Meu Pequeno Grande Homem

By BiaMello84

427K 24.8K 7.2K

Esta obra não é minha, foi postada em uma comunidade na época do saudoso Orkut. Venha se apaixonar também por... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 44
Epílogo
Agradecimentos
Divulgação

Capítulo 43

6.4K 446 115
By BiaMello84

Boa tarde meus anjinhos!

Agora só falta mais um capítulo e o epílogo.

Beijinhos e boa leitura!!


Eu abri os olhos, a visão estava meio turva, eu via pontos de luz, com o passar dos segundos a visão foi se clareando e o cérebro foi mandando lembranças. Aquele era meu quarto, meu antigo quarto, eu estava na minha antiga casa. Eu me virei para o Arthur e ele estava me olhando, ele se aproximou me deu um beijo na bochecha e passou o braço em volta do meu corpo. O quarto estava vazio, tirando os moveis embutido nada do meu antigo quarto estava ali. Eu não conseguia acreditar, eu tava tão sem reação, todas as vezes que eu estive ali depois de ter sido expulso eu alimentava um ódio dentro de mim, e hoje eu só sentia saudades, eu queria falar algo ,mas não conseguia, as lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto mas não tinha som, não tinha expressão, Arthur me apertou ao corpo dele. Tinha um colchão no chão, e o que parecia ser uma caixa térmica do lado, a porta da sacada estava entre aberta e só entrava um filete de luz, mas o quarto estava doto iluminado por chamas de pequenas velas acumuladas em três ou quatro, em pontos estratégicos do quarto.

-Que lindo... - Eu me virei e beijei o Arthur

Foi tudo que eu consegui falar na hora. Arthur me beijou e entre o beijo ele disse que me amava. Eu parei o beijo olhei de novo em volta, eu ainda não acreditava. Eu andei de costas até chegar a porta e olhei para o corredor, tudo vazio, de fato era mesmo a casa onde eu nasci e cresci.

-Gostou? – Arthur

-Gostei, mas... Achei que íamos viajar mesmo, eu to tão surpreso.

Arthur de uma vez me pegou no colo e me levou de volta ao quarto, ele nos levou até o colchão, se sentou encostado na parede, me puxou me sentando entre as pernas aberta dele. Nós dois olhávamos para o quarto.

-Lembra aquela noite que você me chamou para assistir filme com você? – Arthur

-Lembro sim. O que tem?

-Aquele dia eu queria te chamar para ir lá para casa, mas eu fiquei tão sem graça, tava com tanto medo, ai você me ligou de volta, e mesmo me contradizendo falando que era coisa de gay, eu vim.

-Nossa aquele dia eu fiquei com uma raiva tão grande tua, tu não tem noção.

-Eu tenho sim, você ficou quase toda a noite frio comigo, me tratando só com educação, mas não existia nenhuma intimidade entre nós dois.

-Você fez por merecer.

-É, mas aquele dia eu vim na tua casa porque eu não ia conseguir dormir sem te ver. Eu já estava tão ligado na tua, que eu não me compreendia... Me lembro que perguntei se eu podia me sentar, eu queria me sentar na cama, do seu lado, mas você logo me mandou sentar no chão. - Arthur disse rindo e depois o continuou. - E tudo o que eu queria era ficar ao seu lado.

-Você ta agora, e não vai sair nunca mais né? - Eu me virei olhando no rosto dele.

-Nunca... Aquele dia eu queria mesmo era ter dormido na cama, e não no colchão.

-Era só ter pedido.

-Eu não ia conseguir.

-Pedir ou dormir?

-Os dois. - Arthur sorriu depois me deu um beijo no pescoço. - Já fizemos tantas coisas aqui dentro, no banheiro... Banheiro, lá que transamos a primeira vez.

-Lá foi minha primeira vez amor. Só você que já...

-Assim como você, só você já me comeu... Falar em comer.

-Arthur, por favor, né.

-Eu ia perguntar se tu quer comer alguma coisa.

-Ah ta, achei que você ia falar que queria me...

-Mais tarde ou agora se quiser.-Arthur disse beijando minha nuca.

