Avisos importantes antes de tudo:
• Este livro é uma short fic;
• Tem muito smut sim;
• Os capítulos são grandes.
Somente isso mesmo. Beijos.
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Louis chegou em casa depois de um longo dia de trabalho. Deixou sua pasta em cima da mesa e suspirou ao andar diretamente até seu telefone em cima da mesinha da sala, que estava com uma luz vermelha piscando, avisando que havia uma nova mensagem de voz. Ele apertou aquele botão e afrouxou sua gravata.
"Oi filho. Como esta?" - ouvir a voz de sua mãe era reconfortante. Ele sentia tanta falta dela que doía em sua alma. Louis deixou a pequena e doce Doncaster pra viver uma vida agitada na grande Londres, deixando pra trás sua família - "Eu sinto sua falta e os gêmeos também. Espero que esteja comendo direito, da ultima vez que te vi você estava muito magro" - Louis olhou pra sua barriga e arfou. Ele realmente estava magro - "era só isso, querido. Espero que venha pra casa qualquer dia desses. Eu te amo".
Louis deu um breve sorriso, pensando em como a mãe era doce consigo. A mulher não media esforços pra vê-lo feliz e realizado, por isso mesmo ela se virou pra pagar cinco anos de faculdade de direito pra que ele se tornasse quem era hoje em dia. O homem ouviu um bipe. Outra mensagem.
"Olá, Louis. Lembra que tem um melhor amigo?" - sorriu ao ouvir a voz de Zayn. Abriu todos os botões de sua camiseta social e em seguida tirou os sapatos - "eu sinto sua falta cara. Como você ta? Sumiu de novo" - Louis pôde ouvir um suspiro vindo do moreno - "quero te ver. Que tal sexta-feira? Podemos fazer um jantar na sua casa, não sei. Qualquer coisa. Me liga".
E isso finalizou os recados que haviam em sua secretária eletrônica. Louis não se sentia mal por trabalhar demais. Ele se sentia mal por se sentir solitário por consequência de suas ambições.
O homem tomou um longo banho, com os olhos fechados, sentindo a água quente em seu corpo como se fosse levar embora todo o estresse pelo qual estava passando, e realmente se sentiu melhor. Porém não por muito tempo, já que seu vizinho aumentou o maldito volume da música e agora Louis sentia como se a própria Stevie Nicks estivesse ali fazendo um show particular em seu banheiro. Louis bufou e saiu do banheiro apressado, enrolando uma toalha na cintura e pisando duro até a porta da frente. Ele bateu no apartamento vizinho e teve certeza de que o homem atrás daquela porta não o ouvira, então tocou a campainha novamente.
- Ja vou! - ouviu a voz de seu vizinho. Assim que o homem abriu a porta, Louis quase ficou sem fala. Seu vizinho era alto, cabelos longos e bagunçados, cacheados e com os olhos verdes e doces. O homem estava com manchas de tinta pela pele, cabelos e também pelo macacão jeans que usava - sim? Quem é você? - perguntou com indiferença, porém pro desespero de Louis, o homem o olhou de cima à baixo.
- Meu nome é Louis - falou - eu moro aqui do lado e... Uh... Olha só, sei que faz pouco tempo que você se mudou e-
- Três meses.
- Que?
- Fazem três meses que eu mudei.
- Oh... Ta bem. Tanto faz. Mas o caso é que você ouve música muito alta - suspirou e segurou com força a toalha em sua cintura - eu trabalho o dia todo. Quando eu chego em casa eu só quero relaxar.
- É Fleetwood Mac. Você relaxa ouvindo as músicas deles.
- Não, eu não- - respirou fundo - eu só quero paz e sossego, uh... Desculpa, não sei o seu nome.
- Harry. Meu nome é Harry.
- Então Harry... Podemos ser amigáveis e lidar com isso com pura maturidade. O que acha?
- Eu trabalho melhor ouvindo música.
- Com o que diabos você trabalha? Porque o meu trabalho é impossível fazer se tiver música - Louis se sentia irritado e pra piorar, estava semi nu na frente daquele homem e isso o estava incomodando mais do que a porra da música.
- Eu sou pintor - Harry disse, encostando o ombro no batente da porta - e você trabalha com algo envolvendo nudismo? - perguntou, olhando pra toalha envolvida na cintura de Louis e mordendo o lábio inferior. O menor ficou vermelho e ao perceber o olhar do maior, pigarreou.
