Sem revisão.
Tenham uma boa leitura!
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— Está tudo bem? — Liana o perguntou mas não obteve resposta, William havia passado a manhã toda pensativo, e só agora quase na hora de ir embora, ela teve coragem de perguntar.
— William? — novamente o chamou — William! — falou alto conseguindo a atenção dele.
— Algum problema? Você estava voando — ela sorriu ao dizer.
— Problemas com a minha filha — ele contou — Ela tem medo de mim, ela não quer ficar comigo — disse.
— Medo? Porque ela teria medo de você? — ela o olhou.
— Eu não sei, mas tenho quase certeza que Helena está por trás disso — ele comentou.
— Bem, talvez a sua filha esteja apenas achando tudo isso estranho. Ela é uma criança e você é um estranho para ela, ainda — ela comentou e segurou a mão dele — Deve estar sendo difícil para ela, essa nova vida entende? Ela só precisa de tempo e de bastante amor — lhe ofereceu um sorriso singelo, e ele a beijou.
— Você está certa! — ele consultou o relógio, para em seguida se levantar — Vamos, eu te levo em casa — a chamou e ela o seguiu.
****
Uma semana havia passado, e a situação de William com sua filha só havia piorado. A garota, agora, insistia em ir embora, vivia choramingando e agora nem comer ela queria mais, ele não sabia o que fazer.
— Senhor? — a babá o chamou — Eu estou preocupada com Alayla, cada dia que passa, ela a fica pior, está mais magra e não quer nem se levantar da cama, já tentei de tudo — ela disse, realmente preocupada com a menina.
William suspirou frustrado, nem mesmo o seu irmão, qua havia voltado de viajem, conseguiu se aproximar da garota. Ele nunca pensou que ter um filho seria tão complicado assim.
— Tudo bem, eu vou tentar conversar com ela — ele disse, iria tentar mais uma vez, e tinha esperança de que não falhasse mais uma vez.
— Alayla — ele entrou no quarto e sabia que a filha fingia estar dormindo — Sei que está acordada, enfim, você precisa se alimentar filha, eu não quero que você fique doente — ele tentou — Alayla olha para mim — pediu, mas sem sucesso, ele a observou bem, tentando achar alguma maneira de fazer com ela pelo menos comesse algo, mas nada veio na sua mente, apenas uma pessoa.
Ele rapidamente retirou o celular do bolso e discou para o seu irmão, na empresa.
— Dylan, preciso que traga Liana aqui, por favor — ele quase implorou para o mais novo.
— Tudo bem William, já estou chegando — Dylan respondeu rápido, notando o desespero que havia na voz do irmão.
William encerrou a ligação e resolveu esperar na sala, tamborilava os dedos em sua poltrona, ele estava chateado e preocupado, sua filha não o amava e estava ficando doente.
****
— Você sabe porque o chefe não veio hoje? — Heitor a perguntou enquanto a entregava um copo de café.
Liana tentou achar uma resposta mas não encontrou. A verdade é que ele estava distante, sempre que o via ele estava preocupado.
Queria poder ajuda-lo de alguma forma
— Eu não sei porque ele não veio hoje — ela o respondeu.
— Eu acho que...— ele iria dizer algo mas foi interrompido pela entrada abrupta de Dylan.
— Bom dia — ele saudou os dois — Liana, William precisa de você, por isso venha comigo — pediu educadamente, ela o olhou e assentiu brevemente.
Saíram dali depressa, deixando para trás um Heitor antonito e curioso.
Durante o trajeto, Dylan contou a ela o que o irmão estava vivendo com a filha.
— Ela não quer nem comer mais — ele a disse. Ela o ouvia atentamente, sem entender em como iria ajuda-lo.
— Acho que a única capaz de resolver esse problema é a avó dela — ela comentou.
— Helena só se importa com sí mesma — disse com raiva. Já estavam no elevador do prédio em que ele e o irmão moravam.
****
William se levantou rapidamente ao ver o seu irmão acompanhado de Liana.
— Oi — ela falou um tanto sem jeito, seu olhar foi diretamente para a mulher que saia de um corredor.
Quem é ela?
— Que bom que chegaram! Venha comigo — ele a chamou, e ela o seguiu passando por aquela mulher, a qual ela só deu um aceno de cabeça, mas notou que a mesma os seguia.
— Dylan me contou tudo — ela começou — Como posso te ajudar? — o perguntou e ele se abaixou na frente dela.
— Converse com ela Liana, Alayla só quer a avó, mas a mesma esta viajando, eu já tentei de tudo — disse.