Eu nem precisei responder, me virei e sentei no colo do Arthur já tirando a camisa dele. Arthur tirou toda minha roupa. Eu ainda em seu colo, ele foi me deitando no colchão, enquanto me beijava eu desabotoava a calça dele. Eu consegui empurrar a calça e a cueca dele só até o joelho, Arthur ergueu minhas pernas e se deitou para chupar minha bunda, ele se levantou e ficou por alguns segundos ali me admirando para em seguida penetrar em mim com cuidado, mas com pressão. Arthur estava ajoelhado com minhas pernas apoiada nos ombros dele, ele metia com força, cheio de vontade de me foder. Depois ele se levantou terminou de tirar a calça e a cueca que ainda estava até o joelho, me colocou de quatro e voltou a meter sem pena, do jeito que eu gosto. Arthur me segurou com força e eu já sabia que ele iria gozar. Eu estava em um estado de satisfação tão grande que eu não precisa fazer mais nada, mas o Arthur me virou e começou a me chupar, me fazendo gozar na boca dele, em seguida ele escalou meu corpo chegando até minha boca, onde ele me beijou e ficou deitado por cima de mim.

-Você me ama? – Arthur

-Que perguntar é essa? Lógico que eu amo.

-Ta disposto a estar do meu lado em qualquer circunstancia, em todos os momentos?

Na hora que e o Arthur falou isso eu me lembrei de como mais cedo eu estava com medo dele. De como eu temia que ele fizesse algo comigo, e todas as vezes que ele dizia que seria capaz de matar alguém quando ficava com ciúmes de mim. Eu não sabia se eu estava disposto a correr esses tipos de riscos, se é que eles existiam mesmo, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu o amo, se fosse para ajudar ele eu mataria uma pessoa fácil.

-Rafa? - Arthur me acordou dos meus pensamentos.

-Isso é tipo, na alegria e na tristeza, pobreza e riqueza?

-É. - Arthur sorriu. - É mais ou menos isso.

-Então sim, eu sempre vou estar do seu lado não importa as circunstancias.

Arthur me deu um beijo delicado, cheio de carinho. Ficamos um grande tempo assim, abraçados, rindo, conversando, lembrando de momentos que tivemos ali dentro. Arthur me levantou e me levou para o banheiro.

-Será que tem água amor?

-Ué dengo eu acho que sim. - Arthur disse rodando a torneira do chuveiro. – Bom, mas meu achar está errado... Não tem água. - Arthur começou a rir.

-E agora? - Eu comecei a rir também.

-Eu vou lá fora ver o registro de água, fica aqui ta bom. - Arthur saiu do banheiro.

-Nem pensar, eu vou com você.

-Ta com medo? - Arthur disse vestindo a calça jeans, sem nem ao menos vestir a cueca

-Não! Eu não to com medo, só não quero ficar aqui só.

-Então vem, veste calça ai. - Arthur estendeu a mão para mim.

Descemos a escada juntinhos, nós dois abraçados, sem camisa, descalços, cheirando a sexo. Passamos pelo jardim, e o Arthur pegou o controle do portão dentro do carro, e em seguida o abriu, ele se abaixou perto do registro de água, torcendo a válvula e sorriu para mim.

-Tava desligado. - Arthur se levantou vindo até mim.
-Vamos então, eu to com frio.

-Frio? Vem aqui então. - Arthur me puxou e passou braço em minha volta. - Te esquentar.

-Olha que lindo. - Eu apontei para céu enquanto atravessávamos o jardim, o céu que já estava escuro e todo estrelado.

-Só não é mais lindo que você. - Arthur me roubou um beijo rápido me levando para dentro.

Quando chegamos ao quarto o chuveiro estava ligado, água já caia. Arthur me puxou para junto do corpo dele e começou a desabotoar minha calça e a abaixando, eu a tirei enquanto e ele tirava a dele e eu o levei para o banheiro.

-Vou pegar o sabonete. - Arthur disse saindo do banheiro.

Nos poucos segundos que ele levou para buscar o sabonete eu ali dentro lembrei de muitas coisas. Nossa primeira noite juntos, nossa primeira vez, nosso primeiro beijo no hospital. Era inevitável eu não lembrar, ali onde tivemos nossos primeiros momentos que seriam para a vida toda. Quando o Arthur retornou para o banheiro eu tinha sede do beijo dele, eu tinha desejo no corpo dele, eu o queria, eu queria estar dentro dele. Eu puxei ele e comecei o beijar, um beijo sem quer ter um fim, mas que quando teve eu senti mas vontade de o ter. Eu virei o Arthur na parede e comecei beijar sua nuca, quando dei por mim eu estava de joelhos beijando cada centímetro de sua bunda, eu passava língua nela, e ele gemia baixo, então eu me levantei, segurei as mãos dele, e como o inverso de algo que eu já tinha vivido eu penetrei nele. Eu e o Arthur não estávamos transando, estávamos nos amando, eu não me movimentava muito, ainda segurando as mãos do Arthur eu o abraçava, às vezes ele soltava alguns gemidos leves. Mesmo com todos os movimentos mínimos, Arthur gozou, e o corpo dele todo se contraindo, ele de repente me puxou, me fazendo entrar com força nele. E inevitavelmente eu gozei com o Arthur gemendo e apertando minhas mãos. Eu comecei a beijar a nuca do Arthur e em seguida tomamos banho.

