Peter e eu sentamos um ao lado do outro no “piso” e olhamos para a lua em silêncio, porém o eclipse ainda não tinha começado.
Cansada, deitei-me apoiando minha cabeça em um dos braços e fiquei observando as estrelas.
— Então, como foi seu dia? — Peter perguntou olhando para mim.
— Quer mesmo saber? — Fiz uma careta.
— Foi tão mal assim?
— Bom, eu fiquei ensaiando algumas músicas com a Mary Jane e o Jeff.
Peter arqueou uma sobrancelha.
— Aquele cara esquisito?
— É, ele. Sabia que os nossos sentido aranha ficam enlouquecidos por causa dele?
— Sério?
— Sim. E o estranho é que ele ainda não fez nada, além de ser um pouquinho incoveniente.
— Vamos pedir para o Amadeus fazer uma pesquisa sobre ele.
Assenti, voltando a ficar sentada.
O eclipse lunar finalmente começou, então, apoiei minha cabeça no ombro de Peter e nós dois começamos a observá-lo.
Quando a sombra da Terra estava no meio da Lua, ouvimos o alerta de perigo da base aérea, e vimos todas as armas serem acionadas.
Peter e eu descemos por uma abertura, indo direto até a sala do Amadeus. Ava, Danny e Sam estavam lá, acompanhados de um Nick Fury zangado.
— O que está acontecendo? — Perguntei em voz alta por causa do alarme.
— Alguém está tentando hackear o sistema da S.H.I.E.L.D. — Disse Amadeus digitando rapidamente em seu teclado — Ele está mexendo nos arquivos!
De repente, todas as luzes da base aérea se desligaram, menos as luzes de emergência. Ficamos no escuro por alguns minutos, até uma mensagem no computador de Amadeus clarear o local, que dizia “Vírus Detectado”.
Amadeus continuou mexendo até que o vírus finalmente foi isolado e removido do sistema. Mas ele ainda parecia nervoso.
— Amadeus, que cara é essa? — Perguntei aflita — Você conseguiu deter essa coisa, não conseguiu?
— Sim.
— E então?
— Ele estava tentando acessar a duas identidades e, aparentemente, conseguiu.
— E de quem são? — Perguntou Ava.
— Da Gwen e do Peter.
Senti o chão sob meus pés sumir.
Se minha identidade sair na mídia, vilões iriam usar isso a seu favor para me atingir e atingir aqueles que amo.
Peter, percebendo meu nervosismo, aproximou-se de mim e segurou minhas mãos, dizendo:
— Fique calma, não vai acontecer nada. Mas se tivermos que dizer ao mundo quem nós somos, saiba que estarei do seu lado quando isso acontecer.
Sem dizer mais nada, eu o abracei escondendo meu rosto em seus ombros.