Cold Little Heart

Par louisgivenchy

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Louis é um ômega com um passado abusivo e uma criança alfa. Alguns meses depois de se divorciar, Louis conhe... Plus

1. Sterling.
2. Two 'B's.
3. Hot Cocoa.
4. Bunnies.
6. Camellia Snowflake.
7. Baba.
8. Cuddly.
Glossary (sort of)
9. Thank You.
10. Nest [part I]
11. Nest [part II]
12. Eggplant.
13. The Woods.
14. Snowdrop.
15. Water.
16. Air.
17. Earth.
18. Fire.
19. New Moon.
20. Sitka.
21. Late.
22. Matthew.
23. Flower?
24. Demetrius.
25. Aliens.
26. Poor omega.
27. Long Enough I.
28. Long Enough II.
29. The End I.
30. The End II.
WARM LITTLE HEART (REPOST)

5. Green to Blue.

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Par louisgivenchy

 

    "Bom dia, Louis."

    Louis sorriu, abrindo mais a porta, "Bom dia, Harry." Harry entrou, limpando os pés antes de por sua bolsa no chão. Louis fechou a porta suavemente, "Você está adiantado."

    Harry assentiu, "Peço perdão, você estava atrasado ontem. Eu quis ter certeza de que não aconteceria o mesmo hoje."

    Louis corou, abaixando o olhar, "Obrigado, Harry."

    Harry curvou a cabeça, "De nada." Ele olhou em volta. "Abraham ainda está dormindo."

    "Sim." Louis indicou para Harry segui-lo até a cozinha. "Não foi uma noite tão boa -para nenhum de nós dois." Ele abriu o armário, pegando uma caneca. "Você gostaria de um pouco de café?"

    "Por favor." Harry observou as mãos de Louis e depois o rosto, "Você está muito cansado."

"Sim." Louis tinha se visto no espelho, era como se tivessem crescido olheiras grossas durante a noite. "Abraham teve alguns pesadelos -quando ele conseguiu cair no sono, os meus pesadelos começaram."

Harry zumbiu, impedindo Louis de pegar o leite. "Preto está bom." Ele pressionou a caneca quente na boca, tomando um longo gole. "Você não deveria ir para o trabalho."

Louis mexeu o leite em sua caneca de café, sorrindo preguiçosamente. "Eu queria, não pensei que sentiria tanto a falta do meu filho." Ele bateu a colher contra a caneca duas vezes. "Eu tenho que trabalhar, devo prover para Abraham e a mim mesmo. Vai valer a pena no final." Louis assentiu para si mesmo. "Eu sei que vai."

"Você quer se mudar para o Alaska." Harry terminou o café, abaixando a caneca. "Eu nasci lá."

Os olhos de Louis se iluminaram. "Nasceu? No Alaska?"

Harry assentiu uma vez. "Sim, Barrow."

Louis tomou um gole, pondo sua caneca do lado da vazia de Harry, "É muito frio lá -eu -eu não acho que conseguiríamos viver lá, talvez em Sitka."

"Hm, Sitka é muito agradável." Harry cruzou os braços, "Por que Alaska?"

Louis deu de ombros, pegando o café de novo, quente em suas mãos. "Eu sempre quis ir, desde que era jovem, minha mãe foi implantada lá e me trouxe uma camiseta." Louis mordeu o lábio, sorrindo. "As fotos eram lindas."

"Não é comum terem meias-raça lá, você deve ser aceito por meio do conselho, dentro do território."

Louis clareou a garganta suavemente, "Sim, eu sei, isso é algo que me preocupa."

"Você acha que não será aceito?"

Louis deu uma risada abafada tristemente, "Um ômega meia-raça, marcado -sem parceiro, com uma criança -isso não se assenta bem ao meu favor."

Harry inclinou a cabeça, "Isso é verdade, mas você ainda vai tentar."

"Eu vou." Louis olhou nos olhos de Harry. "Porque eu sei que vou estar seguro com Abraham -longe de -tudo daqui."

"Estou vendo." Harry serviu para si mesmo uma segunda caneca de café. "Se eles não te aceitarem, eu vou ajudá-lo a conseguir entrar."

Louis quase derrubou o café, invadindo o espaço pessoal de Harry. "Você vai? Como?"

Harry encarou o pequeno ômega, uma mão segurando a caneca. "Eu sou bem conhecido lá, e eu nasci lá. Eles não vão te mandar embora."

Louis abaixou sua caneca, enrolando os dois braços em volta do tronco de Harry. O alfa era extremamente quente e Louis provavelmente não deveria ter feito isso, mas ele não tinha nenhum controle sobre suas extremidades no momento. Louis evitava alfas como uma praga. Quando ele ia até o mercado e um flertava com ele, Louis nem mesmo o encorajava. Ele mantinha um comportamento severo em torno deles -se eles pensavam que era porque ele já tinha um alfa, ele não ligava.