- Eu nao trabalho como prostituto.
- Que pena - falou com um sorriso cínico.
- Argh. Você é ridículo - falou e bateu os pés ate estar dentro de casa, seguro do olhar daquele homem.
Enquanto isso, Harry entrou em seu apartamento ainda com um sorriso idiota no rosto. Foi ate seu quarto e decidiu tirar a roupa. Assim que o fez, viu a situação de seu membro no espelho e deu uma risada, ouvindo seu celular tocar. Ele o pegou e atendeu, ouvindo a voz do amigo.
- Hey Harry! - ouviu a voz doce do homem e sorriu, voltando a se olhar no espelho. Em seu abdômen tinham marcas arredondadas de queimadura e também algumas cicatrizes, porém a única coisa que importava naquele momento era seu pau duro. Culpa do maldito vizinho.
- Hey Niall - falou rapidamente - como esta?
- Bem. Eu ia te chamar pra ir no cinema. O que acha?
- Não to afim de filme. Que tal aquela boate do centro? Acho que será uma boa ir lá hoje.
- Pode ser então. Vamos curtir nossa sexta.
- Vamos - sorriu de lado e desligou o telefone, pronto pra se masturbar pensando na bunda maravilhosa do seu vizinho.
Harry nem ao menos sabia como Louis era. Já tinha o visto algumas poucas vezes subindo o elevador até o andar, porém o homem sempre estava de terno e gravata. Sempre sério. E isso fazia a imaginação de Harry aflorar, imaginando-se fodendo a bunda do menor contra uma mesa de algum escritório qualquer, fazendo-o gemer alto com cada investida contra sua próstata. Também imaginava seu cheiro, seu beijo e seu calor. Imaginava como seria fazer aquele homem carrancudo ficar de quatro rebolando em seu pau até finalmente chegarem ao ápice do prazer. Sim, ele imaginava muitas coisas e se questionava se algum dia poderia fazê-las.
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Louis queria morrer e levar junto o maldito vizinho. O tal do Harry era abusado e idiota, na opinião do menor, ele se achava o maioral. O motivo de sua raiva agora era pelo fato de que Louis descobriu que as paredes são finas o suficiente pra escutar o homem transando no apartamento ao lado. Era quase quatro da manhã quando os gemidos começaram e a cama também batia contra a parede violentamente, fazendo Louis pensar que talvez a pessoa que estivesse com o "senhor Idiota" fosse ficar bem mal no dia seguinte.
Ele estava com ódio, mas agora que acordou, ficou tentando se lembrar da última vez que transou. Foi com um homem que conheceu pela internet. Eles marcaram encontro, jantaram e no fim da noite pararam em um motel. Foi a última vez que Louis saiu pra um encontro. O homem com quem ele saiu até o chamou pra sair novamente, porém ele não tinha tempo algum por motivos de: trabalho.
Louis ouviu gemidos mais altos e finalmente a cama parou de bater contra a parede. Tinham terminado, talvez? Não. Alguns minutos se passaram em silêncio, porém logo os barulhos voltaram. Como o homem da porta ao lado tinha tanto fôlego? Louis só sabia que estava ferrado e naquele dia tinha de encontrar uma cliente importante.
Algumas horas mais tarde, Louis se arrumou e saiu de casa, porém a porta ao lado da sua de abriu também revelando um Harry vestindo um roupão e um outro homem aos beijos com o mesmo. As mãos de ambos eram bobas e as bocas não se desgrudavam. Louis engoliu a seco e apertou novamente o botão do elevador. Descer 23 andares de escada levaria tempo demais.
- Te mando uma mensagem - falou Harry, soltando-se do outro homem. O acompanhante era loiro, quando se virou Louis pôde ver os olhos castanhos, uma covinha charmosa no queixo e usava uma roupa despojada, quase como se tivesse acabado de sair de uma boate.
Harry olhou pra bunda do homem ate ele estar ao lado de Louis. O menor olhou pro cacheado de cima a baixo, notando o grande volume entre suas pernas, escondido pelo roupão. O maior sorriu malicioso pra ele antes de fechar a porta.
- Terno legal - falou o acompanhante de Harry.
- Obrigado - suspirou. Seria um longo dia.
