— Atrapalho? — Benjamin pergunta cortando o silêncio horroroso que se instalou no ar.
— Não, eu acabei de chegar. — Steyce sorrir largamente. Ela gosta do Ben! stá estampado em seu rosto. — Estava cumprimentando a Elena.
— Hã... é... ela... você sabe que ela é... — Benjamin passa excessivamente a mão na nunca, e tenta pronunciar algo que pude entender, apesar de todo o seu desastre com as palavras.
— Sim, Benjamin! Eu sei que ela é a ex-namorada do Adam, a qual ele sofreu durante um ano. — ao final dessas palavras sinto uma pontada no coração. — Por sua culpa, aliás! Mas agradeço pelo feito, caso não tivesse acontecido não estaríamos juntos agora.
Adam arregala os olhos com minhas palavras e Benjamin tem a decepção estampada em sua face.
— Talvez eu não devesse ter me metido. — Benjamin fala e três reações surgem. A minha de surpresa pelo seu descaramento em dizer tais palavras na frente de seu primo, que é meu marido. A de Adam, seus olhos fulminam Benjamin por suas palavras inconvenientes. E a de Steyce, seu olhar triste recai sobre o chão, deixando exposta sua decepção.
— O que faz aqui? — Adam pronúncia sem emoção.
— Não se preocupe, não vim atrás de você, alteza. — percebo desprezo em sua voz. — Elena, os vestidos ficaram prontos. Na próxima semana os trajes masculinos ficam prontos. — ela dirige-se a mim e logo chama a criada que veio com ela, a mesma me entrega os vestidos. — Eu já vou. Até mais! — se despede de mim e para frente ao Benjamin. — Foi um prazer revê-lo!
— O prazer foi meu! — é tudo que ele diz e Steyce caminha em direção à carruagem.
— Convide-a para seu baile! — sussurro para Benn.
— O quê? Por quê? — pergunta e eu reviro os olhos, faço uma cara de mandona. — Está bem, está bem! — ergue as mãos se rendendo e corre até ela.
— Precisamos conversar! — digo para Adam.
— Hã... o quê? O que disseste? — ele pergunta saindo do seu transe.
— Precisamos conversar, foi isso que disse. — semicerro meus olhos e ele percebe minha insatisfação.
— Meu amor, me desculpa! — vem em minha direção com os braços esticados para frente e eu desvio de seu toque.
— Preciso levar os vestidos para sua mãe. — dou às costa para ele e entro no palácio.
Não acredito que ele ainda sente algo por ela, não acredito! Não vou aceitar isso, me separo dele, não sei como, mas me separo.
Subo as escadas e vou para o quarto da rainha Kiara, bato na porta três vezes e escuto a voz de Kiara pedindo para que eu espere.
— Ah, oi querida! — diz ao abrir a porta e abre espaço para que eu passe. — Entre, fique a vontade!
— Eu vim apenas lhe entregar isto! — coloco os vestidos sobre a cama.
— Que ótimo, foi bem rápido! — ela senta-se na cama e levanta o embrulho do vestido espiando o mesmo.
— Bom, eu já vou! — viro-me para sair mas ouço a voz de Kiara.
— Elena, está tudo bem? — ela pergunta vindo em minha direção. Assinto com a cabeça e ela segura minhas mãos levando-me para a cama. — Querida, você já está aqui à um bom tempo, eu lhe conheço. Pode se abrir comigo!
— É o Adam... — suspiro pesadamente e encaro minhas mãos que agora estão brincando com a barra do vestido que coloquei sobre a cama. — Acho que... que ele ainda nutri algum tipo de sentimento pela Steyce.
— Calma querida! — ela passa o dorço de sua mão em minha bochecha. — Tenho certeza de que não é nada do que estás pensando, ela fez o Adam sofrer muito e se ele nutri algum sentimento por ela, com certeza é raiva. Não precisa ter ciúmes ou se sentir insegura.
