Cold Little Heart

By louisgivenchy

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Louis é um ômega com um passado abusivo e uma criança alfa. Alguns meses depois de se divorciar, Louis conhe... More

1. Sterling.
2. Two 'B's.
3. Hot Cocoa.
4. Bunnies.
5. Green to Blue.
7. Baba.
8. Cuddly.
Glossary (sort of)
9. Thank You.
10. Nest [part I]
11. Nest [part II]
12. Eggplant.
13. The Woods.
14. Snowdrop.
15. Water.
16. Air.
17. Earth.
18. Fire.
19. New Moon.
20. Sitka.
21. Late.
22. Matthew.
23. Flower?
24. Demetrius.
25. Aliens.
26. Poor omega.
27. Long Enough I.
28. Long Enough II.
29. The End I.
30. The End II.
WARM LITTLE HEART (REPOST)

6. Camellia Snowflake.

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By louisgivenchy


    "Harry Styles..." O homem caminhou ao redor do alfa amarrado, respirando forte, e com o sangue caindo por seu rosto. "Você -você tomou mais da metade das minhas tropas."

Harry não disse nada, mantendo os olhos fechados.

"Harry Styles está na minha frente, O Harry Styles!" O homem soltou um riso maníaco -prestes a morrer -perdendo muito sangue.

"Você destruiu o meu filho."

Harry não se encolheu, continuando com os olhos fechados. Seus braços estavam sendo apertados por algemas bloqueadoras.

"Você -você o enviou de volta para mim como um homem diferente!" O homem tossiu, uma tosse úmida -ele morreria logo. Embora o homem não conseguisse, Harry podia ouvir suas tropas correndo.

"Eu tive que matar meu próprio filho porque você o desfigurou, ele não era capaz de falar -comer." Harry ouviu o barulho de uma corrente de metal. "Harry Styles, o líder do Setor Tortura -você já foi torturado?"

Harry não respondeu, se preparando.

"Eu vou te atormentar até meu último suspiro, Styles." O homem se aproximou de sua orelha. "Você vai implorar meu perdão, mesmo que isso me mate."

                                           -

    "Quero ir com a mamãe."

    "Sua mãe ainda está com o médico, devemos esperar."

    Abraham estava segurando um brinquedo que havia sido tirado da pilha no canto da sala de espera. Ele pressionou as costas contra o joelho de Harry, balançando o pequeno boneco.

    Harry sentou-se atrás dele, com os braços cruzados, vendo alguns dos ômegas que tinha visto na primeira vez que veio. Eles estavam recebendo claramente o mesmo tratamento que Louis.

    Louis saiu da porta lateral logo após outro ômega ter sido chamado.

    "Mamãe." Abraham sussurrou. Harry o prendeu nas pernas antes que ele pudesse fazer algo. "Mamãe!"

    Louis acenou do local onde era efetuado o pagamento. "Um segundo, baby."

    "Você não pode correr sem me pedir, Abraham."

    Abraham choramingou para que o alfa o liberasse, Harry o puxou para perto e o pegou. "Você me escutou?"

    Abraham balançou a cabeça, estendendo a mão para Louis.

    "Abraham, olhe para mim, por favor."

    O menino fez o que lhe foi dito, olhando para Louis alguns segundos depois.

    "Se correr você pode se machucar. Você deve ficar ao meu lado sempre, entendeu?"

    Abraham fez bico. "Sim... -mas -mas a mamãe."

    "Eu sei, a mamãe disse para esperar, então vamos esperar." Harry ficou perto da porta de saída, com a criança, à espera de Louis.

    "Olá, Abby." Louis sorriu, estendendo os braços para o filho. "Você se comportou com o Harry?"

    "Um pouco, mamãe."

    "Um pouco?" Louis sacudiu a cabeça. "Eu preciso de muito, baby."

    "Sim, mamãe." Abraham abraçou sua mãe apertado.

    Louis sorriu. "Então é isso." Ele mordeu o lábio com alegria. "Acabou."

    Harry agarrou o rosto dele. "Você parece cansado -se quiser dormir antes de lavar a roupa, você pode."