Louis esteve com medo de pessoas por um tempo. Quando alguém levantava a mão para dizer olá ou apontar, ele se encolhia para longe. Com o tempo ele conseguiu relaxar e se tornar um ômega independente. Ele ainda realmente não gostava quando alfas o tocavam, até mesmo toques leves, como batidinhas nas costas.

Mas Harry era grande, ele era confortável e era bom de abraçar. Louis acha que é porque ele nunca realmente interagiu com um raça-pura, mas se eles eram todos assim, Louis estaria feliz em se mudar. Se todos eles o fizessem sentir que eram seguros e certos, Abraham e Louis não teriam problema algum em se mudarem.

Ele espremeu Harry apertado, soluçando em seu peito. "Oh, obrigado! Muito obrigado!"

Harry botou uma mão no topo da cabeça de Louis, acariciando seu cabelo bagunçado. Ele levantou o café até os lábios, tomando um gole. "Não há necessidade de chorar." Ele carinhosamente coçou o couro cabelo de Louis, "Mas se isso faz você se sentir melhor, então eu não vou interromper."

Louis se moveu para longe alguns segundos depois, rindo. "Oh, Harry, você é tão bobo." Ele secou o rosto com a camisa. "Tão bondoso."

Harry virou a cabeça para a entrada da cozinha, "Bom dia, Abraham."

A criança estava encarando arduamente a mãe, olheiras escuras de baixo de seus largos olhos azuis.

"Bom dia, Abby." Louis sorriu, se abaixando. "Você está bem, precioso?"

"Mamãe chorando."

"Meu doce menino." Louis se sentou no chão frio, abrindo as pernas. "Venha aqui, baby."

Abraham foi correndo, enrolando as mãozinhas em volta do pescoço de Louis. Louis o aromatizou levemente, "A mamãe só estava feliz, isso é tudo."

Abraham beijou seu nariz, e então olhou para Harry.

"Bom dia, Abraham."

"Dia..."

Harry se ajoelhou ao lado deles, "Você dormiu mal, como sua mãe?"

Abraham corou, assentindo na bochecha de Louis.

Louis riu, beijando a pele suave. "Está tudo bem, ele vai precisar de um cochilo hoje."

Harry levantou uma mão para tocar a bochecha do garoto. O grande dedão esfregando o olho de Abraham. "Vocês dois não dormiram."

Louis suspirou, "Nós estamos muito melhores." Ele sorriu, "Não estamos, Abby?"

"Sim mamãe."

Abraham estava se aconchegando na mão muito maior de Harry, e Louis tinha certeza de que ele não havia percebido isso. Louis parecia ter o mesmo problema com Harry. Harry radiava uma aura agradável e isso era extremamente atraente. Então perfeitamente fazia sentido o porquê deles pegarem a si mesmos se inclinando para o seu corpo ou seus toques.

Ou podia ser porque eles não estavam acostumados com tanta bondade, tanto amor -eles ansiavam isso.

Louis estava tão feliz de ver Abraham já aceitando Harry. Não distanciando-se -aprendendo a confiar no alfa.

    O primeiro mês após deixarem CJ foi absolutamente terrível. Se eles pensaram que não conseguiam dormir com o homem, depois foi ainda pior. Abraham e ele permaneciam acordados por horas, e isso só mudou quando Louis conseguiu um emprego. Louis não tinha dinheiro para um médico e ele estava depressivo e com raiva. Ele não sabia como ajudar seu filho. Abraham precisava dormir, não era certo que ele permanecesse acordado e chorando com seu filho de dois anos. Não era certo.

    Harry passou a mão entre os longos cabelos castanhos de Abraham. Louis deu beijinhos no pescoço de Abby, assistindo os olhos da criança se fecharem. "Se sente bem, Abby?"

    "Sim mamãe..." Abraham estava lentamente caindo no sono em seus braços, deixando Harry massagear seu couro cabeludo.

    Louis sorriu bondosamente para Harry. "Você tem o toque mágico."

    Harry estendeu os braços, "Eu vou levá-lo de volta para cama."

    Louis lentamente entregou o filho para o alfa, assegurando-se de estar sentado no chão até Harry voltar. Ele tentou alcançar seu café, mas ao invés disso, Harry deu a ele.

    "Obrigado." Louis suspirou alegremente. "Você já fez tanto por ele. Se eu apenas tivesse prestado mais atenção..."

    Harry pegou o café, sentando perto dele no chão. "Então você não teria Abraham."

    Louis riu abafado, "Eu acho que sim."

