50 Tons- Dominada

By Sarahkarynrosie

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Ela tinha tudo, dinheiro e estabilidade, mas não tinha amor, carinho e proteção e ele mesmo não tendo nada, p... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 - Ultimo Capitulo

Capítulo 11

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By Sarahkarynrosie


No dia seguinte, Anastásia acorda com Sheila batendo na porta do seu quarto.

— Posso entrar.

— Claro.

— Pensei em te ligar ontem, mas não tinha certeza se seria bom, então tirei o resto do dia de folga.

— Você fez bem. Tem que dar um pouco mais de atenção para Daniele, ela merece.

— E vocês?-  se senta na cama de Anastásia.

— Nos abrirmos, contamos nossos segredos, ele faz programas para manter a mãe que está em uma clinica. O pai dele se matou, perderam tudo e ela entrou em depressão.

— Vocês deviam escrever um livro. - fala e balança a cabeça. - mas em que pé ficaram?

— Nenhum, seremos amigos e companheiros de trabalho. Ele não acha justo me impor o modo de vida dele e também não sei se suportaria, ficamos por enquanto em suspenso.

— Amor Platônico?- Sheila dá uma gargalhada- Que mudança.

— Não tem amor nenhum, sentimos atração e simpatia pelo outro e só.

— Ele vai continuar a fazer os programas dele e você vai ficar na seca? Você acha isso justo?

Anastásia se joga para trás, se deitando na cama e colocando as mãos no rosto.

— Não sei o que é certo ou errado, Sheila, só sei que não consigo encarar outro cara, e se ele vai continuar a fazer é por necessidade e também tem a escola, ninguém pode saber, sou a dona, o exemplo tem que partir de mim.- se senta de novo, encarando a amiga com confusão nos olhos.- dormi sonhando com ele, que estávamos namorando, sendo felizes, e quando acordei,  quase me desesperei em ver que era apenas um sonho, mas quero continuar com isso, ver aonde vai dar.

Sheila joga as mãos em um gesto de desânimo.

— Você é adulta, espero que não se machuque.

— Mais do que me machucaram a minha vida toda? Se eu me machucar, estarei ciente do que está me ferindo.

— Certo, você vai precisar de mim?

— Não, vou ficar em casa, colocando algumas coisas em ordem.

— Vou para casa então, se precisar me liga, ok?

— Certo, até amanhã, dê um beijo na Dani por mim.

— Pode deixar, até amanhã.- sai do quarto, deixando Anastásia pensando no beijo que trocaram na praça, e como se sentiu tão bem nos braços dele.

Anastásia passa o dia preparando as aulas para a semana, corrige alguns trabalhos de alunos, passa praticamente o dia na Biblioteca, trabalhando e separando alguns livros para levar para o Orfanato durante a semana, separa até alguns que Christian possa gostar, o pensamento nele a faz sorrir e pensar no que ele está fazendo. Passa um pensamento pela cabeça dela, mas acha melhor afastar.

Por volta das 19:00 o celular dela toca e ela sorri a ver o nome.

— Olá Christian.

— Oi, tudo bem?

— Sim e você?

— Sentindo sua falta.

— Eu também.

— Já jantou?

— Não, estava pensando em falar para Lauren preparar algo.

— Tem uma cantina ótima perto de seu prédio, que tal uma massa ou uma pizza?

— Pode ser, vou gostar.

— Passo aí em uma hora pode ser?

— Sim.

— Beijo.

— Outro.

Desliga o celular suspirando como uma adolescente se preparando para o primeiro encontro.

Quarenta minutos depois, Christian estaciona o carro em frente ao prédio dela e fica pensando se o que está fazendo é o certo, será que não está encorajando algo que não pode dar? Mas a verdade é que desde que seu pai morreu, vem vivendo em uma pressão atrás de outra, e isso que vem sentindo por Anastásia o está ajudando a relaxar e tornar as coisas mais leves e fáceis de encarar. Com ela, ele não precisava usar mascara, se esconder atrás de uma personalidade, ela sabia de tudo o que ele passará e o mais importante, não o julgava, simplesmente aceitava. Decidiu que iria aproveitar o jantar e a companhia dela, pelo menos ter uma noite normal em meio a essa merda toda que vinha vivendo nos últimos meses. Olha para dentro do prédio e a vê saindo pela portaria, está com um vestido de corte reto, vermelho, seus cabelos estão soltos caindo pelos ombros. Sai do carro e vai encontra-la no meio da calçada.

— Oi. - fala quando ele se aproxima.

— Olá, você está linda. – e lhe dá um beijo no rosto.

— Você também. -  se apoia no braço dele para receber o beijo. - Trouxe para você, espero que goste e ainda não tenha lido. -  lhe passa os livros que havia separado, ele sorri pegando os livros pensando que ela realmente havia pensado nele durante o dia. Passa os olhos pelos títulos dos livros e fala:

— Obrigado, não li nenhum, depois te devolvo.-  abre a porta detrás do carro para guardar os livros.- Pensei que poderíamos ir a pé, é dois quarteirões daqui e a noite está agradável.

