Cold Little Heart

By louisgivenchy

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Louis é um ômega com um passado abusivo e uma criança alfa. Alguns meses depois de se divorciar, Louis conhe... More

1. Sterling.
2. Two 'B's.
3. Hot Cocoa.
5. Green to Blue.
6. Camellia Snowflake.
7. Baba.
8. Cuddly.
Glossary (sort of)
9. Thank You.
10. Nest [part I]
11. Nest [part II]
12. Eggplant.
13. The Woods.
14. Snowdrop.
15. Water.
16. Air.
17. Earth.
18. Fire.
19. New Moon.
20. Sitka.
21. Late.
22. Matthew.
23. Flower?
24. Demetrius.
25. Aliens.
26. Poor omega.
27. Long Enough I.
28. Long Enough II.
29. The End I.
30. The End II.
WARM LITTLE HEART (REPOST)

4. Bunnies.

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By louisgivenchy




    "Já está tarde," Harry diz, calçando suas botas. "quando é o seu próximo dia de trabalho?"

    Louis apoiou-se na parede, cansado. "Amanhã às onze. Meu horário de saída é às oito."

    Harry assentiu, amarrando o cadarço de seu sapato fortemente. "Ok, eu estarei aqui às 10:30." Ele levantou, pegando seu casaco, e se curvando em direção a Louis. "Obrigado por me permitir em sua casa, te vejo amanhã."

    Louis não se moveu, sentindo a exaustão em sua falta de sono. "Obrigado Harry."

    Harry o encarou.

    Louis sorriu preguiçoso. "Eu agradeço por isso." Ele balança a cabeça. "Você está realmente me fazendo um favor e eu te devo uma."

    "Agora eu sei como preparar carne, batatas e brócolis -com alho e manteiga." Harry pisca para ele. "Você me fez um grande favor."

    Louis riu e cruzou os braços. "Eu deveria pagar você com dinheiro, não com comida."

    "Eu não preciso de dinheiro. Já tenho o suficiente." Harry pegou sua bolsa do chão. "Apenas continue me ensinando a cozinhar, é tudo que eu preciso."

    Louis sorriu, mordendo os lábios. "Okay, Harry."

    Harry concordou mais uma vez antes de abrir a porta. "Tranque-a."

    Louis gargalhou. "Eu sempre o tranco."

    "Amanhã eu vou instalar um sistema de segurança na porta."

    Louis segurou a porta, balançando a cabeça para Harry, que estava do lado de fora do apartamento. "Um sistema de segurança?"

    "Sim." Harry disse com os pés juntos e os braços alinhados. "A minha responsabilidade é com o Abraham, se eu sentir que aqui não é seguro –eu vou ter que resolver esse problema."

    Louis cobriu a boca, rindo. "Harry –estamos seguros, tudo bem."

    Harry deu um passo para frente ficando próximo de Louis. "Se eu consigo abrir essa porta, sem fazer barulho, você não está seguro. -Tranque." Ele disse, trancando a fechadura.

    Louis travou a parte superior da porta e em seguida fez o mesmo com a parte inferior. Ele engoliu a seco, dando um passo para trás. Ele encarou a fechadura da porta e a mesma começou a se mover de um lado para o outro. Louis arregalou os olhos quando as travas da porta destrancaram sem fazer barulho.

    Ele deu outro passo para trás, sentindo um leve incômodo no estômago.

    Harry abriu a porta sem fazer barulho. Ele ficou ali, os pulmões expirando o ar frio, e os braços ao seu lado. Louis se arrepiou com o ar do ambiente.

    "Eu vou instalar o sistema de segurança amanhã."

    Louis abraçou a si mesmo, concordando rapidamente. "Ok..."

    Harry pôs um pé para dentro do apartamento e agarrou a fechadura. "Vá se aquecer, você está tremendo." Ele inclinou a cabeça. "Durma bem, Louis."

                                      -

    "Mamãe." Abraham pegou a metade de seu sanduiche e olhou para dentro. "Nojento."

    Louis estava correndo pela casa à procura de suas chaves. Ele dormiu demais e já era quase dez e meia.

    "Merda." Louis praguejou baixinho, correndo de volta para a cozinha.

    Abraham deslizou da cadeira, correndo atrás de Louis toda vez que ele entrava em um cômodo diferente. "Mamãe."

    "Sim, Abby? A mamãe está procurando por algo, precioso, me dê um minuto."

    Abraham fez bico e olhou curioso para a porta quando uma batida forte foi ouvida por detrás da mesma. Ele gemeu, chamando a atenção de Louis. Louis o pegou rapidamente, levando-o para o quarto. Louis colocou-o na cama. "Abby, fique aqui."

    Louis correu de volta para a porta, pressionando as costas sobre ela, esperando por outra batida.

    Mais uma batida foi ouvida, mais forte e mais alta.

    Louis suspirou vacilante, virando-se para olhar através do olho mágico. Ele liberou o resto do ar que restava em seus pulmões, agradecendo quando viu o rosto sem emoção de Harry e não o de seu ex-marido.