Quando saímos do banheiro Arthur puxou a coberta.


-Vem aqui. - Arthur me chamou, ele que segurava a coberta sobre os ombros com os braços aberto.

-Vai molhar toda a coberta.

-Vem logo Rafa.

-Hum. - Eu disse indo até ele, ele fechou os braços em volta de mim e a coberta rodou o meu corpo me deixando completamente coberto. - Quero ver com o que vamos dormir mais tarde.

-Rafa... Dengo você fala de mais!

Arthur foi me empurrando e andando junto comigo, tropeçávamos nas pontas da coberta, ele me levou até onde era o meu cantinho preferido de toda a casa. Ele não falava nada, ficava apenas olhando para o céu junto comigo. Depois de um tempo em pé, Arthur me puxou para trás, ele se sentou no chão e eu fiquei em pé pelado na frente dele. Logo ele se arrumou e me chamou para sentar entre as pernas dele, onde ele envolveu a coberta novamente ao meu corpo.

-Com frio amor.

-Fica quietinho aqui, abraçado em mim que rapidinho esquenta.

Arthur me apertou mais ao corpo dele. Depois de alguns minutos.

-Esquentou paixão?

-Uhum.

-Eu te disse... Esse lugar me faz pensar.

-Me faz também, por isso eu gostava tanto daqui, mas o que está pensando?

-Nada demais, só em como as coisas evoluíram de uma forma tão assustadora.

-Como assim?

-Sei lá, mas só que fomos tão rápido.

-Você ta arrependido?

-Não! Nunca. Só acho que talvez se não tivesse acontecido o que aconteceu talvez não estivéssemos tão próximos assim, tão unidos. Ainda seria você na sua casa e eu na minha.

-É, então devemos agradecer a minha mãe?

-Não. - Arthur sorriu - Devo agradecer a você, que esteve do meu lado sempre que eu precisei.

-Não amor... Não deve não.

Eu me virei dei um beijo no Arthur, me escorei no peito dele e assim adormeci. Arthur não fazia idéia do quanto ele era importante para mim, e nem mesmo eu tinha essa noção. Meu amor é de um tamanho que nem eu mesmo consigo descrever. Nossas vidas estavam ligadas de uma forma, nada tinha sido por acaso, tudo foi desenhado para ser assim.

...

Eu acordei meio tonto, era o ultimo dia de aula do Arthur, dois anos tinha se passado.

-Amor acorda.

-To acordado já. – Arthur

-Então abra o olho.

-Agorinha...

Eu sai do quarto e toda aquela rotina começou. Acordar o Murillo e em seguida a Thais, encontrar o Ricardo na cozinha e depois faculdade. Obviamente na turma do Arthur ninguém assistiu aula. Era só bagunça, e eu não estava na minha sala, eu tava junto a ele. Em casa não existia outro assunto a não ser a conclusão do curso. No nosso almoço de comemoração o Ricardo era o mais feliz.

-Eu não acredito que está se formando. Você não é mais aquele Arthurzinho que chorava de noite. - Ricardo

-Ah muito tempo que eu não sou esse "Arthurzinho", Ricardo – Arthur

-Eu sei, mas para mim sempre será de uma forma mais madura, mas sempre vai ser. - Ricardo disse segurando as lagrimas nos olhos. Ele se levantou e depois voltou. - Eu venho guardando isso a um tempo, eu tinha duas reservas, mas o Bruninho se foi... Com isso você vai poder investir no seu futuro, no seu empreendimento. - Ricardo entregou o que parecia ser um cheque.

-Putz... Aqui tem muitos zeros Ricardo... Caralho irmão. - Arthur se levantou e foi abraçar o Ricardo. - Muito obrigado, de verdade. – Arthur

-Você agradecendo? É o Rafa fez milagres que eu não consegui fazer a vida inteira. - Ricardo sorriu.

-Foi difícil, mas eu consegui. - Eu disse sorrindo.

-Ei. - Thais chamou a atenção de todos. - Creio que agora que já passou a vez do Arthur, talvez seja por ordem alfabética, mas e eu? Eu também terminei a faculdade. Cadê os meus presentes? – Thais

-Ai meu Deus...

