Back For You

By thenglishrose

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A vida é cheia de tombos, aprendizados, vitórias, corações partidos e erros, mas talvez o erro seja o certo... More

Remembered
Going
Travel
London and Coffee
It's all right
Feel
Drink, pizza, stars and pub
Another City
New life, New York
You did it again
Beginning
Difference
Forever and the moment
Gift
Photograph
Wembley
Night Street
Are you going to be here tomorrow?
I fell in love next to you
Friends and the new man
Unearth
Yes, i love her
How would you feel If I told you I loved you
Stunning view
You came back to me part 2
When I'm away
You breath and i see the stars
My snowflake
AVISO IMPORTANTE!
Stay by my side
Maybe I'll get drunk, again
So tell me when it kicks in
And there's no chance that we'll work it out
Just wish you'd never gone for the man
I knew he had his eyes on you
Loving can mend your soul
The truth is I got jealous She was with you and my ex
Tell me that you turned down the man Who asked for your hand
All my senses come to life while I'm stumbling home as drunk as I
And maybe I don't wanna be lonely darling you are my only love
You don't hold me anymore
Everything changes but we'll be strangers?
You came back to me 3
I will not give you up this time
I need to get in the right mind and clear myself up
Should see the way she holds me when the lights go low
Stealing kisses in a front yard
Not Shrek 'Cause we've watched it 12 times
Singing to "Tiny Dancer"
We're in love, aren't we?
She shares my dreams
I hope that someday I'll share her home
I'm having your baby
Hallelujah You're home
Give a little time to me
You are in home
You drink as much as me, and i get drunk a lot
We push and pull like a magnet to
I live in a tour bus
When i see
My Future
It is with you
We'll get there
Back For You

You came back to me part 1

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By thenglishrose

Ed x on 2015

Ser apresentador foi algo que eu nunca imaginei que poderia fazer. Para alguém que é um pouco tímido como eu e nervoso ao ponto de gaguejar isso seria algo impossível, mas que eu consegui fazer.

Pela segunda vez esse ano apresentarei mais uma noite de prêmios, o famoso EMA, com nada mais nada menos de que com Rubi Rose. Essa mulher é demais, e eu não vejo a hora do grande dia chegar.

Com alguns disquetes para fazer, a produção do programa teve a ideia de filmar aqui em Framlingham.

As cenas feitas foram hilárias e eu não vejo a hora das pessoas verem, ficou muito bom.

Outra coisa boa além disso foi que já que estou aqui, vou aproveitar para passar um tempinho com os meus pais. Faz muito tempo que não venho para cá, e mesmo que seja poucos dias vou poder desfrutar.

Vi alguns amigos meus também como o Dan e o Zak. Saímos essa noite para beber e curtir esse tempo que tenho. Queria ter mais para ficar.

Confesso que estou quebrado, morto, o dia foi bem cansativo e corrido, foi divertido mas infelizmente não cobre tudo.

Exausto e sem "lugar para dormir", já que meu antigo quarto virou um deposito de coisas velhas, resolvi ficar no quarto de hóspedes e simplesmente me joguei na cama e dormi instantaneamente.

No dia seguinte acordei com o sol no meu rosto. O dia estava bonito, ensolarado, mais frio. Fui pego lembrando que era o clima preferido da Audrey... é ela não saiu da minha cabeça ainda.

Respirando fundo com o meu pensamento triste, me levantei e fui fazer as minhas higienes.

Vestindo: Jeans, moletom azul escuro e Air Jordan V.

Indo para a cozinha vejo minha mãe preparando o café. Na mesa havia cereal, torrada, café, leite, suco e geleia.

_ Bom dia mãe _ dei um beijo em seu rosto.
_ Bom dia filho.
_ Meu pai já saiu?
_ Ele foi ao supermercado _ em segundos ouvi uma voz.
_ Cheguei _ disse ele com algumas sacolas na mão.
_ Bom dia pai.
_ Bom dia Ed. Imogen, acho que deveríamos ir na casa dos Rossarti mais tarde.
_ Aconteceu alguma coisa? _ minha mãe pareceu preocupada.
_ Cumprimentei Greg enquanto ele saia da casa e perguntei se estava tudo bem e ele me disse que a Brit foi para o hospital ontem.
_ O meu deus, eu não soube de nada.
_ Foi algo inesperado ele disse. Não consegui muitos detalhes pois ele estava com pressa e eu não queria atrapalhar. Ele falou que ela vai ter alta agora de manhã.

