How to save a life ~ ABO ~ l.s

By lourrystt

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Amelia e Louis tiveram uma ligação instantânea, imediata. Ninguém saberia dizer porque, mas, o que importava... More

Meet Amelia
It feels like fate
Taking care of you
Home
The A Team
The Magic Song
Brotherhood
The death of the past and a new life
The Solution
Trip routine
Jealous
First touch, first kiss
Meet Baby Bear
Only Angel
Date night
Naked
Intensity
Heaven
The One
Changing
Arlo
Meet Richard Alexander Payne
Soulbond
Falling apart
Protection
He's gone
Finding Louis
Pain
Strong
Family love
Epílogo: Meet Violet, Aaron and Morgan
Agradecimentos, notas e rasgação de seda

For I can't help falling in love with you

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By lourrystt

N/A

Primeiro de tudo, me perdoem pela demora, eu to estudando pra uma prova muito importante e acabo sem tempo pra escrever, mas, não vou abandonar htsal ok? O que vai acontecer é que eu, provavelmente, vou postar uma vez por mês durante algum tempo (que é o que já ta acontecendo e pans), não me abandonem, mamãe ama vocês.

Segundo, situando vocês no tempo e no espaço, os acontecimentos do capítulo passado duraram um dia inteiro e tudo na casa da Anne e do Robin. Esse capítulo já começa no final da tarde, comecinho da noite, do mesmo dia, ok? Parem de zuar o pobre do Louis, ele escovou os dentes sim pra beijar o Harry, NÃO ESTRAGA OS MOMENTO FOFO GENTE. WHY ARE YOU LIKE THIS?

Terceiro, olha esse título, parece o título de uma música do Panic! At the disco, porém, é o verso de uma música do Elvis. Vocês sabiam que é uma das músicas preferidas do Harry? Sabiam, se não sabiam, tudo poser. Mentira, se não sabiam é porque não leram a Another Man, aquele HINO de revista, entrevista e photoshoot, venero demais meu filho.

Quarto, to avisando com antecedência que é pra não ter corações partidos sem aviso, aproveitem esse amorzinho todo enquanto podem, guardem no coração com muito carinho, pois não vai durar meus nenê. AND IT'D BE NICE OF ME TO TAKE IT EASY ON YA BUT NAAAAAAAH BABY I'M SORRY I'M NOT SORRY.

WARNING vai ter putaria, vai ter coisa fofa, vai ter mais putaria e mais coisa fofa.

Enjoy <3

***

- Lou, eu marquei os exames pra você fazer aqui, no caso, amanhã mesmo, porque eu quero ir com você... - Harry comentou de dentro do banheiro, provavelmente estava escovando os dentes. - Tem algum problema?

- Não... Não... Tudo bem... - o ômega estava sentado na cama, tamborilando os dedos sobre os joelhos.

- Eu acho que você vai gostar do lugar que eu vou te levar... - o cacheado surgiu secando o rosto e sorrindo - Hoje... - , deixou a toalha sobre a pia do banheiro e se aproximou da cama, curvando-se sobre o ômega, beijou-lhe os lábios rapidamente - Daqui a pouco... - Louis sorriu, erguendo os braços, envolvendo o pescoço do alfa, mantendo o contato e aprofundando o beijo.

Dividir o mesmo quarto com Harry era tão estranho. Tinha algo a ver com acostumar-se às novas circunstâncias, Louis não sabia bem como agir, tudo piorava consideravelmente levando em conta a total incapacidade do alfa de se manter vestido quando estavam entre quatro paredes. O ômega suspirou pesadamente, sentindo a pele quente sob seus dedos, a única peça que o cacheado vestia - um jeans skinny - estava com zíper e botão abertos.

Não era de se estranhar que um ômega grávido, vivendo uma montanha russa hormonal, tivesse problemas para lidar com aquele nível de intimidade. As horas que antecederam o programa de casal, como Harry gostava de chamar, foram no mínimo torturantes para Louis. Se você prestar atenção, consegue ouvir os estalos dos lábios cheinhos e sedentos na pele morena e cheirosa do pequeno.

- Harry... - o de olhos azuis arfou cansado.

Styles ainda tinha a imagem vívida do ômega completamente sem roupas em seu colo, e, por mais que, metaforicamente falando, aquele ato tenha sido o que se conhece como "divisor de águas" da relação, naquele momento, não era bem nisso que ele pensava. Só queria deixá-lo como veio ao mundo de novo, e dessa vez, não era só um abraço que ele desejava.

