Nina:
Cada coisinha que escolhi para o quarto do meu filho, escolhi de coração. Cada coisa que toquei e fiquei emocionada, eu levei. Eu me sentia em outro lugar, me sentia sensacional ao está comprando as coisas do meu filho, com o pai dele. Mesmo com o rosto machucado, eu não conseguia esconder o sorriso. Isso era impossível. Cada coisinha que vi, já imaginei no quarto do bebê, já me imaginei nele, com meu bebê no colo, ninando ele. Tudo foi escolhido com todo amor e carinho, não só por mim, mas por Antonio também. Foi um momento tão único, tão inesquecível. Foi o nosso momento.
- Já sabe que cor pintar o quarto? - Antonio pergunta me olhando curioso.
- Estava pensando ser assim. - Falo a mostrando o catálogo pra ele. - Na cor de pele. - Falo e ele sorri.
- Vai ser tão lindo! - Fala beijando meus lábios.
- Já sei até onde cada coisa vai ficar. - Falo animada.
- Irei contratar pintores, tem que ficar perfeito! - Fala risonho.
- Amor, podemos pintar você e eu. - Falo e ele gargalha.
- Nem você, nem eu sabemos. Será um presente para nosso bebê, tudo será perfeito. - Fala e eu sorriu.
- Te amo tanto. - Falo o abraçando.
- Eu te amo também. - Fala beijando meus lábios.
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Dois meses...
Hoje faço dezesseis semanas, e hoje que vamos saber o sexo. O enjôo aumentou e desejos de comer coisas estranhas também. O quarto do bebê está tão lindo, todos os dias eu vou ali, as vezes durmo ali, vendo as coisinha do meu bebê.
- Está pronta? - Antonio pergunta entrando no quarto do bebê.
- Sim. - Respondo acariciando minha barriga já visível.
- Então vamos, não podemos nos atrasar. - Fala animado.
Na última consulta, Antonio ficou triste porque poderia saber o sexo do bebê, mas quando o médico falou que não próxima teria como, ele só faltou soltar fogos, de tão animado que estava. Nesses dois meses tudo tem voltado o normal, Antonio acabou de fazer o curso de gastronomia, o mesmo começou a trabalhar em restaurante. E agora quer abrir uma floricultura, é esse homem é perfeito. É bom em tudo que faz.
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Entro na sala do doutor Marcos, ansiosa com Antonio ao me lado, segurando minha mão. O doutor Marcos faz algumas perguntas e logo me manda vestir a camisola aberta na barriga, e assim faço. Me deito na cama com ajuda de Antonio, e vejo o doutor passar o gel gelado em mim.
- Estou tão ansiosa! - Confesso procurando a mão de Antonio.
- Isso é normal, ainda mas na primeira gravidez. - Doutor Marcos fala rindo.
Me lembro quando ouvi o coração pela primeira vez, acho que nunca chorei tanto na vida. Antonio então nem se fala. É uma sensação nova, não só pra mim, mas pra ele também. Meu pai já veio na consulta comigo, tio David, Yasmin e Bethânia só não veio porque tem ficado mas tempo com os filhos. Já que no tempo em que estava escolhendo as coisas do casamento, ela tinha deixado os filhos com a babá. E sei que foi um sacrifício pra ela, e não quero que ela fique longe dos filhos por minha culpa. Nem quero pensar na hipótese que um dia meu bebe vai crescer, e terei que ficar longe dele. Mas sei que ele ou ela vai ter seus sonhos, vai querer conquistar as coisas. E não quero ser uma mãe chata que prende o filho. Jamais, quero meu meu filho (a), seja meu amigo, confie em mim para qualquer coisa.
- Preparados? - Marcos pergunta e eu me vejo mais ansiosa que antes.
- Sim. Pode falar! - Antonio fala esmagando minha mão.
- Vocês serão papais de um lindo meninão. - Marcos fala e antes que eu possa pensar em algo, escuto o grito de Antonio.
O mesmo vem até a mim e me aperta em seus braços.
- Vamos ter um menino. - Fala e eu percebo que ele está chorando. - Estou tão feliz!
- Deixarei vocês cinco minutos a sós. - Marcos fala e sai.
- Estou sem palavras... - Murmuro emocionada.
- Eu... Obrigado meu deus. - Antonio fala levantando as mãos para cima.
- Obrigada meu deus. - Agradeço a Deus.
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Quando saímos da clínica, Antonio estava com um sorriso no rosto maior que tudo, me perguntei se ele não estava com a bochecha doendo.
- Vamos avisar quem primeiro? - Pergunto sorrindo.
- Vamos reunir todos. - Antonio fala animado.
- Preciso ligar pra Emíli, ela vai ficar tão feliz.
Entramos no carro e fomos para casa.
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