    CJ não sabia onde eles viviam, ou onde Louis trabalhava. E era para permanecer desse jeito, Louis queria que o homem não soubesse nada. Não quando ele tossia ou espirrava, mas ele queria que CJ esquecesse até que eles ainda tinham um filho ou algum vínculo. Ver CJ no shopping foi uma coincidência, porque ele não morava por alí -ou talvez agora ele morasse.

    Louis queria manter aquilo para si e caso CJ descobrisse onde ele trabalhava, ele teria que encontrar um novo emprego. Sim, havia uma ordem de restrição contra o seu ex-marido. Mas CJ é conivente, rico –um pedaço de merda, e quando a ordem de restrição terminasse ele havia prometido sufocar Louis até a morte. Louis não se importava, contanto que aquele homem nunca se aproximasse de Abraham.

    CJ tinha muitas pessoas ricas que poderiam fazer Louis desaparecer antes mesmo que uma ordem de restrição pudesse ser mencionada.

    Mas nada importava desde que ele não ficasse com Abby -ou que Abraham não se tornasse um homem como ele.

Ele riu, destrancando a porta. "É você."

    Harry estava vestindo seu já conhecido casaco, com sua bolsa e uma caixa na outra mão -uma caixa de ferramentas?

    "Bom dia, Louis." Harry curvou-se, "Como você está?"

    Louis sorriu mesmo estando exausto. "Bem, Harry. Por favor, entre -tire seu casaco."

    Harry limpou os pés no tapete desgastado escrito "bem-vindo" antes de entrar. Ele deixou suas coisas na porta, retirando os sapatos depois. Ele tirou o casaco, olhando ao redor, "por que-" ele olhou para os pés descalços de Louis. "Você está atrasado –Abraham está chorando."

    Os olhos de Louis se esbugalharam e ele correu de volta para o filho que estava chorando assustado na cama compartilhada por eles. Ele o pegou, segurando perto de si. "A mamãe está aqui, bebê, tudo bem." Ele sussurrou. "Não era ele, precioso."

    Abraham pareceu relaxar com o que foi dito. Ele ergueu o rosto molhado quando Harry entrou no quarto. "Você está atrasado."

    Louis fechou os olhos. "Eu sei, dormi demais -Desculpe." Ele beijou o filho e se levantou. "Você pode ir com Harry, Abby? Mamãe está com muita pressa."

    Abraham assentiu e se balançou no colo para ser colocado no chão. Louis o pôs no chão e o deixou ficar ao lado do grande alfa. Ele aproveitou o momento para entrar no outro cômodo.

    Harry agachou-se ao lado dele. "Bom dia." Ele ergueu as mãos, limpando o rosto de Abraham, e parando quando o menino começou a choramingar. "Relaxe, não vou te machucar. Seu rosto estava úmido porque você chorou."

    Abraham mudou para o outro pé, balançando os dedos.

    "Você deve dizer bom dia de volta. Sua mãe elogiou suas boas maneiras ontem, deixe-me vê-las."

    Abraham juntou as mãos, murmurando. "Bom dia."

    "Obrigado, minha manhã está sendo boa." Harry olhou para cima. "Sua mãe está criando uma aura desconfortável." Ele se levantou. "Ele está atrasado, vamos ajudá-lo para que ele não tenha problemas."

    Abraham pareceu gostar da ideia, seguindo Harry.

    Harry agarrou o braço de Louis antes de ele passar por Harry pela segunda vez. "É claro que você ainda está procurando algo." Ele olhou Louis de cima abaixo. "Você já está com os seus sapatos –o que ainda falta?"

    O braço que Harry havia apertado causou arrepios em Louis. Ele normalmente evita que as pessoas o toquem –particularmente alfas. "M-Minhas chaves."

    "Você deve ter deixado-as em suas calças de ontem, eu não vi você tirando-a."

    Louis se bateu mentalmente.

    "Abraham, vá buscar as calças que a sua mãe usou ontem. Traga elas até aqui." Harry deixou o menino sair correndo, puxando Louis para a mesa logo em seguida. "Onde está o seu almoço?"

"E-Eu não tenho um -Acordei tarde."

    Harry o levou até a cozinha e Louis deixou que ele o fizesse, o ambiente estava significativamente calmo.

    "Uma laranja." Harry pegou a fruta da pequena tigela que havia comprado ontem. "Pegue um saco, por favor. Precisaremos encontrar uma lancheira para você."

    Louis ficou de pé, observando Harry por alguns segundos antes de se mover. O homem foi rápido, juntou alguns biscoitos, uma garrafa de água e uma laranja no balcão. Harry ficou concentrado, e não olhou para baixo quando Abraham entrou. "Dê as calças para sua mãe, por favor." Harry tirou dois guardanapos do rolo e os dobrou.

    Louis beijou seu filho, pegou a calça e encontrou as chaves. Ele entregou timidamente a bolsa para Harry, deixando-o colocar a comida dentro.

    Harry fechou a bolsa e a segurou para Louis. "Não é um almoço, mas é saudável e irá satisfazê-lo." Ele pegou Abraham sem aviso prévio. "Abraham, diga tchau."