-Não! Vocês tão só brincando né, vocês devem ter comprado pelo menos um anelzinho de formatura... Gente... – Thais

-Rafa? - Ricardo

-Não acredito que meu namorado e meu irmão não compraram nada para mim. Nem um buquê de rosas? – Thais

-Ei zangadinha quieta com esse piti. Eu só ia dar depois, mas se tu quer agora.

-Lógico que é agora. – Thais

-Mas só vou dar depois...

Na verdade eu não tinha comprado nada.

-Bom, logo vai ser a vez do Rafa e depois você Murillo. - Ricardo

-É, ta bem pertinho eu daqui a dois anos e o Rafa daqui um ano né... Pertinho mesmo. – Murillo

-Amanhã praticamente - Arthur sorriu

-Bom, depois do almoço Thais você arruma tudo direitinho, lava a louça e talz, que eu quero levar todo mundo... Todo mundo ouviu Ricardo?! Para conhecer um lugar.

-Mas eu tenho horário marcado Rafa. - Ricardo

-Ué então tá, mas depois não diga que queria estar lá.

-Lá aonde? – Arthur

-Lá onde é surpresa, e só vai ficar sabendo da surpresa quem for. Viu cunhadinho.

-Não posso demorar! - Ricardo

-Eu te garanto que você não vai demorar nem dez minutos para ir para o seu consultório depois.

Depois de muito insistir a Thais lavou a louça. Eu fui até o quarto pegar todos os papeis da compra e as chaves das salas. Ricardo estava pronto para ir para o consultório. Thais e o Ricardo foram no carro deles e o Murillo e eu, fomos com o Arthur. Fomos todos para o consultório do Ricardo.

-Rafa aqui é o consultório do Ricardo. - Arthur parou o carro no estacionamento.

-Eu sei.

-Então? – Arthur

-Calma.

Descemos todos do carro e do lado de fora encontramos o Ricardo e a Thais

-Ué não vai ter mais surpresa não? – Ricardo

-Tem sim, calma. Ta todo mundo aqui né?! Então vamos. - Eu disse andando em direção a avenida.

-Aonde Rafa? Vamos de carro, eu tenho que voltar rápido. - Ricardo.

-Ricardo vem, não pergunta nada, só vem. Eu juro que você não vai se atrasar.

Todos vieram atrás, atravessamos a avenida, do outro lado e eu parai enfrente o salão.

-E ai? Cadê essa surpresa? – Murillo

-Ta aqui. - Eu disse apontando - Amor vem aqui.

-O que foi Rafa? - Arthur parou do meu lado.

-Ta vendo isso aqui? Essas salas?

-Acho que não, to cego. To né. - Arthur sorriu.

-Pois é, é seu, isso tudo é seu...

-Como assim? É meu?! – Arthur

-É seu. Eu comprei. - Eu peguei a chave no bolso e fui abrir a porta.

-Comprou? Quando?? Como?? Rafael me explica isso. - Arthur.

-Calma amor eu só...

-Rafael você não teria coragem de... – Arthur

-Arthur não termina a frase! Calma que e o Rafa vai explicar. – Ricardo

-Nossa isso aqui é muito grande. - Murillo falou entrando na grande sala, criando um eco sem fim.

-Nossa é muito grande... Muito grande mesmo - Arthur
-Eu tava achando meio pequeno.

-Pequeno aonde Rafa? - Ricardo

-É, mas assim vazio é uma coisa depois que reformar e encher isso aqui com os aparelhos, não sei, talvez fique apertado.

-Aparelhos? Rafael começa falar. -Arthur

A essa altura todos já estavam dentro do espaço. Ricardo ainda olhava tudo em volta, Thais andava rente ao namorado, se esquivando de teias de aranha que começavam no teto e descia até o chão. Murillo rasgou um pedaço de papel que estavam pregados nas portas de vidro, assim clareando a sala.

-Nossa, mas isso aqui está imundo hein. - Murillo

-Lógico, isso esta há muito tempo fechado. Quando comprou? - Ricardo

-Rafa porque nunca me falou, e porque comprou, para que comprou? – Arthur

-Nossa, vamos lá. Primeiro, não contei, pois era um presente. Eu comprei já tem um tempo, mas preferi dar quando terminasse a faculdade.

-E de onde tirou o dinheiro? – Arthur

-Ai gente, assim, sem querer ser a metida, mas eu e o Rafa somos ricos... Temos dinheiro... Nós temos né?! - Thais me olhou meio em duvida.