—Por mim tudo bem. -  diz, ele trava o carro e pega a mão dela e se dirigem para a cantina.

— Ainda bem que você não está de saltos, - olha para as sapatilhas dela. – Você quase não usa né?

— Depende, estou tão acostumada a usar tênis e sapatilhas na escola, que até me esqueço de que tenho saltos no armário, só uso quando a ocasião realmente pede.

— Você é una bambina, Anastásia!- Ela para e olha para ele e ri da citação dele,  a abraça pela cintura a puxando para si, toma a boca dela em um beijo arrebatador, cheio de fogo, desejo, as línguas deles se procuram, se acariciam, se tocam, mandando uma corrente de eletricidade para os corpos deles, não demora muito, Christian sente que está perdendo o controle, solta os lábios dela e lhe dá um beijo na testa. –Vamos, estou com fome.

— Não me solte, senão vou cair. -  murmura contra o peito dele, que sorri com a reação dela. A segura pela cintura e voltam a andar, em silêncio até chegarem a Cantina.

Eles entram e Anastásia repara que é bem aconchegante, lembra realmente uma daquelas cantinas que existem na Itália, tem até um cantor, que canta alguma canção em italiano, bem suave, dando um ar mais encantador ao lugar, ela se vê transportada para Roma, quando viajava com a mãe nas férias, mesmo tendo sido abandonada pelo pai, sua mãe sempre a forçou ter um relacionamento com ele. - Você também precisa dele. - sua mãe falava.

— É lindo. Lembra-me a Itália. -  fala se sentando com a ajuda de Christian. Ele se senta a sua frente e fala:

— Quando sai da sua casa no dia do acidente, passei aqui em frente, achei o lugar legal, voltei aqui para jantar um tempo depois, a massa é excelente. Você prefere massa ou pizza?

— Uma massa é melhor.

O garçom chega e deixa o cardápio para os dois e eles escolhem. Fazem o pedido e Christian pergunta:

— Vinho?

— Sim, pode ser.

— Posso escolher? – ela faz que sim... - ele escolhe o vinho e o garçom se afasta. – e o que mais você fez, além de ficar garimpando na sua biblioteca?

Ela ri da colocação dele, está adorando ver o Christian bem humorado e relaxado ali a sua frente.

— Fiquei preparando aulas para a semana, separando livros que vou levar para o Orfanato, S.r. Wilson vai gostar da colaboração. E você o que fez do seu dia?

— Passei a parte da manhã no orfanato, passando alguns trabalhos para os alunos e depois passei o dia com minha mãe.

— E como ela está?

— Bem, estão diminuindo os medicamentos, mas ela não pode ficar sem, pode ter uma recaída.

Chegam os pedidos deles e eles começam a comer, comentando sobre uma coisa ou outra da vida de cada um. Christian fala de seus tempos de escola, como sempre soube desde muito cedo a carreira que queria seguir.

— Você tem vinte e três, né?- Anastásia pergunta dando um gole no vinho.

— Sim.

— Você parece ter mais idade, não na aparência, mas na experiência, fiquei espantada com seu currículo.

— Acho que minha mãe, sempre me incentivou para que eu amadurecesse rápido, e a vontade de lecionar e ajudar quem lecionava me impulsionou a isso. -  dá mais uma mordida em seu filé e a olha com admiração:- Quando eu te vi naquela noite, imaginei que você fosse mais madura do que realmente era, quando te vi na escola, você com toda aquela segurança, me passou de novo essa impressão, mas quando te vi chorando em meus braços, e mesmo agora, sentada na minha frente, tenho a impressão que você não aparenta ter a idade que tem você parece até mais jovem que eu.- Ela cora até a raiz do cabelo. Ele consegue desvendar a alma dela como ninguém mais soube, nem a sua mãe que era a pessoa que mais a conhecia.  segura a mão dela e a aperta. - Não precisa se envergonhar, eu gosto de você desse jeito, menina em corpo de mulher.

— Eu não tive escolha, Christian, aos dezoito anos, estava sozinha, com um pai que não se importa muito comigo, não tenho um irmão, um tio, nada. Eu tive que crescer e criei certas barreiras para me proteger.

— Eu te entendo, talvez agisse da mesma forma que você. Sua mãe teria orgulho da pessoa que você se tornou.

— Será?-  fala em um tom amargurado, como se o lembrasse do modo que eles se conheceram.

— Criaram aquilo em você, isso não é a essência de sua alma, pense nisso.

Ela o olha cheia de gratidão, realmente o incidente daquela noite estava apagado da vida deles, Christian realmente a aceitava com toda a bagagem e sofrimento que ela trazia. Agora é a vez de ela segurar a mão dele e apertar:

— Obrigada!- fala agradecida, ele lhe dá um sorriso de derreter até um Iceberg e fala em tom de gozação:

— Tudo bem, todos nós temos esqueletos no armário, acho que chegou a hora de enterrarmos os nossos né? – ela lhe dá outro sorriso e ele lhe assopra um beijo.

—Posso te fazer uma pergunta?

— Até duas. -  toma o ultimo gole de vinho e fica esperando ela falar.