    "Eu acho que vou aceitar." Louis riu. "Você gostaria de descansar com a mamãe, Abby, hm?"

    "Quero cochilar com a mamãe."

    "Tudo bem, precioso."

    Harry estendeu os braços para a criança. "Abraham." Ele o colocou no chão e Abraham imediatamente franziu a testa. "Vá colocar o boneco onde você o pegou, por favor."

    Abraham olhou para o brinquedo na mão, segurando-o para Harry. "Não."

    "Sim, porque você o pegou, vá colocá-lo onde estava."

    "Harry está certo, Abby." Louis concordou. "Pode ir, precioso, vamos esperar por você aqui."

     Abraham encarou o boneco, depois fez o mesmo para uma criança que estava sentada na esquina de onde o boneco tinha vindo. "Harry!" O garotinho gritou.

    Louis pareceu surpreso. "O que há de errado, Abby?" Ele se ajoelhou, colocando uma mão na barriga do menino. "Por que você está gritando?"

    "Harry!" Ele sacudiu o brinquedo para grande alfa, levando o homem a se ajoelhar ao lado de Louis.

    "Sim, Abraham."

Abraham fungou, se agarrando ao casaco de Harry. "Me machucar."

    "Baby." Louis expirou. "Ninguém vai te machucar. Estamos aqui."

    Harry concordou. "Ninguém vai, mas eu entendo." Ele se levantou, estendendo uma mão para a criança. "Isso levará algum tempo." Ele caminhou até a sessão com o menino, colocando o boneco de volta ao local que pertencia, e logo em seguida retornou até Louis.

    "Wow, bom trabalho, Abby!" Louis elogiou o pequeno alfa tímido.

    Abraham se agarrou à perna de sua mãe, segurando-a forte.

    "Vamos."

    Louis arrumou o casaco de Abraham antes de sair. "Woah." O ômega se encolheu de volta e agarrou seu filho quando uma pedra veio voando em sua direção. Harry conseguiu pegar o grande objeto antes que o mesmo pudesse causar algum impacto. Ele moveu a criança e o ômega que estava atrás dele rapidamente, largando a pedra no chão.

    "A remoção de marcas de ligação são erradas! A remoção de marcas de ligação são erradas!"

    Harry encarou o pequeno grupo de pessoas, sentindo Louis segurar em sua mão. "Saiam."

    O grupo sacudiu a cabeça. "Não defenda esse ômega, senhor, não é bom!" "Afaste-se, senhor."

    Abraham choramingou e Louis segurou em sua mão mais apertado.

    "Eu disse saiam, não vou falar novamente." Harry grunhiu violentamente, assustando o grupo contra a parede que estava atrás deles.

    "Se alguém lançar uma pedra, esta será a última que lançará." O alfa ameaçou, puxando Louis para sua frente. Ele segurou a mão trêmula do ômega por todo o caminho até o carro. Harry abriu a porta de trás para que Louis afivelasse Abraham e depois fez o mesmo com a porta do passageiro para Louis. Harry manteve um olhar tenso sobre o grupo de pessoas que os encaravam -enojados, mas também com receio de falar alguma palavra.

    Harry subiu ao banco do motorista, colocando o carro no sentido inverso, depois dirigiu, antes de acelerar.

    Louis estava tremendo ao lado dele, novas lágrimas caiam de seus olhos. "Você -não deveria ter vindo."

    "Mamãe..." Abraham choramingou.

    Harry colocou uma mão sobre o joelho de Louis, e a outra no volante. "Você teria sido apedrejado com o seu filho. Por esse motivo foi bom eu ter vindo." Ele cortou na frente de um carro para entrar na estrada. "Abraham, não chore, sua mãe só está emocionado -não ferido."

    Louis apertou a mão de Harry com duas mãos, berrando.

    "Mamãe!" Abraham chutou os pés, tentando sair do assento.

    Louis não respondeu, seu corpo tremia e ele soluçava muito. Os seus choramingos eram ruidosos -ficando presos na parte de trás da sua garganta, isso deixava Harry assustado e arrepiado.