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Após um dia de merda, Louis chegou em casa e se jogou no sofá, sentindo as costas doerem. Deu graças a Deus por ser sexta-feira e não precisar trabalhar no dia seguinte. Porém seu sossego acabou quando novamente ouviu gemidos e o bater da cama na parede. Dessa vez eram mais altos e dava pra perceber que eram de duas pessoas distintas. Pra piorar começou a tocar uma música alta e Louis so queria se jogar da sacada. Ele foi tomar banho ouvindo os gemidos que eram tão altos que sobressaíam à música, até alguns minutos depois eles pararem completamente, ficando apenas aquele toque irritante de uma musica que ele nem ao menos sabia qual era. Decidiu ir comer fora, não queria jantar ouvindo transas alheias.
Assim que saiu, viu Harry na parte de fora do apartamento, vestido com uma calça skinny preta, uma camisa social rosa com bolinhas brancas e uma bota bege. Ao seu lado estava um homem negro, lindo e vestido com um blazer preto, calça jeans escura e um sapato social. Eles estavam de mãos dadas e assim que Harry viu Louis, deu um sorriso.
- Olá Louis - falou Harry.
- Oi - falou, mau humorado. Ele vestia uma skinny jeans, uma camiseta preta e um tênis da adidas.
- Tudo bem? - perguntou.
- Tudo sim.
- Esse é o Lucas - apontou pro homem ao seu lado - Lucas, esse é o Louis.
- Prazer - o homem falou, tentando parecer educado.
- Muito prazer, Lucas.
Eles entraram no elevador e o silêncio reinou até o momento em que Lucas começou a falar sobre um filme que ele queria muito ir ver no cinema. Porém, Harry nao estava nem um pouco interessado, então ficou quieto apenas fingindo que escutava. Ele olhou pra Louis e mordeu o lábio inferior, vendo aquele rostinho delicado e angelical abaixado, com a franja tampando os olhos e um mínimo sorriso nos lábios. Imaginou aquela boca linda ao redor de seu pau.
- Você quer ir? Podemos ir amanhã ver o filme - perguntou Lucas. Harry suspirou.
- Uh... Eu tenho planos - falou, indiferente. Louis quase riu, mas não o fez.
Quando chegaram no térreo, Louis foi andando enquanto Harry se despedia do homem que o acompanhou. Assim que o viu ir embora, correu atrás do menor e ficou ao seu lado.
- O que quer? - perguntou Louis.
- Nada. Você vai jantar, não é? Eu também.
- Mas você nem sabe o que eu vou comer.
- Qualquer coisa pra mim já é lucro.
- Sou vegetariano. Vou comer tofu.
- Acho ótimo - falou e Louis parou abruptamente, cruzando os braços e olhando severamente pra Harry - o que?
- Qual o seu problema?
- Nenhum. Só estou te acompanhando pra jantar.
- Eu nao quero um acompanhante e mesmo se eu quisesse, não seria você.
- Hum... Agressivo. Eu gosto - sorriu de lado e Louis revirou os olhos.
- Você é nojento.
- E você é bem lindo.
- Cara, você acabou de transar com aquele homem, ontem transou com outro. Eu não sou uma de suas vítimas e também não sou idiota. Pra piorar sua situação, eu não gosto de você.
- Por que não?
- Você faz barulho, é inconveniente e metido. Eu não tenho paciência pra gente como você .
- Me acha metido? - arqueou uma das sobrancelhas. Louis revirou os olhos e continuou andando, com os braços cruzados. Harry correu atrás dele - por que metido?
- Você obviamente é alguém sustentado pelos pais que fica gastando seu tempo fazendo um monte de bosta como se fosse resolver sua vida - Harry arregalou os olhos e em seguida abaixou a cabeça - pois bem. Pintar um quadro não vai mudar o fato de você não ter nada.
- É. Você tem razão - Harry falou, evitando de olhar nos olhos de Louis - eu vou embora. Isso foi uma perda de tempo.
- Ainda bem que percebeu - falou.
Harry parou e deu meia volta, sentindo seus olhos marejarem e suas mãos tremerem. Assim que chegou em casa, entrou no quarto onde usava pra pintar e olhou pra bela tela que havia desenhado no dia anterior, porém não havia terminado. A única coisa que ele fez foi pintar uma parte de azul, que agora pra ele não fazia mais sentido algum. Ele colocou o quadro com um único olho desenhado de lado e pegou uma tela em branco, pronto pra começar de novo.