Por isso mesmo não dava descanso ao pobre ômega, que, entregue, deixava que ele fizesse o que bem entendesse com seu corpo, mesmo porque, era exatamente o que ele também queria. Harry não precisava de muito esforço para deixá-lo de pernas bambas, mas, o recente "sim" ao pedido de namoro deixara o alfa com vontade de se esforçar e Louis ainda mais propenso a ceder aos encantos do cacheado.

Com uma das pernas entre as de Louis, Harry ergueu a coxa dele, pressionando as pontas dos dedos, fazendo com que a sensação ultrapassasse o grosso tecido do jeans que ele usava. Os lábios, dentes e língua do alfa trabalhavam com fervor no pescoço do ômega, criando uma trilha de suaves vergões vermelhos que desapareceriam assim que os carinhos cessassem. Sentiu o corpo pequeno se mover um pouco, Tomlinson começara a movimentar o quadril discretamente buscando algum tipo de fricção que aliviasse a tensão no meio de suas pernas.

Styles sorriu, pressionando-se ainda mais contra o corpo do ômega, deixando que ele encontrasse o consolo que procurava. Louis mal podia pensar, os olhos fechados, os dedos mergulhados nos cachos do alfa, gemidos finos e ofegos discretos escapavam dos seus lábios, estavam se contendo há tanto tempo que ambos temiam o que poderia acontecer caso liberassem toda a excitação sexual que estava trancafiada em seus corpos.

- Eu adoraria terminar isso, acredito que esteja bem óbvio... - Harry pressionou o quadril contra o de Louis, fazendo-o sentir o tamanho da sua excitação - Mas, a gente vai acabar se atrasando e eu ainda quero sair com você... - prendeu o lábio do ômega entre os dentes e soltou a perna do rapaz, que caiu sem forças sobre o colchão - Prometo resolver isso quando a gente chegar! - com a mão livre, segurou o membro duro de Louis, que gemeu baixinho.

O ômega estremeceu ao sentir o contato tão íntimo, não escondendo um muxoxo de desaprovação quando o peso do corpo de Harry saiu de cima do seu. Ainda estava com os olhos fechados, não queria abri-los e encarar o cacheado, aquela situação era embaraçosa demais. Havia ficado tão excitado que a boxer estava úmida e incomodava como o inferno.

- Me desculpe, babe... - Harry choramingou, o corpo de Louis estava tão convidativo, talvez, se ele fosse rápido eles pudessem...

- Papai? Lou? Eu posso entrar? - a voz de Amelia encheu o quarto, fazendo os dois sobressaltarem-se em seus lugares.

Louis sentou-se imediatamente na cama, puxando alguns travesseiros para seu colo enquanto o alfa partiu para o banheiro, sinalizando para que ele deixasse o filhote entrar. O que não precisou ser feito, já que antes mesmo de ele abrir a boca, Amelia já havia aberto a porta e entrado sem nenhuma cerimônia, Harry só teve tempo de fechar a porta do banheiro com um baque.

- O que vocês tão fazendo aqui? Por que tão demorando tanto? - a menina subiu no colchão com alguma dificuldade, sentando-se ao lado de Louis.

- A gente só estava... - ele limpou a garganta - Conversando...

- Sobre o que? Espero que não seja sobre filhotes... Eu vou ficar muito brava se for sobre filhotes. Já falei ao papai que tem muitos filhotes na nossa família. - Louis achou graça do bico emburrado da garota.

- Não, nós não estávamos falando nada sobre filhotes!

- Então, agora que vocês namoram, vocês vão ficar trancados no quarto o tempo todo? - Amelia cruzou os braços e encarou o pai, que havia acabado de sair do banheiro.

- Se fosse possível... - o alfa comentou baixinho ganhando um olhar de desaprovação de Louis e um confuso do filhote, que não ouviu muito bem o que ele disse. Deu uma piscadela para o ômega antes de se aproximar da garotinha e pega-la no colo. - Vem, vamos descer , o Lou precisa se trocar.

- Quero meu jantar... Quero que você me dê o jantar papai... - choramingou dengosa, escondendo o rosto no pescoço do pai, escondendo os dedos sob os cachos soltos.

Os dois desceram juntos em direção à cozinha, enquanto Louis usava todo tempo do mundo para acalmar os hormônios ensandecidos dentro do próprio corpo. Demorou bastante no banho, suficiente para admirar as próprias curvas acentuando-se, o quadril cada vez mais avantajado e as coxas ainda mais grossas. Sua barriga começava a dar tímidos sinais de que apareceria em breve. Acariciou o local com as pontas dos dedos e sorriu para si mesmo.