    Se fisicamente o machucava tanto ouvir o ômega tão perturbado de ansiedade, -imagine o que Abraham sentia, deveria ser algo milhões de vezes mais intenso do que o que ele sentia; como se seus gritos e chutes já não mostrassem o que estava acontecendo com o menino. Mas era necessário que Harry continuasse a dirigir.

    Ele encostou o carro em algum local da estrada, precisando tirar as mãos de Louis. "Tudo bem, Camellia, eu estou do seu lado." Harry trouxe as mãos de Louis para seus lábios, Abraham ficando quieto por pouco tempo. Ele respirou ar quente nos dedos gelados do ômega. "Eu já vou segurá-lo, espere por mim." Harry rapidamente começou a remover seu casaco. Ele saiu, correu ao redor do carro e abriu a porta do passageiro. "Venha aqui, doce ômega, venha."

    Louis estava chorando violentamente agora, seus braços recaindo pelos ombros de Harry. E o fato de Abraham ter voltado a chorar novamente não ajudou muito.

    "Venha para mim, pequeno floco de neve, você está tremendo -deixe-me abraçá-lo." Harry cuidadosamente o tirou do carro e o agarrou em seus braços. Ele o envolveu com seu casaco, lambendo as lágrimas de suas bochechas brilhantes, acalmando-o pouco a pouco.

    O alfa escalou no assento do passageiro usando uma mão para chegar até Abraham, a criança se agarrou em seus dedos. "Abraham, sua mãe está bem, por favor, não chore. Espere um momento e eu vou confortar você." Ele apertou o botão no assento de Abraham e o menino saiu o mais rápido que pôde.

     O pequeno alfa colocou o polegar na boca, deixando Harry limpar suas lágrimas. Ele podia ver um pouco de Louis do ângulo que estava e isso o ajudou a relaxar.

    Harry segurou o rosto de Louis próximo à sua glândula aromática, ouvindo seu batimento cardíaco lento a cada respiração. Uma vez que Louis se acalmou o suficiente para adormecer, Harry continuou a aromatizar o ômega sobrecarregado mesmo depois do que havia acontecido.

Cuidadosamente, ele o sentou na cadeira, colocando seu cabelo curto atrás da orelha. Ele acariciou a bochecha de Louis com o nariz, certificando-se de que o ômega estava completamente calmo. O alfa lambeu o resto das lágrimas que restavam antes de ir para a porta dos fundos.

Harry estendeu os braços para o menino, que não hesitou em avançar neles. "Venha dar beijos em sua mãe."

    Harry ajeitou o menino para que ele pudesse beijar Louis em diferentes partes do rosto. Harry aproximou Abraham de si mesmo e o tranquilizou, tentando ao máximo mantê-lo calmo. O alfa tentava fazer de tudo para que o garotinho não lembrasse do ocorrido de algumas horas atrás, ele mostrava a todo momento carinho por ele. O menino manteve o polegar pressionado em sua boca, acariciando Harry de volta, com os olhos fechados. Harry pressionou um beijo suave na bochecha de Abraham. "Ele está seguro. Eu não vou deixar que ninguém o machuque, Abraham."

    Abraham murmurou, os olhos permanecendo fechados, e as mãos pequenas agarrando sua própria camisa.

    Harry fechou a porta, apoiando-se no carro frio. Ele respirou o ar gélido -e assistiu a respiração saindo de sua boca.

    Harry fechou os olhos, concentrando-se no som dos carros que passavam atrás dele. Ele tomou algum tempo para relaxar antes de retornar ao banco do motorista.

                                     -

    "Olá, Louis."

    Louis suspirou aliviado, tendo Abraham adormecido em seu peito. "Eu senti o seu cheiro, mas não tinha certeza se era realmente você."

    "Eu coloquei você para dormir na minha cama." Harry se inclinou. "Eu deveria ter perguntado, mas eu queria que você descansasse."

    "Não, não, obrigado." Louis tentou sorrir, apertando os olhos que estavam meio fechados. "Sua -cama -ninho? É muito grande, muito confortável, obrigado."