O que será que ouve? Espero que nada de grave. Não poderia imaginar algo de ruim com a Brit, ela sempre é tão educada, e brincalhona comigo, eu vivi com ela, ela sempre foi a mãe mais legal dos meus amigos... espero que tudo esteja bem... que todos estejam bem.

_ Mas é claro que eu vou _ ela disse ainda impactada pela notícia dada. _ Vamos resolver as coisas no centro da cidade e depois vamos lá.
_ Tudo bem. Você vai junto com a gente filho?
_ Eu tenho que resolver algumas coisas também. Vou quando voltar. Não vou demorar _ mordi a torrada.
_ Ok.

Depois da notícia ruim da manhã fui para o centro para uma pequena reunião com o pessoal das filmagens, eles queriam ter a certeza de que tudo estava bom e pronto para o dia da premiação.

Na reunião eu pensava na Brit. Eu queria saber o que aconteceu com ela, se ela estava bem. Há muito tempo minha mãe e ela eram amigas e ela me viu crescer, acompanhou a minha vida, me viu brincando, tentando se tornar alguém, me apoiou na minha saída em busca do meu sonho, me apoiou com a sua filha e a aconselhou nos momentos em que Audrey desistia de mim... sem dúvida ela é importante para mim.

Com a reunião terminada, felizmente pude voltar para casa. Ao chegar não havia ninguém. Olhei no balcão da cozinha e vi um bilhete.

"Fomos nos Rossarti" - Mãe"

Ao saber onde estavam resolvi ir atrás. A casa que já era conhecida estava na minha frente. Subindo os degraus tive uma estranha sensação. Fazia muito tempo que eu não subia elas, o lugar era o mesmo mas eu me sentia diferente e nostálgico.

Toquei a companhia e esperei durante um momento. Ao ouvir o barulho do ferrolho e da maçaneta sendo aberta, me preparei para ver Noa abrindo a porta, talvez Greg ou até mesmo a Brit, mas tive uma surpresa maior. Eu nunca estaria preparado para isso. Nunca achei que seria aqui. Em milésimos de segundos meu coração disparou, minha respiração se ofegou e provavelmente o chão saiu dos meus pés. Foi muito rápido e inesperado, e a minha única reação foi dizer seu nome.

_ Audrey?! 

Audrey x on

_ Por hoje terminamos pessoal. Não se esqueçam de trazer os recortes _ disse enquanto apagava a lousa.

Os alunos iam arrumando suas mochilas e saindo para os corredores com o dia de escola concluído.

_ Sra. Rossarti _ me virei e vi Sophia, com o cabelo loiro cheio de cachinhos e uma tiara rosa com pedrinhas da mesma cor.
_ Sim Sophia, está com alguma dúvida?
_ Eu posso pegar as fotos de revistas também?
_ Pode, pode ser de revistas, jornais, livros e gibis. Desde que você pergunte para o seus pais se pode recortar e pedir a ajuda deles, tá.
_ Tá _ ela sorriu e foi em direção a porta.
_ Até segunda Sra. Rossarti _ acenou.
_ Até.

Recolhi os papéis e cadernos da minha mesa e fui na sala dos professores pegar o resto.

_ Tem planos para hoje Audrey? Eu e o pessoal estávamos pensando em sair _ perguntou Gabriela, uma das professoras.
_ Na verdade eu não sei. Queria ir jantar com o meu namorado mas não sei se ele vai estar livre.
_ Tudo bem. Se não der certo me ligue.
_ Ok.
_ Deixa eu ir_ ela pegou suas chaves e suas bolsa. _ Tenho que pegar minhas roupas na lavanderia.
_ Vai lá.
_ Até hoje talvez?
_ Até hoje talvez _ fiz um ar de riso e ela me acompanhou.

Terminando de guardar minhas coisas, vi que finalmente o final de semana tinha chegado. Eu estava exausta e precisava descansar um pouco.

No carro indo em direção a cafeteria que iria encontrar Simon eu estava com a mente sobre ele.

