Medida Certa | camren [Conclu...

By jennie_xp

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Camila tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56-Final

Capitulo 24

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By jennie_xp

Capítulo 24

Camila partiu pra Itaipava com uma mala no carro e nos pensamentos tinha frases, discursos, queria conversar, abraçar, beijar e se declarar a Lauren. Faria tudo que não tinha feito até então. Pegou na agenda a foto que guardava de Ariana e a jogou pela janela, estava se livrando do passado pra começar uma vida feliz. A chuva estava começando a engrossar quando saiu do Rio. Em alguns trechos da estrada ela diminuía pra daí a pouco voltar a cair forte. Deixou o som bem baixinho pra se acalmar. Gostava de dirigir na chuva, desde que se sentisse segura. Via na estrada vários carros encostados, um até de ponta cabeça.  
   
- Imprudência meu Deus. Pra que correr tanto? – falava quando um motorista passava correndo por ela.  
   
Quando chegou em Itaipava deu graças a Deus. Lembrava exatamente onde era a casa, sempre foi boa no senso de direção. Foi subindo o morro devagar, já podia ver a casa lá no alto. Viu uma luz acesa e se encheu de esperança, Lauren só poderia estar lá. Na realidade, na sua cabeça não passou a possibilidade de que a morena não estivesse em Itaipava. Seu coração sentia que era lá e depois de muito tempo, resolveu dar ouvidos a ele. Dirigia e pensava em mil coisas pra dizer a ela, quando de repente o carro travou na estrada. A chuva estava muito forte e pensou que se descesse ia se molhar. Tentou acelerar, dar ré e nada, estava agarrado mesmo. Ainda que com tração ela não conseguiu se mover pra lado nenhum. Resolveu descer segurando uma sombrinha que não adiantou muito. Olhou em frente e viu um tronco de árvore, não daria pra passar. De onde estava podia ver a casa, então não estava longe. Aquela estrada já era dentro da propriedade e esperar alguém passar pra ajudá-la não ia adiantar. A solução foi trancar o carro e ir andando na chuva mesmo. A sombrinha não conseguiu conter a chuva, ventava muito e em minutos já estava retorcida e Camila a largou pelo caminho. Sentia o corpo pesar por conta da água e o frio doer em seus ossos. Estava de tênis e calça jeans e um casaco preto de moletom. Colocou o capuz e foi andando. Por um momento pensou que se não tivesse ninguém na casa, estaria muito enrolada. Estava molhada, suja, sentindo muito frio e sem contato nenhum, já que tinha deixado seu telefone no carro. Quase uma hora depois conseguiu chegar até a casa. Tocou a campainha e viu que a luz lá dentro se apagou. Esperou um tempo e tocou de novo. O relâmpago forte atravessou o céu e logo o estouro do trovão. Camila se apavorou e começou a apertar insistentemente a campainha.  

- Por favor, abre! Tem alguém aí? – gritava insistentemente.  
   
Seus braços já não tinham forças, se deixou cair de joelhos pelo cansaço. Por um momento fechou os olhos e encostou a cabeça na porta, até que ela se abriu.  
   
Lauren a princípio olhou para frente, mas o reflexo a fez olhar para baixo. Camila chorava, de joelhos e toda molhada. Olhou assustada, mas antes que tivesse qualquer reação a mais nova olhou para cima.  
   
- Me perdoa… eu… eu te procurei todos esses dias. – falava tremendo de frio. - Mas só agora me dei conta de que estava aqui. Por favor… me perdoa. – estava suja e muito molhada.  
   
Lauren a pegou no colo rapidamente e entrou trancando a porta. Sentia o corpo de Camila tremer involuntariamente. Correu para o banheiro e abriu o chuveiro deixando a água esquentar enquanto tirava a roupa dela. Enfiou a chef embaixo d’água e deixou que se esquentasse. Lavou os cabelos dela e depois a enxugou. Tudo sem dizer uma palavra. Entregou um roupão a ela e a deixou no banheiro ainda penteando os cabelos. Foi pra cozinha e fez um chocolate quente, que na verdade estava pronto, pois havia feito pra tomar à tardinha. Esquentou e levou pra ela no quarto. Camila estava sentada na beirada da cama com os olhos vermelhos e encolhida. Lauren olhou pra ela e sentou ao seu lado, os olhos verdes estavam inexpressivos para Camila.  

