A Noite dos Contos

By SaahCl

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Livro vencedor em 1° lugar na categoria Terror do projeto Melhores do Wattys e na categoria Voto Popular do E... More

Nota da Autora
Amigo Imaginário
Paralisia do Sono
Máquina de Alinhavar
Vozes
Aparição
Silhueta
Mão Amiga?
Toques Indesejáveis
Boneco Impertinente
Entrevista

Movimentos Involuntários

161 35 35
By SaahCl

— Bom... Pelo menos aqueles acontecimentos estranhos acabaram, né? — Juliana indaga em meio a um sorriso, mas que logo se desfez ao encarar os olhares sérios de seus amigos.

— Ícaro... — Giovanni começa, mas é interrompido por uma batida na porta de entrada, que coincidentemente se encontrava na cozinha.

Os adolescentes se entreolham, paralisados.

— Deve ser o dono da chácara, ele mora aqui perto — Elisa diz, ao se levantar, mas a mão de seu irmão a puxa de volta para o lugar em que estavam.

— O que o dono ia fazer aqui de madrugada? Você tá louca? — ele questiona entre dentes.

— Vocês são um bando de medrosos, não deve ser nada demais — Karen profere com convicção, andando em direção a porta localizada no fim da cozinha.

Fora da visão de seus amigos.

Ela se inclina no olho mágico, mas não vê ninguém. Confusa, deu meia volta pra contar aos seus amigos, mas leva um susto em seguida, fazendo-a gritar.

O restante dos adolescentes corre para o cômodo e se deparam com Cristina, mãe de Isabelly.

A mulher estava com uma aparência robusta, seus olhos estavam frios e consequentemente de causar calafrios a qualquer um.

  Isabelly notou a diferença drástica na aparência de sua mãe. Confusa, a menina questiona:

— A senhora não estava dormindo?

— Vocês não deveriam estar dormindo? — Cristina rebate, ignorando totalmente o questionamento de Isabelly — eu só estou aqui para avisar Karen pra parar de brincar de achar espíritos e isso vale para o restante —, olha fixamente para cada um dos adolescentes ali presentes — deveriam parar de brincar com essas coisas, quem procura acha, vocês sabem disso — finaliza, encarando-os severamente.

  Após a estranha e repentina bronca, ela se encaminha em direção ao corredor, local onde se encontrava os quartos.

— Eu nem se quer a vi indo pra cozinha — diz um dos amigos, mais para si mesmo — e ela não brigou com esse tanto de panela no chão, nem mesmo do barulho que fizeram ao cair... Isso é estranho.

— Realmente foi estranho, — concorda Isabelly — mas você tá bem Karen?

— S-sim. Vamos arrumar essa bagunça antes que briguem e voltar.

Dito e feito, o grupo recolheu os objetos caídos de modo veloz e os colocou desajeitadamente em cima do balcão.

Após a má organização, sentados em seus respectivos lugares, Karen afirma, ainda suspirando:

  — É a vez do Ícaro.

E como afirmado, Ícaro começou a contar sua experiência.

— Era madrugada, por volta das três horas.

Ainda estava acordado, pois o sono não vinha e meu celular parecia ser a coisa mais intrigante do mundo, naquele momento.

Estava tudo completamente tranquilo, até certo tempo, pois de forma repentina, uma onda de calor me invadiu, era muito forte, me fazendo suar após segundos daquela sensação.

Tentei ignorar o ocorrido, pois me parecia algo normal de certa forma, mas a partir do momento que tentei virar minha cabeça para o lado oposto em que estava, meu corpo estremeceu.

Sem a minha permissão, minha cabeça virava novamente para o lado em que estava anteriormente.

Havia perdido 50% dos meus movimentos, creio eu.

Em meio a essa situação, tentei novamente mover minha cabeça, não sei o motivo ao certo, se era para ter certeza do que realmente estava acontecendo ou se aquilo já havia acabado, mas para meu susto, enquanto minha cabeça se movia involuntariamente para o lugar anterior, revelou rapidamente uma mulher de branco parada no canto da minha porta.

Olhando fixamente para mim.

Meu coração acelerou mais e meu corpo era praticamente o suor em si.

Sem que eu esperasse, uma onda estranha invadiu novamente meu corpo, era como um choque, como se minha alma tivesse remexido dentro de mim.

Naquela hora meu medo se tornou tão grande que eu não agüentaria mais ficar ali, parado. Levantei da cama com um pulo e acendi a luz rapidamente.

A suposta mulher havia desaparecido, mas de forma alguma isso me aliviaria e me deixaria calmo em continuar no meu quarto.

Abri a porta e andei diretamente para a sala, local onde permaneci até que me acalmasse por completo.

Horas depois voltei ao cômodo e felizmente dormi, mas a sensação de não estar sozinho permanecia. Com toda a certeza, eu nunca fiquei tão confuso e com medo como naquela noite.

Baseado na experiência do meu namorado Rodrigo Santos (Rodrigo20015).

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