Eu não vi ele durante toda essa semana, na verdade, a última vez que nos vimos foi terça feira passada. Não quero parecer grudenta mas eu estou com saudades dele, mas ele está agindo de uma maneira estranha. Está quieto, não manda muitas mensagens e é sempre direto em suas conversas. O que será que está acontecendo? Será que ele está muito ocupado no trabalho? Está com algum problema ou quer terminar comigo? Seja o que for o que ele esteja passando eu quero saber pois isso não é o normal dele.

Do lado de fora do café, vi ele através do vidro. Como sempre jogando o cabelo de lado e tomando algo que tinha certeza que era um chá de erva doce com muito açúcar.

Entrei e aquele cheiro gostoso de café e cheescake de morango passou por mim. Simon olhou diretamente para porta ao ouvir o som do sino e deu um pequeno sorriso, enquanto me via ir até ele.

_ Oi _ dei um selinho nele.
_ Oi.
_ Eu pedi um cappuccino para você, tudo bem?
_ Sim _ sorri.
_ Que bom _ ele viajou por um momento olhando para a mesa, que parecia bem interessante.
_ Simon você está bem? _ ele me olhou um pouco assustado.
_ Eu?
_ Sim.
_ Estou.
_ Tem certeza?
_ Como assim?
_ Eu não sei você está diferente esses dias. Não me manda mensagens ou é sempre direto... está tubo bem mesmo? _ coloquei a minha mão sobre a dele que pareceu se assustar com o toque.
_ Me desculpe _ ele olhou longe. _ É que as coisas estão uma loucura no trabalho. Estamos quase terminando o nosso projeto e todos estão tensos com isso _ sorriu.
_ Entendi _ sorri.

Por mais que Simon fosse sempre sincero, eu não acreditei no que ele havia me dito. Ele estava tão distraído, como se estivesse procurando suas palavras no ar. Se for verdade ou não, eu tenho minhas dúvidas.

_ Seu cappuccino _ disse a garçonete colocando a bebida na mesa.
_ Obrigada.
_ E então como foi esses dias?
_ Cansativo para ser sincera _ tomei um gole do líquido quente. _ eu adoro crianças mas elas cansam. _ fiz um pequeno ar de riso e ele fez o mesmo.
_ Acho que por esse motivo não irei realizar o sonho da minha mãe de ter um time de beisebol _ ele riu.
_ Eu a... _ fui interrompida pelo meu celular que estava tocando. No visor apareceu o nome do Greg. _ Me desculpe. Se importa de eu atender, é o meu irmão.
_ Claro que não.
_ Alô Greg.
_ Audrey _ sua voz era estranha.
_ Aconteceu alguma coisa?
_ Ah na verdade sim, mas se acalme _ ao dizer se acalme eu já estava em desespero. _ Nós estamos no hospital. A mamãe desmaiou de repente e trouxemos ela para cá. Não sabemos o motivo ainda.
_ Ai meu deus Greg, eu estou indo para ai.
_ Não Dry, se acalme! Tenho quase certeza de que não foi nada grave. Eu te ligo para dar informa... _ o cortei em sua fala.
_ Não Greg, eu vou ir ai. Chego em algumas horas. _ ele respirou fundo. Sabia que não podia me parar.
_ Tudo bem.
_ Ok já estou indo _ desliguei o telefone e já estava de pé com a minha bolsa. Foi tudo tão rápido que havia me esquecido de que Simon estava ali.
_ Ei o que aconteceu? _ pegou no meu braço.
_ Minha mãe está no hospital. Eu tenho que ir _ no intuito de sair dali Simon me parou de novo.
_ Espere _ foi até o caixa e pagou as bebidas. _ Eu te acompanho.

Dirigindo o mais rápido que eu podia, fui cortando as ruas e avenidas. Eu estava em fraguilhos. Não poderia imaginar minha mãe doente em um hospital.

Meu irmão estava certo, eu poderia esperar para receber qualquer notícias que os médicos dessem mas eu não podia ficar parada aqui, esperando e imaginando o pior. Mesmo que for algo besta, sem muito impacto, eu quero estar ao lado dela. Eu já devia ter ido para lá, ido passar um final de semana pelo menos. Ela me pediu isso várias vezes, e agora eu estou indo, na pior das horas. De certa forma me senti culpada.

Abrindo a porta um pouco mais calma, com Simon me dando pensamentos positivos, sou recebida por Ian, que veio todo afetivo e eu o ignorei indo até o quarto preparar uma pequena mala.