-Temos sim - Eu sorri - Mas e como a Thais disse, isso de fato é verdade... Eu conversei com o Robert, como eu não gasto meu dinheiro quase nunca, eu tinha dinheiro né, sem contar que eu tenho um supermercado muito bem gerenciado.

-Ta, mas eu ainda não entendi para que? E para mim, por quê? – Arthur

-Amor, eu tava sem idéia de um presente de natal, lembra-se que eu não lhe dei presente naquele natal? - Eu me aproximei do Arthur. - Na verdade eu comprei só não dei, mas agora eu to te dando. - Eu entreguei os papeis e as chaves para o Arthur.

-Não Rafael eu não vou aceitar. - Arthur

-Você vai sim! Eu to te dando poxa. É para você abrir sua academia aqui...

-Academia? Minha academia aqui? - Arthur se espantou.

-Sim amor, pensou que eu tinha compro isso aqui para ti fazer o que?? Abrir um bar? - Eu sorri
-Mas... Nossa. Eu não to acreditando. Isso aqui é... Vai ser minha academia. – Arthur

-Então quer dizer que você aceitou?

-Não devia você fez escondido de mim... Mas eu vou! - Arthur veio mais perto de mim soltando a pasta e as chaves no chão e me pegou no colo me rodando. - Te amo, te amo muito, amo muitão.

Arthur me deu um beijo e depois me soltou, ficou olhando tudo em volta, totalmente vislumbrado com tudo aquilo que ainda estava vazio. O Ricardo me olhava enquanto os outros três exploravam os fundos do salão. Ricardo se aproximou colocando o braço em volta do meu ombro me puxando.

-Rafa... Cara obrigado. - Ricardo me puxou para um abraço.

-Obrigado? Obrigado de que Ricardo?

-Por tudo cara. - Ricardo me soltou e me olhou - Olha para o Arthur, o quanto é feliz. E tudo é graças a você... Ele amadureceu, está mais responsável.

-E o amo, e você sabe.

-É, eu sei...

-Ricardo, vei tu não tem noção, é muito grande. - Arthur chegou interrompendo o Ricardo. - Nossa vai ficar muito lindo aqui. Já to pensando em tudo... Nossa, obrigado amor. - Arthur me abraçou. - Eu ainda estou sem palavras - Arthur segurou meu rosto e me beijou.

-Bom, agora eu pelo menos tenho onde trabalhar quando eu terminar a faculdade. -Murillo

-Eu ainda vou pensar, você tem que ser um bom profissional. – Arthur

-Ai ai, vou ser melhor que você fi, me aguarde. - Murillo rindo.

-Eu ainda não to acreditando. – Arthur

-Bom, agora você já tem um bom dinheiro e o local, é investir com cuidado, fazer tudo certinho, ter muita paciência que tudo vai dar certo. - Ricardo

-É, vai dar tudo certo! Tem que dar! – Arthur

-Vai dar mor. - Eu disse segurando o corpo do Arthur.

-Temos que ir, mas mais tarde vamos sair para comemorar, ok? - Ricardo

Ricardo e a Thais foram para o consultório deixando eu, Murillo e o Arthur ainda na futura academia. Arthur ainda não acreditava às vezes ele ainda soltava a frase: "isso é serio?" e eu sorria. Na volta para casa o Arthur falava, e dizia como seria cada espaço da academia dele.

-Que tal Boa Forma academia? – Arthur

-Sim, é alguma banca de revista é? Pelo amor de Deus Arthur, seja mais criativo. – Murillo

-Fórmula Academia? – Arthur

-Nossa senhora. Ajuda aqui Rafa, que se não é capaz dele colocar o nome da academia de feira. - Murillo

-Larga de ser chato Murillo, deixa ele escolher.

-Sim, então senhor criativo me sugira um nome. – Arthur

-Corpo Ativo academia, Central Fitness, Sport Fitness... Você quer mais quanto? - Murillo

-Nossa, ele é criativo mesmo... – Arthur - Rafa? O que você acha?

-Ué amor, você quem sabe. Você tem mais alguma idéia?

-Não... Não agora. – Arthur

-Então espera, para que pressa, tem tempo para você pensar nisso.

-Mas as do Murillo qual você gostou mais? – Arthur

-Uai, achei todas idéias legais, menos a ultima que é meio, ergh. - Eu sorri

-Hum. Então vamos para casa mesmo? – Arthur

-Não, vamos ao shopping, tem comprar algo para Thais, tadinha da minha irmã.

