Medida Certa | camren [Conclu...

Door jennie_xp

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Camila tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se... Meer

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capitulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56-Final

capítulo 9

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Door jennie_xp

Capítulo 09

Como de costume, Camila levantou cedo. Quis ligar para Lauren, mas achou que ia parecer uma adolescente ansiosa. Não sabia se era pra ir logo ou pra ir perto do almoço, então saiu de casa as nove e foi devagar até chegar ao apartamento dela. Anunciou na portaria e sua entrada foi autorizada. Lauren a atendeu enquanto falava ao telefone. Piscou pra ela e fez sinal para que entrasse.  
  
- Eu sei, já falei com eles que se não mudar a modelo a campanha não vai dar certo. Sabe como esse pessoal é né Derek? Querem do jeito deles e que dê resultado. Já dei a minha opinião, se não mudarem paciência. Vou fazer com que assinem um termo de compromisso… Sim… não tô ligando se a campanha decolar e eu ficar com cara de tacho. Eu simplesmente acho que não vai dar certo porque a modelo é feia e sem talento. Infelizmente a mídia não perdoa, o comercial ficou amador… Ta bom, amanhã a gente conversa… Sim, se eles não mudarem vai ser veiculado na terça de manhã. Ok, beijos.  
  
Camila tinha ido para a varanda, estava distraída olhando a vista. Lauren chegou por trás dela e passou o braço em sua cintura.  

- Ei, bom dia. – beijou seus cabelos.  
- Desculpa te atrapalhar no telefone.  
- Não atrapalhou. Derek me ligou preocupado com uma campanha que fizemos de uma marca de lingerie. Não gostei da modelo, os donos insistiram em colocar a filha deles e não ficou legal.  
- Ela é feia, pelo que você falou. Perdoe, mas não teve como não ouvir.  
- Sem problemas, não é segredo na agência que eu achei ela feia. – riu. – Digamos que ela não segue os padrões e o mercado hoje em dia é cruel. Bom, fiz a minha parte, se não mudarem, vão arcar com o prejuízo.  
- E você fala na cara deles que a campanha não vai dar certo?  
- Claro! Com jeito né? Preciso dizer, senão eles colocam a culpa na agência. É sempre assim, vêm com a ideia mais banal e quer que a gente faça um milagre.  
- Sei como é isso. Já tive cliente que pediu pratos que não combinavam com a época do ano e isso estragou totalmente a festa. No início eu aceitava, tinha pouca experiência com as pessoas. Depois passei a me impor e não acatar todas as ideias dos clientes. Quando dá errado, sempre sobra pra quem fez, não pra quem idealizou.  
- Pois é. – Lauren a abraçou mais forte. – Dormiu bem? – mexeu nos cabelos dela.  
- Sim, acordei cedo. Não consigo acordar tarde, mesmo cansada eu levanto, faço minhas coisinhas e até durmo de novo depois.  
- Eu acordei pouco antes de você chegar. – riu sem graça. – Tomei um banho e quando saía Derek me ligou.  
- Dorminhoca. – Camila se virou e beijou-lhe os lábios.  
- Muito, embora não me orgulhe desse defeito.  
- Não é defeito, é uma característica. – sorriu.  
- Quer sair pra darmos uma volta?  
- Está tão calor Lauren! Confesso que se sairmos prefiro ir de carro.  
- Ta bom, a gente passeia e depois almoça.  
  
Saíram de carro e rodaram pela cidade, até que resolveram almoçar em Niterói.  
  
- Não conhecia esse restaurante. – Lauren falou olhando em volta.  
- É, digamos que eu conheça muitos restaurantes, bistrôs, cafés e lanchonetes. O dono desse lugar já foi meu chefe também. É um dos responsáveis por eu ser quem sou.  
  
Quando terminou de falar Antônio apareceu.  

- Camila! Que surpresa!  
- Oi Antônio, quanto tempo! – abraçou-o.  
- Se soubesse que viria teria preparado algo especial.  
- Que isso, tudo que faz já é especial. – sorriu. – Essa é minha amiga Lauren, a trouxe aqui para conhecer seu restaurante.  
- Muito prazer. – falaram.  
- Não vou pedir nada, quero sua sugestão. – Camila falou.  
- Então sentem e fiquem a vontade.  
  
Antônio entrou para a cozinha e pediu que as servissem. A sugestão foi Kebab de Frango em Dianada de coentro. As duas almoçaram se deliciando.  
  
- Nossa, ele é bom hein?  
- Um mestre da culinária em minha opinião. – Camila comentou.  
  
Depois de almoçarem foram até a cozinha conhecer a equipe e não teve um que não pediu um autógrafo de Camila. Lauren se impressionou com aquilo. Dentro do carro ela falou empolgada.  
  
- Meu Deus! Nunca namorei uma artista.  
  
A chef teve que rir.  
  