    O lábio de Abraham tremeu e ele estendeu os dois braços para se aproximar o rosto de Louis. Ele bicou os lábios de Louis suavemente, depois esfregou seus narizes. Louis agarrou a mão de seu filho, beijando-a. "Eu amo você, Abby, seja bom com o Harry pela mamãe, ok?"

    "Sim, mamãe." Ele curvou sua pequena cabeça, apertando as mãos ansiosamente. "Quando você vem pra casa, mamãe?"

    "Às oito, precioso." Louis deu-lhe um último beijo, antes de se virar para Harry. "Por favor, cuide dele com a sua vida, porque ele é a minha."

    Harry assentiu com seriedade. "Fique tranquilo. Agora vá, Abraham está seguro."

    Abraham e Harry caminham com Louis até a porta e Louis foi parado antes de sair. "Esse casaco não vai te manter aquecido."

    Louis olhou para o casaco aberto. "Eu vou ficar bem."

    Harry colocou Abraham no chão, deixando-o correr até as pernas de Louis. Harry mexeu na bolsa e tirou de lá um cachecol grosso. Ele embalou profissionalmente no pescoço de Louis, fechando o casaco em seguida. "Aqui."

    Louis corou, se movendo apenas quando Harry abriu a porta. "Abraham, está muito frio -afaste-se da porta."

    Abraham acenou tristemente para a mãe, soprando um beijo de volta quando Louis se afastou.

    "Te amo, precioso, a mamãe te verá em breve."

    "Tchau mamãe."

    "Tchau, bebê -obrigado de novo, Harry."

    "Tenha um bom dia." Harry fechou a porta, virando-se para Abraham. "Você já comeu o café da manhã?"

Abraham soluçou, voltando, e negou com a cabeça.

    Harry caminhou até a mesa e apontou para o sanduíche mordido. "O que é isso?"

    Abraham disse próximo à porta. "O café da manhã que a mamãe fez."

    Harry pegou o sanduiche e olhou para dentro. "A mamãe não colocou nada dentro."

    Abraham franziu a testa. "A mamãe estava com pressa."

    "Estou vendo." Harry fez um gesto para a criança, fazendo com que Abraham caminhasse lentamente para ele. "Eu vou fazer para você um sanduíche de queijo quente e enquanto isso você pode comer metade de uma maçã -okay? "

    Abraham levantou os pés. "Ok..."

    "Eu trouxe um quebra-cabeça para você." Harry caminhou até a entrada, pegando sua bolsa. "São cem peças, você gosta?"

    Abraham deu de ombros.

    "Eu não entendo quando você dá de ombros." Harry pegou a caixa, levando-a à mesa. "Se você quiser montar o quebra-cabeça, ele estará aqui para você. Caso contrário, você pode brincar. Eu te chamo quando a sua comida estiver pronta."

    Abraham encarou Harry enquanto ele se afastava, depois a caixa do quebra-cabeça, e em seguida para seus brinquedos na sala de estar. Ele puxou a cadeira e engatinhou até ela. Abraham agarrou a pequena caixa, agitando-a. Ele tentou abri-la, vendo que a mesma estava virada para baixo e franziu a testa.

    Abraham saiu com cuidado da cadeira, segurando a caixa perto do peito. Ele cambaleou para a cozinha, balançando da esquerda para a direita.

    "Sim, Abraham?" Harry não estava olhando para ele porque preparava seu sanduíche. "Algo errado?"

    "Não..." a criança sussurrou. Ele se aproximou, parando junto às longas pernas de Harry. Ele segurou a caixa do quebra-cabeça com as duas mãos, a cabeça nem chegando ao balcão.

    Harry fechou o sanduíche, ainda sem olhar para baixo. "E sobre o quebra-cabeça, você precisa falar ou eu não consigo entender."

    Abraham inclinou a cabeça para o lado. "Abre..."

    Harry finalmente o olhou. "Como se pede um favor?"

  O menino abraçou a caixa de novo. "Por favor abre..."

    "Eu vou." Harry estendeu a mão. "Me dê a caixa, por favor."

    Abraham fez o que lhe foi pedido e suas mãos foram para trás de suas costas quando Harry pegou a caixa. Ele observou o alfa de perto, vendo Harry fatiar os pedaços de fita com uma faca.

    Ele deu a caixa de volta a Abraham. "Nós iremos dar um passeio após o café da manhã -você já tomou banho ou escovou os dentes?"

    Abraham olhou para a caixa e logo para Harry. "Não..."

    "Vamos escovar os seus dentes e então eu vou te dar banho, mas não vou lavar seu cabelo. Porque está frio e você ficará doente." Harry colocou o sanduíche na frigideira quente. "E iremos voltar e almoçar, eu tenho as suas sobras de ontem. Eu tenho que colocar algo na porta, então, enquanto eu fizer isso, você pode fazer o que quiser." Ele pressionou o sanduíche. "Depois, vou lhe ensinar como amarrar seus sapatos."

    Abraham olhou rapidamente para seus pequenos pés. "Meu sapato...?"

    "Sim." Harry se ajoelhou, tocando um dos dedos da criança. "Você não sabe como se faz e é importante que você aprenda. Eu vou te ensinar."

    Abraham corou, concordando.

