Unprofessional

By heyitspris

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Foi preciso somente uma festa, um pouco de álcool e oportunidade para que o desejo tomasse as rédeas da situa... More

Amnésia alcoólica
Punany
Encaixe perfeito
Payback's a bitch
Conversa
Talento oculto
Rumores

Decisão

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By heyitspris

SAM POV

Não foi nada fácil pra mim sair daquela boate aquele dia, principalmente sair do banheiro sem ser notado mas o pior mesmo foi ter que sair frustrado, usado, insaciado e de pau duro sem que ninguém percebesse ou pelo que há de mais sagrado, sem que ninguém me reconhecesse.
Eu sei muito bem que em todas as minhas fotos os fãs sempre procuram alguma coisa nas minhas calças ou no meu kilt, sempre na esperança de um volume a mais ou algum movimento involuntário. 

Não que isso nunca tenha acontecido, veja bem, às vezes não tem como controlar e mesmo que eu tente disfarçar, sempre conseguem ver e começam a jogar holofotes, dar zoom, sinalizar, nossos fãs são, digamos, bastante criativos.
O problema é que essa minha indiscrição peniana teimava em acontecer justamente quando Cait estava perto de mim e óbvio, sempre associavam a ela e, foda-se, era verdade. Bastava eu estar na órbita dela e as coisas saiam do controle.

Mas o desespero foi maior quando, enquanto eu esperava o motorista de Uber me buscar, depois de ter lutado contra um mar de gente, tentando resguardar minha situação, fui reconhecido na calçada por três mulheres que aguardavam na fila para entrar. Tive a brilhante ideia de não vestir o casaco e pude esconder a minha "pau durecência" crônica mas isso não me livrou das perguntas da razão pelo qual eu não o estava vestindo, já que estava visivelmente tremendo de frio. E sai na foto com cara de dor, bem eu literalmente estava roxo de dor, quando cheguei ao meu flat precisei pôr mãos a obra ou não suportaria sequer o pensamento de deitar e tentar dormir. 

Nos dias que se passaram Caitriona agiu como se nada tivesse acontecido, interagindo comigo nas redes sociais, me mandando mensagens, brincando comigo pessoalmente durante as gravações e me ligou várias vezes. Não respondi a nenhuma mensagem e não atendi nenhuma ligação, se ela quer zombar de mim, eu não estou nem um pouco disposto a entrar na dela.

FIM DO SAM POV


- Sam, você está me esmagando. O que você anda comendo? Muita manteiga de amendoim?
- Desculpe. - Ele transferiu o peso para os braços, permaneceu pairando sobre ela na cama e não falou mais nada.
- Obrigada. - Cait pareceu ter percebido o tom seco com que ele havia respondido e preferiu não insistir naquele momento. O calor do corpo dele sobre o seu já era o suficiente para dificultar a situação, além do fato de inconscientemente ela ter afastado uma fina linha de suor da testa de Sam e ele ter recuado levemente.
- Acho que precisaremos fazer mais alguns takes, pessoal. Quando estiverem prontos. - O diretor disse e voltou para o seu lugar.

Ao final da palavra "ação" Sam já estava novamente com o corpo colado ao de Cait, devorando-lhe os lábios e passeando as mãos pelas coxas dela. As câmeras buscando os melhores ângulos e tentando não mostrar o comum, Cait sem usar o tapa sexo.
E isso só aumentava o desconforto dele, já era difícil ter de lidar com a embriaguez causada pelo gosto, pelo cheiro, pelo toque dela e o conhecimento de que ela não usava nada por baixo do fino lençol que lhe cobria era mais do que o bastante para exigir dele um nível de concentração e controle que Sam não tinha certeza de que possuía.

Quando em determinado momento da coreografia cênica foi necessário que Sam erguesse uma das pernas de Cait para que ela o prendesse pelos quadris, ele perdeu um pouco do equilíbrio e desceu os lábios pelo pescoço dela e sem perceber, literalmente improvisando, prestou toda atenção e reverência aos seios que ele tanto idolatrava. 
Conhecia muito bem a diferença entre os gemidos de atuação e os reais de Caitriona e o que ouviu escapando de sua boca certamente se tratava de um gemido real, tão natural como quando eles estavam sozinhos dentro daquele cubículo na boate semanas atrás. 

- Corta! Perfeito! Vamos mais uma vez?
- Eu preciso de um pouco de água. - Sam disse ajoelhando na cama depois de relutar um pouco antes de se afastar dela. Ele só esperava que ninguém tivesse percebido.