    "Ontem você não pôs nada no café da manhã de Abraham."

    "Oh, Deus." Louis abaixou a cabeça, "Minha pobre criança."

    "Está tudo bem, eu fiz um sanduíche de queijo quente." Harry terminou sua segunda caneca. "Eu vou até o mercado e nós vamos comprar mais comida. Você disse que ia me ensinar macarrão com queijo."

    "Sim, sim." Louis assentiu rapidamente, "Para o jantar. Eu vou sair às três e então vou para a minha consulta."

    "Você quer que eu te leve até o trabalho? Eu vou com você para a consulta com Abraham."

    Louis ficou vermelho, "O -ooh." Ele riu nervosamente, "Eu -eu não -você não ficaria envergonhado?"

    "De?"

    "Bem," Louis esfregou o braço, "Por que eu -minha marca de ligação..."

    "Eu não compreendo." Harry piscou monotonamente para ele, "Você está envergonhado?"

    "Bem, sim, é muito mal visto -ir lá pode até mesmo ser perigoso se as pessoas verem você. Nós normalmente entramos pelos fundos, então ninguém vê."

    "Eu vou com você, já que é perigoso. Ninguém vai te machucar."

    "Harry, não há necessidade. Eu normalmente vou com Abby, mas eu posso ir sozinho -as pessoas vão encarar."

    "Então deixe-as, eu frequentemente sou encarado, isso não me incomoda."

    Louis riu, "Tão bobo, Harry."

    "Eu não sou." Harry se levantou, e logo depois ajudou Louis a levantar-se também. "Eu acho engraçado que você me chama de bobo, eu nunca fui chamado disso antes."

    "Você acha isso engraçado?" Louis riu contra a palma da mão. "Não parece que acha."

    "Ha-ha." Harry não estava sorrindo.

    Louis riu mais ainda, negando com a cabeça. "Você sempre foi assim?"

    "Sempre." Harry pegou a caneca de Louis e depois sua mão. "São quase dez horas. Você precisa se arrumar -nós todos vamos para a sua consulta e depois faremos o jantar."

    Louis olhou de relance para a mão que segurava a sua. "Obrigado, Harry." Ele curvou a cabeça, "Eu aprecio isso."

    Harry permitiu que Louis andasse na frente dele, "É para isso que eu estou aqui."

   
                                     -

    "Dezessete."

    Abraham apontou para a próxima caixa de cereal, mordendo o lábio. "Oito?"

    "Perto -dezoito." Harry pegou uma caixa de cereal com um coelho na frente. "Você gostaria de provar isso? Tem um coelho na frente, como quando você amarra seus sapatos."

    Abraham deu de ombros, enfiando o dedão na boca. Harry tirou-o. "Você tem que chegar até vinte -e você não respondeu minha pergunta. Se você me pedisse para te dar algo, e eu desse de ombros, você não entenderia, certo?"

    Abraham concordou lentamente.

    "Então quando eu te pergunto algo, e você dá de ombros, eu não entendo." Harry deu a caixa a ele, "Você pode segurar isso, se quiser, me diga."

    Abraham virou a caixa para mostrar a Harry um quebra-cabeça atrás. "Quebra-cabeça."

    "Você parece gostar de quebra-cabeças. Eu vou precisar comprar alguns novos para você." Harry pegou um saco de granola, inspecionando-o. "Você quer o cereal? Eu vou precisar saber antes de sairmos do corredor."

    Abraham abraçou a caixa. "Sim... por favor."

    "Obrigado pelas suas boas maneiras." Harry tomou a caixa e Abraham tentou pega-la de volta. "Você quer segurar? Eu não vou tomar de você se não quiser."

    "Quero segurar."

    "Okay, aqui." Harry empurrou o carrinho. "O que vem depois do dezoito?"

    Abraham parou antes de pôr o dedão na boca, grande caixa agarrada em seu pequeno peito. "De -enove."

    "Dezenove." Harry empurrou até o queijo. "Nós temos que trabalhar a sua pronúncia."

                                    -

    "Quando mamãe vem pra casa?" Abraham esteve encarando a porta pelos últimos dez minutos enquanto Harry limpava tudo.

    Harry moveu o sofá facilmente, aspirando por trás dele. "Às três ele vem pra casa e então nós vamos para a consulta dele." Harry empurrou o sofá de volta, "E depois nós vamos fazer o jantar, talvez iremos para o parque, então você poderá brincar, se não for muito tarde."

    Abraham franziu a testa. "Não gosto."

    "Você não gosta de que?" Harry rolou o aspirador para a mesa.

    Abraham balançou para os lados, timidamente, esfregando seu cobertor contra o rosto. "Parque."