-Me deixa lá no Gu? – Murillo

-Você ouviu que vamos sair hoje né? - Arthur

-Ouvi o Ricardo dizer que vamos comemorar, as comemorações são sempre churrasco lá na piscina. - Murillo

-Ta, mas hoje vamos sair. – Arthur

-Ta, eu volto para casa antes... Gustavo pode ir com a gente? - Murillo

-Pode, só esteja lá em casa. - Arthur

Deixamos o Murillo no Gustavo, depois compramos uma gargantilha para madame Thais. Já em casa, fomos para o quarto, Arthur segurava a pasta com os papeis das salas, os relendo mais uma vez.

-Vou tomar um banho, vem comigo?

-Já to indo dengo.

-Não demora.

Eu fui tomar banho e logo o Arthur entrou no banheiro. Ele me deu um beijo e sorriu, acarinhando minhas costas ele disse.

-Obrigado.

-De nada amor, só quero te ver feliz.

-Você me faz feliz, você me faz ser homem. Você me fez ser um homem melhor.

-Para com isso, por favor.

-Mas é verdade Rafa.

Arthur me beijou mais uma vez, ficamos nos acariciando. No quarto eu me enxugava e o Arthur estava deitado, todo molhado na cama, eu fui vestir uma cueca e ele me interrompeu.

-Hey, não, não - Arthur balançou o dedo. - Vem aqui. - Arthur bateu a mão no colo dele.

-Pronto, to aqui. - Eu disse me sentando do colo dele.

-Assim que eu gosto, muito bem obediente.

-Ai ai, cheio das graças. - Eu dei um beijo rápido e ele me virou de uma vez na cama. Nos dois ficamos deitados.

-Dengo, eu terminei minha faculdade.

-É, amor terminou.

-Dois anos se passaram. - Arthur passou a mão no meu rosto.

-Dois anos? Como assim amor? Dois anos de que?

-Dengo, agora podemos ter nosso neném.

-O que? - Eu me sentei assustado.

-Paixão você falou que depois que eu terminasse a faculdade nós poderíamos ter.

-Foi amor, mas olha, você terminou a faculdade hoje, agora você vai abrir a academia que você tanto sonhou. Espera um pouco.

-Rafa, não faz isso amor, você me disse que assim que eu terminasse a faculdade...

-Calma amor, não vai demorar, só vamos nos firma primeiro pode ser? Vamos montar sua academia, vamos arrumar tudo, vai gastar muito dinheiro. Ai depois você vai ter que trabalhar, e ai? Vamos ter um neném para ele ser cuidado pelos outros? Não quero isso para o meu filho amor.

-Mas Rafa, não. Eu passei esses anos todos pensando nisso. Por favor.

-Amor, vai ser nosso filho, não é um cachorro, como o Ton, ou uma cria já criada como o Murillo.

-Nós damos conta, nós sempre cuidamos do Luís, ele vem dormir aqui sempre, cuidamos direitinho dele, os dois juntos.

-Amor o Luís vem ficar final de semana, nosso filho vai crescer com a gente.

-Por favor, paixão. - Arthur tava com os olhos cheios de água. – Rafa, por favor.

-Hey, calma, olha aqui, nós vamos ter nosso neném, só que agora não, espera um pouco, por favor. Não é por mim, ou por nós, é por ele mesmo amor.

Arthur levantou, se vestiu e saiu do quarto sem dar uma palavra comigo. Eu o chamei ,mas ele não me respondeu, e do quarto ouvi o portão se abrindo. Eu sai do quarto enrolado no lençol da cama, ele tinha saído com o Ton. Deixei, eu o conhecia, ele só ia dar uma volta, depois voltaria. Arthur estava demorando, o Ricardo já tinha chegado, Murillo já tinha chegado com o Gustavo que estava arrumado para sairmos. Ricardo me perguntava pelo Arthur eu não sabia o que falar.

-Cunhadinho, pode ir na frente, que o Thurzo foi dar uma volta com o Ton, ver se acha uma fêmea para ele cruzar. - Eu não sabia de onde eu tinha tirado isso, mas foi o que veio na cabeça. - Ai quando ele chegar nós vamos, eu já to pronto mesmo, ele só se arruma...

Eu mal terminei de falar e o Arthur entrou pelo portão. Pela porta da sala eu o vi tirando a coleira do Ton, e o mesmo entrou correndo pela sala pulando em todos, em seguida o Arthur entrou.

-Boa noite. – Arthur

-Só te esperando, vamos? - Ricardo

-Vamos sim, agorinha. - Arthur se voltou para mim - Rafa vamos conversar. - Arthur terminou de dizer e foi direto para o quarto.