Depois de mais dois takes, mais de 6 horas de gravação, finalmente o diretor deu-se por satisfeito e encerrou a gravação. O dia de trabalho para eles havia acabado, gastando todo esse tempo buscando a perfeição para esta cena e as outras que haviam gravado mais cedo, estavam absolutamente exaustos.

Sam voltou ao camarim enrolado em seu roupão e não se despediu dela quando reapareceu completamente vestido, carregando a bolsa que sempre levava consigo e foi embora.
Caitriona enviou mais uma mensagem para ele, se surpreendeu ao ouvir a notificação avisando que havia recebido alguma coisa e se tratava da resposta dele.

Só me procure quando decidir o que você quer. Não vou continuar a fazer papel de idiota esperando por algo seu em vão, até lá vamos manter isso estritamente profissional, Balfe. Exatamente do jeito que você sempre quis.


- H

- Ei, Tob... MEU DEUS! - Cait bateu na porta do trailer de Tobias e como sempre fez, não esperou que ele dissesse que ela poderia entrar. Diferente das outras milhares de vezes que o havia visitado, ele não estava sozinho, muito pelo contrário. Ela viu pernas curtinhas abraçando os quadris dele em cima da mesa, e uma sensação de já ter vivido situação semelhante tomou conta dela, além do óbvio desconforto por ter interrompido um momento tão íntimo. - Me desculpem! 
- Não! Tudo bem, pode ficar, eu realmente preciso ir. - Violet falou afastando Tobias dela, que ainda estava usando o figurino da série, o suficiente para descer da mesa e ajustar a saia antes de sair de trás dele e estender a mão para Caitriona. - Olá.
- Olá, Violet. Como tem passado? - Perguntou apertando-lhe a mão.
- Bem, até onde eu sei. A menos que eu chegue atrasada ao trabalho, o que seria - Ela olhou o relógio em seu pulso - dentro de meia hora. - Violet sorriu para ela, apertando os olhos de uma maneira bastante parecida com o que acontecia com os olhos castanhos de Tobias quando sorria. Cait a observou pegar a bolsa que estava sobre o pequeno sofá e voltar para ele. - Não me espere acordado, está bem? - Cait o viu assentir e curvar-se um pouco para ajuda-la a alcançar seus lábios.
- O motorista vai te levar, já combinei com ele. Tome cuidado, Vi.
- Sempre tomo. - Ela deu uma piscadela para ele e acenou para Caitriona antes de sair pela porta jogando o cabelo longo para as costas.

Tobias sentou-se então no sofá, colocando uma das almofadas sobre o colo, tentando retirar a peruca comprida e convidando-a para sentar ao seu lado.

- Ela é...
- Eu sei. - Ele disse sorrindo, feliz.
- Então... Black Jack, huh?
- Ela gosta de fardas... - Tobias respondeu e depois de alguns segundos caiu no riso junto com Cait que jogara a cabeça para trás.
- Quem diria... Heughan é quem deveria levar as mocinhas à loucura nessa série.
- Olhe para mim, Cait. Quem resistiria? - Perguntou tentando arrancar a peruca.
- Vem aqui, me deixa te ajudar com isso. Você parece criança, Toby. 

Menzies era sempre uma boa companhia para se manter por perto, as conversas eram leves, ele a fazia se sentir bem e relaxada. Depois da mensagem de Sam, Caitriona havia ficado com um gosto insalubre na boca e um desconforto no estômago, mesmo com o momento constrangedor, tendo praticamente pego o amigo com as calças abaixadas, se sentia melhor conversando com ele do que estaria se houvesse ido embora sozinha para casa.

- Por mais que eu acredite que minha companhia valha a pena, eu não acredito que você tenha vindo até aqui apenas por isso. O que houve?
- É tão visível assim?
- Sim e aposto que Sam tem dedo nisso. - Caitriona tentou não rir com a escolha de palavras do amigo e assentiu. - Precisa conversar?

Ela então contou tudo o que havia acontecido, obviamente omitindo certas partes íntimas demais, Cait confiava nele mas era algo de cunho realmente íntimo demais. Também disse a respeito das tentativas de interação frustradas e por fim, sobre a mensagem que recebera pouco tempo antes.