    "Você pareceu gostar de brincar na areia quando nós fomos." Harry ligou o aspirador, "Isso é por causa das crianças?"

    Abraham desviou o olhar, não respondendo.

    Harry desligou o aspirador, apoiando-se nele. "Você tem medo das outras crianças?"

    Abraham choramingou, "Não..."

    Harry se agachou, agitando o dedo para o garoto. "Venha até mim."

    Abraham foi, hesitando. Ele ficou na frente de Harry, mordendo seu cobertor.

    "Está tudo bem se você estiver com medo, eu só quero saber o porquê."

    "Não gosto."

    "Não gosta de que?"

    Abraham mordeu mais forte seu cobertor. "Me machuca."

    "As outras crianças te machucam?" Abraham permaneceu quieto. "Ou você tem medo que elas machuquem?"

    Abraham silenciosamente assentiu.

    "Estou vendo." Harry agarrou a parte de trás da cabeça do garoto, dando um beijo em sua testa. "Não há necessidade de sentir medo, você está seguro agora. Ninguém vai te machucar, especialmente enquanto eu estiver aqui."

    Os olhos de Abraham se esbugalharam, "E -e a mamãe também? Ninguém machuca a mamãe?"

    Harry assentiu, "Mamãe também, eu prometo." Ele esfregou o nariz contra o de Abraham, um sinal de afeto que Abraham curvou-se para. "É saudável brincar com outras crianças, você vai aprender."

    Abraham esfregou a ponta do cobertor mastigado contra o olho. "Sono."

    "Okay, Abraham." Harry o pegou no colo, a cabeça da criança descansando em seu ombro. "Eu vou terminar de limpar enquanto você descansa."

   
                                     -

    "Abraham." Harry estava sentado no chão. "Eu sei que você ama abraçar sua mãe, mas nós temos que ir para a consulta."

Abraham estava amorosamente mordiscando o dedo de Louis. Louis beijou o topo de sua cabeça, "Harry está certo, baby, nós temos que ir para o médico."

"Não!" Abraham pôs as duas mãozinhas em cima dos joelhos de Louis. "Não, mamãe, não!"

"Sim, precioso, eu tenho que ir."

"Não!"

"Abraham, você não está indo para o médico, sua mãe está."

"Não!" Abraham correu para Harry, mãos nervosamente dobradas juntas. "Machuca mamãe, você disse que ninguém machuca mamãe."

"Quem vai machucar a mamãe?"

"Médico!"

Louis bufou, "Quando eles removem a marca -é doloroso, e eu choro às vezes. Abraham não gosta disso e então nós sempre temos que parar mais cedo, que é o porquê de estar demorando tanto para remover."

"Hm, estou vendo." Harry agarrou a borda da blusa de Abraham, "Abraham, o médico não está tentando machucar sua mãe. Esse é o trabalho dele."

"Não!" Abraham gemeu, pisando forte com o pé. Harry assistiu, "Não! Ninguém machuca mamãe!"

Louis suspirou, levantando-se e indo até o quarto. Ele voltou com o cobertor. Harry assistiu ele deitar a criança no chão ladrilhado, retirando sua blusa sem ser chutado no rosto. Ele habilidosamente enrolou Abraham, o enfiando em seus braços.

Louis deu um olhar cansado a Harry, "Desculpe -isso acontece quando vamos para o médico. Isso ajuda."

Abraham estava choramingando, se aconchegando em Louis do melhor jeito que conseguia.

Harry chegou mais perto, olhando para a criança enquanto ela olhava para ele.

Os olhos de Harry se abaixaram, com tédio. "Nós ainda vamos para o médico, você gostando disso ou não."

-

"Louis Tomlinson."

Louis sorriu, pondo sua mochila nas costas. Ele se levantou, "Você pode ficar aqui, só vai levar dez minutos."

Harry agora estava segurando Abraham, ele ainda estava enrolando -mas agora com uma blusa, braços parados. "Se isso é o que você quer." Ele olhou para baixo, "Nós vamos ficar aqui e esperar pela sua mãe, Abraham."

Abraham se remexeu, "Mnm, mamãe."

Louis o beijou, "Dez minutos, baby, eu já volto." Ele saiu pela porta e Abraham começou a se contorcer.

"Mamãe."

"Relaxe." Harry ajustou ele, o segurando como um bebê. "A mamãe volta em dez minutos."

    "Não!" Abraçam grunhiu. "Não!"

    Harry levantou uma sobrancelha, "Sim, dez minutos."

    "Não! Quero mamãe agora!"

    Se eles não tinham toda a atenção em Harry quando ele entrou, agora eles tinham. Harry não pareceu se importar.

