— Ben, por favor. Abaixa isso. — Digo assustada.
Por mais que eu e Ben tivéssemos quase os mesmos poderes, eu estava com uma grande desvantagem com relação ao meu ferimento. Eu poderia ter força e reflexos sobre-humanos, mas meu poder de cura era de como o de qualquer outra pessoa.
— Você não entende, não é? Você não consegue nem ficar em pé direito e quer acabar com o Oc? Você só pode estar brincando.
— Sei que não posso sozinha, e é por isso que quero pedir sua ajuda, Ben.
— Esquece — Diz ele se afastando — Minha missão não é essa.
— Por favor, Ben.
De repente, ouvimos vozes ao fundo se aproximarem de nós. Pareciam ser a Ava, o Amadeus e o Peter.
— Esta aí a sua ajuda.
Assim que os três entraram na sala, Escarlate já havia sumido.
Ava e Amadeus se aproximaram de mim e olharam para o meu ferimento, provavelmente preocupados. Era difícil dizer com aquelas máscaras.
— Você está bem? — Perguntou o Amadeus.
Assenti, com um leve sorriso.
— 'Tá na cara que você não está. — Ava, gentileza em pessoa — Danny nos contou tudo. Onde é que está o "octopode"?
— Octopus, Ava. E eu não sei onde ele está. Em algum lugar desse laboratório talvez.
— Amadeus e eu vamos dar uma olhada. Peter, fique aqui com ela.
Ava saiu apressada acompanhada de Amadeus, enquanto Peter se aproximava de mim. Ele sentou-se ao meu lado e ficou olhando meu ferimento, como se quisesse me dizer alguma coisa.
— Eu vou ficar bem, se é isso o que está pensando.
Peter ainda continuou calado.
— A sua tia está bem?
— Está. Obrigado por ter salvo ela.
— É o meu trabalho. Salvar pessoas inocentes de vilões como o Dr. Octopus.
Peter me abraçou de repente, me pegando de surpresa.
— Você é uma boba, Gwen — Disse ele com a voz trêmula.
Boba? Eu?
— Mas por quê?
— Você se arriscou vindo ate aqui. Se machucou.
— Faria tudo de novo, se for preciso.
Peter ainda estava com os braços em volta de mim.
— Ei, tudo bem. Já acabou.
— Está enganada, Mulher-Aranha. Isso está muito longe de acabar.
Octopus?!
O vilão estava segurando Ava e Amadeus com seus braços robóticos. Os dois estavam desacordados, mas fora isso não pareciam machucados.
— Solte-os, Octopus! — Gritei irritada.
Dr.Oc riu.
— Você ainda acha que pode fazer alguma coisa contra mim? Seus esforços só vão fazer sua situação piorar. Quanto mais você se esforçar, mais sangue vai perder.
— Sou mais forte do que você pensa.
No mesmo instante, joguei minha teia em seu rosto fazendo-o soltar Ava e Amadeus. Peter começou a lutar contra ele e quando fui me juntar a ele, algo pegou em meu braço e me jogou com força contra a parede. Era um daqueles assassinos de aranha, o Fantasma-Aranha.
Tentei dar vários socos nele mas era como se eu estivesse golpeando o ar; foi quando o Fantasma-Aranha se telestransportou para atrás de mim e me jogou contra uma mesa cheia de instrumentos de laboratório. Vários pedaços de vidro passaram pelo uniforme e conseguiram me cortar, mas eu estava com tanta raiva que a dor era o menor de meus problemas.
Quando me virei para o meu adversário, o Aranha que havia me golpeado momentos antes se aproximou do Fantasma-Aranha e o dispensou da luta.
— Ela é minha. — Disse ele mostrando cada um de seus enormes espinhos.
Tirei um pedaço grande de vidro de minha perna e o segurei com força, olhando fixamente para ele.
— Pode vir, Aranha-Espinho.