— Tudo bem — ela disse e ele a guiou até o quarto da sua filha.
****
Alayla ouvia vozes diferentes mas não se importou em saber quem era. Liana entrou no quarto sozinha e notou como o cômodo era lindo, era realmente o sonho de muitas garotinhas.
Suspirou ao se aproximar da cama da menina, ela realmente estava magra. Liana passou a mão nos cabelos castanho da pequena e começou a acaricia-lo carinhosamente.
— Oi Alayla — ela começou — Você não me conhece mas eu conheço você, pelo menos um pouco — sorriu sozinha — Não quer me conhecer? — continuou acariciando o cabelo da menina — Eu posso ser legal — sugeriu — O dia está tão bonito, é um desperdício ficar deitada aí — Liana suspirou — Sabe, eu não perderia a chance de sair por aí e correr, pular e fazer várias outras coisas .
— Quando eu era pequena gostava muito de fazer essas coisas, mas um dia eu perdi a capacidade de andar... — ela contou e sorriu ao ver que tinha conseguido a atenção de Alayla.
Alayla olhou para Liana e seus olhos pararam na cadeira de rodas.
— Você não pode mais caminhar? — ela perguntou curiosa.
— Uma vez o médico me disse que eu poderia caminhar, mas eu acredito que não — a respondeu.
— Que dó! — falou com sua voz fininha de criança e deu um abraço em Liana que recebeu de muito bom grado — Qual é o seu nome? Você veio me levar embora, para longe do homem mal? — perguntou.
A cadeirante a olhou de cenho franzido.
— Liana — respondeu — De que homem mal você está se referindo? — ela o perguntou.
— Do meu pai — respondeu e Lia a olhou um tanto espantada — Eu pensei que ele era bom, mas minha vó disse que por culpa dele a minha mãe morreu, e disse também que ele não queria que eu nascesse — ela contou com os olhinhos cheios de lágrimas.
Que tipo de pessoa inventa algo assim para uma criança?
Se perguntou, e passou a mão pelo rosto com raiva de Helena.
— Vem aqui flor — a chamou e a trouxe para o seu colo — Deixa eu lhe dizer, olha, a sua avó está enganada — ela disse e a garota a ouvia atentamente — A verdade é que, o seu pai nunca soube de você, quando ele descobriu que tinha uma filha, ele ficou triste e alegre, triste porque queria ter visto você nascer, ter visto você dar os primeiros passinhos, ter falado as primeiras palavras. E feliz porque ele tinha uma filha e iria vê-la e iria tê-la consigo — ela sorriu ao dizer e a garota a acompanhou.
— Seu pai não foi no culpado pela morte da sua mãe, ele foi o que mais sofreu com a morte dela — suspirou — Você é um presente para ele, William te ama muito Alayla, ele não é mal acredite em mim — a olhou.
— Então porque a vovó mentiu para mim? — perguntou.
— Isso eu não sei, mas lhe garanto que tudo que ela disse sobre o seu pai é um terrível engano — garantiu — Você acredita em mim? — perguntou.
— Eu acredito sim — ela sorriu — Que bom que isso tudo é mentira, porque eu sempre quis conhecer o meu pai e abraça-lo bem forte — ela disse — Eu estou com fome.
— Vem, você vai poder abraçar o seu pai e comer também — sorriu.
Liana seguiu com a sua cadeira de rodas para fora do quarto, com a menina ainda em seu quarto.
— Isso é legal! — exclamou Alayla, ela havia gostado da cadeira de rodas elétrica.
William pensou ser alucinação, quando viu a sua filha no colo de Liana com um sorriso imenso no rosto.
— Você conseguiu Liana — ele disse ao se aproximar das duas.
— Alayla tem algo para fazer, não é? — ela disse olhando para a menina.
— Tenho sim! — exclamou e saltou do colo de Liana para o pescoço do pai, que se espantou ao receber o abraço da filha — Desculpe-me papai, eu fui muito má com você — pediu ainda grudada no pescoço do pai.
— É claro que eu te desculpo filha — sua voz saiu trêmula, ele estava emocionado.
— Ela está com fome William — Liana disse, e ele a lançou um olhar de gratidão.
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— O que exatamente você fez? — perguntou enquanto observava a filha de longe.
— Só conversei com ela — respondeu Liana, estava feliz por ele e pela filha.
William não sabia dizer o que sentia por ela, a única coisa que sabia era que cada dia que passava esse sentimento se tornava mais forte.
Desculpem-me pela demora!
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Até