    "Entenda uma coisa, por favor." Abraham levemente parou de se mexer. "Eu não sou a sua mãe, eu estou aqui para cuidar de você. Eu te respeito, e gostaria de receber o mesmo de volta."

    Abraham franziu a testa, abaixando o tom de voz. "Machuca mamãe."

    "Muitas coisas machucam." Harry tirou o cabelo dos olhos de Abraham, "Sua mãe é forte, ele vai ficar bem. É por isso que nós ficamos aqui, você não quer ver ele machucado, certo?"

    Abraham assentiu uma vez.

    "Então nós vamos esperar, e quando ele tiver terminado, você pode dar um beijo nele para fazer ele se sentir melhor. Tenho certeza que ele ficará feliz."

    Abraham concordou. "Beijos para mamãe."

    "Está certo." Harry suavemente balançou seus braços, "Você deseja permanecer no seu pequeno casulo, ou gostaria de sair?" Ele levantou a cabeça, "Tem alguns brinquedos aqui, se você quiser brincar."

    Abraham virou o pescoço para olhar. "Sair."

    "Okay." Harry desenrolou ele, lembrando-se de como enrolar para futuramente. Ele abaixou o garoto, dobrando o lençol. Abraham analisou a pequena sessão de brinquedos infantis da sala de espera. "Vá em frente, eu vou ficar aqui."

    Abraham deixou uma mão no joelho de Harry, "Mamãe."

    "A mamãe está com o médico, não é longe, vá em frente. Se você ficar com medo, pode sempre correr de volta para mim."

    Abraham deu alguns passos, evitando os olhares sinuosos. Era claro, pelo cheiro, essa não era a criança de Harry. Quando eles chegaram, todas as cabeças se levantaram. Harry tinha um aroma forte, poderoso, isso atrai olhares. Ele estava vestindo o seu casaco, mas isso não impediu as pessoas de encararem.

    Abraham permaneceu olhando de volta para ele através de um pequeno ábaco que encontrou. Harry dava um aceno sério toda vez que ele olhava. Abraham levava isso como um sinal para continuar brincando. E foi quando outra criança e seu pai entraram, que Abraham voltou correndo.

    Harry acariciou a cabeça dele, o pondo sentado em seu joelho. "Você foi bem ao brincar sozinho." Abraham agarrou a mão de Harry, botando em volta de seu corpo, "Vai levar tempo, mas você foi bem."

    Abraham estava tremendo um pouco, pondo seu dedão na boca. Ele se inclinou contra o corpo de Harry, "Cobertor segurança."

    "Modos."

    "Por favor -meu cobertor segurança."

    Harry desdobrou o lençol, dando para o garoto. "Se você precisar usar o banheiro, me diga, por favor."

    "Okay."

   
                                       -

    "Eu botei Abraham na sua cama." Harry sentou do lado de Louis no sofá, "Você parece cansado -mais do que ontem."

    Louis balançou a cabeça, mão no curativo em seu pescoço. "É muito doloroso quando eles usam o laser." Ele sorriu, "Mas vale a pena -isso só tira as minhas forças."

    "Você pode me ensinar amanhã, descanse."

    "Não!" Louis se levantou, oscilando. "Venha, eu vou te ensinar." Ele levantou uma mão para Harry, "Eu tenho que pagá-lo pelos seus serviços."

    Harry pegou a mão, sem precisar dela, e levantou. "Se você deseja, Louis."

    Louis o guiou até a cozinha. "Eu vi que você foi até o mercado, obrigado, de novo."

    "Sim, Abraham pegou o queijo que ele quis."

    Louis sorriu, pegando o queijo de dentro da geladeira. "Esse é o que nós normalmente compramos." Ele olhou para Harry, "Você pode pegar o macarrão da prateleira, se chama cotovelo."

Harry fez o que lhe foi dito, analisando a caixa quando a achou. "Esse é o único que você pode usar?"

"Não." Louis deu de ombros, "Mas é o mais comum. Quando eu tiver um dinheiro extra, vou comprar pequenos formatos ou desenhos." Ele murmurou alegremente. "Abraham gostas desses."

"Estou vendo." Harry largou o macarrão. "Você sabe o porquê de Abraham ter ataques?"

Louis franziu a testa, "Não, mas eu acho que sei -deve ser por causa do CJ, o pai dele." Ele sacudiu a cabeça, "Ele traumatizou minha criança."

Harry chegou mais perto. "O que é isso -que ele fez para ele -para você?"

Louis abaixou o olhar, "Eu- antes de Abraham nascer, eu tive muitas dificuldades para ficar grávido, CJ queria um raça-pura."

"Isso não é possível."