- Lauren eu…  
- Achei que não fosse me procurar. – falou baixando a cabeça. – Por que só veio agora?  
   
Camila chorava muito e não conseguia falar direito. Queria muito se explicar, mas soluçava tanto que as palavras não saiam.  
   
- Calma. – a morena tentou tranquiliza-la.  
- Eu… eu te procurei… fui atrás de Derek e… e…. – respirou fundo. – Ele disse que era pra eu procurar onde tudo começou, então fui aonde nos encontramos no reveillon, cheguei a ir pra Manaus e não encontrei você. Até que fui gravar o programa num estúdio diferente, parecido com essa casa e me dei conta de que esse lugar tinha sido muito especial pra mim.  
- Pra você?  
   
Camila olhou pra ela sem piscar.  
   
- Porque foi aqui que me dei conta que te amava mais que a mim mesma, que não viveria mais sem você, foi aqui que entreguei meu coração a mulher da minha vida.  
   
Lauren sorriu ao ouvir tudo aquilo, sentiu tanto carinho e uma vontade enorme de beijá-la, mas em sua mente veio a imagem de Ariana. Camila percebeu a mudança de expressão dela e se adiantou.  
   
- Sempre tive vontade de reencontrar Ariana. Queria mostrar a ela que fui capaz de ser alguém na vida, que sou muito melhor que ela, que não precisava de mais ninguém na vida. Guardei uma foto dela até hoje e sempre a olhava com ódio e ressentimento. Eu achava que um dia íamos nos encontrar, não ia procurá-la, mas o destino ia me fazer esse favor. Quando fui comprar seu remédio aquele dia que ficou na chuva, eu a encontrei na farmácia… – contou tudo até o dia seguinte e depois falou de sua busca, do carro que havia ficado na estrada e da chegada a pé até a casa. – Ainda que não me queira mais, que esteja com raiva de mim, eu vim aqui pra dizer que tudo que vivi com você foi único, foi lindo e me fez ver que eu ainda tinha um coração, que podia amar e ser amada.  
   
Lauren estava imparcial.  
   
- Perdoe se não fui como desejou, se não disse palavras doces como quis ouvir. Fique sabendo que elas estavam sempre na minha boca, eu só não tinha coragem de dizer. – chorou novamente. – Fui covarde em… em dizer que… Te amo.  
   
Baixou a cabeça com vergonha de tudo que causara a Lauren, mesmo ela sendo uma pessoa maravilhosa em sua vida. Já achava que não merecia o amor dela e que devia era ir embora dali.  
   
- Você diz que esse lugar foi especial pra você. – Lauren falou calmamente. – Eu vim pra cá porque se você me procurasse era por sentir algo por mim e nesse lugar eu queria te dizer uma coisa. – ajoelhou no chão e puxou as mãos de Camila para que se ajoelhasse também. – Quer ser minha mulher, namorada, esposa, amante, amiga, quer ser minha? Porque eu não sei ser de mais ninguém a não ser de você.  
   
O beijo veio com uma força incrível, pra selar aquele momento que não precisou de respostas.  

- Disse que queria passar o resto da sua vida comigo… – Camila parou e respirou fundo. – Ainda quer?  
- Nunca mudei de ideia. – voltaram a se beijar apaixonadamente.  
   
Lauren interrompeu o beijo pra olhar naqueles olhos castanhos, sorriu, beijou cada um deles, sentindo que agora as coisas iam mudar definitivamente. E depois de muitos carinhos é que perguntou em como Camila chegou debaixo daquela chuva.  
   
- Como chegou aqui? – parou pra pensar. – Peraí, a pergunta é: Por que você chegou a pé e toda molhada?  
- Eu vim de carro, mas com a chuva uma árvore caiu na estrada, não muito longe daqui. O carro agarrou e eu vim andando.  
- Sozinha?! Que isso Camila!  
- Eu via a casa, então pensei que não estava tão longe assim. Só esqueci que o trajeto é cheio de curvas, por isso demorei. Ainda bem que relampejava muito e foram os clarões que ajudaram a iluminar o caminho.  
   
Lauren ficou pensando no perigo que ela correu ao se expor a uma chuva daquelas.  
   