    "Não precisa agradecer." Harry olhou para Abraham. "Você pode colocá-lo para dormir, e pode dormir mais, se quiser."

    "Vou colocá-lo para dormir, obrigado." Louis olhou para as roupas que Harry estava dobrando. "Essas são as nossas roupas?"

"Sim." Harry ergueu uma camisa muito pequena com uma tartaruga na frente. "Eu lavei todas e estou dobrando agora."

    "Harry." Louis ajeitou a criança em seus braços. "Você sempre faz coisas desnecessárias."

    "Você não queria que eu fizesse?"

    "Claro que não, esse não é o seu trabalho."

    Harry olhou para a camisa de Abraham, e depois para Louis. "Não se preocupe, eu não me importo."

    "Eu sei." Louis riu. "Vou levá-lo e já volto."

    Louis saiu para o quarto, deixando Harry continuar. Ele dobrou a roupa de baixo da criança, e em seguida um par de calças.

    "Deixe-me ajudá-lo." Louis sentou-se ao lado de Harry nas almofadas macias localizadas no chão. Ele pegou uma de suas camisas, dobrando-a lentamente.

    "Você está aquecido? Eu verifiquei se o aquecedor estava ligado."

    "Oh, sim, está muito quente, obrigado." Louis balançou os dedos dos pés. "Muito quente..."

    "Ótimo."

    Louis brincou com uma das camisas. "Sinto muito por ter chorado mais cedo."

    "Você sempre pede desculpas por coisas fora do seu controle." Harry continuou dobrando as roupas limpas e organizadas. "Coisas que, como você diz, são desnecessárias."

    Louis sorriu tristemente, dobrando a vestimenta. "Sim, eu sei." Ele mordeu o lábio. "Obrigado -você me fez sentir -tão seguro. Como se eu não pudesse me machucar."

    "Não permitirei que alguém te machuque, Louis, ou o Abraham."

    Louis olhou para Harry, que ainda estava dobrando rapidamente e perfeitamente. Ele acenou para si mesmo e não pegou outra peça de roupa. "Você agiu tão rápido, sem nem pensar -o meu filho, você se certificou de que ele também estava seguro e salvo."

    Harry parou de dobrar uma das calças de pijama de Louis. "Se eu estiver perto de vocês ninguém vai machucá-los, eu prometo."

    "Para um estranho..."

    "Eu não nos vejo mais como estranhos. Se você quiser pensar assim, -pense." Harry começou a dobrar de novo. "E mesmo se fôssemos, nada mudaria. Não vou deixar alguém machucar outra pessoa só porque eles não conseguem se controlar."

    Louis concordou com um bico nos lábios. Ele lentamente se inclinou, forçando Harry a parar de dobrar. Ele colocou a cabeça sobre as pernas dobradas do alfa, pressionando o rosto no estômago do mesmo.

    Harry colocou uma mão suave sobre a cabeça de Louis, permitindo que o ômega chorasse em sua roupa. Ele curvou-se, pressionando a cabeça contra a de Louis, e liberou pequenas ondas de feromônios calmantes.

    Uma vez que Louis voltou a dormir, Harry gentilmente dobrou o resto das roupas, fazendo de tudo para não acordá-lo.

                                    -

    Abraham correu atrás de Harry quando o alfa foi atender à porta. Ele segurou a calça de Harry, pressionando o nariz contra o tecido.

    "Obrigado." Harry negociou com o rapaz que trouxe a comida e se curvou várias vezes durante o pagamento. "Tenha uma boa noite."

    Ele colocou uma mão na cabeça de Abraham e o moveu com cuidado. Harry fechou a porta com a comida em mãos. "A comida está aqui, você está com fome?"

    Abraham estava agarrado à perna do calção de Harry. "Com fome."

    "Ok, deixe-me ir, por favor. Eu não posso me mover se você estiver me segurando."

    Abraham fez o que lhe foi ordenado, e suas mãos estavam atrás de suas costas. "Mamãe."

    "Ainda está dormindo, deixe-o descansar. Ele teve um longo dia." Abraham seguiu Harry até a cozinha, e ficou na ponta dos pés para tentar ver entre o balcão alto. "Vou servir o seu prato, sente-se."