"Sim, eu tentei explicar isso, mas," Louis suspirou, "ele não ligava. Já era ruim o suficiente que eu não conseguia dá-lo um filho." Ele lambeu os lábios, estremecendo. "Quando eu engravidei, CJ foi tão doce comigo, me tratando como se eu fosse o ômega mais importante do mundo."

"E é por isso que você ficou."

"E é por isso que eu fiquei." Louis sacudiu a cabeça, "Eu pensei -que ficaríamos melhor, eu pensei que teria uma criança raça-pura, mesmo que isso fosse impossível. -Abraham não era um raça-pura, mas era um alfa e isso fez CJ feliz -até Abraham fazer um ano e ainda não ter começado a falar." Ele abraçou a si mesmo, "Ele era um criança quieta e CJ dizia que era minha culpa, porque eu o tratava como um bebê -mas -mas," Os lábios de Louis tremeram, olhando para Harry com olhos molhados. "Mas ele era o meu bebê, o único que eu pude conceber -por que era errado que eu o amasse tanto e o beijasse, e o tratasse como se ele fosse o único na minha vida?" Os olhos dele estavam grandes e brilhantes, "Por que era errado que eu tratasse meu bebê, como um bebê?"

O remédio do médico claramente deixava Louis mais emocional que o usual.

Harry não disse nada.

Louis sorriu miseravelmente, agora tremendo, "E então as agressões começaram, de novo, piores. CJ dizia coisas horríveis para Abby, para mim. Ele se tornou raivoso -me traia em nossa casa, e eu não podia fazer nada porque não tinha nenhum lugar para ir. Um ômega ligado, com uma criança -por favor, eu era uma piada -eu sou, agora... Eu -eu odiava deixar Abraham sozinho com ele -mas eu queria que fôssemos embora. Eu consegui um emprego e mesmo que fosse apenas duas vezes por semana, eu me sentia doente em deixar meu bebê em casa com ele. Ele não tentava alimentá-lo -ou amá-lo. Ele trazia ômegas aleatórios enquanto a porra do meu filho assistia TV no outro cômodo!" As pupilas de Louis se dilataram. "Eu voltava para casa e encontrava Abraham enrolado nas minhas roupas, chorando -um hematoma que não estava lá antes e a porra daquele idiota dormindo com quem sabe quem -na nossa cama, na nossa casa!"

Louis respirou fundo, pupilas se dilatando. "Ele -foi até ele bater em Abraham -na frente dos meus olhos, porque Abraham molhou a cama, ele não sabia usar o banheiro ainda. Ele bateu no meu filho até o outro lado do quarto e -eu quase o matei."

Os olhos de Harry se abaixaram, escuros.

"Eu -eu queria ele morto." Ele riu abafado. "Eu sou um ômega, eu não mato de forma alguma." Louis prendeu as mãos juntas, "Mas, Harry, eu não queria mais nada naquele momento. -Eu fui embora naquela noite, embalei as minhas coisas, as coisas de Abby e fui embora -eu não podia ficar lá. Demorou esse tempo todo para eu ir embora e eu me odeio por isso. Por que o meu filho precisou apanhar na frente dos meus olhos para eu superar minha covardia?"

Harry cruzou os braços, abrindo a boca, Louis interrompeu ele. "Eu sei -eu sei que é minha culpa. Eu sei, por favor, já me disseram isso -Eu -eu estou tentando compensar isso."

Harry agarrou o braço de Louis, uma das mãos pressionada em sua glândula aromática. Louis se apoderou, o corpo se enrijecendo. "Nada é sua culpa." Ele fechou os olhos, pressionando a testa contra a de Louis, o ômega finalmente parou de tremer. "Você não precisava me contar, mas obrigada por isso. Você só fez o que podia fazer na hora que podia fazer. Você salvou seu filho e a si mesmo antes que fosse muito tarde, se orgulhe disso."

Harry abriu os olhos, verde no azul. "Tem pessoas que são mais do que capazes de fazerem algo, qualquer coisa, e elas escolhem não fazer. Você é um ômega forte, você esteve disposto a matar pelo seu filho -algo que é contra o seu próprio DNA." Ele pressionou a palma da mão mais a fundo no pescoço de Louis, fazendo pequenos círculos. Louis inclinou a cabeça para o lado, completamente sereno no abraço do alfa. "Não se envergonhe pelo o que foi, mas se orgulhe do que você fez para chegar onde está agora."

Louis choramingou alto e necessitado, pegando Harry desprevenido. Louis fez isso mais alto, se transformando em geleia em suas mãos. O ômega se inclinou bruscamente contra os braços de Harry, choramingando antes dos sons altos saírem de sua garganta novamente. Harry o puxou para mais perto, pegando Louis em um movimento. O ômega enrolou as duas pernas ao redor dele, aconchegando o rosto na glândula aromática de Harry, respirando fundo.