- Deixa de ser boba! Nem sou famosa. Quando tinha a idade deles eu também pedia autógrafo aos chefs que mais gostava, aliás, faço isso até hoje.  
- Fala como se fosse uma velha, aquele pessoal é quase da sua idade. Se tiver alguém velho aqui sou eu.  
- Trinta anos nas costas viu?  
- Vou fazer trinta e seis e nem por isso fico dando uma de anciã.  
  
Camila ria do jeito de falar da morena, realmente era divertido passar o dia com ela. Lauren parou de graça e falou olhando para a chef.  
  
- Desde que saímos do meu apartamento estou louca pra te dar um beijo, mas não tivemos oportunidade. Agora eu posso?  
- Não vão nos ver? – Camila olhou em volta.  
- Os vidros desse carro são tão escuros que não veem nem um urso polar aqui dentro. É só um beijo, não vou te agarrar.  
  
Mas a promessa não se cumpriu. Entre um beijo e outro, Lauren não se segurou, passeou suas mãos pelo corpo de Camila e ela não resistia. Aquele amasso só parou porque bateram no vidro. Camila se recompôs rapidamente e Lauren baixou o vidro com a cara mais lavada.  
  
- O que foi?  
- A senhora tem um trocado?  
- Garoto como soube que tinha gente dentro do carro? – a cara era de espanto.  
- Pelos movimentos. – o menino respondeu com malícia. 

Lauren tirou um dinheiro e deu a ele.  

- Pela criatividade moleque! – sorriu pra ele e fechou o vidro.  
- Ninguém nos vê, não é?! – a chef estava contrariada.  
- E não viram, você ouviu, foi o balanço do carro. – riu e ligou o veículo. Voltaram para o apartamento em seguida.  
  
Camila manifestou a vontade de ir pra casa, mas Lauren insistiu que ela ficasse.  
  
- Só mais um pouco, nem está tão tarde.  
  
Na verdade a chef queria dormir, havia acordado cedo e muitas vezes quando em casa à tarde tirava um cochilo pra descansar. Queria falar, mas estava sem graça, pensou que Lauren a acharia uma boba.  
  
- É que eu…  
- Que foi? Quer fazer outra coisa? Quer sair de novo?  
- Não, ao contrário, normalmente passo os domingos em casa.  
- Por que não falou? Eu ia pra lá ao invés de você ter vindo.  
- Não Lauren, é que eu… bom… estou com sono, acordei cedo e às vezes durmo de tarde. – olhou para baixo envergonhada.  
- Ah é isso?! Então vem… – Lauren a levou para a sala e ligou a TV bem baixinho. – Deita aqui. – pegou uma almofada e deu a ela. Esticou as pernas na parte cumprida do sofá e Camila colocou o travesseiro ao seu lado, deitando na diagonal.  
  
Mesmo com receio Camila deitou e como Lauren ficou alisando seus cabelos, acabou dormindo rapidamente. A morena assistiu um resto de filme que passava e depois pegou um livro pra ler, mas sempre com uma das mãos acariciando a cabeça de Camila. Já era de tardinha quando ela acordou. Se remexeu, esfregou os olhos e quando os abriu se deparou com um sorriso.  
  
- Depois a dorminhoca sou eu. – Lauren a beijou.  
- Por quanto tempo dormi?  
- Um dia inteiro, hoje é segunda. – brincou.  
- Não é nada, sua boba. – se levantou e ajeitou-se no sofá, espreguiçou de novo. – Nossa, acho que nunca dormi tão tranquila. – olhou para Lauren. – Seu sofá é bom.  
- Poxa, achei que ia dizer que meus carinhos a fizeram dormir. Você não me dá credito. – fingiu se chatear.  
  
Camila olhou pra cara dela e teve vontade de rir. Então segurou seu rosto e beijou sua boca bem devagar, mordendo o lábio inferior no final.  
  
- Você também me fez dormir bem viu? Dramática!  
- Tenho que fazer drama pra ganhar elogio e uns beijinhos.  
- Não precisa disso. – beijou de novo. – Acho que preciso ir.  
- Acha? Se acha não tem certeza e se não tem certeza eu digo que não é hora de ir. Ta cedo e você não tem nada pra fazer em casa que eu sei. Que tal namorarmos na varanda?  

Camila hesitou, não estava mais acostumada com aquilo.  
  
- Bom, se não quiser tudo bem, eu só sugeri.  
- Eu disse que não sou uma boa companhia, tem horas que eu não sei como agir com você. Acho que perdi o jeito de namorar.  
- Vamos devagar né? Acho que estamos até indo bem.  
  
Foram pra varanda e sentaram na cadeira maior. Lauren se recostou e abriu as pernas, Camila sentou entre elas, mas virada de lado, com as duas pernas em cima da perna da morena. Lauren somente queria a presença da chef, ficar ao lado dela e curtir a companhia. Poder conversar, rir, contar piada e fazê-la rir. Adorava o sorriso dela.  