- Graças a Deus está bem! – abraçou o corpo dela.  
- Minhas roupas ficaram no carro, amanhã tenho que pegar.  
- De manhã a gente vê em que situação o carro está, de repente com o meu dá pra puxar o seu.  
- A árvore era grande e nem sei, viu?  
- Como diz você mesma, qualquer coisa chama o seguro. – riu.  
- Isso aí. – riu também. – E você melhorou? – colocou a mão no rosto da morena. – Estava com febre e gripada. – falou preocupada.  
- Melhorei. Continuei tomando remédio.  
- Queria ter cuidado de você. – falou triste.  
- Eu que vou cuidar de você agora, senão vai ficar doente também. Tomou essa chuva toda e por mais tempo que eu.  
- Sou resistente a gripe, acho que já tomei tanta chuva que fiquei imune e até gosto. Quando era mais nova, trabalhava em um restaurante longe do lugar onde morava e eles só davam vale transporte pra dois ônibus. No meu caso teriam de ser quatro, como não tinha dinheiro pra bancar a outra passagem eu ia a pé. Tomei muita chuva no lombo, como dizem os mineiros.  
- Você viu de novo a sua… ex? – Lauren perguntou com medo de ouvir o que não queria.  
 
Vendo o olhar receoso da namorada, Camila acabou sorrindo.  
   
- Não perdi meu tempo procurando aquela criatura. E só trabalhei pra não prejudicar meus funcionários, caso contrário teria largado tudo pra procurar você com muito mais rapidez.  
   
A morena adorou o que ouviu e cobriu a mais nova de beijos até se deitaram na cama. Olharam-se por um tempo, reconhecendo-se. Tinham ficado quase uma semana sem se verem, mas parecia uma eternidade.  
   
- Senti sua falta na gravação. – Camila falou enquanto acariciava o rosto da morena.  
- Você agora está famosa! Nesses dias aqui, nas horas de folga eu vi televisão algumas vezes, o programa está fazendo sucesso. Você e Tyler são os jurados preferidos.  
- Eu gosto dele, é uma pessoa muito boa. E tem um coração enorme.  
- Também tenho uma coisa enorme aqui comigo.  – sorriu.  
- O que? – Camila também riu. – Do jeito que falou, mais parece que tem um… – começou a rir.  
- Ei, eu sou uma mocinha, não tenho um… sem bem que… – parou pra pensar. – Você gostaria se eu usasse um pênis?  
- Não sei, podemos tentar, quem sabe…  
- Já usou alguma vez?  
- Nunca. – na verdade ela nunca usara mesmo, mas não queria falar com Lauren que era virgem. Não se sentia nesse contexto, mas no aspecto físico ainda era. – Então, o que você tem de enorme aí… mocinha. – brincou.  
   
Lauren riu alto, mas depois olhou pra ela.  
   
- Uma vontade bem grande de sentir você, de provar você de novo, de beijar sua boca. – beijou os lábios dela. – De morder… – mordeu o lábio inferior e falou em seu ouvido. – De ver você gozando pra mim…  

Continuou mordendo e lambendo o pescoço dela, apoiou o cotovelo na cama e com a outra mão foi desamarrando o roupão da chef. Ela estava nua e quando seus seios apareceram os bicos já estavam duros e pedindo para serem sugados. Lauren contemplou-os para depois passar o dedo indicador ouriçando ainda mais os mamilos. Camila segurou a cabeça levando até eles, como que pedindo para que os sugasse. Lauren aproveitou para ficar sobre seu corpo, retirou o roupão e jogou longe. Ver a mais nova nua e completamente entregue lhe deixou tão excitada que sentiu o sexo doer. Tirou sua blusa e com ajuda de Camila, tirou a calça jeans junto com a calcinha.  
   
- Vem cá. – girou o corpo e sentou de frente pra Camila, cruzando suas pernas. – Você me ama mesmo? – olhou nos olhos dela.  
- Te amo muito. – Camila salpicou beijos pelo rosto dela. – Te amo como nunca amei outra pessoa nessa vida. – beijou-lhe os lábios. – E quero fazer parte da sua vidinha. – brincou com a forma da morena se referir à própria vida outras vezes.  
   
Lauren sorriu ao mesmo tempo em que deixou uma lágrima escorrer pelo rosto, que foi amparada por um beijo de Camila.  
   
- Quero ser sua companhia, quero dividir as ideias, notícias, as novidades, quero dormir abraçada, ir ao supermercado, assistir um filme, rir junto… quero ser sua rotina. – sorriu.  
- Você é a melhor parte do meu dia a dia. – também sorriu. – É minha rotina preferida.

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