- Quem mais sabe sobre vocês dois?
- Só você.
- Cait, você não conversou sobre isso com mais ninguém?
- Não.
- Bem, isso quer dizer muita coisa, não é?
- O que quer dizer com isso?
- Que você parece não ter dado a mesma importância que ele deu a isso, seja lá o que isso que acontece entre vocês seja. - Após algum tempo em silêncio, somente ouvindo o que ela tinha a dizer e tendo servido para Cait algo para beber, ele resolveu aconselha-la finalmente. - Isso tudo que você está me dizendo agora... Você deveria dizer para ele. Vocês precisam ter uma conversa franca ou essa coisa mal resolvida é que vai de fato prejudicar o andamento da série. Se não chegarem a um meio termo, algum acordo, inevitavelmente vocês irão acabar se odiando e isso depois de algum tempo é que vai ser insustentável.


CAIT POV

Não sei exatamente no que eu estava pensando quando fui para casa e peguei a chave extra do flat dele, já era bastante tarde e o conhecendo, eu sabia muito bem que já deveria estar na cama, ainda mais depois de um dia tão exaustivo como o que tivemos mas mesmo assim eu arrisquei. Cheguei ao prédio dele tremendo de frio, não queria que meu motorista soubesse que eu iria até a casa do Sam e pensasse ou falasse algo a respeito disso com alguém. E afinal, eram só alguns quarteirões de distância, eu poderia facilmente fazer esse caminho a pé.

A chave pareceu fazer um som capaz de acordar toda a vizinhança quando destranquei a porta e entrei na sala escura, retirando os sapatos e depositando-os ali mesmo. Não me preocupei em retirar o casaco úmido, somente senti o chão de madeira sob meus pés e meu coração batendo com tanta força dentro do meu peito que eu não saberia dizer se era medo, frio ou o quê que me fazia tremer dos pés a cabeça.

Não liguei nenhuma lâmpada ou chamei por ele, apenas segui em silêncio até onde sabia que era seu quarto, como se estivesse hipnotizada e quando empurrei a porta, a primeira coisa que reparei foi que Sam não estava na cama, embora ela estivesse desfeita e a próxima coisa que soube foi que estava contra a parede, com um taco de hóquei pressionado com força em minha garganta e um Sam vestindo somente uma cueca boxer, furioso gritando comigo.

FIM DO CAIT POV


- Mas que merda, Balfe! Eu poderia ter te matado, porra! - Sam se afastou dela e ligou luz do quarto, largando o taco no chão com um baque forte. - Eu pensei que fosse alguém invadindo minha casa! Você está bem?!
- Eu... Eu... - Cait não conseguia falar, mantinha a mão sobre o pescoço.
- Balfe, eu te machuquei? - Sam aproximou-se, tendo percebido que talvez ela não fosse capaz de suportar o próprio peso e a levou até a cama, sentando-a nela.
- Acho que não.
- Me deixe ver. - Caitriona então afastou a mão e deixou-o ver seu pescoço. - Graças a Deus eu não te machuquei. - Sam respirou fundo. - Vou pegar algo para você beber.

Caitriona aproveitou então para retirar o casaco e largou-o no pé da cama de Sam, o cheiro dele estava por todo o lugar, aquela cama trazia tantas memórias que ela havia lutado para suprimir, além do que fora incapaz de esconder, que o que havia perdido, agora voltava como uma avalanche sobre ela. Naquele dia, na primeira vez, ela o quis como nunca havia desejado alguém até aquele exato momento e se já não estivesse resoluta, naquele instante haveria tomado a mesma decisão que tomara antes de ir até o flat dele.

- Aqui, beba isso. - Sam lhe entregou um copo d'agua e ela sorveu metade do conteúdo sem nem perceber, mantendo os olhos fixos nos dele.
- Obrigada. - Depositou o copo sobre o criado mudo ao lado da cama e tentou arrumar o corpo, já recuperando a força necessária para erguer-se e ficar diante dele.
- O que veio fazer aqui, Balfe?
- Você me disse para lhe procurar somente quando eu decidisse o que quero.
- E o que você decidiu? - Sam cruzou os braços diante de si, uma estranha amostra do quanto ainda estava chateado com ela, embora usasse somente uma cueca, não incomodando-se em vestir algo mais, afinal, Cait era a invasora ali.
- Eu quero nós dois. Juntos. Seja lá o que isso quer dizer.
- Tem certeza? - Perguntou descruzando os braços, desarmando-se para ela.
- Tenho. 

Com isso Caitriona se aproximou de Sam e beijou-o, ficando na ponta dos pés e enterrando os dedos nos cabelos dele. Sentiu-o reagir para lhe abraçar mas em vez disso, ele quebrou o beijo, encarando-a.

- Você não vai embora de novo?
- Não vou. Prometo.  

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