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Adam Hennig
Acordo com Elena se mexendo bruscamente na cama e exprimindo gemidos de angústia. Levanto e ascendo o castiçal na mesinha ao lado da cama.
— Elena, acorde! Vamos, acorde! — chacoalho seus ombros, mas ela não responde. Pego em sua testa e a mesma está ardendo em febre e coberta por suor. — Elena, acorde! Elena!
Elena levanta-se abruptamente, muito assustada. Ela parece confusa e com medo.
— Adam... o que houve? — pergunta recompondo-se.
— Não sei direito. Você estava se mexendo muito, soando e ardendo em febre. — informo-a. — Você quem deve me dizer o que houve! Teve um pesadelo?
Ela para por um instante encarando suas pernas cobertas pelo edredom.
— Eu... eu não sei direito. — ela parece atordoada. — Eu vi uma mulher... ela estava tendo um bebê e seu pai tentava distrai-la da dor que surgia em seu corpo, logo o bebê nasce e começa a chover e, os trovões vem acompanhados de raios no céu, depois eu me vejo a beira de um precipício e caio no mesmo.
O sonho de Elena não parece muito normal, qual o sentido desse sonho? Será alguma lembrança, ou seu cérebro simplesmente fantasiou isso?
— Calma Elena! — sento perto dela e a envolvo em meus braços beijando o topo da sua cabeça. — Foi só um pesadelo. Eu estou aqui, nada vai te acontecer.
Elena apoia sua cabeça em meu peito e suspira pesadamente. Eu a amo, sei que a amo. Tenho que protege-la, não posso deixar nada de mau acontecer com ela.
— Eu estou com medo, Adam. — sinto uma lagrima descer de seus olhos e molhar meu peito nu. — Foi tão real. O choro do bebê, os gritos da jovem deitada naquela cama, eu sentia a angústia da pobre criança.
— Não, não, não chora meu amor. — tomo seu rosto em minhas mãos e limpo suas lagrimas com o polegar. — Não fica com medo, eu estou aqui e vou te proteger sempre. Nada de ruim vai te acontecer.
Seus olhos estão fixos nos meus, eles estão molhados e vermelhos. Me angústia vê-la desta forma, meu peito se comprime.
— Do que me chamou? — ela pergunta com o resquício de um sorriso em seus lábios.
— De... de meu a-amor. — repito um tanto envergonhado. — Me-me descul...
— Não. — ela me interrompe. — Não peça desculpa, por favor! Sou sua esposa, eu gostei de ouvir, gostei muito.
— Isto significa que também me amas? — pergunto com certo receio da resposta.
— Sim. — ela confirma o que meu coração de algum modo já sabia. Tudo que consigo fazer é segurar seu rosto e beija-la, um beijo cheio de sentimentos e felicidade.
Depois de algum tempo nos beijando, tentamos dormir novamente. Elena se acomoda em meus braços e logo adormece.
•••
Acordo e não vejo Elena na cama, vou para o banheiro e faço minha higiene matinal. Visto meu traje real e desço para o jardim. Avisto meus pais e Elena conversando.
— Bom dia! — cumprimento todos assim que me aproximo. Beijo rapidamente os lábios de Elena e a vejo corar.
— Meu filho, pareces mais feliz. — meu pai afirma enquanto leva sua xícara até a boca. — O que houve?
— O Destino resolveu presentear-me com um sentimento nobre. O amor. — dito isto seguro a mão de Elena que está sobre sua coxa.
— Que lindo, meu filho! — minha mãe diz com seus olhos verdes brilhando. — Espero que me deem um neto logo, então!
Vejo Elena arregalar os olhos e ficar vermelha. Eu nunca falei sobre isto com Elena. Ela quer filhos? Se vê sendo mãe? Espero que sim, pois, não seria nada mau ter algumas crianças correndo pelo palácio. Por sermos da realeza é nossa obrigação ter herdeiros.
— Adam e eu ainda não conversamos sobre isto. — Elena me olha sutilmente.
— Pois deviam conversar, este é um assunto muito importante para um casal. Mais ainda para um casal da realeza. — meu pai pronuncia-se.
— Logo vocês terão um neto, não se preocupem. — digo.
— Meu filho precisas ir até a Floresta Encantada hoje, após o almoço. Mary disse que tentaram roubar a pedra do Outono e da Primavera, não podemos deixar. — diz meu pai. — Precisarei ir até a parte mais pobre de Paládia levar alguns cobertores e agasalhos, então não poderei ir na Floresta contigo. Leve um número considerável de guardas e tome bastante cuidado.
— Claro, pai! Não o decepcionarei.
Terminamos nossa refeição e Elena e eu fomos dar uma volta pelo jardim.
— Então, vai contar o que te deixou tão preocupado quando voltaste da Floresta Encantada? — Elena vai direto ao ponto.
— Claro! Vamos sentar ali! — seguro sua cintura e guio-a até a mesa cercada pelas cristais-da-noite.
— Pode começar! — diz ao sentar-se.
— Bom, vou começar pedindo-lhe desculpas. — Elena me olha confusa. — Alizon realmente existe e, realmente é má. Nunca pensei que pudesse existir um ser mágico que fosse malvado, mas vejo que me enganei. Descobri também que Alizon quer o livro de feitiços para encontrar o cetro de Medellín, este cetro possuí poderes iguais aos do Destino, foi criado pelo próprio. — suspiro antes de continuar e observo o rosto de Elena, vejo que ela tenta assimilar tudo que estou dizendo. — O Destino escondeu este cetro em um lugar onde apenas ele sabe e o deixou oculto. Uma pedra foi roubada por Alizon, a pedra do Invisível, ela revela o que está invisível e oculta o que está visível.