    "Sua mãe chega em casa às oito." Harry apontou para o relógio digital no forno. "Quando esse número se transforma em um oito -você sabe como contar?"

    "Sim... mamãe me ensinou."

    "Me mostre." Harry levantou-se, deixando de lado o sanduíche marrom. "Conte até dez."

    Abraham tentou se esconder atrás da caixa do quebra-cabeça. "Um, dois, três... quatro, cinco... seis, sete e oito" Ele fez uma pausa. "Mamãe chega em casa às oito".

    "Isso mesmo." Harry agarrou uma maçã, colocando-a em uma pequena tábua de cortar. "Continue."

    Abraham continuou com a contagem dessa vez de frente para trás. "Oito, nove, dez...?"

    "Tudo bem." Harry pegou um prato de plástico que continha um lobo de desenho animado. "Eu vou ensinar você a contar até vinte -até chegarmos ao cem." Ele colocou o sanduíche de Abraham no prato. "Você está indo bem."

    Abraham mordeu os lábios timidamente. Ele ficou de pé, tentando ver por trás do balcão o que Harry estava fazendo. Harry estava cortando metade da maçã em fatias, colocando-as no prato de Abraham. Harry pegou a caixa de quebra-cabeça, fazendo-o choramingar.

"Nada disso." Harry deu-lhe o prato com o café da manhã. "Eu só vou ajudá-lo a montar o quebra-cabeça depois que você terminar o café da manhã."

Abraham encarou sua comida.

Harry pegou a outra metade da maçã e a mordeu, com a caixa do quebra-cabeça debaixo do braço. "Vamos lá, sua comida vai ficar fria."

Abraham esperou alguns segundos até segui-lo.

-

"Nós vamos caminhar até a loja para comprar uma lancheira para sua mãe." Harry esperava por Abraham que subia as escadas lentamente. "Depois iremos ao parque e você pode brincar enquanto eu te observo."

Uma vez que Abraham chegou à parte que Harry estava na escada o garoto olhou em volta.

"Você está aquecido?"

Abraham assentiu com o cachecol envolto calorosamente sobre sua boca, o nariz e os olhos eram os únicos que apareciam.

"Ok, me diga se você sentir frio." Harry estendeu a mão. "Segure minha mão enquanto caminhamos."

Abraham levantou lentamente a mão, agarrando o grande polegar de Harry.

A caminhada foi tranquila, demorou cerca de dez minutos para que eles chegassem na loja. Harry deixou Abraham escolher uma lancheira para sua mãe. A criança escolheu uma rosa clara com três flores azuis na frente.

"Agora vamos ao parque, você está com frio?"

Abraham olhou para cima e balançou a cabeça em um "Não".

"Ok, vamos ao parque. Talvez demore um pouco, me diga se suas pernas ficarem cansadas.

"'Kay..." Foi ouvido um ruído abafado por trás do cachecol de Abraham.

A caminhada para o parque foi longa, Harry eventualmente sentiu Abraham arrastando os pés. Ele olhou para o menino, parando no cruzamento. "Você está cansado?"

Abraham esfregou os olhos e assentiu.

"Eu vou te carregar." Ele pegou o menino e colocou sua cabeça em seu ombro. "Já estamos quase lá."

Abraham manteve o polegar na boca durante o resto do caminho e só o tirou quando Harry o colocou no chão. Ele olhou para as outras crianças pequenas que estavam correndo por aí.

Abraham recuou nas pernas de Harry, choramingando.

Harry inclinou-se, empurrando Abraham levemente. "Vá, você pode brincar por trinta minutos." Ele olhou para o relógio. "Começando agora."

Abraham sacudiu violentamente a cabeça, começando a chorar. Ele girou, caindo sobre o casaco de Harry. "Mamãe!"

Harry colocou a bolsa no banco, pegando a criança. "Por que você está chorando?"

Abraham fungou com os lábios esticados. Harry o deteve antes que ele pudesse colocar o polegar na boca. "Diga-me, Abraham, o que está te deixando triste?"

"Não quero..." O garoto olhou para as outras crianças, feliz por estar no chão. "Quero mamãe."

"Eu entendo." Harry caminhou até a pequena pilha de areia. "A mamãe não está aqui mas eu posso sentar com você." Ele sentou na beira da caixa de areia. "Pode brincar, eu estarei perto de você."

"Quero mamãe."

"Eu sei, mas ele está no trabalho. Vamos vê-lo às oito, lembra?" Harry abriu as pernas, arrumando uma pilha de areia. "Talvez na próxima semana eu o leve à praia, fazer castelos lá é bem mais fácil."

Abraham enxugou o rosto e limpou na roupa. Ele abriu as pernas, como Harry, e fez seu próprio monte de areia.

"Você já esteve na praia?"

Abraham negou com a cabeça. Ele deixou a areia correr pelos dedos.

"Você gostaria de ir na próxima semana? Você não poderá ir no mar, mas pode fazer um castelo."

Abraham manteve as mãos na areia. "Mamãe vem."

"Sua mãe pode vir para a praia." Harry olhou em volta, certificando-se de que a lancheira de Louis ainda estava no banco. "Lembre-se de me dizer se você ficar com muito frio."