— Eu sei, mas não consigo. — olha para Kiara. — Odeio admitir, mas... ela é tão bonita, tão angelical e sem falar que ela parece ter um corpo muito bonito. E eu? Eu sou tão comum, cabelos castanhos, olhos castanhos, meu corpo é tão... normal.
— Elena, não! — ela afasta os vestidos e senta bem próxima de mim e agarra meus ombros. — Não seja boba! Você é linda, seus cabelos castanhos e ondulados, seus olhos tão marcantes, e quanto ao seu corpo ser normal, não importa. O que vale é seu carisma, seu sorriso cativante e seu jeito doce de ser. — ela segura meu rosto e me encara. — Escuta, bem! O Adam te ama, posso ver isso em seus olhos, eu conheço meu filho.
— Eu não sei... ele não disse que me ama. — sinto uma dor em meu coração.
— Vou te contar uma coisa, o adam mudou muito após entrar na vida dele. Mesmo durante o namoro com a Steyce ele era irresponsável, imaturo e rebelde. — Kiara sorrir de satisfação e segura minha mão. — Com você ele se tornou um homem, literalmente foi do dia para a noite. Ele até está interessado nos assuntos do reino, e olha que ele abominava a ideia de ser rei.
Deixo um sorriso escapar de meus lábios e a Kiara me abraça, um abraço que conforta a minha alma.
Despeço-me de Kiara ao chegarmos no fim de nossa conversa. Confesso que estou mais tranquila despois desta conversa.
Agora eu preciso ir para o quarto e ler a carta de minha mãe. Estou muito curiosa para lê-la e triste por não ser ela a me falar pessoalmente o que está escrito naquele papel, em pensar que nunca mais irei vê-la, nem meu pai. Engulo a vontade de chorar e quando estou na divisa entre um corredor e outro...
— Sandy! — chamo-a muito empolgada fazendo a mesma e o Pietro se virarem para mim. — Que saudade!
Desço as escadas correndo e abraço minha amiga com muita força, ela faz o mesmo.
— Que bom que já estás bem! — me abraça novamente. — Eu estava muito preocupada.
— Mentira! — cruzo os braços e faço cara de emburrada. — Estavas por ai de namorico com o Pietro e nem se importou comigo. — no mesmo instante vejo Pietro e Sandy corarem, o que me faz rir.
— Irei deixá-las conversarem a sós. — Pietro diz e sai totalmente constrangido.
— Amiga, o Pietro é muito lindo. Acho que estou apaixonada. — diz em tom divertido assim que ele sai.
— Sandy! — repreendo-a. Como senti falta desse jeito maluquinho dela. — Estás aqui à dois dias, não existe possibilidade alguma de estar apaixonada.
Ela cruza os braços e faz biquinho.
— Claro que estou, sua chata! Você não conhece meu coração. Aliás, por falar em coração, percebi que você conquistou o do Adam. — ela exibe um sorriso de orelha a orelha.
— Digamos que você estava certa! — olho para baixo demonstrando minha timidez. — Eu consegui me apaixonar por ele. Na verdade ele não é o monstro que eu pensava, se bem que no começo ele foi um típico ogro.
— Me agradeça! Se não fosse por mim, hoje você estaria em um convento cuidando de crianças e se lamentando por nunca poder ter a sua própria criança. — ela me olha como se esperasse realmente que eu agradeça. E o que faço é rir, rir muito.
— Eu senti tanto a sua falta. — abraço-a mais uma vez. — Eu estava indo ler a carta que minha mãe escreveu, vem comigo.
Agarro seu braço e arrasto-a escada acima. Estou tão ansiosa para saber o que minha mãe tinha para me falar. Que saudade dos meus pais.
— Aqui está a carta. — informo ao pega-la encima da mesinha. — Não consigo ler, leia para mim!
Entrego a carta para Sandy e ela abre a mesma, puxa o papel de dentro do envelope e desdobra. Que ansiedade.