Harry ainda estava no mesmo lugar, sabendo que tinha que levar Louis para a cama, mas não querendo fazer isso.

Louis estava liberando seus próprios feromônios, os mais pessoais. Era claro que o ômega se sentia extremamente confortável em abaixar sua guarda tanto assim. Ele cheirava a indefeso.

Harry deu um passo, quase com medo de que Louis ficasse assustado. Harry deu outro passo e Louis agarrou a parte de trás de sua camisa. "Macarrão..."

Harry tocou a nuca de Louis, o acariciando. "Amanhã."

"Não..." Louis estava sonolento por não apenas suas emoções, mas pelo cheiro de Harry também. Ele se remexeu até estar no chão. Louis olhou para cima, desequilibrado, para Harry. "Você cheira bem -muito bem." Ele curvou a cabeça, "Obrigado por ser tão bondoso com um ômega meia-raça."

Harry não disse uma palavra, ao invés disso ele assistiu Louis encher uma panela com água para ferver. Harry pôs as duas mãos atrás das costas, ignorando a mudança no cômodo -ignorando a criança alfa que secretamente assistia tudo por trás da parede.

-

"Abraham, hoje é o último dia da sua mãe ir até o médico."

Abraham formou um bico, parando de brincar com o seu quebra-cabeça. "Mamãe não vai."

"Sim, ele vai, se você quiser ir então terá que se comportar." Harry sentou na cadeira, "Se você não se comportar então nós ficaremos aqui e a mamãe vai sozinho."

Abraham lentamente negou com a cabeça, "Quero ir com a mamãe."

"Okay," Harry levantou a mão, "mamãe está no banho. Você deve se arrumar também, você não pode ir de pijama."

"Okay."

Desde aquele dia, nada havia realmente mudado. Havia chocado Harry como ele congelou -ele não era do tipo de congelar. Era um momento emocional, alfas são criaturas protetoras e não gostam de ver ômegas ameaçados ou tristes. Eles são orientados para a família, bondosos, agressivos mas ainda gentis -especialmente com a família.

    Na cultura dos lobos, é normal ajudar uns aos outros. Se você ver um ômega infeliz, uma criança, até mesmo um alfa; é normal tentar ajudar. De segura-los e os aromatizar -apenas para acalma-los, não para reivindicar. Era comum de ajudar o ômega a voltar para casa ou algum lugar seguro se ele estivesse perdido.

    Não era comum para um ômega de se entregar para você -o que Louis fez na noite passada. Harry não sabia se era porque Louis não era um lobo-puro, ou se isso importava no fim das contas. Talvez tenha sido por causa da consulta com o médico -Harry não tinha noção alguma. Louis choramingou na noite passada -choramingos eram complicados.

    Crianças fazem isso quando estão com medo, chateadas, tristes.

    Adultos, especificamente ômegas, faziam isso quando estavam em volta de seu parceiro. Eles fazem isso como um sinal de angústia -que é provavelmente o porquê de ter acordado Abraham. Ômegas fazem isso quando precisam de ajuda -ajuda de verdade e conforto. Eles fazem isso quando se sentem 100% seguros, então eles se tornam maleáveis e prontos para serem tomados.

    Não era algo normal de se ouvir.

    Choramingos eram normais, todos faziam isso -estava tudo bem.

    Mas agudos, necessitados -choramingos carentes, eram confusos. Para Harry isso significava que Louis tinha estado dócil o suficiente para ele poder provavelmente tomá-lo no sofá, e Louis estaria bem com isso. Isso significava que ele poderia ter o mordido, e Louis não rejeitaria a mordida. Isso significava que Louis não estava bem.

    Harry até mesmo o aromatizou, algo que ele nunca fez ao ar livre -não para alguém especificamente. Sim, Harry fazia isso para Abraham às vezes, mas nunca para um adulto que não era o seu parceiro -isso era -estranho. Isso fez com ele se sentisse estranho e vulnerável de certa forma.

    Ele aprendeu macarrão com queijo, frango com arroz, hoje seria lasanha.

    Louis não estava agindo diferente ao redor dele, ele só estava fisicamente mais feliz. Todo o resto estava normal, o que estressou um pouco o alfa -se ele era o que estava se sentindo ansioso -por que isso?

    "Escolha sua roupa para o dia." Harry disse para Abraham enquanto batia os lençóis, ele abaixou o cobertor, assegurando-se de que estava perfeitamente reto.

    "Isso." Abraham correu até o lado de sua perna, segurando uma blusa verde e shorts.

    "Você pode ficar com a blusa." Harry firmemente prendeu o cobertor em baixo do colchão. "Você não pode usar os shorts, ache uma calça."

