Cheguei rapidamente ao terraço da Oscorp. A base aérea estava bem acima do prédio, em uma altura que minha teia orgânica não chegaria nunca. Mesmo se eu pulasse.
— Sem comunicador, sem lançador de teias... Bom trabalho, Gwen. — Resmunguei, encarando a base.
— Quer o meu emprestado? — Ouvi alguém perguntar logo atrás de mim.
— Peter... — Disse eu em um tom baixo.
Peter não usava mais seu uniforme, mas roupas comuns. Pude ver que estava triste, embora estivesse me dirigindo um sorriso.
— Me perdoa, Gwen. Eu pensei que podia...
— Não, você não precisa me pedir perdão. Eu teria feito o mesmo. — Interrompi-o com um abraço.
— Onde está seu uniforme? — Perguntou ele com a voz abafada, por estar com o rosto escondido entre meu ombro.
— Em casa. Depois que eu soube do que Jeff fez com você, eu o prendi dentro de sua própria casa e vim para cá o mais rápido que pude.
De repente, ouvi um som estranho vindo de algum lugar atrás de mim e surpreendente paracia ser de uma turbina de avião, só que mais baixo. Quando me virei para olhar, vi Jeff de em cima de um objeto voador, parecia ser um planador que vi no banco de dados da Oscorp alguns dias atrás, que, estupidamente deixei de lado.
Peguei o lançador que Peter havia trazido e impulsivamente me coloquei em sua frente, tentando o proteger de qualquer ataque de Jeff.
— Conseguiu me irritar, Gwen! — Gritou ele.
Cerrei os punhos com força.
— Peter, saia!
Jeff rapidamente passou por mim e agarrou o pescoço de Peter, segurando-o no ar, fora do prédio.
— Não, por favor! Não faça isso, Jeff!
— Se eu não posso ficar com você, Gwen, ninguém mais vai.
— Jeff, não! Eu já disse que serei sua!
— Você me enganou!
— Não...! — Digo com os olhos cheios de lágrimas — Por favor, Jeff, não.
— Diga adeus, Gwen.
No mesmo instante, Jeff soltou Peter.
— Não!
Pulei de cima do prédio e atirei minha teia em Peter. Ficamos caindo em queda livre, até que minha teia grudou na blusa de Peter e eu finalmente consegui pegar, me segurando em umas das janelas de vidro do prédio.
Faltava apenas alguns metros do chão, mas ainda era perigoso se Peter caísse daquela altura.
— Aguenta firme, Peter! — Gritei tentando puxá-lo.
Era difícil de segurar, já que a janela do prédio era lisa e o peso de nós dois não ajudava muito.
Meu sentido aranha começou a me avisar de que Jeff estava chegando e quando tentei dar um puxão na teia, Jeff passou logo abaixo de mim cortando a teia ao meio, fazendo Peter cair novamente.
Joguei minha teia em Peter de novo, mas ela só conseguiu chegar até ele quando Peter bateu sua cabeça contra o chão, ficando inconsciente logo em seguida.
— Não!
Fixei a ponta que eu segurava na janela do Peter e pulei, indo em direção a ele.