Seu desejo interno de ser acolhido e protegido, finalmente, havia sido atendido. Seu filhote cresceria num ambiente cheio de amor e ele não poderia escolher pai melhor do que Harry. Depois de tantos anos seguindo ladeira abaixo, as coisas começavam a se acertar para ele. Louis mal podia acreditar. O rapaz terminava de se vestir quando ouviu duas batidinhas suaves na porta, ergueu os olhos dando de cara com Anne, que havia acabado de entrar.

- Hey Sra. Styles... - piscou algumas vezes, ainda um pouco envergonhado.

- Hey Lou, como você está? - a ômega deu alguns passos, aproximando-se do rapaz. - O Robin me disse que você não passou bem durante a manhã...

- Uh... Estou bem, eu acho... - Louis notou que ela trazia um pequeno embrulho nas mãos.

- Que bom doce... - ela levou alguns minutos em silêncio, como se procurasse as palavras certas - Você e o Harry vão sair hoje a noite de novo?

- É, mas, isso é ideia dele... Nós podemos ficar e...

- Não, claro que não, eu fico feliz que por vocês estarem se acertando, de verdade. Eu trouxe um presente pra você...

- Um presente?

- Sim... - a ômega abriu o embrulho, exibindo um relógio do tipo que Louis só via nos pulsos dos clientes. - Pra você usar hoje a noite... - Louis cobriu o pulso, um tanto desconfortável com aquela ação repentina.

- Não precisava se incomodar...

- Não é incômodo querido, você é um rapaz tão bonito, eu só achei que... Você combinaria com algo assim, aceite, por favor...

Completamente sem graça e chocado, Louis não teve muito o que fazer, apenas ergueu o braço para que ela colocasse o relógio em seu pulso. A ômega fez um suave carinho na palma da mão dele e, provavelmente notou o quanto elas eram ásperas, ela exibiu um olhar carinhoso, dando leves batidinhas na mão do rapaz.

Louis encarou o "adorno" em seu braço, era um relógio bonito e uma marca caríssima, mas, que não tinha nada a ver com ele ou com as roupas que ele estava usando, percebendo o desconforto do rapaz, Anne pareceu ter alguma ideia, porque seu rosto se iluminou num sorriso largo, fazendo o ômega piscar os olhos de modo confuso.

- Vem comigo um instante Lou...

Sem dar tempo de o rapaz responder, ela puxou-o pela mão, levando-o para o seu quarto. Uma vez dentro do cômodo, Anne começou a procurar dentro do próprio closet por algo que Louis não sabia dizer o que era. O rapaz olhava para tudo de modo apreensivo, desconfortável com aquela situação toda. Alguns minutos depois, ela surgiu novamente em seu campo de visão com duas peças de roupas em mãos.

- Eu acho que elas podem servir em você, por que não experimenta? - ergueu as mãos oferecendo as peças para que ele pegasse.

- Mas... Tem algo... Errado com as minhas roupas?

- Não, meu bem, claro que não... - ela arregalou os olhos escondendo os braços e as peças de roupa - Eu só... É que você não parecia... Foi uma péssima ideia me desculpe... Você está perfeito!

- Não! Tudo bem... Eu só... Quer dizer, a senhora acha que pode ficar melhor...? - o rosto de Anne voltou a se iluminar e ela assentiu animada, Louis aceitou as peças e trocou de roupa.

Olhou-se no espelho pela milésima vez e ainda não se reconhecia, Anne havia arrumado seus fios castanhos e rebeldes num topete perfeitamente alto. Não havia um fio fora do lugar, ela também o havia aconselhado a fazer a barba e seu rosto estava totalmente liso. O jeans escolhido era escuro, mas, apesar de ser um modelo skinny, era um pouco mais largo do que o que ele estava acostumado a usar e a camisa de manga longa possuía gola alta. Somente o par de vans pretos em seus pés pertencia a ele.

- Você está lindo, doce. - a ômega disse logo atrás dele, passando as mãos cuidadosamente sobre os braços cobertos.

- Obrigado... - Louis pareceu reticente e ela pareceu não se importar, estava maravilhada demais com a própria criação.

Tomlinson ficou tentado à perguntar de quem eram aquelas roupas, mas, guardou para si mesmo, ela só queria ajudar. Sorriu e agradeceu novamente, erguendo as mangas da camisa até os cotovelos como Anne havia aconselhado que ele fizesse, desceu as escadas e encontrou o alfa na sala, sentado no tapete enquanto brincava com Thomas e Amelia.