    Abraham deixou a blusa na cama, correndo de volta para o seu armário.

    "Oh, Harry." Louis entrou correndo, esmagando as mãos do alfa. "Eu odeio que você limpa, isso não faz parte de cuidar do Abraham."

    "Isso é, se ficar muito sujo ele ficará doente -eu estou fazendo o meu trabalho."

    Louis cruzou os braços, sorrindo. "Tenho certeza de que se você não arrumar a cama, Abraham vai ficar bem."

    "Essa." Abraham correu até a perna de Harry de novo, "Calça."

    Harry assentiu, "Bom, agora você pode vesti-la."

    Abraham correu até o outro lado da cama, "Mamãe."

    "Você precisa de ajuda, baby?"

    "Não." Harry andou em volta e o pegou no colo. "Mostre a sua mãe que você consegue fazer sozinho."

    Abraham agitou os dedos, "Quero que a mamãe faça."

    "Sim, eu estou vendo, mas você tem que fazer as coisas sozinho às vezes. Tenho certeza de que a mamãe vai ficar feliz em ver você fazendo isso sozinho."

    Louis sorriu, batendo palmas para o seu filho. "Vá em frente, Abby, a mamãe quer ver."

    Abraham demorou um tempo para tirar sua blusa de pijama, tendo alguma ajuda. Louis encorajou ele o tempo todo. Ele vestiu a blusa, e depois a calça. "Pronto, mamãe."

    "Bom trabalho, baby!" Louis brilhou, balançando o seu filho. "Você fez isso tão bem, precioso, mamãe está tão orgulhoso de você!"

    Abraham beijou o nariz de Louis, "Amo mamãe."

    "Mamãe ama você, baby."

    Depois que Harry terminou de arrumar a cama, ele pôs os travesseiros de volta. "Eu botei os lençóis molhados na roupa suja."

    Louis sorriu, beijando a bochecha de seu filho. "Obrigado, Harry." Abraham teve um acidente na noite passada, "Nós temos que ir até a lavanderia na segunda-feira, Abby."

    "Você não tem uma lavanderia." Harry pegou as roupas espalhadas e a toalha molhada de Louis. "Eu tenho uma lavanderia na minha casa, se você quiser usá-la."

    Louis piscou rapidamente, "Oh -oh, não, está tudo bem -eu não quero incomodar."

    "Minha máquina de lavar é de graça, você tem que pagar pela sua. Nós podemos ir depois da sua consulta."

    Louis se balançou para frente e para trás com Abraham, "Isso seria muito generoso da sua parte, Harry." Louis corou. "Obrigado."

    Harry observou o rosto de Louis se tornar rosa, desviando o olhar quando percebeu que estava encarando.

    "Harry," Louis pôs Abraham no chão, o garoto se enfiando entre as pernas dele. "Quando eu não trabalho, você não precisa vir, eu posso cuidar do Abraham -é ridículo que você venha todos os dias quando não há necessidade."

    "Se você não quer que eu venha nos dias que está de folga, então eu não vou."

    Louis riu, "Eu amo quando você está aqui, Harry. Eu sei que Abraham ama também, você faz nós nos sentirmos seguros -e, você é muito engraçado." Ele cutucou Abraham, fazendo ele se agitar. "Eu teria você aqui o tempo todo, mas você precisa descansar."

    Os olhos de Harry se esbugalharam levemente, Louis estava o confundindo mais do antes. "Eu vou fazer o que você disser."

    Louis riu, "Você pode vir quando quiser, saiba que você é bem vindo na minha casa sempre."

    Harry engoliu a seco, pés juntos. "Obrigado, Louis..."

                                     -

    "Vai ser um massacre, senhor." O alfa do lado dele estava respirando pesado. "Os lobos não são grandes o suficiente -cinco tiros e eles caem."

    Harry não ligou muito, lendo o mapa ao invés. Seus dedos tocaram levemente em cima do grande papel, "Todos vão ficar, sem fogo -faça disso uma paralização."

    Zayn deu um passo à frente, olhando os outros alfas, "Mestre-"

    "Como eu disse." Harry leu o mapa rapidamente. "Eu vou por trás -sozinho." Ele se levantou, tirando a camiseta. "Você saberá quando eu os alcançar, e então vocês todos irão de uma vez só."

    "Mestre," Zayn curvou a cabeça, "Sem desrespeito, mestre, você vai morrer. Você não pode sobreviver -eles- eles tem mais de duzentas mil tropas -com duas armas por cada meia-raça."

    "Você vai fazer como eu disse." Harry estalou alguns ossos das costas antes de abrir a porta. "Você vai saber quando eu os alcançar."

   

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