- Sua semana está cheia?  
- Um tanto quanto. Meu próximo final de semana não terei folga como nesse. Trabalharei sexta e sábado. E normalmente vou ao café aos domingos, só não fui nesse porque vim pra cá, saímos e agora não há a necessidade de passar lá.  
- Quer dizer que deixou de ir a um compromisso por mim?  
- Ta vendo como tem importância? E ainda faz drama. – riu. – Normalmente a semana é cheia e no início de ano aparecem muitas festas. Na verdade não é início de ano, é meio sazonal, em maio tem muitos casamentos, em junho muita festa religiosa e dias dos namorados. Julho é mais tranquilo, mas quando vai chegando agosto a coisa aperta de novo até chegar ao fim do ano. Essa semana reservei um dia para o aniversário de Dinah, todo ano fazemos uma festinha lá no café.  
- Dinah é uma boa pessoa.  
- Ah sim, você que o diga né? – olhou com reprovação, mas riu depois. – São comparsas.  
- Foi por uma boa causa. – beijou-a.  
- Sei… – olhou desconfiada. – Enfim, aí fechamos o café e só entra quem tem convite. Ela fica toda boba porque muitos disputam o aniversário dela no tapa.  
- Será que ganho um convite dela?  
- Não pode ser de mim?  
- Melhor ainda! – sorriu. – Olha, não quero atrapalhar seu dia a dia, mas gostaria de ver você. Também tenho meus compromissos e algumas vezes viajo para São Paulo, pra nossa filial lá, mas sempre volto no mesmo dia. – Lauren vacilou um pouco pra falar, não sabia qual a reação de Camila. – Será que a gente vai conseguir se ver todo dia?  
- Isso é importante pra você? – a chef perguntou tentando ser compreensível.  
- Muito.  
- Então daremos um jeito, mas o dia que não der, nos falamos por telefone.  
  
Aos poucos as duas se entendiam e isso animava Lauren. Entre um beijo e uma carícia as coisas foram esquentando. Camila usava uma blusa com zíper na frente e ele era convidativo. Lauren percorria suas mãos pelo corpo dela e bem devagar foi abrindo a blusa, deixando aparecer o sutiã. O peito de Camila arfava e seus olhos estavam fechados. Sentia os beijos de Lauren descendo pelo pescoço, estava totalmente entregue. A morena segurou sua nuca e acariciou os cabelos enquanto sua língua procurava espaço entre os seios. Sentia o perfume da chef e ficava mais inebriada. Ao puxar o sutiã, sentiu as mãos firmes dela segurarem a sua.  
  
- Está na hora de ir, amanhã acordo cedo. – Camila falou ainda ofegante.  
- Tem que ser exatamente agora? – Lauren tentava voltar ao clima.  
- Nesse exato momento! – se levantou e ajeitou a roupa, fechando o zíper da blusa.  
  
Lauren fechou os olhos e suspirou.  
  
- Não quero voltar muito tarde, não gosto de dirigir a noite sozinha.  
- Quer que eu te acompanhe? Depois pego um táxi.  
- Não precisa, não quero que fique zanzando por aí de noite, é perigoso.  
- Ta bom. Vou te levar até o carro.  
  Desceu com ela e se despediram com um beijo caloroso, daqueles pra ficar guardado na memória.  
  
- Quando estiver mais tranquila no trabalho, me liga.  
- Ok.  
  
Camila voltou pra casa em brasa, precisava de um banho frio e urgente. Ligou o ar condicionado no máximo pra tentar esfriar o corpo. Lauren tomou uma água gelada e tirou a roupa pra se acalmar.  

Na segunda, quando Camila botou os pés no escritório, Dinah apareceu pra falar do aniversário.  
  
- Patroinha, bom dia! Essa semana tem festinha e… que cara é essa? – olhou espantada. – Você andou beijando na boca.  
- Que isso? Deixa de ser boba.  
- Beijou sim, está com a pele mais bonita e um sorriso idiota nos lábios. Me conta! Eu não saio dessa sala até você contar.  
  
Camila tinha acabado de mandar uma mensagem para o celular de Lauren dizendo que a manhã estava tranquila, então ela ligou e Dinah viu o nome dela no celular.  
  
- Lauren! Ahhh, eu sabia! Graças a Deus, o senhor ouviu minhas preces. Agora posso tirar seu nome da capelinha.  
- Que capelinha? Para com isso.  
- Vocês ficaram! Conta logo Camila, fica de jogo duro, sabe que sou a pessoa que mais torço pela sua felicidade.  
- Ta bom ficamos. Agora espera. – atendeu ao telefone.- Oi, bom dia. Me dá um minuto que te retorno, estou conversando com Dinah. Beijo. – desligou.  
- Hum… mandando beijo. – ironizou a secretária.  
- Parou! Não gosto desse tipo de brincadeira. – olhou sério pra Dinah. – Se quer saber o que aconteceu, senta aí e escuta… e nada de piadinhas. Se você é a única pessoa que sabe tudo da minha vida, é porque sempre ouviu sem fazer qualquer julgamento ou comentário maldoso. Vai começar agora?  
- Não. – Dinah olhou assustada. – Só estava brincando, sabe que torço por você.  
- Eu fiz a festa das amigas de Lauren, depois elas me convidaram a participar já no final quando estavam só elas e os amigos.  
  
