideia de ser fiel a isso que "temos".

- Mas não é. - Falo piscando para ele. - Quero ir com calma e ela aceitou.

- O que importa?! Vocês estão tendo algo! - Dani fala me dando um abraço que me pegou de surpresa. - Espero que isso dure e vocês fiquem juntas. - Diz empolgada.

Alessandro se une ao abraço e me dá um beijo na cabeça. - Também espero que isso se desenvolva e vocês fiquem juntas para sempre. - Fala de forma carinhosa.

Ficamos o resto da festa, até Amanda cortar o bolo, nos divertindo e aproveitando o som, a comida e a bebida. Dani e Alessandro foram superfofos com Bárbara, principalmente após saberem de nosso "lance" e Miguel, como um verdadeiro gentleman, me deu atenção e ainda mostrou que tem um bom humor invejável, pois me arrancou diversas risadas com seus comentários.

Após cortar o tal bolo, meus amigos foram embora e eu, como imaginava fazer antes deles chegarem, me refugiei na sala de TV, assistindo desenhos animados, enquanto Bárbara ficou na piscina com suas amizades. "Ainda bem, não quero dar atenção a ninguém."

Estava distraída, vendo um episódio de Bob Esponja, quando meu celular vibrou e percebi que era uma mensagem de Juliana, minha professora.

Juliana: Boa tarde, Alice! Podemos marcar de te entregar os livros ou quer que leve para o colégio na segunda-feira?

Ao ver sua mensagem o diabinho da minha consciência falou alto e eu tive uma ideia malvada em minha cabeça. "Estou me sentindo um pouco entediada, acho que tenho uma oportunidade de me divertir um pouco." penso bolando uma estratégia em minha mente.

Alice: Pode me entregar na segunda, mas pode ser depois da aula? Não quero que vejam e pensem algo de errado. :)

Não demora muito e logo vejo o "digitando..." aparecendo, o que me causa um pouco de ansiedade por sua resposta.

Juliana: Claro! Não acho que vão achar nada de estranho...

Mas se você prefere assim, segunda-feira eu levo então e te entrego após as aulas.

Bjs Alice, até segunda.

Alice: Bjs Juliana, até :*

Após enviar a mensagem, jogo o celular na mesinha de centro e me estico no sofá. "Qual será meu poder para seduzir alguém como ela?" me pergunto e abro um sorriso alegre. Vou testar minha capacidade de sedução e isso me excita.

----

Aviso

Olá pessoal... então, feriado chegando, possibilidade de descansar.
Como vocês devem ter notado, normalmente faço postagens umas duas vezes por semana, porém eu quero avisar que esse final de semana não poderei fazê-lo.
Vou aproveitar o feriado para viajar e descansar um pouco e o local que vou não tem internet, então esse final de semana não haverá postagem nova.
Mas, semana que vem, normalizo isso (ou pelo menos vou tentar :X)
Beijos a todas que leem e um ótimo feriado a todas! Obrigada por acompanhar aqui :*

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