Abraham começou com um monte maior. "Ok..."

-

"Oi."

"Oi, Harry." Louis sorriu, arrumando o cachecol ao redor do pescoço. "Eu tenho uns minutos para ligar, como o Abby está?"

"Ele está bem. Nós fomos caminhar até a loja e o parque."

"Oh, ele brincou? -ele fica muito nervoso quando se aproxima de outras crianças."

"Ele não brincou com nenhuma criança. Nós sentamos e fizemos um castelo."

"Oh, que lindo. Obrigado por levá-lo para sair."

"Você comeu?"

"Sim." Louis estremeceu. "O lanche estava ótimo, obrigado."

"De nada. Abraham está tirando uma soneca e eu estou trabalhando no sistema de segurança."

Louis riu. "Adorável. Muito obrigado, Harry. Todas essas pequenas coisas extras são desnecessárias, mas eu realmente as aprecio."

"Meu trabalho é garantir que seu filho esteja seguro e eu farei o que for necessário."

Louis ergueu uma mão debaixo da axila. "Eu sei, obrigado."

"Parece que você está com frio."

Louis mordeu o lábio, "Um pouco, o vento está incomodando." Ele riu. "Talvez eu precisasse de um casaco mais grosso, o cachecol realmente ajudou." Ele o pressionou contra o nariz. "É muito quente."

"Se o clima permitir vou comprar um casaco mais grosso com Abraham."

"Oh, não, não, Harry. Eu estou bem, por favor, não."

"Você vai ficar doente por não ser imune ao frio. O inverno deste ano será rigoroso, você deve estar protegido." Harry ficou em silêncio por um momento."Eu vou selar todas as rachaduras nas janelas."

Louis riu. "Tão bobo, Harry."

"Eu estou falando sério, não é bobo."

Louis apertou os lábios para evitar rir. "Ok, Harry."

"Eu tenho que terminar antes de Abraham acordar. Vou dizer a ele que você ligou.

"Por favor, beije-o por mim –o abrece e lhe dê muito amor. Meu menino precioso... "

"Tudo bem, Louis, tenha um ótimo resto de dia. Mantenha-se aquecido, vou me certificar de que sua casa esteja quente para quando você chegar."

Louis corou. "Oh... Obrigado, Harry –Te vejo às oito."

"Tchau."

"Tchau..." Louis pressionou o botão para encerrar a chamada e cruzou os braços. Ele havia sentido algo diferente no estômago enquanto conversava com Harry, era um sentimento que já sentira antes.

E o fato de estar usando o cachecol de Harry não ajudou muito, afinal ele sentiu o perfume do homem por todo o dia. O cheiro era extremamente reconfortante e caloroso, Louis não se preocupou em se acostumar com isso.

Ele sentiu uma séria ansiedade desde que saiu de sua casa. Louis descobriu que Harry estava liberando algum tipo de feromônio que acalmava Abraham e ele. Agora fazia sentido o porquê de Abraham não surtar. Harry era um lobo, eles eram calorosos e tinham qualidades protetoras. Harry os fazia sentir seguros sem que eles soubessem. Louis agradecia muito por isso, principalmente por causa de Abraham.

Alfas transmitiam um feromônio diferente dos ômegas. Ainda que os ômegas fossem criaturas muito protetoras, os alfas podiam ser 3x mais. O que certamente explicaria o fato de Louis ter aceitado um alfa cuidando de seu filho sem sua supervisão. Mas ele não era qualquer alfa –Louis foi abençoado com um raça-pura, um lobo -não um meia-raça. Louis acha que não poderia confiar em um meia-raça, pelo menos não por um bom tempo. Especialmente porque todas as vezes em que a TV é ligada eles são vistos envolvidos em acusações de abuso ou são retratados como deuses que não podem cometer erros.

Harry era protetor. Ele instalou um sistema de segurança na porta apenas para manter Abraham seguro. Harry não sorria ou gritava -ou demonstrava qualquer reação -ele nem ao menos alterava o tom de sua voz quando ia conversar. Harry era o lugar seguro de Louis e Abraham. Ele poderia ser um bom exemplo do que é ser um alfa para seu filho. Nem todos os alfas deviam gritar, lançar coisas, agredir ou obrigar alguém a ser o que eles queriam que um alfa fosse.

Harry provou isso.

Louis pressionou seus dedos frios contra a base do pescoço e suas mãos acariciaram a marca que havia alí. Amanhã ele teria outra sessão para a remoção da marca, e depois disso apenas mais duas. Já era quase imperceptível que havia algo naquele local, e graças a Harry logo ele e Abraham estariam longe da bagunça de um passado que pairava sobre eles.

Louis podia respirar tranquilo até então.

-

"Abraham." Harry disse. "Como foi sua soneca?"

Abraham se aproximou dele com o cobertor rosa em sua outra mão e esfregou os olhos. Ele olhou para a pequena caixa ao lado da porta e, em seguida, para Harry. "Mamãe?"

"Ainda não são oito horas." Harry virou-se para ele. "Você dormiu bem?"

Abby assentiu, pressionando o polegar na boca, os olhos piscando lentamente.