Camila contou tudo, falou das conversas e Dinah ficou atenta.  
  
- Quando íamos embora eu resolvi chamar Lauren pra almoçar na minha casa, ela aceitou e nós ficamos. Resolvi tentar, mas não crio expectativas.  
- Ela sabe que não cria?  
- Não sei.  
- E está gostando?  
- Estou… – sorriu timidamente. – Ela é uma pessoa muito legal, é agradável, gosto de ficar ao lado dela. Só que eu é que sou fechada demais. Acho que não estou sabendo lidar com esse namoro.  
- Já é namoro?  
  
Camila falou do pedido antecipado da publicitária e de como o aceitou no sábado. 

- Vocês são muito românticas, mais do que eu imaginava. – riu e levou um olhar severo. – Ta, sem brincadeiras. Acho que tem que relaxar e deixar a coisa andar sozinha.  
- Não sei como agir. – Camila falou indecisa.  
- Não tem que saber, essas coisas vão pelo instinto. Faça o que tiver vontade, não tenha vergonha ou pense em protocolos. Isso só vai te frear. Siga seu coração e deixe que ela siga o dela, não meça palavras para elogiá-la se tiver vontade e nem deixe de fazer um carinho quando quiser.  
  
Camila tomou aquelas palavras como um conselho, só que na teoria era fácil, queria ver na prática. 

Quarta-feira chegou e foi o aniversário de Dinah. Fizeram uma pequena comemoração no café e com amigos bem íntimos e a família dela. Lauren apareceu quase no meio da festa, estava vindo de São Paulo e assim que chegou foi direto pra lá.  
  
- Desculpe a demora, o voo atrasou. – abraçou a aniversariante.  
- Está desculpada. Estou feliz por ter conseguido conquistar o coração daquela chef ali. – apontou pra Camila que conversava com Cristina.  
- Será que conquistei? Ela ainda ta meio pé atrás comigo. – sorriu.  
- É assim mesmo, coisa de mineiro desconfiado. Já, já ela cede.  
  
Lauren se aproximou da chef e a abraçou, mas Camila não estreitou muito esse abraço. Quis se conter na frente dos convidados.  
  
- Que foi? – a morena perguntou.  
- Na frente das pessoas não, sabe como esse povo é né, fica comentando por qualquer coisa.  
- Ah sim, desculpa.  
  Lauren não tinha problemas em ser gay e que isso fosse público, mas viu que para Camila era. Teriam que conversar sobre isso, porque assim que soubessem que a chef frequenta sua casa e saía com ela, já iriam associar. Isso seria um problema, mas não quis pensar nele àquela hora. Já que Camila queria disfarçar, Lauren foi conversar com outras pessoas, conhecia alguns dos convidados. Engatou um papo com uma jornalista e isso acabou incomodando a chef.  
 

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Medida certa - cap 9

CAPÍTULO 09

Como de costume, Camila levantou cedo. Quis ligar para Lauren, mas achou que ia parecer uma adolescente ansiosa. Não sabia se era pra ir logo ou pra ir perto do almoço, então saiu de casa as nove e foi devagar até chegar ao apartamento dela. Anunciou na portaria e sua entrada foi autorizada. Lauren a atendeu enquanto falava ao telefone. Piscou pra ela e fez sinal para que entrasse.  
  
- Eu sei, já falei com eles que se não mudar a modelo a campanha não vai dar certo. Sabe como esse pessoal é né Derek? Querem do jeito deles e que dê resultado. Já dei a minha opinião, se não mudarem paciência. Vou fazer com que assinem um termo de compromisso… Sim… não tô ligando se a campanha decolar e eu ficar com cara de tacho. Eu simplesmente acho que não vai dar certo porque a modelo é feia e sem talento. Infelizmente a mídia não perdoa, o comercial ficou amador… Ta bom, amanhã a gente conversa… Sim, se eles não mudarem vai ser veiculado na terça de manhã. Ok, beijos.  
  
Camila tinha ido para a varanda, estava distraída olhando a vista. Lauren chegou por trás dela e passou o braço em sua cintura.  
 