Harry sentiu o conhecido perfume no ar e ergueu os olhos, mas, juntou as sobrancelhas assim que encarou Louis: o rapaz parecia uma cópia de Alex. Assustou-se com a imagem repentina do falecido marido e aquilo estranhamente o incomodou, somente voltou a prestar atenção à sua volta quando ouviu Amelia dizer que o ômega estava lindo.

- Você está pronto? - Louis perguntou inseguro.

- Claro... Eu vou só... Chamar a Gemma... - sorriu sem graça passando pelo ômega e sumiu no andar de cima.

Louis permaneceu onde estava, se pudesse desaparecer naquele exato momento, desapareceria. Minutos depois, Gemma e Harry e desceram cochichando e ela teve a mesma reação do irmão, arregalando os olhos e o encarando assustada, desconfortável não chegava nem perto do nome correto da sensação que percorria o corpo do ômega.

- Vem Lou, vamos. - aproximou-se do rapaz entrelaçando os dedos de ambos.

Já dentro do carro, Louis interrompeu o silêncio aflito limpando a garganta e chamando a atenção do alfa, que o encarou com sua visão periférica.

- O que você achou...? Da roupa...

- A Cheryl, ela...

- Não... Foi a sua mãe... - ele parecia incomodado - Ela me deu esse relógio e então me emprestou essas roupas...

- Ah... Isso é... Bem a cara dela... - Harry finalmente pareceu aliviado, segurando uma das mãos de Louis e puxando-a com carinho até sua boca.

- Mas... O que você achou? - sentiu alguns beijos serem distribuídos ali.

- Você fica lindo de qualquer jeito, amor. - ele respondeu sincero e Tomlinson partilhou do alívio do alfa. - Mas, confesso que gosto mais do outro jeito... Não deixe a minha mãe colocar coisas na sua cabeça... Você é perfeito.

Louis sorriu tranquilo, puxando a mão do alfa e repetindo o gesto de carinho ao beijar-lhe a palma, voltou a entrelaçar os dedos, apoiando-as sobre as coxas o restante do trajeto. Alguns minutos de viagem depois, Harry estacionou o veículo num bairro residencial um pouco afastado e o ômega o encarou confuso.

- Que lugar é esse?

- Era o meu lugar preferido quando eu era moleque, eu sempre vinha pra cá quando precisava pensar... Ou fugir de uma bronca. - ele respondeu brincalhão.

- Você... - engoliu em seco - Você já trouxe o pai da Amelia aqui?

- Poucas vezes... O Alex, ele... Ele não combinava aqui... - deu de ombros e o ômega respirou aliviado.

A construção era antiga, porém, ainda estava intacta, protegida da ação do tempo. O sorriso que surgiu no rosto do alfa foi tão bonito que imediatamente contagiou Louis, que acabou por sorrir também, mesmo sem saber muito bem o motivo. A casa era tão pequena, logo em frente havia um jardim muito bem cuidado, a grama estava perfeitamente aparada, e logo mais a frente, uma belíssima plantação de rosas vermelhas tornava essa a única cor diferente do verde predominante.

O alfa desceu do carro, dando a volta e abrindo a porta para que Louis fizesse o mesmo, oferecendo o braço para que ele segurasse. Harry tinha um brilho diferente nos olhos, algo que variava entre alegria e ansiedade e Louis não podia evitar senão sorrir também. De braços dados, caminharam até a entrada da casa, passaram pelo jardim até alcançarem a porta. O ômega ainda sorria sem saber bem o porquê quando ele tocou a campainha.

- Harry! - uma ômega surgiu sorridente, fazendo com que o sorriso do alfa aumentasse ainda mais. A garota pulou enrolando os braços no pescoço do alfa, fazendo-o soltar a mão de Louis.

- Oi Ella... - retribuiu o carinho abraçando-a apertado, afastando-se minimamente logo em seguida - Esse é o Louis... - comentou, puxando-o pela mão.

- O famoso. - ela comentou brincalhona, aproximando-se do ômega e abraçando-o também.

- Lou, essa é a Ella, minha prima. - Tomlinson correspondeu o carinho da moça, sem entender muito bem porque diabos estava conhecendo uma parte distante da família de Harry.

- É um prazer te conhecer, Louis. - ela disse baixinho, ainda agarrada ao rapaz.

- O prazer é meu. - ele sorriu simpático assim que ela o soltou.

- Vem, ele tá esperando vocês. - afastou-se e abriu um pouco mais a porta, deixando espaço para que os dois entrassem e fechando-a logo em seguida.