    Abraham correu para fora da cozinha, até a mesa de jantar baixa. Ele sentou na almofada, balançando até se sentir confortável. Ele brincou um pouco com seu umbigo até que Harry saiu da cozinha com o prato de comida.

    "Mm." Abraham pegou o garfo rapidamente. "Mamãe comer também."

    "Ele vai, não o acorde. Se ele estiver com muita fome, ele vai acordar."

    Harry colocou seu prato na mesa e se sentou do outro lado. "Você gosta?"

    "Uhum." Abraham assentiu, com a boca cheia.

    Harry tirou o excesso de comida que havia na boca do pequeno alfa. "Desse jeito você vai engasgar. Eu entendo que você esteja com fome, mas você deve relaxar."

    Abraham corou, colocando menos comida no garfo. Ele mastigou, olhando ao redor. "Grande."

    "Minha casa é grande." Harry concordou, continuando a comer.

    Abraham pegou seu pequeno copo de água e bebeu alguns goles. "Brinquedos."

    "Eu não tenho brinquedos aqui, mas se você vier com mais frequência talvez eu posso comprá-los."

    Abraham assentiu enquanto os dois ficavam em um pequeno silêncio.

    "Mamãe!" Abraham deixou cair o garfo, porém Harry o impediu antes que ele fosse correr.

    "Deixe que a mamãe venha até nós."

    Louis sorriu, meio adormecido, e se sentou ao lado do filho. Ele puxou Abraham para o seu colo, beijando o pescoço do garoto. "Olá, baby"

    "Oi mamãe." Abraham apontou para a comida. "Comida para mamãe."

    "Que legal. Harry comprou comida, precioso?"

    "Harry comprou."

    "Se pronuncia Harry."

    Abraham franziu a testa e Louis riu, esfregando os olhos. "Ele tem três anos, Harry."

    "Eu sei." Harry estava quase terminando com o prato. "Devemos ajudá-lo na pronúncia."

    "Harry." Abraham disse novamente, o 'r' se transformando em 'w' quando o pequeno alfa falava.

    "Harry."

    "Harry."

    "Meu nome não tem 'w'."

    Louis riu, apertando Abraham. "Tão bobo." Ele pegou o copo de Abraham. "Eu posso, baby?"

    "Sim, mamãe. Amo você."

    "Amo você, Abby, obrigado." Louis o beijou antes de beber a água.

    Harry levantou-se. "Eu vou servir para você comida -e água." Ele saiu antes que Louis pudesse dizer que faria aquilo.

    Louis olhou para Abraham murmurando algo para si mesmo.

    "Você está bem, baby? Como você está se sentindo?"

    "Okay, mamãe, eu tô' bem." Abraham agarrou os dedos de Louis, mexendo-os. "Mamãe okay?"

    "Sim, Abby, mamãe está bem. Eu simplesmente não estava me sentindo bem, desculpe."

    "Okay, mamãe! Tudo bem!" O alfa beijou seus dedos. "Mamãe segura por causa de Harry."

    "Isso mesmo, baby, Harry nos ajudou muito." Louis tirou um pouco de comida da bochecha de Abraham. "Ele é tão legal, não é?"

    Os dois observaram Harry voltar com dois pratos cheios.

    "Sim, mamãe. Harry legal."

    Harry sentou-se, olhando para o menino. "Obrigado -mas meu nome é Harry."

    "Harry."

    "Sem o 'w'."

    "Harry."

    "Não, mas eu esquecerei disso por enquanto."

    "Harry."

    Louis estava rindo, pressionando o rosto no pescoço de Abraham. "Deixe o meu filho em paz."

    "Eu não estou incomodando." Harry deslizou o prato de Louis mais perto, partindo para o seu segundo prato.

    "É mais fácil para ele dizer assim, Harry." Louis sorriu, ajudando Abraham a levar o grande garfo à sua boca.

    "Porque algo é mais fácil, não significa que você deva dizer de maneira errada." Harry pegou seu próprio copo de água. "Um 'r' não é um 'w'."