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Os dias passaram e Louis estava mais estressado ainda. Tinha pensado em tirar as férias que há quase cinco anos não tirava, mas isso seria impossível. Deu um suspiro quando pisou em seu andar. No mesmo momento Harry também entrava no próprio apartamento.
Fazia uma semana desde o dia em que discutiram na rua. Desde então Harry tem sido silencioso, apesar de Louis ainda ver homens indo e vindo de sua casa, sem nunca ser um mesmo. Assim que viu o cacheado abrir a porta, notou que a casa não tinha móveis, nem ao menos conseguia ver onde ele pintava seus quadros. Os olhos se encontraram uma última vez antes de Harry fechar a porta e Louis engolir a seco, entrando em seu apartamento.
O menor tomou banho e deitou-se em sua cama, relaxando seu corpo e ligando a televisão pra ver algo decente, porém sua campainha tocou e ele realmente não estava esperando por ninguém. Correu até a porta e arregalou os olhos ao ver Harry ali, com duas caixinhas de yakisoba nas mãos.
- Oi - suspirou - meu amigo me trouxe comida do restaurante dele e... Uh... Eu pensei que talvez você gostaria - falou um pouco sem graça. Louis abriu a boca e fechou logo em seguida, sentindo-se um estupido.
- Sim, claro. Eu adoro comida chinesa - deu um meio sorriso.
- Tudo bem, aqui - deu uma das caixinhas pra ele e se virou pra voltar pra casa.
- Você não quer comer aqui? - perguntou Louis. Harry o olhou confuso e olhou pra caixinha em sua mão.
- Uh... Claro - sorriu de lado e foi até a casa de Louis, entrando e admirando-se com a decoração do pequeno apartamento.
- Gostou?
- Sim. É muito bonito. Eu gostei.
- Obrigado - falou e sentiu suas bochechas corarem por ter o olhar de Harry sobre si - pode se sentar - falou, apontando pra mesa de jantar.
- Ta - Harry se sentou e Louis também. Eles começaram a comer em silêncio. Harry tinha a cabeça baixa e comia devagar, enquanto Louis olhava pra alguns traços no rosto do maior e prestava atenção em suas reações. Ele tinha de admitir que Harry era lindo. Sua beleza era diferente e delicada, assim como os poucos pelos onde deveria ter uma barba. O nariz arrebitadinho, a boca carnuda e vermelhinha, as bochechas levemente coradas - tira uma foto que dura mais - falou ele, sem desviar o olhar de sua comida.
- Uh.. - Louis sentiu seu rosto esquentar e sabia que estava corado - eu só... Eu só queria pedir desculpas pelo que aconteceu na semana passada. Foi horrível da minha parte dizer coisas do tipo.
- Tanto faz. Já foi - falou, indiferente.
- Eu realmente sinto muito Harry - mordeu o lábio inferior e suspirou - eu fui invasivo e eu não costumo ser assim, é só que você faz tanto barulho e-
- Não se preocupe, Louis. Já passou, tá bem? - falou e se levantou, deixando a caixinha vazia em cima da mesa - quanto ao barulho, eu sinto muito. Vou mudar pra um apartamento no último andar. Lá esta vazio então ninguém vai me ouvir fazendo um monte de bosta enquanto sou sustentado pelo meu pai - falou e virou as costas, andando pra porta.
- Harry, eu não quis-
- Não Louis, está tudo bem. Você olha pra mim e pensa assim, ta. Sem problemas, eu não vou te impedir de pensar assim, mas eu não sou obrigado a escutar o que você me disse. Eu tava tentando ser seu amigo, mas você me odeia, então ta tudo bem também.
- Harry eu não te odeio.
- É, eu vi naquele dia - falou e abriu a porta, passando por ela e voltando pra sua casa, deixando um Louis confuso e sem reação pra trás.
•••
Louis andava de um lado pro outro no corredor de seu andar, olhando pra porta de numero 2302, pensando no que dizer. Era difícil pra ele pedir desculpas sendo que ele nunca fazia isso. Na verdade as pessoas sempre pediam desculpas pra ele, o que queria dizer que seu orgulho era mais forte.