Harry parecia totalmente aéreo à aflição do ômega, voltou a segurar a mão de Louis e puxou-o para seguir a garota que provavelmente tinha 18 ou 19 anos. A casa estava aquecida, o que fez com que o rapaz de olhos azuis sentisse um pequeno choque térmico, devido a diferença de temperatura do lado de dentro e do lado de fora da casa.

- Ele vai ficar tão feliz de te ver, Hazz... E de conhecer o Louis... - Ella se dirigiu à uma escada, subia os degraus em frente aos rapazes e era possível notar o sorriso na voz da garota, não parecia muito diferente de Harry.

- Eu sei, por isso eu quis trazê-lo aqui. - Harry encarou o ômega que devolveu o olhar, suplicando silenciosamente por respostas. - Está tudo bem... - sussurrou - Eu só quero que você conheça alguém importante... - puxou-o pelo ombro e beijou-lhe a têmpora suada.

Assim que alcançaram o primeiro andar, Ella se apressou, parando um pouco mais a frente. Empurrou a porta com cuidado e entrou no cômodo.

- Vovô, adivinha quem veio fazer uma visita? - Tomlinson arregalou levemente os olhos quando foi puxado para dentro do quarto junto com Harry.

O que ele presenciaria logo em seguida poderia ser classificado como a representação física da palavra felicidade, o rosto do senhor que provavelmente beirava os 100 anos se iluminou quase instantaneamente quando ele pôs os olhos no alfa, que tinha um sorriso quase tão grande quanto.

- Harry... - a voz tremida chamou a atenção de Louis.

O quarto estava em uma temperatura agradável, o senhor branquinho estava deitado e vestido com um pijama verde de algodão. O alfa se soltou de Louis e ajoelhou ao lado da cama, o senhor tentou erguer os abraços, mas, por alguma razão não conseguiu fazê-lo, por isso mesmo, Harry o segurou com carinho e cuidado, como se ele pudesse desmontar a qualquer momento, puxando-o para um abraço que durou longos minutos.

- Oi vovô...

Tomlinson correu os olhos pelo local, não havia muitos móveis, apenas a cama, uma cômoda branca e uma poltrona. A porta que provavelmente levava ao banheiro estava encostada e todo o espaço era cheio de barras de aço soldadas à parede, provavelmente para facilitar a mobilidade do senhor que ainda não havia soltado o neto.

- Onde está sua irmã? Por que não a trouxe com você?

- A gente ainda vai fazer a visita oficial vô, a de hoje é extra-oficial...

Quando se soltaram, Harry se virou para Louis, que ainda estava de pé no meio do quarto, a atenção do senhor, voltou-se para o ômega e ele o encarou confuso.

- Ele... Eu não o conheço... Conheço?

- Ainda não Vovô... - Styles se levantou, puxou Louis delicadamente pela mão e o fez ajoelhar-se ao seu lado, próximo à cama - Esse é o Louis. - com cuidado, fez com que o avô segurasse uma das mãos do ômega - Lou, esse é o vovô Brian, pai da minha mãe... - Louis virou-se para Harry sem saber bem o que dizer. Ele havia mesmo acabado de conhecer o avô dele?

- Oh... Ele é seu? - Brian envolveu a mão de Louis com as suas e, com um sorriso que parecia querer dividir o rosto em dois, Harry deixou um beijo casto sobre o ombo de Louis, apoiando o queixo no mesmo lugar logo em seguida.

- Sim vovô, ele é meu. - Louis se virou com um sorriso bobo, deixando um selinho nos lábios do namorado, virando-se para Brian logo depois.

- É um prazer conhecê-lo, senhor... - "Selley" Harry sussurrou - Selley. - Louis repetiu.

- É um prazer conhecê-lo, Louis.

Brian Selley era um alfa idoso com uma doença grave em estágio terminal, tinha Parkinson. Ele e Louis se deram bem logo de cara, o senhor ainda não havia soltado a mão do ômega e mesmo, que as vezes esquecesse o nome do rapaz, havia gostado muito dele. Eles, Ella e Harry entraram numa conversa animada sobre a infância do cacheado que vez ou outra corava com alguma piada do avô.

- Ah Harry, eu gostei muito mais dele do que daquele outro, qual era o nome dele mesmo? Adam... Andrew... Ele era muito apressado, nunca conversava comigo... - comentou entristecido e virou-se para Louis - Ele nunca deixou a garotinha ficar aqui... - Tomlinson apertou um pouco mais as mãos do alfa mais velho, aquela era a primeira vez que alguém fazia um comentário ruim sobre Alex.

- O Louis tem me ajudado com a Amelia, vô... - Harry mudou de assunto.