    Louis sacudiu a cabeça. "Eu gosto." Ele mordiscou a bochecha cheia do menino, e pegou o garfo. "Soa fofo."

     Harry levantou a sobrancelha. "Dizer meu nome de forma incorreta é fofo?"

     Louis sorriu. "Tudo o que meu filho diz é fofo, se ele diz seu nome incorretamente, então sim, é fofo."

    Harry fez uma careta para Louis. "Se você pensa assim."

    Louis corou, rindo. "Eu acho."

    Harry segurou seu garfo. "Ab -waham."

    Abraham olhou para cima rapidamente, sua boca já não mastigava. Louis riu. "Harry!"

    "Ab -waham." Harry repetiu. "Eu também posso pronunciar errado."

    Louis tombou a cabeça e explodiu em risadas. "Alfa bobo!"

                                     -

    "Obrigado por tudo." Louis disse ajeitando Abraham em seus braços. "Eu sinto que continuo repetindo a mesma coisa."

    "Está tudo bem." Harry abriu a porta para que Louis entrasse em sua casa e logo em seguida a fechou. Ele colocou a cesta de roupas dobradas na porta. "Você está seguro em casa."

    "Sim, obrigado." Ele balançou a cabeça. "Novamente."

    "Se você precisar de algo, ligue para mim. Eu não mordo."

    Louis sorriu. "Eu sei." O ômega olhou ao redor. "Hm - você gostaria de ficar mais um pouco -você não precisa -eu apenas."

    "Você apenas?"

    "Eu-" Louis engoliu em seco. "Às vezes eu fico acordando lendo ou limpando -ou colorindo nos livros do Abby, mas não importa. Sendo assim, eu espero até estar muito cansado -para que eu possa dormir, e eu pensei que talvez você quisesse falar -até que eu dormisse ou se estivesse cansado -tenho certeza que você está cansado, eu nem mesmo sei por que estou perguntando. Você deveria descansar -você não precisou trabalhar hoje." Louis divagou.

    Harry tirou Abraham dos braços dele, tocando a cabeça do menino. "Você pode me fazer chocolate quente?"

    Louis foi surpreendido com a pergunta, mas assentiu. "Sim, claro."

    "Obrigado, vou pôr Abraham na cama e te vejo na cozinha."

    Louis viu o alfa se afastar, e arrepios percorreram sua pele. Ele realmente queria que Harry ficasse.

    O dia havia o irritado muito. Louis estava aterrorizada ao pensar no fato de que aquela pedra quase atingiu Abraham -o pensamento de que aquelas pessoas poderiam ter apedrejado ele e seu filho o deixavam muito bravo.

    Quando Harry pegou a pedra, como se soubesse que ela estava vindo, foi incrível -inacreditável. A maneira como ele lidou com toda a situação foi tão tranquila; ele ajudou Louis a se acalmar -e até mesmo o lambeu para tranquilizá-lo. Ele tem sido tão gentil com o ômega, como se Louis fosse seu ômega. O fazia tão bem ser segurado, abraçado, em torno de um aroma que estava se tornando familiar. Louis queria segurança para Abraham e si mesmo, e Harry era a personificação disso.

    Louis adormeceu, notando o sono acolhendo-o quando Harry estava por perto. O alfa criou uma atmosfera tão relaxante, que Louis se esforçou para fazer o mesmo com Abby. Harry o ajudou com isso.

    Louis ficou gelado, algo que ele fez antes de receber a primeira carta de seu ex-marido. Ele entrou em pânico, sendo Abraham a única pessoa capaz de trazê-lo de volta à terra. Louis queria apenas a normalidade, algo que parecia fugir dele.

    O ômega tocou a parte de trás do pescoço.

    A marca finalmente desapareceu. O procedimento sempre parecia sugar sua energia, mas havia, finalmente, desaparecido. Havia uma pequena cicatriz, não que Louis se importasse. Agora, ele nem sempre precisava manter um colarinho para esconder a marca que faltava. Ele não tinha que se preocupar com perguntas e ameaças, Louis poderia estar feliz olhando no espelho sem se preocupar com a mordida.