-Ricardo vai na frente, agorinha vamos.

-Ta tudo bem? Vocês brigaram? – Ricardo

-Não, ou não ainda, vai na frente é serio. Ta tudo bem aqui.

-Ta, então depois te ligamos para dizer onde vamos estar. - Ricardo

Eu me virei e fui para o quarto, enquanto todos saiam. Entrei no quarto o Arthur estava sentado na cadeira do computador, ele girou a cadeira e ficou de frente para mim.

-Você jura que é só até eu terminar de arrumar toda a academia? E depois vamos ter nosso filho?

-Eu já disse que é amor.

-Rafael você já me disse uma vez que assim que eu terminasse a faculdade teríamos, e hoje você voltou atrás.

-Amor não fala assim, não voltei atrás, eu quero que sejamos felizes, mas assim vai ser muita coisa para nós dois.

-Rafa você quer ter esse filho?

-Amor lógico que eu quero. Antes tudo bem, eu até que não queria, mas eu quero, eu quero ter um bebê, mas é meio complicado na nossa situação.

-Qual situação Rafael? Vei eu te amo, você me ama, somos duas pessoas, somos capazes de cuidar, de amar, de educar uma criança. Então me diga qual nossa situação? - Arthur gritava comigo. - Me fala Rafael, qual a nossa situação? Somos gays? Não podemos ter um filho é isso?

-Calma, não precisa gritar. Não é por que somos gays, mas é porque não temos como conceber da forma natural e como vamos fazer tudo amor, quem vai querer ter uma criança para nós dois? - Agora eu também gritava.

-Não sei Rafael não sei... Mas eu já pensei em tudo, só temos que viajar, vamos gastar muito, mas eu tenho esse dinheiro, podemos usar o dinheiro que o Ricardo me deu.

-Arthur pelo amor de Deus, calma, do que você ta falando?

-Eu pesquisei, calma, é? Índia e Estados Unidos, é uns trinta mil dólares, na Califórnia ou na Flórida, na Índia é por volta de dez mil dólares.

Arthur falava como se eu nem mesmo estivesse ali. Ele andava de um lado para o outro procurando algo. Ele pegou uma revista debaixo de uma pilha de livros da faculdade.

-Aqui Rafa, aqui... Aqui fala tudo, podemos alugar uma barriga. Usamos seu esperma e o ovulo de uma mulher, e podemos ter um filho nosso. - Arthur me empurrava a revista. - Aqui amor, olha, leia... Nós podemos.

Eu peguei a revista, me sentei na cama e li rapidamente alguns trechos negritados. Observando era a solução perfeita. Eu queria ter esse filho, queria muito, mas eu sabia que era quase que impossível, e até essa maneira era muito difícil, é muito dinheiro. Apesar das minhas condições, eu não sei gerenciar essas coisas.

-Amor vem aqui, senta aqui. - Eu coloquei a mão na cama e o Arthur se sentou. - Olha, é perfeito para nós. - Arthur sorriu. - Mas é muito complexo. - Eu vi o sorriso do Arthur se desfazendo. - Nós teremos que passar praticamente dez meses fora do Brasil, e vamos ficar morando fora, vamos gastar muito dinheiro, não temos todo esse dinheiro... Bom eu acho que não. Ai amor, eu te juro que a coisa que eu mais quero é ter um filho, para nós dois criarmos, amar muito, acordar com ele na cama, ter que balançar de noite para dormir, e até dormir no quarto dele quando ele estiver com medo, mas olha, até isso nos impede, nem um quartinho para ele nós temos.

-Isso é o de menos Rafa. E não precisamos estar lá os dez meses, podemos ir e depois voltar e ficar acompanhando. Podemos tentar trazer a mulher para cá. Sei lá, eu deixo tudo para trás, meu sonho de ter a academia, eu deixo minha vida, mas eu quero ter uma família com você meu amor. Eu vendo tudo que eu tenho, vendo toda a fazenda, vendo o carro, e até as salas que você me deu, mas vamos pelo menos tentar. Me dá essa chance? Nos dê essa chance.

-Vamos ter nosso filho então. Vou conversar com o Robert sobre esse negócio de dinheiro, mas não é para você vender nada. Ok?

-Não Rafa, é nosso filho, eu vou vender tudo. E eu vou...

-Arthur para! Eu vou conversar com o Robert, vou pedir para ele tirar o dinheiro para mim, qualquer coisa eu pego dos lucros do mercadão... Sei lá, mas você não vai vender nada, precisamos da sua academia depois, precisaremos da sua fazenda, do aluguel dela, precisaremos do carro.
-Ta certo, mas se for preciso eu vou vender tudo, e ninguém vai me impedir.