- Claro que sim, claro que sim... Ele parece um bom garoto, Harry. Você acertou dessa vez!

Ficaram mais algum tempo conversando e somente saíram de lá depois que Brian dormiu.

- O seu avô foi o primeiro a falar desse jeito do pai da Amelia... - Louis começou.

- O Alex não teve tempo de deixar uma boa impressão com o vovô, não posso culpá-lo por achar aquilo.

- Não teve tempo?

- Não vamos falar disso Lou, vem, nós ainda vamos jantar e talvez dormir fora de casa.

Harry decidiu levar Louis até ao mesmo bistrot do primeiro encontro, como que para selar o pedido de namoro. Jantaram e aproveitaram a companhia um do outro com piadas sem graça e preciosas informações sobre a grande família Tomlinson, que agora ele estava ansioso para conhecer. O alfa era afeito ao tato, sempre procurando formas de tocar o ômega, com as pontas dos dedos, com a palma da mão, com os pés embaixo da mesa. Tocá-lo era como vício. E Louis aproveitava do flerte e dos toques, da novidade.

Quando pediram a conta, Harry contou que havia reservado um quarto num hotel para que eles pudessem ficar um pouco mais a vontade, e ele tinha razão, para o que ele tinha em mente, não podia tolerar interrupções. E Louis estava tão ansioso quanto, queria aquela ligação o mais rápido possível, era a única que ele conhecia, não se sentiria seguro enquanto não fosse completamente do alfa.

O caminho entre o restaurante e o hotel durou longos e torturantes quinze minutos, o mesmo valia para o check-in e o percurso entre a recepção e o elevador. Não foi necessário muito, assim que as portas se fecharam, Louis foi agarrado com certa violência e o seu corpo pressionado contra o espelho. O barulho da indicação de andares enquanto subiam parecia uma espécie de afrodisíaco para o alfa, suas mãos estavam em toda parte e o ômega sequer tentava resistir, deixando que ele tirasse proveito da sua boca enquanto o beijava com ímpeto.

Harry terminou com uma das mãos por baixo da camisa que Louis usava, tocando e acariciando o tórax firme do ômega, pressionando o polegar sobre o mamilo, esfregando o local com veemência. O rapaz gemia entregue enquanto se agarrava aos cachos embaraçados.

- Você é tão gostoso. - o alfa rosnou contra os lábios do ômega.

As portas do elevador se abriram e os dois saíram aos tropeços, sem se preocupar com quem viesse no corredor, na dúvida, algum deles havia entrado no cio e é isso. Harry se afastou apenas para procurar o número do quarto, empurrando Louis contra a porta assim que encontrou. Destrancou e quando já estavam dentro do cômodo, voltou a fecha-la com o próprio corpo do ômega. Encarou-o com os olhos desejosos e implorou:

- Eu quero você de verdade... Quero te fazer gozar, quero gozar contigo. - segurava o rosto de Louis entre as duas mãos para impedir que ele se afastasse ou olhasse para o outro lado - Se você me disser que não quer, nós vamos embora, não vou te forçar, mas, Louis, se você me deixar, eu prometo cuidar pra que você esqueça todas as coisas ruins, até que só haja espaço pra mim nas tuas lembranças.

Em poucos segundos, Louis saltou e envolveu a cintura de Harry com as pernas, prendendo-o entre as coxas. O alfa foi pego de surpresa segurando-o pelas nádegas, garantindo, daquela forma, apoio para que ele não caísse.

- Estou esperando você criar novas memórias.

O rosnado contido que escapou pelos lábios do cacheado fez com que todos os pelos no corpo de Louis se arrepiassem completamente e ele estremecesse em antecipação. E, mesmo que Harry tivesse planos de agir como se aquela fosse a primeira noite da vida do ômega, não era isso que ele inspirava e, nem mesmo por um decreto ele seria delicado.

Styles deu dois ou três passos até a cama, desequilibrou-se por falta de tato e total desconhecimento do espaço físico e Louis acabou caindo de costas sobre o colchão, puxando-o com ele. O beijo aconteceu de forma desastrada e despreparada, o instinto fez com que os lábios se encaixassem do jeito certo e os dois gemeram satisfeitos ao mesmo tempo.

Sem muita demora, Harry levou os lábios apressados para o pescoço do ômega iniciando uma carícia agitada, afastou a gola com os dedos rosnando irritado quando sentiu a peça impedi-lo de fazer o que desejava. Ajoelhou-se entre as pernas de Louis e puxou-o pelos braços, fazendo-o se sentar. Tomlinson procurou ansioso pela boca alheia tentando retomar o contato, mas, o alfa estava mais preocupado em livra-lo daquela maldita camisa. E assim ele o fez, atirando-a por algum canto do cômodo.

