A seus pés (finalizado)

By AnnaLuzz1

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Isabella é uma mulher que encontra refúgio na grande Sydney ao lado de seu amigo Chris. Ela foge de um passad... More

Prólogo
1. Matt
2. Bella
3. Matt
4. Bella
5. Matt
6. Bella
7. Matt
8. Bella
9. Matt
10. Bella
11. Matt
12. Bella
13. Matt
14. Bella
15. Matt
16. Bella
17. Matt
18. Bella
19. Bella
20. Matt
21. Bella
22. Bella
23. Matt
24. Bella
25. Matt
26. Bella
27. Matt
28. Matt
29. Bella
30. Matt
31. Bella
32. Matt
33. Matt
34. Bella
35. Matt
36. Bella
37. Matt
39. Matt
40. Bella
41. Matt
42. Bella
43. Matt
44. Bella
45. Matt
Epílogo

38. Bella

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By AnnaLuzz1


No outro dia desço as escadas depois de uma noite não muito bem dormida, Sophie está cada vez maior. Pergunto a Esther por Matt e ela diz que ele está no escritório. Bato na porta e entro, ele está ao telefone sentado em sua cadeira por trás de sua mesa. Meu amor me chama com a mão e eu sento em seu colo.

- Sim, Kylie. Canberra. ... – beijo seu pescoço e o olho, Matt sorri pra mim. – Não sei se sou de lá, mas tive um sonho que parecia real demais e o nome Canberra surgiu. ... – enquanto ele escuta o que Kylie fala, me olha carinhosamente enquanto afasta uma mecha de cabelo colocando atrás da orelha. – Certo. Eu aguardo. – desliga.

- Bom dia, senhor Wright.

- Bom dia, meu amor. – ele me beija demorada e calmamente.

Quando nossos lábios se desgrudam, ele beija meu nariz e eu sorrio.

- Pediu pra Kylie investigar sua vida? – ele assente. – Em Camberra?

- Quando sonhei ontem com minha mãe, a criança que era eu mencionou que o natal em Canberra é muito quente. Acho que eu posso ter nascido lá e o maldito Stuart me sequestrou me trazendo para um orfanato em Sydney. – eu assinto. – Mas por que você está tão arrumada assim? Vai sair? – ele franze o cenho preocupado.

- Esqueceu que hoje é minha consulta no obstetra?

- Oh, meu Deus, Bella, perdoe-me. Eu me esqueci.

- Não se preocupe, meu amor. Sei que sua cabeça está a mil por hora pelo que Stuart disse.

- Vou me trocar.

Ele sobe para colocar outra roupa, depois tomamos café juntos e saímos para consulta. Nossa Sophie está perfeita e saudável.

Os dias passam e estamos no final de setembro. A primavera surgiu embelezando o ambiente. Eu já estava próxima das 40 semanas. Era só questão de poucos dias para eu ver o rostinho da minha princesinha. Violet já estava morando conosco e me mimava a todo instante, mas era intrigante quando Matt chegava, ela simplesmente sumia. Violet parecia constrangida perto dele. Eu não entendia o fato dela se sentir assim e ter insistido tanto em ser babá de Sophie. Chris e Jess estavam ainda mais apaixonados e era um casal fofura. E, claro, a todo momento que eu podia tirar uma com a cara do meu amigo, eu fazia. Meus pais vinham com mais frequência me visitar, apesar de meu pai ainda desconfiar muito do Matt, pelo menos era mais cordial.

Eu sempre gostei da primavera. Era a época do ano que eu mais me identificava. O clima era mais ameno e o colorido sempre me deixava bem humorada. Foi uma grata surpresa ter engravidado. E uma florzinha nasceria na primavera do meu coração. Eu e Matt estávamos muito felizes e muito mais ligados.

Eu queria sair de casa para admirar as flores em algum parque. Estava cansada de ficar presa. Matt me fez esse agrado, fomos a um parque perto de nossa casa. As flores davam um toque romântico ao ambiente. Sentamos num banco e admirávamos as crianças brincando.

- Em breve seremos nós correndo assim atrás de nossa filha. – ele diz e eu sorrio.

- Não vejo a hora dela nascer. – toco em meu ventre.

- Eu também. Nossa florzinha. – olho pra ele e beijo levemente seus lábios.

- Matt?! – uma voz estridente nos tira do nosso momento magia.

Matt e eu nos viramos para o local de onde vinha aquele som. Uma moça surgiu no meu campo de visão. Era uma loira alta, vestida com roupa de ginástica e com seios enormes. Provavelmente siliconados. Aquela mulher não me enviou bons sinais. Meu alerta ligou imediatamente.

- Como vai... – ele indaga constrangido sem se levantar do banco em que estamos sentados.