Coloquei algumas roupas e artigos de higiene na mala que achei necessário e a fechei. Na minha gaveta peguei outros documentos que poderia precisar e despejei em minha bolsa.

Peguei uma calça jeans, um suéter cinza e roupas intimas e fui para um banho rápido.

Com tudo basicamente pronto, fui para a sala com a mala e minha bolsa. Simon estava no sofá com Ian me esperando.

_ Está tudo pronto.
_ Você quer que eu vá com você?
_ Não. Não precisa _ dei um pequeno sorriso.
_ Tem certeza? Eu não me importaria.
_ Tenho. Eu te ligo para dar notícias.
_ Quer que eu pelo menos fique com o Ian?
_ Isso eu gostaria _ ele sorriu. _ Vou pegar as coisas dele.

Fui até o cantinho do Ian onde ficava seus pratinhos e sua cobertinha e coloquei em uma sacola.

Agora estava tudo certo. Coloquei a mala no carro e me virei para se despedir de Simon e Ian.

_ Acho que está tudo certo _ respirei fundo.
_ Ei, se acalme _ Simon me abraçou. _ Vai dar tudo certo _ me olhou e me deu um sorriso que de alguma maneira me deu milissegundos de tranquilidade.
_ Espero.
_ Me ligue se qualquer coisa acontecer, ok?
_ Ok _ colocou uma mão em meu rosto e me beijou.

Após o beijo calmo ouço um ronronar. Ele estava na minha perna me acariciando e pedindo carinho.

_ Vem aqui garoto _ o peguei no colo. _ Logo, logo eu estou de volta _ fiz um cafuné em sua cabeça. Simon veio o pegar de mim.
_ Ele vai ficar bem.
_ Eu sei que vai.
_ Bom, agora eu vou.
_ Tá.
_ Obrigada Simon.
_ Não precisa _ sorriu.

Abri a porta do carro e entrei. Liguei o carro e já saindo do lugar onde estava estacionado, olhei para o retrovisor vi os dois e pensei, "espero retornar com boas notícias".

Na estrada eu não conseguia tirar a minha cabeça de todo o ocorrido. Ser uma pessoa nervosa e ansiosa dava nisso.

Tentei aliviar minha mente com música mais não funcionou muito. No intuito desses acontecimentos ficarem no fundo da minha cabeça e a música o substitui-los, foi ao contrário. Eu pensava em tudo e a música ficou de fundo, apenas tentando ocupar um silêncio inexistente de possibilidades ruins com a minha mãe.

No meio do caminho percebi que a bateria do meu celular tinha acabado. Ótimo. Eu não tinha trazido um carregador para carro.

Esquecendo um pouco do celular, foquei no caminho, e em quanto tempo eu chegava lá. Parecia que tudo estava em câmera lenta, que o tempo tinha parado. Mais algum agonizante tempo naquele carro, eu cheguei na cidade.

Voltando com o pensamento no celular, eu não tinha como ligar para o meu pai ou para qualquer um então resolvi seguir por intuição, ir ao hospital onde o nosso plano de saúde sempre nos mandava nos casos.

No estacionamento tentei avistar o carro do meu pai ou meu irmão mas não consegui.

Fui até a recepção para pegar informações.

_ Oi minha mãe está internada aqui, mas eu não sei em que ala ou sala ela está. Você poderia me informar?
_ Pode me dar algum documento?
_ Sim _ peguei a minha carteira e dei para ela a minha carteira de motorista.
_ Qual é o nome dela.
_ Britany Marie Rossarti _ ela pesquisou no computador e devolveu minha carteira.
_ Ela está no quarto 345, é no final desse corredor, do lado esquerdo.
_ Obrigada.

Firmei minha bolsa em meu ombro e fui para o corredor. Meu coração estava batendo depressa e minhas mãos soando. Eu pedia para que nada de ruim fosse, mas parte de mim imaginava o oposto, uma total desgraça.

De frente para o quarto eu fechei os olhos e respirei fundo. Era a minha última deixa para a incógnita que estava em mim durante essas últimas horas, e então eu abri a porta.