"O que é isso?" Harry apontou para o cobertor. "Você não adormeceu com ele."

"Cobertor s-segurança." Ele esfregou o tecido contra a bochecha. "Mamãe."

"Estou vendo." Harry segurou o rosto de Abraham com uma mão e olhos do garotinho se encheram de medo. Harry se inclinou, e deu-lhe um beijo suave em sua bochecha gordinha. "Sua mãe ligou e me pediu para te dar um beijo." Ele puxou Abraham para um abraço. "E isso." Harry levantou sem perceber a expressão atordoada no rosto da criança.

"Nós iremos à loja comprar um suéter para sua mãe, ele ficará com muito frio enquanto trabalha se não fizermos isso."

Abraham correu atrás de Harry, balançando o cobertor. "Suéter para mamãe."

"Sim, para mantê-lo aquecido." Harry ajustou a temperatura do ar-condicionado. "Nós teremos que manter a casa aquecida para quando ele chegar." Ele caminhou até a cozinha, com Abraham seguindo-o. "Eu sei como fazer salada mas só temos alface disponível." Harry olhou para a criança. "Vou pedir pizza para o jantar. Sua mãe estará muito cansado para me ensinar a cozinhar hoje, ok?"

Abraham brincou com a ponta do cobertor. "Ok."

-

"Apertado, veja se está apertado."

Abraham parecia extremamente nervoso, mesmo com o tom baixo na voz de Harry. Louis disse que gostava de dar um reforço positivo para o filho ainda que Abraham não tivesse feito nada além do primeiro passo.

"Você está indo bem." O menino olhou para cima. "Você precisa fazer dois laços agora, não apenas um -dois serão mais fáceis para você."

Abraham fez o que lhe foi dito. E ele rapidamente olhou para Harry como se tivesse feito algo incrível.

Harry assentiu. "Melhor agora." Ele ajudou o menino a amarrar os dois laços juntos. "Coloque um deles no buraco."

Esta parecia ser a parte difícil.

"Coelho."

Harry levantou uma sobrancelha. "Um coelho?"

Abraham balançou o cadarço. "Coelho no buraco."

Harry olhou para o menino. "É algo que você faz com a sua mãe?"

Abraham assentiu. "A mamãe é o coelho."

"Entendi. Infelizmente eu não gosto de coelhos -mas se quiser usá-los, você pode."

Abraham franziu o cenho.

"Continue, vamos praticar por mais cinco minutos e então iremos procurar um suéter para sua mãe."

Abraham murmurou para si mesmo. "Suéter para mamãe." Ele tentou amarrá-los, e bem, funcionou com um deles, já o outro se soltou.

"Essa foi uma tentativa decente, mas você não manteve ambos os laços juntos –ou como você gosta de chamá-los, seus coelhos juntos. Eles devem ficar juntos."

Abraham enrolou os pés um no outro. "Como eu e a mamãe."

"Exatamente." Harry ergueu os dois laços. "Vamos de novo."

-

"Mamãe!" Abraham saiu correndo em direção às pernas de Louis.

Louis sorriu, segurando a parte de trás da cabeça. "Meu doce e precioso Abby."

A criança estava fazendo sons altos na garganta, ronronando com o cheiro de Louis.

Louis sentou no chão, aproximando-se do filho. Ele beijou seu rosto, lambendo a bochecha do menino. "Eu senti tanto a sua falta."

"Senti falta mamãe." Abraham estava chorando, e seu nariz estava pressionado contra a glândula aromática de Louis. Louis fechou os olhos, relaxando com o cheiro de seu redor. Tinha cheiro de pizza e alfa, o cheiro de Harry estava preenchendo o apartamento mais rápido do que Louis podia imaginar.

"Aw, baby, você se divertiu?" Louis abraçou Abraham, segurando-o como um bebê. "Você se divertiu com Harry?"

"Mm..." Abraham escondeu o rosto no peito de Louis. "Quero a mamãe."

"Eu sei, mas você fez um bom trabalho, você é o meu grande menino. Obrigado, Abby. "Louis ergueu os olhos para Harry que estava encostado na parede do lado de fora da cozinha. "Oi, Harry."

"Olá." Harry se afastou da parede. "Está quente o suficiente para você?"

Louis corou, acariciando o rosto do filho. "Está ótimo, obrigado."

"Abraham e eu fomos à uma loja." Harry caminhou até eles. "Abraham, vá buscar o novo suéter de sua mãe."

Abraham deu a Louis outro beijo antes de correr para encontrar o suéter.

Louis se levantou e tirou primeiro o cachecol. Ele o entregou para Harry. "Ajudou muito, obrigado."

Harry o devolveu. "De nada, fique com ele."

Louis apertou o cachecol contra sua bochecha. "Mas é seu."

Harry inclinou a cabeça para o lado. "Você é parecido com Abraham." Ele agarrou o cachecol, pendurando-o. "Eu instalei o sistema de segurança e eu vou ensinar você a usá-lo." Ele ajudou Louis a remover seu casaco, pendurando-o também. "Nós compramos algo quente para você usar a partir de agora. Há também pizza se você quiser, eu acho que você está cansado.