-Ta, tudo bem, primeiro me deixa resolver com o Robert, depois nós vemos isso... Agora vai se arrumar para podermos ir encontrar todos.

Arthur me deu um beijo e depois foi tomar banho. Enquanto ele estava dentro do banheiro eu pensava em tudo. Era tudo tão irracional, mas era tudo o que eu também queria. Antes eu não queria mesmo ter um filho, com o tempo essa idéia foi mudando, mas eu sempre soube que seria quase nulo, nós termos um filho, mas agora até eu estava esperançoso, e até mais feliz com essa oportunidade.

Eu e o Arthur conversamos mais sobre o assunto e por assim decidimos que logo após a formatura dele nós iríamos para a Califórnia. Entramos em contato com uma clinica lá, descobrimos o valor do procedimento, como funcionava. E assim nos dias seguintes começamos a organizar tudo. Fomos tirar o passaporte do Arthur, procuramos agencia de viagem, fizemos toda a simulação da viagem para termos a idéia de quanto iria custar tudo.
Um dia escondido do Arthur eu liguei para o Robert.

-Robert tudo bem?

-Oi Rafa, tudo bem sim, e ai como está?

-Aqui está tudo bem sim, mas então Robert eu estava precisando de uma ajuda sua.

-Se eu puder lhe ajudar, se não eu me esforço para ajudar.

-Então é que eu estou precisando fazer um saque na minha conta, mas tipo, é muito dinheiro.

-Muito dinheiro quanto?

-Não sei bem, mas por volta de uns cento e cinquenta mil para mais.

-Como? Aconteceu alguma coisa Rafael? Porque tanto dinheiro?

-Não, quer dizer, não, não aconteceu nada. Não tem como eu te explicar assim direito.

-Rafael, ta tudo bem mesmo? Não é nada...

-Não Robert, serio, ta tudo bem, não é nada que seja ilegal ou irresponsável.

-Quando você vai precisar desse dinheiro?

-Eu tenho esse dinheiro?


-De certa forma sim... Mas para que é?

-Robert, não tem como te explicar.

-Quando você precisa desse dinheiro?

-Para o mês que vem, de preferência para depois da formatura do Arthur.

-Rafa, eu sei que o dinheiro é teu, e você pode fazer isso quando você quiser, mas todos vamos para a formatura, então chegando ai eu quero conversar com você, até lá não faça o saque.

-Ah, é mesmo, vocês irão vir. Não, então eu vou te esperar ai dá para conversar melhor. Robert por favor, não fala para minha mãe. Por favor.

-Ta, então me espere chegar ai e iremos conversar.

Arthur e a Thais andavam um pouco ocupados com a formatura, festa, baile, solenidades e não sei mais o que. Ficamos uma semana por conta desses eventos. Minha mãe veio só para a formatura e para a festa. No dia da formatura eu estava no quarto ajudando o Arthur com a gravata.

-Você está tão lindo amor.

-To? Não sei, eu não gosto dessa gravata. Ainda tem que usar aquele treco preto. Aqui parece um vestido.

-Para de frescura. Vai ficar lindo do mesmo jeito.

-Será? Aquele pano é de roupa de dormir.

-Ai Deus, porque você é assim? Tão matuto. -Eu sorri. -Vai ficar gostosão.

-Se você ta dizendo, eu acredito.

-Vamos então. Está todo lindão, todo gostosão, só me deixa ver a mão aqui... - Eu peguei a mão do Arthur, olhei se a aliança estava ali e depois soltei. - Ta aqui, podemos ir. 

Continue Reading

You'll Also Like

18.5M 1.2M 91
Jess sempre teve tudo o que quis, mas quando Aaron, o sexy badboy chega a escola, ela percebe que, no final das contas não pode ter tudo o que quer...
24.6M 3.8K 1
Sinopse do livro: "O casamento é a única guerra em que você dorme com o inimigo. E, no caso, eu estava apaixonada pelo meu." Lisa Morris é uma secre...
25.7M 1.5M 75
Maya Ferreira mora na California e tem a vida simples de uma adolescente de 17 anos sem emoção nenhuma, até que uma fofoca que mais parecia irrelevan...
1.3M 101K 33
{onde Scarlett odiava Vinnie ou onde Vinnie odiava a melhor amiga da sua irmã} {mistura perfeita entre um bom clichê e uma boa comédia} 🥇em #Vinnieh...