_ Mãe!
_ Oi filha _ disse ela sentada na cama, aparentemente ótima. Havia alguns aparelhos ligados a ela pelo pulso mas ela estava aparentemente saudável. Eu tinha duvidas e um certo alívio. Fui abraçá-la.
_ Mãe eu fiquei tão preocupada.
_ Greg me disse que te ligou e você mau o deixou explicar o que tinha acontecido.
_ Na minha opinião ele não sabe dar uma notícia ruim.
_ Ou você que é muito precipitada?
_ Também _ tive que concordar.
_ Mas é que eu só imaginei as piores coisas, sei lá. Foi tão inesperado e assustador para mim.
_ Acalme-se. Está tudo bem _ nisso a porta do quarto se abriu.
_ Boa noite senhora Rossarti _ disse o médico.
_ Boa noite _ dissemos em uníssono.
_ Vejo que está com uma nova visita.
_ Essa é a minha filha, Audrey.
_ Um prazer conhecê-la _ disse o homem alto e magro.
_ Igualmente.
_ Bom vim aqui para dizer que a senhora terá alta apenas amanhã de manhã, por precaução e se tudo estiver bem... _ ele sorriu.
_ Tudo bem.
_ Então doutor o que ouve com ela?
_ Sua mãe é uma mulher ativa pelo o que eu fiquei sabendo, e isso foi o que a trouxe até aqui. Stress, cansaço, a correria do dia-dia. Sem uma pausa para relaxar tanto a mente quanto o corpo é perigoso, e foi o que aconteceu. Muita coisa se acumulou e ela "explodiu" _ fez as aspas com os dedos.
_ Realmente eu acho que ela trabalha muito.
_ Mas querida nós estamos avançando nos negócios.
_ Eu sei mãe, isso é bom mas descansar também é importante. Você sempre quer resolver tudo, e fazer tudo de uma vez.
_ Acho que tomei uma bronca _ ela sorriu e eu e o médico fizemos o mesmo.
_ Sua filha tem razão, você precisa se acalmar e não adquirir problemas.
_ Vou me reavaliar, não se preocupem.
_ Que bom. Se me dão licença preciso atender outro paciente _ ele acenou a cabeça e foi para a porta. _ Aliás vou exigir uma coisa sua Britany _ minha mãe o olhou atenda. _ após o jantar que já será servido quero que durma, que descanse ok, esse é o remédio _ ele tinha um olhar divertido mas logo não pude ver mais por ter saído do quarto.

Com a cabeça mais tranquila com o verdadeiro motivo de todo o meu desespero ser revelado, aproveitei para passar o meu tempo ali com ela.

Enquanto ela jantava conversamos sobre muitas coisas. Foi um alívio estar ali podendo falar com ela e rindo, ao contrario do que eu pensei que fosse. Foi um grande susto, mas estou mais do que feliz pois sei que ainda terei muito tempo para passar ao lado dela.

Com o meu celular um pouco carregado e o meu pai fazendo companhia para ela, liguei para Simon para notificá-lo de tudo.


_ Alô.
_ Audrey, oi está tudo bem com ela?
_ Sim, está.
_ O que aconteceu?
_ Basicamente muito cansaço e stress. Ela vai ficar bem.
_ Que bom.
_ Aliás, queria saber se você pode ficar com o Ian até domingo. Queria passar esse final de semana com ela.
_ Sem problemas Audrey. Não se preocupe.
_ Obrigada Simon, eu nem sei como te agradecer.
_ Não precisa. Aproveite os seus dias com a sua mãe. Foi um grande susto. Você merece ficar um tempo com ela.
_ Tudo bem. Bom eu tenho que ir, vou ficar com ela aqui hoje e meu pai já está indo embora.
_ Tá.
_ Obrigada Simon.
_ Audrey...
_ Vou parar _ ri. Boa noite.
_ Boa noite.

Desliguei e voltei para o quarto. Ao entrar vi que ela já estava dormindo, então resolvi deixá-la descansar.

_ Audrey eu vou indo, se precisar de alguma coisa é só ligar.
_ Ok pai _ o abracei e ele foi embora.

O único som no quarto era o da tv, ainda bem baixinho. Estava acolhedor. Um filme bom estava passando e eu resolvi me aconchegar na poltrona e em uma coberta que tinha ali.

Olhei para Brit e ela parecia estar bem. Ela precisava disso. Minha mãe sempre foi uma mulher corajosa e de atitude mas as vezes isso a prejudica. Ela se estressa por coisas que não devia e muito menos que não é dela. É muito impulsiva e não organiza os seus horários. Espero que depois de tudo isso ela cuide mais de si. Ela não precisa passar por tudo isso.