Louis sorriu, de repente se sentindo mais cansado do que o habitual. "Obrigado, Harry." Ele se ajoelhou quando Abraham voltou carregando uma bolsa térmica. "Para mim, Abby?"

"Para mamãe!"

Louis o beijou. "Você é tão ativo, sweetheart." Ele acariciou o rosto do filho. "Obrigado, precioso."

Abraham segurou o braço de Louis, envolvendo-o em torno de seu corpo. Ele beijou os dedos de Louis e os balançou animado.

"Abraham, eu sei que você sentiu falta da sua mãe, mas deixe-o entrar e se sentar." Abraham não gostou da ideia, mas obedeceu. "Louis, vá tomar banho. Eu ficarei esperando"

Louis suspirou alegremente. "Obrigado, Harry."

-

Louis balançou Abraham levemente em seu colo, tomando cuidado para não acordá-lo. "Obrigado por cuidar tão bem dele, Harry."

Harry inclinou a cabeça, sentando em frente a Louis. "Claro, esse é o meu trabalho." Ele deixou o diário de lado. "Eu tenho algumas perguntas."

"Eu também." Louis sorriu. "Há tantas coisas que eu pretendia te contar, me desculpe."

"Não precisa." Harry apertou a caneta. "Diga-me."

Louis sentou-se. "Vamos lá." Ele acariciou o cabelo de Abraham gentilmente. "Apenas coisas sobre Abraham, suas emoções e seus pequenos ajustes -como ajudar."

"Ele é uma criança calma." Harry escreveu algo, Louis observou as marcas em sua mão. "Ele tem um cobertor."

"Oh, sim. Na verdade essa é uma das maneiras. -Ele precisou do cobertor hoje?"

"Não." Harry rabiscou algumas letras bem escritas. "Ele conseguiu por sua própria vontade. Ele o chamou de cobertor segurança. Seu filho não consegue pronunciar algumas palavras."

Louis riu, cobrindo a boca para não acordar Abby. "Harry." Louis tentou se acalmar. "Ele tem três anos."

"Eu entendo, eu estava apenas querendo saber a razão pela qual ele pronuncia 'seguro' de forma errada." Harry recostou-se. "Por que ele tem medo de pessoas -outras crianças?"

Louis segurou Abraham um pouco mais apertado. "Eu -Eu venho tentando ajudá-lo."

"Tem que a ver com o seu ex-marido?"

Louis congelou, os olhos queimando.

Harry abaixou o olhar. "Por que você ficou tenso, ele te machucou?"

Louis desviou o olhar, respirando. "Ele nos machucou." Ele mordeu o lábio. "Aquele homem é ruim -ele nos machucou –ele bateu no Abby."

A expressão de Harry não mudou. "Você tem uma marca de mordida no pescoço, você vai removê-la?"

Louis de repente sentiu-se triste. Harry era perfeito, perfeito para Abraham –e ele estava a ponto de perdê-lo por causa de um alfa abusivo e uma marca, marca essa que ele se arrepende de ter todos os dias.

"Sim."

"Por que permitiu que ele mordesse você?"

Louis apertou os dentes. "Fiquei cego por olhos azuis."

O verde de Harry é cortado suavemente. "Um erro comum com meias-raça."

Louis olhou para baixo, ferido pelas palavras ditas pelo alfa. Ele sentiu lágrimas correndo por suas bochechas. Seu queixo foi apanhado pela mão quente de Harry, Louis afastou o rosto, mas Harry o segurou.

"Um erro que não será cometido novamente." Harry limpou uma lágrima com o polegar. "Você aprendeu e isso se tornará algo bom, e aquele meio-sangue vai perceber o erro que cometeu tarde demais." Louis inclinou-se, inconscientemente, na mão grande e calejada de Harry. "Enquanto eu estiver aqui, ele não vai machucar o Abraham- e nem você - Eu prometo."

Louis fechou os olhos. "Você não é meu alfa -isso é desnecessário, Harry."

"Esse é o problema dos meia-raça." Harry disse e moveu sua mão para longe de Louis. "Hm... Eu não preciso ser seu alfa ou o pai dele para protegê-los. Qualquer lobo real nunca precisaria colocar as mãos em seu parceiro. "Ele deixou a mão no rosto de Louis, apertando-a ligeiramente. "Descanse, você está muito cansado."

"E-Eu trabalho num período curto amanhã - e depois eu vou à minha consulta." Louis continuou inclinando-se, mesmo quando Harry se distanciava. "Eu vou ensinar você -macarrão com queijo."

"Ok." Harry pegou a mão de Louis. "Venha, eu quero ver vocês dois na cama."

Louis embalou o filho. "Me desculpe, eu chorei."

"Como você pode pedir desculpas por suas emoções, Louis? Você pode detê-las?"

Louis negou, a exaustão já o atingindo. "Não."

"Então, o que há para se desculpar?" Harry o levou até a cama, agarrando Abraham e colocando-o debaixo das cobertas. "Durma, vou colocar o alarme na porta."

"Sim, obrigado." Louis esfregou os olhos. "Eu estou tão cansado, sinto muito."