- Ei, bom dia. – beijou seus cabelos.  
- Desculpa te atrapalhar no telefone.  
- Não atrapalhou. Derek me ligou preocupado com uma campanha que fizemos de uma marca de lingerie. Não gostei da modelo, os donos insistiram em colocar a filha deles e não ficou legal.  
- Ela é feia, pelo que você falou. Perdoe, mas não teve como não ouvir.  
- Sem problemas, não é segredo na agência que eu achei ela feia. – riu. – Digamos que ela não segue os padrões e o mercado hoje em dia é cruel. Bom, fiz a minha parte, se não mudarem, vão arcar com o prejuízo.  
- E você fala na cara deles que a campanha não vai dar certo?  
- Claro! Com jeito né? Preciso dizer, senão eles colocam a culpa na agência. É sempre assim, vêm com a ideia mais banal e quer que a gente faça um milagre.  
- Sei como é isso. Já tive cliente que pediu pratos que não combinavam com a época do ano e isso estragou totalmente a festa. No início eu aceitava, tinha pouca experiência com as pessoas. Depois passei a me impor e não acatar todas as ideias dos clientes. Quando dá errado, sempre sobra pra quem fez, não pra quem idealizou.  
- Pois é. – Lauren a abraçou mais forte. – Dormiu bem? – mexeu nos cabelos dela.  
- Sim, acordei cedo. Não consigo acordar tarde, mesmo cansada eu levanto, faço minhas coisinhas e até durmo de novo depois.  
- Eu acordei pouco antes de você chegar. – riu sem graça. – Tomei um banho e quando saía Derek me ligou.  
- Dorminhoca. – Camila se virou e beijou-lhe os lábios.  
- Muito, embora não me orgulhe desse defeito.  
- Não é defeito, é uma característica. – sorriu.  
- Quer sair pra darmos uma volta?  
- Está tão calor Lauren! Confesso que se sairmos prefiro ir de carro.  
- Ta bom, a gente passeia e depois almoça.  
  
Saíram de carro e rodaram pela cidade, até que resolveram almoçar em Niterói.  
  
- Não conhecia esse restaurante. – Lauren falou olhando em volta.  
- É, digamos que eu conheça muitos restaurantes, bistrôs, cafés e lanchonetes. O dono desse lugar já foi meu chefe também. É um dos responsáveis por eu ser quem sou.  
  
Quando terminou de falar Antônio apareceu.  
 

- Camila! Que surpresa!  
- Oi Antônio, quanto tempo! – abraçou-o.  
- Se soubesse que viria teria preparado algo especial.  
- Que isso, tudo que faz já é especial. – sorriu. – Essa é minha amiga Lauren, a trouxe aqui para conhecer seu restaurante.  
- Muito prazer. – falaram.  
- Não vou pedir nada, quero sua sugestão. – Camila falou.  
- Então sentem e fiquem a vontade.  
  
Antônio entrou para a cozinha e pediu que as servissem. A sugestão foi Kebab de Frango em Dianada de coentro. As duas almoçaram se deliciando.  
  
- Nossa, ele é bom hein?  
- Um mestre da culinária em minha opinião. – Camila comentou.  
  
Depois de almoçarem foram até a cozinha conhecer a equipe e não teve um que não pediu um autógrafo de Camila. Lauren se impressionou com aquilo. Dentro do carro ela falou empolgada.  
  
- Meu Deus! Nunca namorei uma artista.  
  
A chef teve que rir.  
  
- Deixa de ser boba! Nem sou famosa. Quando tinha a idade deles eu também pedia autógrafo aos chefs que mais gostava, aliás, faço isso até hoje.  
- Fala como se fosse uma velha, aquele pessoal é quase da sua idade. Se tiver alguém velho aqui sou eu.  
- Trinta anos nas costas viu?  
- Vou fazer trinta e seis e nem por isso fico dando uma de anciã.  
  
Camila ria do jeito de falar da morena, realmente era divertido passar o dia com ela. Lauren parou de graça e falou olhando para a chef.  
  
- Desde que saímos do meu apartamento estou louca pra te dar um beijo, mas não tivemos oportunidade. Agora eu posso?  
- Não vão nos ver? – Camila olhou em volta.  
- Os vidros desse carro são tão escuros que não veem nem um urso polar aqui dentro. É só um beijo, não vou te agarrar.  
  
Mas a promessa não se cumpriu. Entre um beijo e outro, Lauren não se segurou, passeou suas mãos pelo corpo de Camila e ela não resistia. Aquele amasso só parou porque bateram no vidro. Camila se recompôs rapidamente e Lauren baixou o vidro com a cara mais lavada.  
  
- O que foi?  
- A senhora tem um trocado?  
- Garoto como soube que tinha gente dentro do carro? – a cara era de espanto.  
- Pelos movimentos. – o menino respondeu com malícia. 

Lauren tirou um dinheiro e deu a ele.  
   

- Pela criatividade moleque! – sorriu pra ele e fechou o vidro.  
- Ninguém nos vê, não é?! – a chef estava contrariada.  
- E não viram, você ouviu, foi o balanço do carro. – riu e ligou o veículo. Voltaram para o apartamento em seguida.  
  
Camila manifestou a vontade de ir pra casa, mas Lauren insistiu que ela ficasse.  
  
- Só mais um pouco, nem está tão tarde.  
  
Na verdade a chef queria dormir, havia acordado cedo e muitas vezes quando em casa à tarde tirava um cochilo pra descansar. Queria falar, mas estava sem graça, pensou que Lauren a acharia uma boba.  
  
- É que eu…  
- Que foi? Quer fazer outra coisa? Quer sair de novo?  
- Não, ao contrário, normalmente passo os domingos em casa.  
- Por que não falou? Eu ia pra lá ao invés de você ter vindo.  
- Não Lauren, é que eu… bom… estou com sono, acordei cedo e às vezes durmo de tarde. – olhou para baixo envergonhada.  
- Ah é isso?! Então vem… – Lauren a levou para a sala e ligou a TV bem baixinho. – Deita aqui. – pegou uma almofada e deu a ela. Esticou as pernas na parte cumprida do sofá e Camila colocou o travesseiro ao seu lado, deitando na diagonal.  
  
