Mel
Meu dia não poderia ter sido pior, quase entrei em combustão na academia.
Ver John se exercitando, me excitou a máxima potencia.
Imagina comigo, aqueles músculos se flexionando, seu tronco nú e todo molhado de suor.
Oh my Good!
Nunca pensei nele assim. Isso é tudo culpa daquele diário dos infernos.
A chuva começou a pouco tempo, mais raios e trovões cortão o céu de NY.
Tenho astrofobia, medo de relâmpagos e trovões. Sempre que começa um temporal, Jhon corre para o meu quarto. Mas ele ainda não veio.
Me enrolo toda debaixo das cobertas e tapo meu ouvidos com as duas mãos.
Começo a cantar as musiquinhas que minha psicóloga ensinou, quando eu era criança, para me distrair do que acontece lá fora.
- A dona aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou. Já passou a chuva o sol já vem sugindo, e a dona aranha continua a subir. Ela é teimosa e desobediente. Sobe, sobe, sobe...
- Shhh, eu estou aqui minha linda, já vai passar, shhh. - Jhon diz subindo na cama e me aconchegando em seus braços.
Solto um soluço estrangulado, as lágrimas correm livremente pelo meu rosto.
Ele me embala, acariciando meus cabelos e falando palavras de conforto.
Um raio corta o céu, clariando todo meu quarto como se fosse dia. Solto um grito de pânico, que vem do fundo da minha alma. Começo a me balançar freneticamente para frente e para traz.
- Sobe, sobe, sobe...
- Mel, olha pra mim. - Jhon puxa meu queixo para que eu o encare. - Esta tudo bem. Estou aqui com você.
Não consigo parar de chorar. O medo me domina apertando meu peito.
Outro raio corta o céu.
- ...veio a chuva forte e a derrubou...
- Mel meu anjo, se acalma por favor. - Jhon me aperta contra seu peito.
Mas não há mais nada que ele possa fazer. Quando estou no meio de uma crise poucas coisas podem me acalmar.
- ...ja passou a...a...a chuva, o...o...sol ja ve...vem sur...surgindo...
Cada palavra dita é cortada por um soluço. E é quando tudo aconteceu.
Jhon puxa meu rosto de encontro ao seu, selando nossos lábios em um beijo doce, mas cheio de desespero.
Sinto o gosto das minhas lágrimas se misturando ao beijo. Seus lábios são tão firmes e suaves.
Sua língua passa pelo meu lábio inferior, pedindo passagem. Abro a boca entrelaçado nossas línguas, em uma dança ritmada e sensual.
Jhon solta um gemido e logo se afasta, encerando o beijo.
- Desculpa, mas eu estava entrando em pânico. Você estava tendo uma crise e eu não sabia mais o que fazer.
E tinha resolvido, graças ao beijo consegui me desligar do que estava acontecendo lá fora.
- Tudo bem.
- Vem, deita aqui e vamos dormir. Vou fica com você.
Me aconchego em seu peito e ele passa os braços a minha volta.
Aos poucos vou me acalmando, sentindo as batidas frenéticas do seu coração, contra a palma da minha mão.
Quando a nevoa do sono me encobre, escuto ao longe...
- Boa noite meu amor.
E tudo fica escuro.
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Beijokas.