Floresta do Sul

InTheClows tarafından

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• Livro I • Segundo livro já disponível: Colina do Sul. Chloe Lidell. Desde a barriga foi destinada a algo gr... Daha Fazla

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXIII
Agradecimentos
Informações sobre o livro II
Curiosidades FS
Aviso extremamente importante
NOVIDADES DO LIVRO EM PAPEL
Aviso (leiam todos, inclusive os que ainda nao terminaram de ler, por favor)
Atualização Completa e Colina do Sul
Ainda há alguém aqui?
Por todos vocês

Prólogo

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InTheClows tarafından

MARCUS

Mais cartas.

No momento em que me levanto da cama desconfortável – Velha demais, e já consertada muitas vezes. – vejo os papéis com o carimbo do palácio. Uma nuvem redonda e vermelha com o símbolo do Reino destacado no centro, um botão de rosa.

Essas cobranças já eram quase comuns, as cartas estavam em minha mesa quase todos os dias. Estava para nascer homem que cobrasse mais que o nosso novo rei.

Há um tempo atrás fiz uma dívida com o rei George, ele era um amigo muito distante e me emprestou a quantia, ele era um rei bom e generoso. Mas quanto mais tempo se passava, mais dívidas eu fazia e mais difícil era pagar aquele empréstimo. Ele não me cobrava, mas eu ainda iria pagar, era minha intenção, pelo menos. Então, ele morreu, em um trágico acidente de carro, e seu filho, Gregory, que assumiu o palácio e agora é rei, começou a cobrar todos que deviam ao Reino, inclusive eu. Ou principalmente eu. Por vezes ponderei se o garoto tinha alguma raiva especial comigo, por ele ser sempre tão mesquinho, desde pequeno, e não gostava que o pai emprestasse dinheiro ou oferecesse alguma ajuda aos mais pobres. Mesmo que distante, George e eu tínhamos algum leve contato e nos víamos vez ou outra, e o filho sempre estava presente para disparar as humilhações que o pai desagradava. Quando se tornou adolescente, porém, largou as palavras podres que dirigia á mim ou algum outro cidadão comum de lado, e sorria para nós como se tivesse mudado.

Bom, se mudou ou não, ainda era o ganancioso que sempre demonstrou ser e fazia questão de deixar claro que não se esquecera de nenhuma dívida e que não costumava ser paciente por muito tempo.

Nem abro as cartas, mal direciono o olhar para elas. Já sei do que se tratam. Cobranças e mais cobranças, talvez até mais ameaças. Da última vez havia uma bem explícita, com um prazo bem curto. Aquele garoto que agora reinava adorava sentir a sensação de fechar o cerco para alguém, disso eu sabia.

Vou até a cozinha meio cambaleante devido ao sono pesado que ainda tomava uma parte do meu cérebro; e não vejo Grace, minha esposa. O café não está pronto como de costume e a casa está silenciosa demais. O fogão a lenha está intocado e tudo parece quieto, quase abandonado. Nunca vi o casebre tão calmo desde que me casara com ela. Grace era sempre uma alma viva e vibrante desde os primeiros raios de sol até o seu sono pesado, nos fins da noite.

A encontro no sofá verde musgo, sentada, concentrada, como se algo realmente interessante estivesse acontecendo na parede descascada e velha do chalé.

– Grace? – Chamo. Ela não se move, nem parece me ouvir. – Grace? – Repito, dessa vez tocando seu ombro.

Ela se assusta de leve e parece acordar de seu transe.
– Você está bem? – Pergunto tocando suas costas. Ela suspira uma vez e assente, mas já sinto no ar que alguma coisa estava errada.

– Marcus, sente ali. – Ela pede apontando o sofá vermelho e empoleirado em frente ao que ela estava. Nenhum dos nossos móveis combinavam, todos foram doados ou achados largados pelas ruelas. Dou a volta na mesa de madeira descascada, no centro da sala, e me sento um tanto preocupado, imaginando se ela teria lido a carta e houvesse algo terrível ali, pior que a última ameaça do rei.

– O que aconteceu?

Ela respira fundo, fecha os olhos, procura as palavras certas e, por fim, parece desistir da última tarefa.

– Eu estou grávida, Marcus. Grávida. – Como sempre, minha esposa é direta, até mais do que eu queria. Seu rosto está pálido, a voz trêmula. Por um segundo, todo o restante do mundo parece parar.

– O que? – É tudo que consigo soltar. O nó já se formava em minha garganta e eu já tentava ao máximo bolar algo em minha mente. Como nunca pensei que uma coisa dessas poderia acontecer... a qualquer hora? Como fui tão descuidado por tanto tempo? Minha mente estava tão afundada nas dívidas que eu nem sequer pensara nesse tipo de coisa.

– Isso mesmo. – Ela cobre o rosto com as mãos, preocupada e tristonha. Ela parece prestes a chorar. Fico perdido, não sei o que fazer para acalmá-la, não sei o que fazer para consertar tudo, não sei o que fazer com a criança que ali crescia, não sei o que fazer com nossas vidas, aparentemente, condenadas.

– Nós não podemos criar... – Começo dizendo, mas paro antes que isso a enfureça. O que fazer? O que fazer? Minha cabeça não parava, pensando em todos os tipos de possibilidades para lidar com aquela... situação.

– Eu sei. – Ela diz firme, passando a mão no rosto para limpar uma lágrima solitária que escapou. – E não quero, não estou pronta.