— Não, me dê, eu leio! — puxo o papel das mãos de minha amiga.
— Elena, por favor! Sei que está ansiosa, eu também estou, mas se acalma! — diz bufando pela minha impaciência, mas não posso evitar, é uma carta da minha mãe.
— Desculpa, amiga! Mas essas são as últimas palavras que verei de minha mãe. Ela nunca mais me enviara nenhuma carta. — desvio minha atenção de seus olhos e começo a ler a carta, porem paro no início, não consigo lê. Tenho medo do que possa está escrito. Respiro fundo e tento novamente.
Olá, meu amor!
Lembro como se fosse ontem, Natanael entrou desesperado na sala de jantar carregando um bebezinho lindo envolto em uma manta verde com bordados brancos. Ele estava tão assustado que não sabia o que dizer, apenas entregou o bebezinho em meus braços e depois de alguns minutos disse que o achou no canteiro de rosas amarelas em nosso jardim. Desviei minha atenção para o bebezinho em meus braços e fiquei deslumbrada com o tom caramelado de seus lindos olhinhos, um sentimento de ternura e carinho inundaram meu coração. Me senti na obrigação de cuidar e proteger esta criaturinha tão frágil. Naquela noite, mais tarde, após ter dado banho no bebê e constatado que se tratava de uma bela menina, fui conversar com Érico e pergunta o que iríamos fazer com o bebê, com muita insistência consegui convence-lo de que o melhor a se fazer seria ficar com ela. Érico não podia ter filhos, e meu sonho sempre foi ser mãe. Ele se sentia frustrado e incapaz, vivia reclamando por não poder gerar um herdeiro. Após ficar horas e horas encarando os lindos olhos da minha pequenina, surgiu em minha mente um nome, Elena, ela se chamaria Elena como minha mãe.
Passado três meses um homem de aparentemente uns quarenta e cinco anos apareceu no reino, ele era estrangeiro, isso podia-se perceber a quilômetros. Ele me disse que foi ele quem colocou a minha bebezinha no canteiro de rosas, a minha Elena. Pensei que ele viria tirar de mim o meu bem mais precioso, entretanto, ele veio pedir para que eu cuidarsse de você com muito amor, disse ser o pai de sua verdadeira mãe, Salim. Ele me contou o que havia acontecido para ele ter tomado a decisão de lhe entregar a um casal desconhecido, mas isto não é assunto para está carta, Zaad disse que em alguma etapa de sua adolescência iria se iniciar algumas visões, visões passadas de sua mãe para você. Se estiver lendo está carta, provavelmente estarei morta. Zaad havia me dito que criou uma pedra para te proteger quando nem eu e nem seu pai estivermos mais ao seu lado, filha não tire nunca este colar.
Agora que já sabes de tudo, espero que não me odeie por ter te escondido tudo isso, mas foi preciso. Eu te amo muito querida, seu pai também te ama muito. No começo ele não gostava de você por não ser sangue do sangue dele até te evitava, mas quando você falou sua primeira palavra, “papai”! Derreteu todo o coração de gelo do seu pai, e dali em diante ele passou a te paparicar e você se tornou a menina dos olhos dele.
Querida não deixe a maldade e o ódio corroerem seu belo e inocente coração, seja sempre doce e amorosa como você é.
Em breve nos veremos!
De sua eterna mãe, Angélica Hughes.
Olá meus amores! ❤
Mais um capítulo quentinho para vocês.
Babado hein, o que acharam?
Tadinha da Elena, como ela estará se sentindo nesse momento? Acabou de perder seus pais e já descobre que eles não são seus pais de sangue são outros.
O que acham, Adam ainda sente algo pela Steyce?
O que acharam da volta do Benjamin, ele voltou com tudo, não é mesmo? Primeiro um beijo roubado, agora dá encima dela na frente do Adam.
Espero que tenham gostado. Comentem e votem prfv, me ajuda muito quando vocês fazem isso.
Xoxo😘 até mais