- Melanie. – ela completa.

- Sim, claro. Melanie.

- Bem. Obrigada. – responde me encarando.

- Essa é minha esposa. - Matt diz.

- Esposa? – ela crava os olhos nele estupefata.

- Sim, esposa. – respondo antes que ele o possa fazer. – Algum problema? – Matt me encara com um olhar divertido. Vou esganá-lo depois de despachar essa fulana.

Ela simplesmente olha pra ele e não me responde.

- Quem diria que Matthew Wright fosse, um dia, sossegar.

Matt olha pra tal Melanie.

- Bem... – franze o cenho.

- Melanie. – ela o lembra novamente, agora nitidamente aborrecida.

- Sim, claro, Melanie. Então... – olha pra mim e retorna a encará-la. – Eu tive a sorte de encontrar a mulher perfeita e ser correspondido por ela. Nós nos amamos e vamos ter um bebê muito em breve. – toca em meu ventre e ela segue com o olhar.

A tal Melanie olha pra mim e depois de volta pra ele com o queixo caído, literalmente. Tentando se recompor, me encara.

- Desejo felicidades ao casal perfeito.

Diz isso e sai sem esperar resposta.

- Obrigada. – falo alto para que ela escute, olhando para direção que ela saiu.

Volto a olhar Matt e ele está rindo.

- Do que você está rindo? – indago irritada.

- Você fica linda com ciúme. Acho fofo.

- Pois eu não acho, senhor Matthew Wright. – fecho ainda mais a cara e viro o rosto.

Ele segura meu rosto com uma mão em cada lado da face me fazendo olhá-lo.

- Eu amo você, Bella. Só você. – diz sorrindo.

- Mas antes de mim teve várias, não é? – estou muito irritada. Só podem ser os hormônios.

- Bem, isso eu não posso negar. Passei pela cama de muitas mulheres. – ele diz sorrindo e eu dou-lhe um bom tapa no peito fazendo-o rir mais.

Eu me levanto num rompante e ele me segue.

- Quero ir embora. – falo furiosa.

- Por que? – ele se faz de desentendido.

- Você acha pouco encontrar uma ex sua? E você ainda me diz que se deitou com praticamente toda Austrália. – ele dá uma gargalhada.

- Deixe de ser exagerada, amore mio. E ela não é uma ex. Eu não tenho nenhuma ex porque sempre foi só sexo ocasional. – segura novamente meu rosto e beija a ponta do meu nariz. - O que estou dizendo é que sempre tive várias e nenhuma delas foi séria o bastante para ser a única. Foi você despertou o amor em mim. Você é a mulher da minha vida e de todas as vidas que eu já tive e que eu vier a ter. Se é que isso existe. - beija meus lábios. - Eu te amo.Só você, minha linda ciumenta.

Eu acho aquilo tão lindo que lágrimas caem por minha face.

- Amor, por que está chorando? – ele fala apreensivo. – Não acredita em mim?

- Não, seu tonto, estou chorando porque acredito. – ele sorri. – Esses hormônios estão mesmo acabando comigo.

Matt me beija apaixonadamente.

- Espero nunca mais na vida voltar a ver essa Melanie e nenhuma outra com quem você já se deitou. – falo brava e ele ri.

- Eu nem me lembrava o nome dela. Mas de uma coisa acabo de me lembrar sobre Melanie. – franzo o cenho irritada esperando o que ele vai falar. – No dia em que eu te vi pela primeira vez naquela praia, eu tinha passado a noite com ela.

- Não quero saber, seu idiota. – falo enfurecida e ando pra longe dele.

Matt me segue e me segura pelo braço.

- Não pode estar com ciúme de uma mulher com a voz mais irritante do mundo. – fala divertido.

- A voz era irritante, mas você bem que gostou de se embolar naqueles peitões. – ele riu e eu o olhei zangada.

- Silicone, amor.

- Eu sabia. – digo por fim e ele me beija sem que eu espere.

- Você é a única, amor. E sempre será.

Voltamos pra casa sem nem mais lembrar da tal... Esqueci o nome da siliconada.

A noite vejo que Kylie chega e os dois entram no escritório de Matt. Eu fico esperando na sala. Quando Kylie vai embora, entro no escritório e vejo meu amor com a cabeça apoiada nas mãos e os cotovelos em sua mesa.

- Amor! – ele me olha languidamente.

Eu me aproximo e me sento em seu colo. Beijo seus lábios levemente.

- Estou aqui, amor. Por você e pra você pra sempre. – Tento confortá-lo de algo que eu nem sei o que é.

Eu o espero.

- Ela está morta, Bella. – diz por fim. - Minha mãe biológica, de fato, está morta.

A tristeza em sua voz me deixa profundamente desolada.

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