Coração de Ômega(Romance Gay)...

By SPFCoust

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Hades era só mais um dos centenas de garotos sem sorte que moravam em um vilarejo pobre e abandonado pelo rei... More

Introdução.
Capítulo 1:Um garoto na neve
Capítulo 2:Estranhos Visitantes
Capítulo 3:Um Último Beijo
Capítulo 5:Lendas e Realidade
Capítulo 6:Castelos e Lobos
Capítulo 7:Ômega
Capítulo 8:Belezas Perigosas
Capítulo 9:Bailes, Nobres Idiotas e Confusão.
Aviso
Capítulo 10: Escolhas Difíceis
Capítulo 11:Mentiras Veladas e Verdades Dolorosas
Capítulo 12:Monstros de Gelo e um pouquinho de chá.
Capítulo 13:Invasão.
Aviso
Capítulo 14:Batalha no Castelo
Capítulo 15:Segredos Revelados
Capítulo 16:Ascendência e Visitas Familiares
Capítulo 17:Homens Voadores
Capítulo 18:Fadas e Sexo
Interlúdio 1.
Capítulo 19:Ressaca e Arrempedimento
Interlúdio 2
Capítulo 20:Confissões de um lobo apaixonado.
Capitulo 21:Guerra
Capítulo 22:Demônios e mais confissões apaixonadas
Capítulo 23:Capital Real e Esqueletos no armário
Capítulo 24:Viagens e Degradação.
Capítulo 25:Sobre quem você é..
Aviso.
Capítulo 26:Prelúdios e Surpresas
Capítulo 27:O Corvo e a Serpente
Capítulo 28:Despedida e Reunião
Capítulo 29:Primeiro Contato.
Aviso.
Capítulo 30:Memórias de Você.
Capítulo 31:As peças se movem
Capítulo 32 (Reta Final):Bebê!?
Capítulo 33(Reta Final):Traição e Ameaças
Capítulo 34(Reta Final):Início da Discórdia.
Capítulo 35(Reta Final):Invasão a Capital
Antepenúltimo Capítulo:A Arte de Sobreviver
Penúltimo Capítulo:Prelúdios de uma Tragédia
Final:Fim da Magia.
Epílogo.
SEGUNDO LIVRO !

Capitulo 4:Neve, Visões e Monstros

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By SPFCoust

Dois dias tinham se passado desde que me despedi de Franklin e a lembrança do rosto dele alegre enquanto me beijava ainda assombrava meus pensamentos e enchia meu peito com uma culpa destruidora. Enquanto os soldados e eu atravessávamos a grande floresta da fronteira, só conseguia pensar nele em frente a cabana chorando e no quão feliz ficou antes de eu enganá-lo.

Seus olhos azuis brilhando, seu sorriso gentil quando me declarei para ele e o seu talento para fazer piadas com o bigode de prefeito, tudo me inebriava e me entristecia, como uma aquarela de emoções que não conseguia controlar. Senti meu rosto arder e minhas bochechas molharem. Eu já estava chorando de novo. Vinha fazendo isso com frequência desde que parti da vila. A tristeza vinha e partia do nada e eu fazia de tudo para disfarçar o quão destroçado estava.

Na maior parte do tempo, ignorava os soldados quando meu nome era chamado por eles. Sabia que me observavam e que percebiam meus olhos inchados de tanto chorar. Mas tudo o que eu não queria agora eram palavras de consolação vindas de sequestradores. Ao menos, tentei focar no lado positivo. Eu me livraria do maldito clima de eterno inverno de Frost e de todas as lembranças ruins que esse lugar me trazia.

---Maldição.._praguejou Finch, um dos cavaleiros sob as ordens do comandante.---Por quanto tempo essa nevasca pretende continuar?Não enxergo nada!!