Harry o ajudou a deitar, ajoelhando-se ao lado dele. "Eu sei que vai demorar, mas tenha em mente que eu não sou aquele homem. Não preciso de desculpas. Ninguém vai te machucar."

Louis assentiu. "Você -você tem feito tantas coisas por mim -para Abby -meu estado mental." Louis disse chorando ao mesmo tempo que sorria. "E foi apenas um dia -e tudo o que posso fazer é te ensinar como cozinhar, mesmo não tenho comida."

"Sh." Harry colocou uma mão sobre a cabeça de Louis. "Durma com a mente tranquila."

Os olhos de Louis se fecharam e ele sentiu algo como uma "atmosfera" absorvê-lo. O cheiro de Harry era tão forte, tão reconfortante, que Louis não conseguiria manter os olhos abertos até mesmo se tentasse.

"Eu estarei aqui pela manhã." Louis se encolheu quando Harry tirou a mão dele. "Durma bem."

-

Harry destrancou a porta de sua casa, fechando-a antes de desligar o alarme sonoro.

Ele colocou seus sapatos ao lado do pequeno tapete e logo depois retirou o casaco que usava.

O alfa balançou os ombros, suspirando pelo calor que sua casa emitia.

Harry ligou uma luz e agora a escuridão se tornava iluminada.

Ele atravessou a grande casa, indo primeiro direto para a cozinha. Ele sentou na mesa de uma lugar e puxou seu diário da mochila.

'Abraham'

Com medo devido ao abuso que sofreu -necessita de um ambiente calmo.
• Habilidades sociais ruins
• Ama a sua "mãe" -Louis
• Choraminga frequentemente -os sons são diferentes
• Usa um cobertor "segurança" -"cobertor seguro" é a pronúncia correta
• É possível que ele só saiba amarrar um sapato -o reforço positivo às vezes é necessário
• Gosta de quebra-cabeça e chocolate quente

'Louis'

Com medo devido ao abuso que sofreu -necessita de um ambiente calmo.
• Tímido -acanhado, forte
• Ama o 'Abby' -Abraham
• Cora frequentemente -é solitário
• Muito parecido com Abraham em relação a hábitos
• Geralmente ele fica/está cansado -provavelmente devido à falta de sono
• Gosta de rir de mim -eu sou "bobo"
• Está planejando em se mudar para o Alaska -onde eu nasci

Harry escreveu mais algumas notas e depois conferiu se estava tudo conforme queria. Ele colocou seu diário de volta na mochila, reunindo suas coisas para o dia seguinte.

Harry desligou a luz da cozinha e caminhou até o quarto dele. Era um enorme quarto, contendo uma grande quantidade de cobertores e edredons arrumados em uma pilha de roupas no meio da sala. Harry gastou mais de sete mil dólares em cobertores apenas para colocá-los no chão.

Harry tomou banho, ficando nu. Os músculos nas costas do alfa se partiram e ele mudou lentamente para sua forma de lobo. Ele sacudiu os cabelos e esticou as pernas.

Ele subiu ao monte confortável, afofando-o antes de se instalar no lugar. Harry bocejou, aconchegando-se no calor, fechando os olhos.

-

"Mestre." Um alfa curvou a cabeça quando Harry atravessou a barraca.

O alfa ficou na frente do criminoso de guerra, com a perna cruzada sobre o joelho. Harry piscou para o homem, dando-lhe mais uma chancr. "Retire a venda dos olhos."

Zayn, seu parceiro no comando, o fez.

Harry encarou o homem no período curto de tempo. "Para quais militares você trabalha?"

O homem não disse nada.

Harry abriu as pernas, inclinando-se para a frente, os cotovelos posicionados nos joelhos. "Para quais militares você trabalha?"

O homem não disse nada.

Harry parou, passando por ele até chegar a um baú de suprimentos.

"Meu nome é Harry Styles." Ele pegou um par de alicates. "Eu sou o líder do Setor Três, Wolf Baring." Harry percebeu o ombro do homem estremecer levemente. Ele voltou para a cadeira, chegando perto do homem espancado e limitado. "Vou perguntar pela última vez, para quais militares você trabalha?"

O homem engoliu a seco, sem falar nada.

Harry assentiu uma vez. "Meu nome é Harry Styles, eu sou o líder do Setor Três, Wolf Baring." Ele levantou um alicate, sinalizando Zayn para libertar os braços do homem. Como o outro alfa fez o que lhe foi dito, Harry abriu e fechou os alicates. "Eu também sou o líder do Setor de Tortura." O homem tombou a cabeça, tremendo. Harry girou o alicate em uma mão e sua boca ficando reta como em uma linha. "Já que você não quis responder, agora você estará em meus cuidados."

Zayn e o outro alfa seguraram as mãos trêmulas do homem.

"O primeiro método de tortura é chamado de denailing. Vou retirar suas unhas, uma a uma." Harry disse, "O segundo método é chamado de quebra ossos." Ele fez uma pausa. "Eu tenho certeza que você pode adivinhar sobre o que se trata." Harry agarrou a mão do homem mesmo quando ele a puxou para trás. "Vamos começar."

-

Capítulo traduzido pela Elstommo que a partir de agora vai me ajudar a traduzir os próximos capítulos também :)

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