Assim que tomou coragem pra bater na porta, se arrependeu assim que ela foi aberta. Não fora Harry quem abriu e sim um homem de cabelos louros, olhos azuis e um sorriso doce. Ele usava uma toalha na cintura.
- Oh... Você não é o entregador de pizza - falou e deu uma risada.
- Uh... Não - abaixou a cabeça e olhou pros seus pés, procurando o que dizer - o Harry esta?
- Claro. Harry! - ele gritou e o maior apareceu.
- Niall eu disse que o dinheiro tava na- - ele arregalou os olhos ao ver Louis ali enquanto ele usava apenas um roupão, novamente. Olhou pra Niall, em seguida pra Louis, dando um suspiro pesado - Louis.
- Espera... Louis? - perguntou Niall, olhando pro menor - aquele que você me contou? - ele olhou o homem de cima a baixo - ele é menor do que eu esperava.
- Niall.. - Harry falou, suspirando antes de puxar o loiro dali.
- Espera! Eu nem disse que ele é realmente bonito como você disse e- - Louis abaixou a cabeça e deu uma risadinha baixa enquanto via o maior empurrando o loiro pro corredor.
- Desculpe por isso - falou Harry, voltando pra porta - entre - deu espaço e Louis entrou com um singelo sorriso no rosto, notando que o apartamento não havia móvel algum, confirmando o que ele havia visto umas semanas atrás - então... O que quer?
- Conversar.
- Tudo bem - ele cruzou os braços - estou ouvindo.
- Eu não quis te magoar ou fazer você se sentir mal por algo. Não foi minha intenção.
- Ta. Mais alguma coisa?
- Eu nao quis diminuir sua profissão. Acho pintura uma coisa maravilhosa e não deveria julgar da forma que eu fiz, não foi justo.
- Não mesmo, Louis.
- E também... Uh - ele começou a brincar com seus próprios dedos - você não precisa se mudar só por minha causa, sabe? - Harry suavizou sua expressão e olhou curioso pra Louis.
- Mas você quer silêncio.
- Bem, você tem sido mais silencioso ultimamente, então... Acho que podemos conviver em paz.
- Então você esta voltando atrás em tudo o que disse?
- Basicamente... Eu não sou hipocrita Harry.
- Eu nao quis dizer isso. Eu só... - olhou nos olhos de Louis e suspirou - eu só fiquei curioso sobre o que te fez mudar de ideia.
- Acho que eu descontei em você minhas frustrações e não foi justo porque definitivamente você não é uma má pessoa. Eu nem ao menos te conheço pra te julgar por algo bobo.
- Aceito suas desculpas. Esta tudo bem. Eu vou tentar fazer menos barulho e-
- E você deveria vir com a gente hoje - Niall entrou na sala, já vestido e com seu casaco na mão.
- Ir onde? - perguntou Louis.
- Bem, eu tenho um restaurante chinês - o loiro falou. Harry passou a mão na nuca, ficando levemente corado - e vamos dar uma bela festa hoje, porque já fazem três anos do restaurante. Você está convidado.
- Niall...
- O que? É ótimo conhecer pessoas novas e quem sabe o Louis não vá chegar a ser seu novo amigo? Não vai ser seu melhor amigo porque esse posto é meu, mas vocês dois moram no mesmo andar e seria bom ter algum contato. O que acha Louis? - ele perguntou olhando pro menor.
- Uh... - ele olhou pra Harry e, ao contrário do que Louis pensou, havia expectativa no olhar do maior - será otimo ir na sua festa, Niall. Posso levar um amigo?
- Claro. Adoraria conhecer seus amigos também - falou Niall - então estamos resolvidos - ele andou até a porta e a abriu - até mais tarde.
- Você não precisa ir se não quiser - falou Harry assim que Niall fechou a porta.
- Não, eu quero ir - sorriu - vai ser divertido. E seu amigo parece ser legal.
- Ele é sim - suspirou.
- Nos vemos mais tarde então.
- Oito horas.
- Que?
- Oito horas é a festa. Nos encontramos aqui na frente.
- Tudo bem. Ate mais.
Louis saiu do apartamento do maior e ligou pra Zayn, convidando-o pra sair, porem o moreno ja tinha planos, o que fez o menor suspirar pesado. Seria então só ele e Harry.