Mesmo com receio Camila deitou e como Lauren ficou alisando seus cabelos, acabou dormindo rapidamente. A morena assistiu um resto de filme que passava e depois pegou um livro pra ler, mas sempre com uma das mãos acariciando a cabeça de Camila. Já era de tardinha quando ela acordou. Se remexeu, esfregou os olhos e quando os abriu se deparou com um sorriso.  
  
- Depois a dorminhoca sou eu. – Lauren a beijou.  
- Por quanto tempo dormi?  
- Um dia inteiro, hoje é segunda. – brincou.  
- Não é nada, sua boba. – se levantou e ajeitou-se no sofá, espreguiçou de novo. – Nossa, acho que nunca dormi tão tranquila. – olhou para Lauren. – Seu sofá é bom.  
- Poxa, achei que ia dizer que meus carinhos a fizeram dormir. Você não me dá credito. – fingiu se chatear.  
  
Camila olhou pra cara dela e teve vontade de rir. Então segurou seu rosto e beijou sua boca bem devagar, mordendo o lábio inferior no final.  
  
- Você também me fez dormir bem viu? Dramática!  
- Tenho que fazer drama pra ganhar elogio e uns beijinhos.  
- Não precisa disso. – beijou de novo. – Acho que preciso ir.  
- Acha? Se acha não tem certeza e se não tem certeza eu digo que não é hora de ir. Ta cedo e você não tem nada pra fazer em casa que eu sei. Que tal namorarmos na varanda?  
   

Camila hesitou, não estava mais acostumada com aquilo.  
  
- Bom, se não quiser tudo bem, eu só sugeri.  
- Eu disse que não sou uma boa companhia, tem horas que eu não sei como agir com você. Acho que perdi o jeito de namorar.  
- Vamos devagar né? Acho que estamos até indo bem.  
  
Foram pra varanda e sentaram na cadeira maior. Lauren se recostou e abriu as pernas, Camila sentou entre elas, mas virada de lado, com as duas pernas em cima da perna da morena. Lauren somente queria a presença da chef, ficar ao lado dela e curtir a companhia. Poder conversar, rir, contar piada e fazê-la rir. Adorava o sorriso dela.  
 

- Sua semana está cheia?  
- Um tanto quanto. Meu próximo final de semana não terei folga como nesse. Trabalharei sexta e sábado. E normalmente vou ao café aos domingos, só não fui nesse porque vim pra cá, saímos e agora não há a necessidade de passar lá.  
- Quer dizer que deixou de ir a um compromisso por mim?  
- Ta vendo como tem importância? E ainda faz drama. – riu. – Normalmente a semana é cheia e no início de ano aparecem muitas festas. Na verdade não é início de ano, é meio sazonal, em maio tem muitos casamentos, em junho muita festa religiosa e dias dos namorados. Julho é mais tranquilo, mas quando vai chegando agosto a coisa aperta de novo até chegar ao fim do ano. Essa semana reservei um dia para o aniversário de Dinah, todo ano fazemos uma festinha lá no café.  
- Dinah é uma boa pessoa.  
- Ah sim, você que o diga né? – olhou com reprovação, mas riu depois. – São comparsas.  
- Foi por uma boa causa. – beijou-a.  
- Sei… – olhou desconfiada. – Enfim, aí fechamos o café e só entra quem tem convite. Ela fica toda boba porque muitos disputam o aniversário dela no tapa.  
- Será que ganho um convite dela?  
- Não pode ser de mim?  
- Melhor ainda! – sorriu. – Olha, não quero atrapalhar seu dia a dia, mas gostaria de ver você. Também tenho meus compromissos e algumas vezes viajo para São Paulo, pra nossa filial lá, mas sempre volto no mesmo dia. – Lauren vacilou um pouco pra falar, não sabia qual a reação de Camila. – Será que a gente vai conseguir se ver todo dia?  
- Isso é importante pra você? – a chef perguntou tentando ser compreensível.  
- Muito.  
- Então daremos um jeito, mas o dia que não der, nos falamos por telefone.  
  
Aos poucos as duas se entendiam e isso animava Lauren. Entre um beijo e uma carícia as coisas foram esquentando. Camila usava uma blusa com zíper na frente e ele era convidativo. Lauren percorria suas mãos pelo corpo dela e bem devagar foi abrindo a blusa, deixando aparecer o sutiã. O peito de Camila arfava e seus olhos estavam fechados. Sentia os beijos de Lauren descendo pelo pescoço, estava totalmente entregue. A morena segurou sua nuca e acariciou os cabelos enquanto sua língua procurava espaço entre os seios. Sentia o perfume da chef e ficava mais inebriada. Ao puxar o sutiã, sentiu as mãos firmes dela segurarem a sua.  
  