Elena mantém-se em silêncio por alguns segundos.
— Nossa! — ela diz mantendo seu olhar fixo na mesa de madeira. — É muita coisa para compreender.
—Eu sei. Para mim também foi difícil.
— Mas, por que Alizon quer fazer isto? — ela ergue seu olhar em minha direção.
— A fada Mary contou que o Destino criou uma regra aonde diz que seres mágicos não podem ter relacionamentos amorosos com seres humanos. O pai de Alizon teve um caso com uma fada da Floresta e logo ela engravidou, por causa da lei eles não puderam se casar e criar sua filha juntos. O pai de Alizon morreu, talvez ela queira vinga-lo, ou concluir seu plano. Ele pretendia tomar a força o domínio da Floresta Encantada e tirar os poderes do Destino com o cetro de Medellín.
— Se ela já tem está pedra por que ainda não encontrou o cetro? E para que ela precisa do Oráculun se o cetro já comporta magia suficiente? — Elena parecia pensativa e absorta em seus pensamentos.
— Elena, eu sinceramente não sei.
•••
— Pietro, reúna os guardas e me encontrem na carruagem! Esperarei por vocês lá!
Quando estava me direcionando até a saída do castelo escuto Elena gritando meu nome.
— Irei contigo! — diz apoiando as mãos na cintura e recuperando o fôlego.
— Não, não vai. — minha voz sai firme.
— O QUÊ? — Elena berra indignada. — Olha aqui Adam, eu sou sua esposa e futura rainha de Paládia tenho todo o direito de lhe acompanhar nesta ida até a Floresta.
— Elena não sejas cabeça dura! — lhe suplico. — É perigoso. Não quero que nada te aconteça.
— Adam, por favor! Me deixe ir, me sentirei mais útil lhe acompanhando do que se ficar aqui neste castelo. — sua voz sai manhosa. Seja forte Adam, não caía em seus encantos. — Meu amor, eu prometo ficar fora de perigo.
Dito isto Elena beija meus lábios delicadamente. Lá se foi todo o meu autocontrole.
— Está bem, vamos!
Elena sorrir vitoriosa e nós seguimos para a carruagem. Pietro estava a minha espera juntamente com outros sete guardas reais. Elena e eu entramos na carruagem, os guardas vieram em outras duas carruagens atrás da nossa.
A carruagem para na entrada da Floresta e todos nós descemos, os guardas dividiram-se em quatro grupos cobrindo a nossa frete e as nossas costas. A fada Mary já estava ciente de que iríamos até a Floresta pegar as duas pedras então seguimos caminho até pararmos enfrente a um enorme portão de bronze com o nome Outono em uma placa de madeira enorme. Entramos e logo vimos uma fada a nossa espera.
— Sejam bem-vindos! — ela nos saúda e faz reverência. — A fada Mary avisou-me que virias alteza. Venham por aqui!
— Qual seu nome? — pergunto enquanto à seguimos.
— Fey! Sou a guardiã do bosque de Outono.
— Hum! Certo!
— Adam este lugar é lindo. — Elena sussurra.
— É sim.
— Não, não pode ser! — Fey diz desesperada e voou o mais rápido que pôde.
Sigo-a com os olhos e vejo dois corpos jogados no chão. Corremos até eles e um dos homens-pardais abre os olhos vagarosamente.
— A-alizon... — é tudo que ele diz antes de desmaiar novamente.
— Alizon está um passo a nossa frente. Ela vai chegar a última pedra primeiro. — Elena diz exalando sua angústia.
— Calma Elena, vamos acha-la. — tento passar tranquilidade para ela, mas estou tão preocupado quanto ela. — Precisamos ir até o bosque da Primavera, por onde vamos? — pergunto a Fey.
— Siga direto, quando chegar à árvore de folhas douradas ache uma pedra azul no chão e coloque-a no centro do tronco. — ela diz passando a mão sobre os homens-pardais, como se estivesse curando-os.
Seguimos correndo e Elena tira seus sapatos para correr melhor.
— Vejam, é a árvore! — Pietro diz aproximando-se da enorme árvore de folhas douradas.
— Aqui está majestade! — um dos guardas estende-me uma pedrinha azul. Aproximo-me da árvore e coloco a pedra em um pequeno buraco no centro do tronco.
O meio da árvore se abre dando-nos passagem. Entramos e como num passe de mágica aparecemos em um lugar onde posso ver um lago enorme com algumas pedras, lindas árvores e muitas, muitas flores.
Elena Hughes
— SOCORRO! — uma voz feminina grita desesperadamente.
Adam, os guardas e eu corremos em direção a voz que grita por ajuda e encontramos um homem-pardal enforcando uma fada.
— Largue-a! — Pietro ordena com a voz firme puxando sua espada da bainha, o que a faz tilintar.
O homem de roupas escuras solta a fada no chão, que cai desacordada. Ele vira-se em nossa direção e abre um sorriso enorme e diabólico, sua expressão é sombria e seus olhos estão... vermelhos, com as pupilas totalmente dilatadas. Ele anda vagarosamente em nossa direção o que me causa um arrepio. Os guardas empunham suas espadas juntamente com Adam.
— Elena corre! — Adam diz exalando medo e o homem corre em direção a eles. Adam me olha e me vê estagnada no mesmo lugar. — ANDA ELENA, CORRE! AGORA!
Levo um susto com o aumento de sua voz e corro, corro muito, corro o mais rápido que posso.
Olá queridos(a)!
Então, o que acharam do capítulo de hoje?
O que estão achando da história?
Que aflição, não? O que será que irá acontecer na Floresta Encantada, hein?
Até mais! Xoxo 💋
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