Fitei seus olhos felinos por uns segundos e depois me voltei para Kato, o comandante, que permanecia em silêncio desde que passamos pelo lago congelado. Parecia apreensivo pela nevasca, que se arrastava firme sobre nós nos dois dias que se passaram, parecia preocupado e tinha razão em estar, pois a nossa situação era péssima. Os cavalos fraquejavam pela fome e sede.. Eram animais de clima quente e por isso não estavam acostumados com o clima gelado da região. Os soldados tremiam de frio e a pior parte era que a floresta da fronteira ainda estava bem longe de acabar. Se o clima não melhorasse logo, morreriam antes de chegarmos no nosso destino.

---Não seria prudente procurarmos abrigo e esperarmos a tempestade passar?!_perguntei diretamente para o comandante, ignorando os olhares de esguelha de seus subordinados.

Kato se virou, seus olhos negros avaliando os meus como se me perguntasse com os olhos se ele tinha cara de estúpido. Assim como os outros, seu cavalo negro estava rígido de cansaço e de frio, mal aguentava o dono sobre a sua cela. Foi uma pergunta idiota, pensei suspirando envergonhado, era óbvio que ele pansava nisso também, mas como não era dessas terras não conhecia absolutamente nada daqui. Sendo franco, o comandante Kato era um homem extremamente difícil de decifrar, com aquele rosto indiferente o tempo todo estampado na cara.

---Conhece algum abrigo por aqui?!_questinou, sério como sempre.

Vasculhei a área.

Provavelmente devia existir algum ponto de referência para me situar .E procurando por um tempo, lá estava ele. Alguns metros a frente, estavam a grande pedra vermelha e o tronco quebrado perto dela. Isso era ótimo, pensei, Karl usava essa pedra para se localizar quando caçava com Franklin e se eu estivesse certo, perto dela existia uma antiga caverna que por sorte, era bastante quente no interior. Eu e Franklin costumávamos ficar por lá quando explorávamos a região.

Fitei os olhares nervosos dos meus companheiros de viagem e suspirei aliviado, dando um sorriso fraco.

---Conheço._respondi, tomando a frente com minha égua.---Me sigam.

Lorde Kato pareceu surpreso. Talvez não esperasse muito de um garoto magro e estranho da vila isolada por florestas e cheia de neve. Sempre foi assim, minha mãe me dizia, os lordes sempre subestimaram a capacidade dos camponeses das vilas e pequenas cidades.

Para eles, não passávamos de animais a quem tinham responsabilidade de alimentar, animais que, quando bem tratados, eram úteis para todo tipo do coisa. Mas tinha algo que Lorde Kato não compreendia. Eu era de Frost, um habitante da vila do gelo, não um camponês comum abencoado com o calor confortante do sol. Em Frost, ou você aprendia a caçar sozinho ou você morria de fome.

A vila tinha seus defeitos, mas era forte. Não havia um garoto nela que não soubesse manejar uma adaga ou arco. Éramos caçadores por natureza e graças a magia que eu possuía, podia rastrear qualquer criatura viva sempre que eu quisesse. Sabia lutar e me defender como ninguém graças a Karl. Eu poderia ser um animal, mas se necessário, ele descobriria o quão selvagem eu também podia ser.

Quando chegamos em frente a caverna, ouvi cochichos desconfiados vindos dos soldados atrás de mim enquanto me acompanhavam ao interior dela. Alguns diziam entre si que eu tramava algo contra eles. Que a tempestade era minha culpa e outras baboseiras sem sentido. Apesar de eu ter salvado a vida do companheiro deles, a desconfiança natural dos humanos comuns estava ali, fincada no âmago deles.

Eles nunca aprenderiam.

A grande caverna bizarra, como eu carinhosamente a batizei, era uma contradição da natureza, quente como uma fogueira, no entanto, cheia de estalactites de gelo pelo teto. Nunca entendi como ela funcionava e era exatamente por isso que eu a adorava tanto. Os soldados acomodoram seus cavalos exaustos num canto da caverna amarrando-os nas rochas para que não fugissem, depois sentaram no chão, agradecidos por não terem que sentir o vento frio da tempestade rasgando seus rostos por mais tempo.