- Está na hora de ir, amanhã acordo cedo. – Camila falou ainda ofegante.  
- Tem que ser exatamente agora? – Lauren tentava voltar ao clima.  
- Nesse exato momento! – se levantou e ajeitou a roupa, fechando o zíper da blusa.  
  
Lauren fechou os olhos e suspirou.  
  
- Não quero voltar muito tarde, não gosto de dirigir a noite sozinha.  
- Quer que eu te acompanhe? Depois pego um táxi.  
- Não precisa, não quero que fique zanzando por aí de noite, é perigoso.  
- Ta bom. Vou te levar até o carro.  
  Desceu com ela e se despediram com um beijo caloroso, daqueles pra ficar guardado na memória.  
  
- Quando estiver mais tranquila no trabalho, me liga.  
- Ok.  
  
Camila voltou pra casa em brasa, precisava de um banho frio e urgente. Ligou o ar condicionado no máximo pra tentar esfriar o corpo. Lauren tomou uma água gelada e tirou a roupa pra se acalmar.  
  
  
Na segunda, quando Camila botou os pés no escritório, Dinah apareceu pra falar do aniversário.  
  
- Patroinha, bom dia! Essa semana tem festinha e… que cara é essa? – olhou espantada. – Você andou beijando na boca.  
- Que isso? Deixa de ser boba.  
- Beijou sim, está com a pele mais bonita e um sorriso idiota nos lábios. Me conta! Eu não saio dessa sala até você contar.  
  
Camila tinha acabado de mandar uma mensagem para o celular de Lauren dizendo que a manhã estava tranquila, então ela ligou e Dinah viu o nome dela no celular.  
  
- Lauren! Ahhh, eu sabia! Graças a Deus, o senhor ouviu minhas preces. Agora posso tirar seu nome da capelinha.  
- Que capelinha? Para com isso.  
- Vocês ficaram! Conta logo Camila, fica de jogo duro, sabe que sou a pessoa que mais torço pela sua felicidade.  
- Ta bom ficamos. Agora espera. – atendeu ao telefone.- Oi, bom dia. Me dá um minuto que te retorno, estou conversando com Dinah. Beijo. – desligou.  
- Hum… mandando beijo. – ironizou a secretária.  
- Parou! Não gosto desse tipo de brincadeira. – olhou sério pra Dinah. – Se quer saber o que aconteceu, senta aí e escuta… e nada de piadinhas. Se você é a única pessoa que sabe tudo da minha vida, é porque sempre ouviu sem fazer qualquer julgamento ou comentário maldoso. Vai começar agora?  
- Não. – Dinah olhou assustada. – Só estava brincando, sabe que torço por você.  
- Eu fiz a festa das amigas de Lauren, depois elas me convidaram a participar já no final quando estavam só elas e os amigos.  
  
Camila contou tudo, falou das conversas e Dinah ficou atenta.  
  
- Quando íamos embora eu resolvi chamar Lauren pra almoçar na minha casa, ela aceitou e nós ficamos. Resolvi tentar, mas não crio expectativas.  
- Ela sabe que não cria?  
- Não sei.  
- E está gostando?  
- Estou… – sorriu timidamente. – Ela é uma pessoa muito legal, é agradável, gosto de ficar ao lado dela. Só que eu é que sou fechada demais. Acho que não estou sabendo lidar com esse namoro.  
- Já é namoro?  
  
Camila falou do pedido antecipado da publicitária e de como o aceitou no sábado. 

- Vocês são muito românticas, mais do que eu imaginava. – riu e levou um olhar severo. – Ta, sem brincadeiras. Acho que tem que relaxar e deixar a coisa andar sozinha.  
- Não sei como agir. – Camila falou indecisa.  
- Não tem que saber, essas coisas vão pelo instinto. Faça o que tiver vontade, não tenha vergonha ou pense em protocolos. Isso só vai te frear. Siga seu coração e deixe que ela siga o dela, não meça palavras para elogiá-la se tiver vontade e nem deixe de fazer um carinho quando quiser.  
  
Camila tomou aquelas palavras como um conselho, só que na teoria era fácil, queria ver na prática. 

Quarta-feira chegou e foi o aniversário de Dinah. Fizeram uma pequena comemoração no café e com amigos bem íntimos e a família dela. Lauren apareceu quase no meio da festa, estava vindo de São Paulo e assim que chegou foi direto pra lá.  
  
- Desculpe a demora, o voo atrasou. – abraçou a aniversariante.  
- Está desculpada. Estou feliz por ter conseguido conquistar o coração daquela chef ali. – apontou pra Camila que conversava com Cristina.  
- Será que conquistei? Ela ainda ta meio pé atrás comigo. – sorriu.  
- É assim mesmo, coisa de mineiro desconfiado. Já, já ela cede.  
  
Lauren se aproximou da chef e a abraçou, mas Camila não estreitou muito esse abraço. Quis se conter na frente dos convidados.  
  