Louis imaginou que ele voltaria a beijar seu pescoço, arqueou o corpo e ergueu a cabeça esperando o carinho, mas, não foi o que aconteceu. Sentiu o toque firme das mãos macias do alfa em sua cintura e logo em seguida um beijo casto no pequeno pedaço de pele que estava a mostra logo abaixo do umbigo. O ômega suspirou pesado quando a língua áspera tocou o mesmo lugar e seu corpo tremeu novamente.

- Lou, te fazer gozar até cair é o meu objetivo de vida nesse momento.

Livrou-o das peças de roupa deixando-o completamente nu pela segunda vez no dia e sem muita cerimônia enfiou o membro de Louis completamente na boca. Tomlinson arregalou os olhos e gemeu em desespero, definitivamente não era algo que ele estava acostumado, então ergueu o corpo e apoiou-se nos cotovelos, admirando a cena que se desenrolava: um alfa ajoelhado na cama, entre as suas pernas, chupando seu pau como se fosse o pirulito mais doce do mundo.

Os olhos azuis cintilavam enquanto acompanhavam os lábios cheinhos aumentando ainda mais de tamanho a medida que subiam e desciam em seu membro. Louis não continha os gemidos, nem conseguia fechar a boca, sem controle algum do próprio corpo, movia o quadril para cima imitando os movimentos do cacheado. Com a mão livre, Harry escondeu uma mecha de cabelo atrás da orelha e ergueu os olhos encarando-o, demonstrando o quanto gostava daquilo.

- Porra. - Louis rosnou contido quando Styles tirou-o da boca e passou a lambê-lo enquanto o segurava entre os dedos. - PorraPorraPorraPorra - sequenciou em agonia.

- Boca suja. - passou a língua rapidamente pela glande rubra e começou a movimentar a mão para cima e para baixo, lambendo-o vez ou outra. - Você não faz ideia do quanto está bonito agora.

Louis sentiu os braços fraquejarem e tombou sobre o colchão, agarrou-se ao lençol com uma força que nem sabia que possuía, precisava se segurar em algo, tinha a impressão que estava prestes a cair de cima de um precipício. O alfa movia a mão um pouco mais rápido, deixando que a outra circulasse as bolas apertadas num carinho sacana.

- Ah... Merda...

- Vou lavar sua boca com sabão - pressionou os dedos ao redor do membro de Louis, acelerando ainda mais a forma com que subia e descia por toda extensão.

- Pode lavar com porra se quiser. - movia o quadril fodendo a mão do alfa, completamente desconectado do mundo real, só queria alívio.

- Eu adoraria se você apenas esperasse. - pressionou o polegar sobre a fenda encharcada arrancando um gemido esganado do ômega, que veio sem aviso, sujando os dedos do cacheado.

Styles lambeu os dedos limpando os resquícios de um Louis que ainda respirava com dificuldade sobre a cama. Aquele era o seu primeiro orgasmo fora do heat e ele não sabia o que fazer com a tremedeira nas pernas ou o coração acelerado. Abriu os olhos com relutância a tempo de ver o alfa retirar a própria camisa. Desabotoou a calça enquanto tirava as botas com a ajuda dos próprios pés e sorria descarado. Protagonizava um pequeno show apenas para o deleite de Louis. Rapidamente, o menor engatinhou sobre a cama até se aproximar do alfa, que segurou o rosto dele impedindo-o de se aproximar

- Não é pra você fazer isso, não hoje, hoje é só sobre você.

- Mas, eu quero. - Louis pediu, ajoelhando-se na cama e movendo a mão para baixo, até o membro de Harry, que arfou assim que os dedos pequenos o agarraram. - Deixa, por favor.

- O que você quer, babe? - o timbre enrouquecido e o olhar firme fizeram o ômega estremecer.

- O seu pau na minha boca... Eu quero chupar você. - lambeu os lábios do cacheado, pressionando-o ainda mais entre os dedos.

- Como eu vou negar com você me pedindo desse jeito?

Deixou que Louis se curvasse o suficiente até que sua boca estivesse na altura de seu membro, Harry arfou com a visão da bunda totalmente empinada bem na sua frente, deixando que seus dedos tocassem a pele morena e se enchessem com a carne farta. O alfa sentiu as pernas fraquejarem quando a ponta da língua do ômega tocou sua glande e se sentou na cama, rapidamente Tomlinson deslizou os lábios sobre toda extensão até cobri-lo completamente.