---Como sabe tanto da floresta?_perguntou Tuck, o homem loiro cuja a vida eu salvei, me surpreendendo pela naturalidade com que puxou assunto comigo---Seu pai ensinou a você?

Tirei meus olhos dos graciosas estalactites esbranquiçadas do teto da caverna e encarei seu rosto pálido e curioso. Tuck era estranho, pensei, vendo-o me encarar sorrindo. Mesmo para um homem de trinta anos, era bastante brincalhão e gentil. Ao contrário de seu comandante, ele era sempre alegre e nunca ficava com a cara fechada. Tuck sempre parecia achar o lado bom das coisas. Mas não naquele momento.

Falar do meu pai sumido só me deu mais motivos para me sentir pior comigo mesmo. Eu odiava pensar na possibilidade dele estar por aí, vivendo sua vida sem se importar com minha existência. Lembrar disso me fazia mal, por ser uma das tantas coisas que aconteceram comigo que eu não poderia mudar.

---Não tenho pai._respondi, me acomandando no chão da caverna.--- O homem que ajudou a me gerar nos abandonou para ficar com a família oficial dele.

Tuck ficou constrangido, percebi, pois se virou e encarou o fundo escuro da caverna em silêncio. Bastardos eram um tabu no reino e era exatamente o que eu era. Um bastardo. Um filho não planejado, fora do casamento. Minha mãe nunca me disse a posição social do meu pai, mas sabia que ele nobre. Eu nunca insisti para que me confessasse porque ela ficava triste quando era forçada a falar sobre ele. E eu a amava demais para deixá-la assim.

Meus pensamentos se voltaram para Franklin de novo, mas antes que eu pudesse voltar a me entristecer, Kato apareceu na minha frente, receoso.

---Você conhece um jeito mais rápido de sairmos daqui?!_questionou de repente, se sentando perto de mim.---Essa floresta é muito ramificada e por isso é perigosa. Os cavalos não vão aguentar por muito tempo esse frio.

Olhei a neve caindo furiosa do lado de fora e o vento forte açoitando a entrada da caverna preocupado. A tempestade não daria trégua tão cedo e a única maneira rápida de sair daqui foi desperdiçada quando atravessamos o lago congelado há um dia de viagem atrás. Se tivéssemos seguido o curso do lago como sugeri a eles teríamos chegado na cidade portuária de Jogmund em questão de horas, pegado um navio e ido direto para a Toca do Lobo.

Mas agora, estávamos no meio da floresta de fronteira e a saída mais próxima ficava a um dia de distância de nós. Com minha magia, eu poderia chegar no final da floresta facilmente, mas eles não e eu não poderia abandoná-los. Eles morreriam na neve isso supondo que não fossem devorados pelos habitantes do gelo primeiro. Minha única opção era ficar por perto e seguir a trilha junto com eles até o maldito castelo.

---Não tem saída mais rápida daqui _respondi.---Podemos encurtar o caminho, mas ainda vai ser muito demorado para vocês.. Eu disse a você que deveríamos ter ido pelo curso do rio.

Hugh bufou, irritado. Por alguma razão, não gostava nem um pouco de mim. E pela primeira vez na minha vida não era porque eu usava magia.

---Você fala como se pudesse sair daqui a hora que você quiser_.falou presunçoso.---Mesmo tendo magia, você é só um garoto, não tem como sobreviver sem a nossa ajuda.

Os outros me olharam desconfiados, inclusive o comandante. Não era comum que eu conversasse ou dasse minha opinião desde que começamos a viagem, mas Hugh me fez fazer isso. Seguir ordens sem nenhuma oposição era o que eu fazia mas isso não significava que eu gostasse. Ainda mais quando quem ditava as ordens era um porco gordo e luxurioso como Sir. Hugh.

Revirei meus olhos, sentindo um enorme desejo de tranformá-lo em uma gralha para que saísse voando para bem longe daqui e me deixasse descansar em paz.