- Que foi? – a morena perguntou.  
- Na frente das pessoas não, sabe como esse povo é né, fica comentando por qualquer coisa.  
- Ah sim, desculpa.  
  Lauren não tinha problemas em ser gay e que isso fosse público, mas viu que para Camila era. Teriam que conversar sobre isso, porque assim que soubessem que a chef frequenta sua casa e saía com ela, já iriam associar. Isso seria um problema, mas não quis pensar nele àquela hora. Já que Camila queria disfarçar, Lauren foi conversar com outras pessoas, conhecia alguns dos convidados. Engatou um papo com uma jornalista e isso acabou incomodando a chef.  
 

- Com quem Lauren está conversando? – perguntou à Dinah.  
- Hum… ciúme… sei. Bom, aquela ali é Cecília, uma amiga da Cris, jornalista e tem uma coluna também, só que fala sobre o Rio de Janeiro. Ah e é gay, assumida!  
  
Camila trincou os dentes. Se pudesse matava a jornalista com um rolo de massa. Surpreendeu-se ao ter esse tipo de pensamento. “Ciúme?! Imagina, não tenho ciúme!” Esperou cantar parabéns e foi andando para a cozinha do café, tinha duas para não misturar com as coisas do buffet. Fiscalizou o andamento das coisas e depois subiu para seu escritório. Ficou lá lendo e escutando as pessoas conversarem.  

- Ela deve estar lá toda animadinha e cheia de gracinhas pra cima daquela jornalista. – resmungava. – Você é idiota Camila! Achou que seria exclusividade? Por isso não me envolvo. – apoiou os cotovelos na mesa e escondeu a cabeça entre as mãos.  
  
Lauren viu quando ela saiu e logo encerrou o assunto com a jornalista, na realidade estava achando um saco. A deixa para sair dali foi quando Camila saiu, deu a desculpa de que queria falar com a chef. Subiu as escadas e viu que a porta do escritório estava fechada, girou a maçaneta e empurrou devagar, não queria assustar a mais nova. A viu de cabeça baixa como se estivesse chateada. Andou devagar até a mesa e sentou na cadeira do outro lado.  

- Posso saber por que a minha gatinha está aqui e não aproveitando a festa lá embaixo?  
  
Camila levantou de repente.  
  
- Nossa, nem vi você entrar. Eu fiquei entediada.  
- A festa ta legal, ouvi vários elogios à seu respeito. E não é isso que a fez subir. Se não quiser contar, tudo bem. Posso ficar aqui pra te fazer companhia?  
- Você não estava ocupada? Conversando com uma amiga… – o tom era de total deboche.  
  
Então Lauren entendeu o motivo do “tédio”. Sorriu, mas disfarçadamente.  
  
- Cecília é uma pessoa animada, mas exagerada também. Fala muito e é efusiva, não gosto.  
- Não parecia, estava tão sorridente.  
- E desde quando tenho falta de educação? Eu tinha que sorrir… Ah, nem quero perder meu tempo falando dela. Já que estou aqui e esses dias foram difíceis no trabalho, aliado à distância da minha namorada, preciso mesmo é de um beijo. Você pode me dar um? – pediu parecendo uma criança.  

Camila olhou pra ela e não aguentou o riso.  
  
- Vem cá criancinha.  
  
Beijaram-se por um bom tempo. Lauren sorriu satisfeita.  
  
- Você tem que ficar aqui até acabar a festa?  
- Acho que sim.  
- Já cantou parabéns.  
- Ela é minha amiga, preciso ficar aqui…  
- Aqui não quer dizer lá embaixo, então eu fico com você.  
  
Puxou a cadeira e ficou de frente pra ela, como a que Camila estava sentada era de rodinhas, Lauren puxou e fez deslizar até que a chef colocasse as duas pernas em cima das suas.  
  
- Saudade dessa boca… 

A voz de Lauren saiu rouca e isso causou um arrepio em Camila. Começaram a se acariciar e por estar de vestido Camila acabou subindo no colo da outra com facilidade. Lauren subiu as mãos pelas pernas dela e apertou as coxas. Apesar de não deixar a mostra, as pernas da chef eram lindas. Subiu as mãos para a cintura e passou levemente o polegar nos seios. Escutou baixinho um gemido em seu ouvido. Estavam envolvidas num amasso quando Camila ouviu a voz de Dinah.  
  
- É a Dinah, ta vindo. – deu um pulo da cadeira e foi até a porta.  
- Opa, ia bater na porta. Nossa que rosto vermelho, você… – Dinah viu que Lauren estava lá dentro e pigarreou. – Ah sim, só subi pra dizer que o pessoal ta indo.  
- Já estava descendo também. – passou pela amiga e foi andando.  
- Ah sim claro, claro. – olhou pra morena e piscou o olho.  
- Vem Lauren! – Camila gritou com voz autoritária.  
- To indo! – a morena levantou rapidamente e foi atrás. 

Como Lauren havia chegado de viagem, estava sem carro. Ela bem que queria dormir na casa de Camila, mas não houve o convite. A chef a deixou em casa e depois de muitos beijos as duas se despediram. 

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