- Caralho. - não devia se surpreender com a habilidade do ômega e não conseguiu evitar o arrepio quando sentiu-o começar a chupa-lo numa velocidade cadenciada, nem muito lento, nem muito rápido, ele o estava saboreando. - Minha nossa...

A verdade é que pela primeira vez Louis não tinha mais nada em mente, a não ser a vontade de satisfazer Harry. Queria ser bom para ele, gostava de saber que seu corpo o agradava e por isso mesmo manteve-se praticamente na mesma posição, com a bunda empinada enquanto trabalhava em seu membro. Ele estava em chamas como nunca estivera antes. Seu corpo parecia prestes a explodir de excitação apenas por proporcionar prazer, por isso gemeu contra o corpo do alfa.

- Ai, merda. Louis!

Harry prendeu os dedos nos cabelos do ômega puxando-o para cima. Os lábios estavam inchados e úmidos, uma fina linha de pré-gozo e saliva pendia para fora da boca dele, por isso deslizou a língua para fora e o lambeu, limpando-o e beijando-o em seguida. Virou-o com violência sobre o colchão e deitou-se sobre ele, beijava-o com um furor desconhecido. Queria mais do ômega. Nada, nunca, seria suficiente, não quando se tratava de Louis.

Correu os dedos pelas coxas fartas, alcançando a entrada encharcada. Aquilo era surreal, Louis não estava em heat, mas, estava úmido como se estivesse. A excitação insana, a confusão hormonal, tudo era propício, ele pulsava avidamente, sentia-se vazio, precisava ser preenchido. Implorou contra a boca do cacheado, gemendo baixo e arrastado me fode, por favor. Styles não esperou e o invadiu tão profundamente que moveu o seu corpo num solavanco.

Voltou a beijar-lhe os lábios imitando os movimentos dos quadris, acariciando a língua do ômega com a sua. Entrava e saía com intensidade, como se demarcasse território, como se dissesse que ninguém jamais esteve ali como ele estava. Louis se segurava onde podia, nos ombros, nas costas, na bunda dele. A sensação de que precisava prender-se ao alfa para não cair não o abandonava, mesmo que isso não fizesse sentido nenhum.

Os movimentos se tornaram bruscos, indo mais fundo a cada vez que entrava. Styles ergueu-se o quanto pôde, apoiando as mãos sobre o colchão, intensificando ainda mais, mudando o ângulo e atingindo em cheio onde onde pudesse fazer Louis berrar, o que eventualmente acabou acontecendo. As veias do pescoço alteradas demonstravam todo o esforço que fazia para se tornar inesquecível, esquecendo-se ele mesmo de que não precisaria de muito para isso.

Louis arqueou o corpo berrando a plenos pulmões o nome do cacheado, veio pela segunda vez, sujando a si mesmo e ao alfa, que manteve o mesmo ritmo, sentindo-o se apertar em seu membro e gozando logo em seguida. Rosnou alto quando sentiu a base de seu pênis inchar dentro do ômega, atando-o. Deitou-se sobre ele ficando assim por longos minutos, até que o nó se desfizesse.

Sem forças para se manter na mesma posição, caiu cansado ao lado de Louis, respirando pela boca buscando a maior quantidade possível de oxigênio, respirar ali estava impraticável. Tomlinson permaneceu na mesma posição, semi-inerte, sentindo-se vazio novamente.

- Foi... A primeira vez... A primeira vez que... - Harry ergueu a mão, tapando a boca de Louis e o impedindo de continuar.

- Eu sei. Eu tenho você, Lou. - puxou-o para um beijo demorado, prendendo-o com o próprio corpo.

Deviam tomar um banho, mas, cuidar de Louis para que ele não se sentisse usado era infinitamente mais importante do que lidar com alguns fluidos corporais. O ômega deixou-se ser acariciado e, por que não dizer, amado com beijos e afagos depois do que ele considerava sua primeira vez nos braços de alguém que valia a pena. Envolveu a cintura do alfa deliciando-se com o cheiro que ele emanava, não querendo sair dali nunca mais. Suspirou pesadamente antes de concordar.

- Sim, você me tem.

***

N/A

Hallelujah Hallelujah Hallelujah E PARECE QUE NÓS TIVEMOS UMA FODA SEM INTERRUPÇÃO MEUS IRMÕES, É PRA GLORIFICAR DE PÉ IGREJA.

Todo mundo pegou a referência? "can i give you a blowjob?" "i'd love to if you just wait". As vezes eu me amo, real oficial.

É isso, beijos de luz e até a próxima crianças.

Desculpa os erro 😩

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