Embora fosse um homem jovem, ele reclamava como um velho de muita idade. Era fedido e descabelado .A única coisa interessante sobre ele era seu cabelo avermelhado, que sob a luz do sol parecia ser feito de fogo
Era gordo demais para um soldado e andava mancando como um cavalo aleijado. Suas principais conversas eram sobre prostitutas baratas e álcool, sem falar nos problemas com garotos que gostavam de garotos.

---Na verdade..._retruquei, sentido os olhares de todos sobre mim.---Eu posso._Hugh torceu a cara, zangado. O comandante, apenas me observou e os outros descansavam em silêncio---Vou deixar algo bem claro aqui. Posso sobreviver sozinho aqui com ou sem vocês...

---Garoto ingrato.._remungou Hugh, se retorcendo em seu manto de couro.---Devia agradecer por termos tirado você daquela vila. Eles iam te matar sabia?! Por que feiticeiros tem que ser tão arrogantes?

Virei meu rosto e não disse mais nada depois daquilo. Eu não era arrogante e sim realista. Só um tolo analizaria os fatos unicamente pelos sentimentos ignorando a razão ainda mais numa situação de sobrevivência. Tive que aprender a ser assim e foi por ter aprendido que sobrevivi sozinho sem adultos para me ajudar.

Na verdade, eu estava sendo bastante gentil com eles, não arrogante. Não gostava de nenhum deles nem mesmo de Tuck com sua personalidade agradável. Eles me arrancaram de perto de Franklin sob ameaça e estavam me arrastando para um castelo que eu não queria. Eu os odiava tanto quanto odiava Frost e o Lorde do Norte. Mas ainda assim, aqui estava eu, indo pelo caminho mais difícil e preso na neve por causa deles.

Eu poderia ter ir embora e deixado todos para morrer. Os habitantes de gelo ficariam felizes com isso, já nos rondavam há muito tempo mesmo. Desde que passamos pelo lago nos seguiam como urubus atrás de carniça e o único motivo de não terem nos atacado era minha presença. Sem mim, os soldados seriam presa facil. Então, eu não era o arrogante aqui, eles é que eram.

Bufei irritado e me acomodei sobre uma pedra dura e quente presa na parede cubrindo meu corpo com um cobertor de couro. Quando a neve terminasse de cair, eu teria que caçar, por isso, precisava estar com as minhas energias recarregadas.

O sono não demorou a vir e eu logo adormeci, sob o som dos assobios do vento do lado de fora. Logo me vi dentro de um sonho. Nele, eu estava na frente da cabana de Franklin, mas não conseguia me aproximar e nem me afastar dela. Um rosto familiar apareceu, era Lize e ela parecia estar bastante preocupada. Como nunca a vi ficando antes. Logo atrás dela, vieram Karl e a megera da sua esposa Florence e pela cara que faziam, estavam discutindo de novo.

Franklin não apareceu em lugar nenhum e isso me preocupou por uns instantes. Quando Florence se aproximou de mim, pude ouvir melhor o conteúdo da conversa.

---Ele foi atrás dele Karl._gritou ela, desabando em lágrimas.--- Nosso filho simplesmente saiu floresta a dentro atrás dele. Tentei impedi-lo, não me ouviu.

Era um sonho estranho, mesmo sem me mover, tudo parecia tão real!!. E ainda tinha aquilo, Franklin vindo atrás de mim... Se não fosse tudo um sonho, ficaria desesperado. Franklin era um ótimo caçador mas se um habitante do gelo o confrontasse, ele morreria. Habitantes do gelo eram cruéis, grandes e disformes. Franklin não teria a menor chance contra um deles.

Minha mãe me contava sobre eles quanto eu era garoto. Ela dizia que os habitantes de gelo já foram criaturas bastante gentis que viviam pacificamente dentro da natureza até usarem magia negra para ficarem mais poderosos. O plano deles deu errado e ao invés de ficarem mais poderosos, ficaram deformados e malignos. Sua alimentação que antes era vegetariana passou a ser qualquer tipo de carne ,mas, por alguma razão, o sabor da carne humana os deixava loucos. Eu tinha medo deles, já tinha visto um de perto .Não era algo muito agradável de lembrar.