Ainda estou com a mente em toda a correria que o dia foi. Aulas, crianças correndo, Simon estranho, minha mãe, preocupação e nervosismo. Tanta coisa para apenas um dia. Eu estava exausta, não só com o dia mas com a semana corrida também, e sem que eu esperasse o sono me atingiu, e me derrubou de vez.

_ Ei dorminhoca _ ouvi alguém falando. _ Ei _ abri os olhos lentamente.
_ Oi mãe, bom dia _ me espreguicei.
_ Bom dia filha, já estou de alta, seu irmão está me trazendo roupas.
_ Ata _ me levantei _ acho que vou comprar um café você quer um?
_ Não, eles me trouxeram enquanto você dormia.
_ Tudo bem eu vou lá _ peguei a minha bolsa e fui até a pequena lanchonete que ficava do outro lado do hospital.

Eu estava morta. Aquela poltrona em vez de me confortar me deu mais cansaço ainda. O meu corpo todo estava dolorido, como se alguém tivesse passado por cima de mim. Sem via das dúvidas eu estava pior que ontem.

Caminhando até o café percebi que o dia estava lindo, do jeito que eu gosto, frio e ensolarado, um ótimo dia para andar pela cidade, que já estava com um pouquinho de saudade.

Com o café já nas mão ainda observando o dia que estava, ouço uma voz conhecida de longe.

_ Audrey! _ era Greg _ Vamos.

O olhei e fui até a sua direção para enfim terminar essa turbulência que ocorreu.

Em casa meu pai havia feito um belo café da manhã. Eu devorei algumas torradas e cereal, não tinha comido nada durante a noite mas além de fome eu pensava em outra coisa, dormir.

Eu estava morta. Eu queria uma cama bem quentinha, com um lugar com pouca luz e calmo, tudo o que eu tinha direito para repor as minhas energias.

Depois do café eu subi para o meu antigo quarto. Minha mãe ainda o mantinha intacto de certa forma. Ao entrar me deu uma nostalgia e um pequeno sorriso, ao lembrar dos meus momentos ali. A cama também era a mesma, com alguns bichinhos de pelúcia que deixei e o meu antigo travesseiro de penas. Era tudo o que eu queria.

Fechei as cortinas, tirei o meu tênis, abri as cobertas que estavam ali e me confortei no meu delicioso travesseiro. Era como estar deitada em uma nuvem. Sem esforço algum eu fechei os olhos e levemente dormi. Um sono digno, em um lugar digno, após toda a correria. Eu precisava renovar a minha mente e meu corpo. Ao acordar tudo estaria bem.

Com alguns raios de sol que aparentavam ser da tarde entrando pelas brechas da cortina, percebi que estava nova em folha.

Me espreguicei e chequei, meu corpo não doía mais. Eu tinha certeza que era disso que eu precisava... e também de um banho.

Abri a minha mala e peguei um jeans, um moletom vermelho, roupas intimas e fui para o banheiro.

No caminho o telefone começou a tocar. Fui correndo atender e era a Sra. Hale, uma antiga amiga da minha mãe, dizendo que passaria aqui para visitá-la. Lembrada que não a vi pela casa fui a procura dela. Ao checar em tudo e não encontrar, olhei no quarto e lá estava ela dormindo. Provavelmente a cama do hospital também não fez bem para ela. Fechei a porta silenciosamente e fui para o meu banho.

Ao sair guardei as minhas roupas na mala e ouvi vozes conhecidas vindas do quintal. Aparentemente eram de Imogen e John. Minha intuição era de que eles vieram para ver a minha mãe também.

Com visitas especiais, como eles eram, desci para fazer um chá. Coloquei o bule e todas as xícaras em uma bandeja prateada e alguns cookies comprados, diferentes do de Imogen.

Tudo estava pronto para servir e eu ouvi a companhia tocar. Era a Sra. Hale que ligou agora mais cedo.

Fui até a porta, tirei os dois ferrolhos e girei a maçaneta. Ainda me perguntava o por que de dois ferrolhos.

_ Olá Sra. H....

Meu coração parou. Eu senti que parou. Tudo em mim parou. Aquilo não podia ser real, ele não podia estar aqui, não na minha frente, não quando tudo parecia estar certo na minha vida... não agora.

_ Audrey?!
_ Edward?!

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