– Eu...

Fico em silêncio por alguns minutos, tentando pensar mais. Grace também parece tentar achar uma saída, mas tudo indicava que não havia nenhuma. O que fazer? O que fazer?

Até que as engrenagens do meu cérebro parecem se encaixar, e a ideia vem à mente de repente. Não era correto e, de certa forma, meio sem noção, precipitado, desesperado. Mas o que eu poderia fazer? Eu tinha várias dívidas enormes e uma esposa grávida de uma criança que mal teria o que comer! Era loucura também pensar que o rei aceitaria uma oferta como essa que acabei de bolar, afinal, ele podia contratar quantas pessoas quisesse, mas não custava tentar. Eu precisava tentar.

– E se eu oferecer a criança ao rei?

– Como? – Ela me encara em confusão, mas a ideia lhe desperta, deixando seus olhos brilhando um pouco novamente. Era isso. Era isso. Tinha de funcionar.

– Confie em mim. – É tudo que solto e saio de casa apressado depois de pegar o casaco velho e escuro pendurado atrás da porta.

***

Entro depois de duas horas esperando para conseguir falar com o Rei. Apesar de serem minutos longos e entediantes, poderia ser considerado até rápido, já que vi muita gente esperar, no mínimo, seis horas para uma audiência com ele. Mas tenho um motivo para certa "preferência", afinal, sou um devedor e o rei deve imaginar que vim quitar a dívida. Bom, era realmente o que eu planejava tentar fazer ali.

Gregory espera entediado pela minha entrada no grande salão, sentado em seu trono luxuoso. Meu coração palpitava, enquanto em minha mente eu apenas torcia para que aquilo funcionasse. Tinha de funcionar. Eu repetia, quase como um mantra, tentando atrair alguma sorte para mim e minha ideia insana. Tinha de funcionar.

– Então, conseguiu o dinheiro para me pagar? – O rei pergunta diretamente, sem me dar a chance de o cumprimentar.

– Não, alteza. – Digo depois de me curvar. Ele estala a língua, levando a mão enfeitada de anéis ao queixo, me avaliando com um olhar frio que me faz querer desistir daquilo e ir embora. Fugir do Reino. Mas como? Tinha de funcionar.

– Então, o que faz aqui?

– Tenho uma proposta, alteza. – Ele arqueia as sobrancelhas e eu continuo, respirando fundo e repetindo o mantra, despejando tudo de uma vez antes que minha coragem vacilasse: — Minha esposa está grávida, e não podemos criar a criança. Então, quando ela nascer, posso oferecer a vossa alteza para que a faça criada, caso menina, ou guarda, caso menino. Enfim, o que quiser. Ofereço minha cria para pagamento das minhas dívidas. É tudo que tenho, no momento.

Não era a melhor ideia do mundo. Como eu já havia pensado, ele podia contratar quantas pessoas quisesse sem contar que a criança ainda teria de crescer, porém, eu já estava desesperado. Tinha de funcionar. Eu precisava que funcionasse, precisava que ele aceitasse para que assim eu pudesse voltar a ter o mínimo de paz possível.

– Hum... – O rei pensa por uns dois minutos, e isso me faz criar uma grande esperança.

Ele parecia estar encaixando aquela proposta em algum lugar, eu quase podia ver suas engrenagens trabalhando. Cocei o pescoço em um secreto sinal de nervosismo e ansiedade.

– Agora, eu tenho uma proposta. – O rei solta, por fim, levanta o indicador e faz uma pausa. – Eu posso aceitar a criança, se for menina.
"Graças a meu pai o Reino está em harmonia, a não ser pelos Legionários do Norte, claro, aqueles porcos lixosos. Mas em relação a outros reinos, temos aliados por toda parte. E também, os reinos com quem negociamos não tem filhos vindo por aí. Como sabe que não sou muito paciente, e acabei de receber meu filho, quando ele crescer precisará de uma esposa e eu não tenho tempo para ficar procurando esposas para ele. Não precisamos de aliança, então, eu farei da sua filha a esposa de Caleb, no futuro. Mas, você não será reconhecido como pai, não receberá nenhum benefício ou crédito. Apenas receberá uma parcela para que saia deste Reino para sempre, para não haver problemas. E sua dívida será quitada. Quando a criança nascer vocês a colocarão no orfanato, e pouco antes do casamento, eu a trago para o Castelo. Se for menina."

– Eu aceito, alteza. – Respondo sem hesitar ou pensar, temendo que se demorasse um segundo que seja, o rei retirasse aquela oferta perfeita, apesar de sair do Reino ser um tanto preocupante.

Mas era bem mais do que eu esperava. Muito, muito mais. Eu nem sequer cogitei nada daquilo, na verdade, tinha muitos receios que ele não aceitasse a criança nem como criada. Sumir dali, mas ter minha suposta filha em um lugar bom e com um posto digno, isso seria bom. Não podia dizer que amava a criança, foi tão rápido e a ideia de a trocar me ocorreu tão de repente que não criei raízes de amores, nem poderia criar, mas saber que ela não estaria em apuros já era bom, era ótimo, na verdade. Mesmo que eu nunca vá a conhecer pessoalmente, a não ser por fotos quando ela estiver na capa de todos os jornais do mundo... enfim, era uma proposta irrecusável. Era como se a sorte, finalmente, tivesse resolvido que já era hora de me atender novamente, pelo menos uma vez. 

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