Karl fitou Florence em completo desespero enquanto Lize observava tudo calada. Seu rosto normalmente rosado, estava pálido como a neve e seus olhos verdes, estavam repletos de lágrimas.

---Eu não devia ter entregado Hades aos cavaleiros._admitiu Karl, para si mesmo.---Eu sabia que Franklin o amava e mesmo assim... Mesmo assim eu o entreguei... A culpa é minha.. A culpa é toda minha...

Tentei gritar. Tentei dizer algo para que eles se acalmassem. Eu sabia que era só um sonho, mas mesmo assim fiz de tudo para que eles soubessem que eu estava ali, que eu ouvia tudo. Mas quanto mais eu tentava gritar, mas fraca minha presença ficava.

De repente, foi afastado da cabana por uma força estranha e do nada, me deparei com Franklin dentro da caverna do urso pardo. Ele assava um naco de carne na fogueira enquanto se aquecia. Seu rosto estava pálido e seus olhos azuis, cheios de olheiras pesadas. Pressionado contra a palma de sua mão estava o colar de dentes de urso que dei a ele de presente de aniversário. Então uma coisa branca e deformada apareceu na entrada na caverna...

Acordei com duas mãos me sacudindo com força. Era Tuck, seus olhos claros e gentis me fitando preocupados. Eu estava suado e minha garganta, seca. Foi tudo um sonho, não foi? Me sentei contra a parede da caverna confuso quanto a isso. Todos me olhavam com a mesma expressão de preocupação, até mesmo o comandante parecia aflito. Suas orbes negras me fitavam agoniadas.

---Está tudo bem?!_perguntou Tuck, suas mãos massageando meus ombros.---Filho... Você gritava muito e não conseguíamos acordá-lo. Já estávamos ficando desesperados sem saber o que fazer.

Fitei a entrada da caverna meio tonto. A tempestade havia passado e todos já estavam de pé, os cavalos aquecidos e prontos para a nossa jornada. Eu era o único que ainda não estava pronto.

---Tive um pesadelo muito real..só isso_.respondi e ele me encarou sem acreditar muito.---Quanto tempo eu dormi?

O comandante se aproximou com um pedaço de carne seca na mão e me deu, se ajoelhando ao meu lado com um sorriso fraco.

---Umas seis horas..._respondeu, seus olhos negros atentos a mim.---Hugh até conseguiu achar um grupo de faisões na redondezas da caverna e...

---Ele saiu sozinho!!?

O comandante arqueou as sobrancelhas, estranhando minha reação assim como o resto do grupo.

---Sim..._respondeu confuso.---Precisávamos de suprimentos para aguentar o resto da viagem.

Hugh me olhou presunçoso, era óbvio que se gabava por ter caçado sem minha ajuda mas não era por isso que eu estava preocupado. Era por causa dos habitantes de gelo. A verdade era que sonhar com eles não era um bom sinal. A magia repugnante deles aumentava cada vez mais, estavam se acumulando perto de nós e se não saíssemos logo todos morreríamos.

---Escutem... Sei que todos são adultos mas não devem sair na floresta sozinhos_.falei e Hugh se aproximou com a cara fechada.

---Por que não?!_perguntou o comandante Kato, com uma calma perturbadora---Só tem neve lá fora, a tempestade passou, já é seguro sair.

Encarei meus companheiros de viagem um a um, olhando bem fundo nos olhos de cada um deles. Aquilo precisava ser dito antes que fosse tarde demais. O sonho foi um presságio ruim. Eu raramente sonhava coisas do tipo, sendo sincero essa era a primeira vez. Mas eu sabia que as coisas lá fora estavam quase avançando sobre nós. E sabia que estavam morrendo de fome.

---Está enganado._respondi, vendo ele arregalar os olhos ,surpreso.---Tem algo muito mais perigoso do que neve e lobos vindo atrás de nós... Já ouviu falar nos habitantes, comandante?

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