    Louis sentiu-se como um milhão de dólares.

    Harry era tão gentil. Não apenas com ele, ou Abby, mas em geral. Ele não julgou Louis por remover a marca, ele não lhe deu um olhar desagradável. Em vez disso, Harry prometeu proteger Abby -e protegê-lo. Era surreal e confundia o coração e a mente de Louis. Os lobos ferozes eram claramente muito diferentes dos domésticos.

    Harry era agradável, carismático e amoroso. Ele era muito sensível e sempre se certificava de saber como o ômega estava. Parecia que os lobos puros faziam questão de que sentissem seu amor, eles adoravam muito quando amavam. E a palavra amor nem havia sido mencionada por Harry, mas Louis sentia isso de qualquer maneira. Harry não precisava sorrir -ou fazer algo além de ser ele mesmo. Harry se importava, ele sempre checava se eles estavam cheios de comida e felizes. Harry não os via como estranhos, mas possivelmente também não os via como amigos. Louis era o "chefe" de um alfa muito importante - um alfa que liderou um exército de lobos. Era quase engraçado, Harry realmente não deveria ter nada para fazer.

    "A que horas você trabalha amanhã?"

    Louis agitou a xícara de Harry, pegando alguns marshmallows no topo. "Às onze, no horário de sempre." Ele segurou o copo de chocolate quente com as duas mãos. "Aproveite."

    Harry aceitou. "Obrigado." O alfa olhou ao redor, encontrando biscoitos no armário. "Você vai se sentar comigo?"

    "Claro." Louis arrumou o leite e os marshmallows, seguindo Harry até a mesa de dois assentos. "É bom?"

    Harry assentiu, bebendo metade do copo de uma só vez. "Muito obrigado." Ele mergulhou os biscoitos na bebida, Louis sorriu carinhosamente para o alfa. "Você quer?"

    "Não, obrigado." Louis tocou seu estômago. "Estou cheio do jantar, estava delicioso."

    "Okay."

    Louis mordeu o lábio. "Você come muito."

    "Eu sou um alfa."

Louis sorriu, "Você é."

"Quando o seu filho crescer, ele comerá como eu."

Louis sorriu ironicamente, "Vou me assegurar de alimentá-lo direito." Ele suspirou, "Harry -há algum outra forma que eu possa pagar você?" Harry terminou dois biscoitos. "Eu entendo que tenho que te ensinar a cozinha -e eu vou! Mas, eu sinto que você está fazendo tanto trabalho, e eu estou tento dificuldades em me comprometer a te ensinar a cozinhar."

"Eu não quero dinheiro."

"Por favor?" Louis bufou, "Eu não tenho muito, mas é alguma coisa."

"Eu tenho dinheiro, muito." Harry bebeu o resto de seu chocolate quente, sentando de volta. "Continue me ensinando, eu gosto de tomar conta do Abraham, está tudo bem."

"Eu sei," Louis corou, "você é muito bom com ele."

"Eu sou bom com crianças."

Louis riu contra a palma da mão, "E você é muito bobo."

"Eu acho." Harry deu um olhar suave para Louis, "Como você está se sentindo?"

Louis deu de ombros, esfregando a mão contra os jeans. "Eu estou ok. Você fez eu me sentir muito bem, Harry."

Harry curvou a cabeça.

Louis sorriu, juntando os dedos. "Sua casa é muito grande -você mora lá sozinho, certo? Lá cheira tão forte quanto você."

"Eu moro."

Louis se embaralhou nervosamente, "Existe algum motivo para a sua casa ser tão grande?"

"Quando estou em casa, normalmente fico na minha forma de lobo." Louis animou-se. "Eu tenho poucos móveis, e os que tenho, são rebaixados até o chão."

"Sim, eu vi isso." Louis assentiu rapidamente, "Eu gosto muito da simplicidade, é confortável -e suave."

"Eu gosto de coisas suaves."

Louis sorriu, "Eu percebi pela sua cama-ninho. Foi bem difícil de sair dela." Ele abraçou a si mesmo, "Seu lobo deve ser enorme."

"E é." Harry esfregou o pescoço, "É maior que três de você em comprimento."

Os olhos de Louis se arregalaram, "Wow -um pouco assustador."

"Eu posso ser."

Louis olhos para as tatuagens bem detalhadas que cobriam o braço de Harry, e algumas em seu pescoço. Ele chegou mais perto, sorrindo. "Essa aqui," Ele apontou para os três riscos no braço do alfa. "O que significa?"

Harry a tocou, apontando para cada risco. "Canino, lobo, matilha. Quando eu entrei foi quando recebi essa, é comum durante o campo de treinamento."

"Estou vendo." Louis apontou para um salpico de sangue, mesmo que de certa forma ele soubesse, ele queria que Harry o contasse. "E essa aqui?"

"Essa é opcional para soldados, porque eu me tornei o líder -foi necessária." Harry mostrou alguns outros salpicos de sangue, "Para cada dez mil que eu matei, eu ganhei um salpico."

Louis sentou reto, "De -dez mil."

Harry concordou seriamente. "Sim."

"Oh -wow." Ele pressionou os lábios juntos, "Quantas -você tem?"

"Ao todo, tenho onze."

"Wow."

"Sim."

"Hum, okay -qual é a sua favorita?"

Harry levantou a blusa sem avisar, os olhos de Louis voando em cima das marcas que ele nunca havia visto antes -não todas sendo marcas de tatuagem. Harry era extremamente tonificado, nenhuma surpresa, com varias cicatrizes pequenas (possivelmente queimaduras) cobrindo o seu tronco.

O alfa tocou a coroa em seu peito, "Essa."

"Esse símbolo é porque você foi o líder."

    "Sim, mas você recebe essa quando vai embora."

    Louis mordiscou a língua, "E você foi embora."

    "Eu fui."

    "Se eu estiver sendo muito invasivo, por favor, me diga." Harry assentiu uma vez. "Por que você foi embora?"

    "Eu não vou te dizer, mas eu não fui descarregado -eu me resignei."

    "Okay." Louis lambeu os lábios, "Com que idade você se tornou o líder?"

    "Dezenove."

    "Dezenove!" Louis quase gritou, ele se recompôs. "Isso -é muito jovem." Você só podia começar com dezessete, o que significa que Harry passou um ano no campo de treinamento, um ano como soldado e então se tornou o líder -algo muito raro.

    "Eu me destaquei." Harry tocou as tatuagens menores na mão.

    "Por que -por que a coroa é a sua favorita?"

    Harry abaixou o olhar. "Porque eu fui embora."

                                    -

    "Para onde você vai?"

    Harry desviou o olhar do alfa, "Você vai contar para eles, Zayn?" Ele olhou sombriamente, "Não minta."

    O alfa cruzou os braços, "Você acha que eu vou?"

    Harry negou com a cabeça, "Eu não acho, mas eu desejo que você diga isso." Seu maxilar travou. "Porque se você dizer, eu não vou me sentir errado quando te matar."

    Zayn riu, "Estou vendo." Ele mordeu o lábio inferior, "Eu não vou."

    Harry assentiu, "Eu viverei com os meia-raça."

    "Harry," Zayn grunhiu, "isso é ridículo -você já lutou por eles e contra eles -isso é o suficiente. Vá para casa -não viva com eles. Ninguém saberá se você for para casa."

    Harry lambeu seus lábios frios e ressecados, "Eu não quero mais lutar, Zayn. Eu já estou cheio de lutar, com tortura." Ele fechou os olhos, "Eu não posso mais fazer isso."

    Zayn não disse nada, respiração saindo branca. "Você se resignou, eles não precisam pensar que você está morto."

    "Eu estou numa lista permanente, se eu não estou morto, ou tiver um filho, então posso ser chamado de volta." Zayn suspirou, "Eu não disse que eu estou morto, mas se eles não conseguirem me achar -então eu estou. Não me traia, Zayn."

    O alfa levantou o olhar com isso, ficando de pé, "Eu jamais trairia."





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• Camélias são flores que podem viver em climas de 15° graus ou menos.

• Capitulo traduzido por Elstommo

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