— Percebi que gosta de comida italiana, que arrisca alguma coisa, como àquela hora na rua, é só pra me impressionar ou gosta mesmo?

— Eu gosto realmente, sei falar italiano e espanhol, por isso se for me xingar, faça em russo que não entenderei.- ela não aguenta e ri solto, como há muito não lembrava e ele fica encantado com a risada dela. Quando ela se acalma, ele pega a mão dela e beija.- posso fazer declarações em italiano para você.

— E eu vou gostar, minha mãe iria te adorar.

Terminam o jantar e Christian pede a sobremesas para ela, Tiramissu, é claro, e ela se encanta com tanta atenção da parte dele. O cantor continua cantar suave e dedicar as canções a algumas mesas, em determinado momento ele fala:

— Dedico essa canção ao casal da mesa cinco, espero que apreciem.

E começa a cantar, Christian pega a mão dela e procura o seu olhar, enquanto a música é cantada:



Tanto Cara- (Querida) – Guido Renzi

Querida, agradeço ao céu que me mandou você.

Esta minha vida, agora é vida, sabe?

Procurava o Sol e agora está aqui comigo, em seus olhos.

Obrigado, obrigado por tudo àquilo que me dá.

A compreensão e o bem que me quer

A ternura que encontro em você

Queria gritar ao mundo que é

Querida... Tão querida... É minha menina.

Com certeza por outra nunca a trocarei

Agora... Agora que a tenho não peço mais nada.

Apenas peço ao Céu para mantê-la junto a mim

Junto a mim, junto a mim.

Querida, obrigado por tudo àquilo que me dá.

A compreensão e o bem que me quer

A ternura que encontro em você

Queria gritar ao mundo que é

Querida... Tão querida... É minha menina.

Com certeza por outra nunca a trocarei.


Christian não desvia o olhar do dela, até a música terminar, é como se ele quisesse que ela visse através do olhar, sua própria alma, seu coração. Anastásia sente que seu coração vai sair pela boca ou parar de bater a qualquer momento, nunca em sua vida viveu um momento tão intenso com alguém, era como se o mundo deixasse de existir e só havia a música e aqueles lindos olhos cinza a encarando, a música acaba e ele beija a mão dela demorado, mas no momento seguinte a solta, como se estivesse arrependido de ter deixado transparecer a alma dele naquele olhar.

— Vou pedir a conta, tudo bem?- ele fala tentando demonstrar segurança na voz, mas não consegue.

— Tudo, vamos dividir.

— De jeito nenhum, você é minha convidada e eu sou meio moda antiga, nunca iria deixar uma dama pagar a conta. - e faz um sinal para o garçom.

— Vou retocar a maquiagem. -  sorri se levantando, e ele sorri também.

Ela vai ao banheiro pensando o que foi aquilo na mesa, ele era muito mais intenso do que ela pensava. Lava as mãos, penteia os cabelos, retoca um pouco o batom e sai, ele já a está esperando na porta, parado com os braços cruzados, quando ele a vê, abre os braços e ela se aconchega no peito dele.

— Vamos mia Bambina, já é tarde, temos que trabalhar amanhã. - dá um beijo no topo da cabeça dela e saem da cantina.

Eles caminham em direção ao prédio dela, ele com o braço em redor dos ombros dela e ela o abraçando pela cintura, andam alguns metros em silêncio, quando ele para e a puxa para si, a colando em seu corpo, toma a boca dela em um beijo apaixonado, uma mão dele está espalmada nas costas dela a forçando ficar colada nele, a outra acaricia seus cabelos , ela o abraça pelo pescoço e acaricia os cabelos dele também, o puxando devagar, ele geme com esse contato. Ele termina o beijo, mas a mantem junto dele beijando sua face devagar e acariciando seus cabelos.

— Que eu faço com você, Anastásia? Você está virando minha vida do avesso.

— Acho que você tem o mesmo efeito sobre mim. -  fala soltando uma risadinha, ele a solta e voltam a andar em direção a casa dela, em silêncio, como se cada um precisasse pensar no que estava acontecendo e mais, queria aproveitar a presença um do outro, sabendo que outro momento como esse, demorasse a acontecer de novo.

— Essa semana, não vou ficar muito perto de você, não tome como indiferença, mas proteção.- Christian fala.

— Eu entendo.

— Vai ser difícil, te olhar e não poder te abraçar.

— Temos que ir com calma. Não quero deixar transparecer nada.

— Será que conseguimos?

— Temos que tentar, só mantenha-se longe de mães de alunos. - ele não aguenta e solta uma gargalhada.

— Então aquele dia, era ciúmes?-  para a olhando e sorrindo triunfante, ela não resiste e sorri também ao lembrar-se de como ficou possessa ao vê-lo com outra mulher, mas se lembra de algo e o sorriso morre em seus lábios, ele entende e a abraça. – Pode parecer estranho, mas é só sexo, sem emoção, carinho, nada, só sexo.

— Comigo, você foi carinhoso aquele dia.

— Não sei, talvez já estivesse prevendo algo, até eu me surpreendi te tratando daquele jeito, talvez você tenha mexido comigo desde aquela noite.

— Não fiquei imune a você também. - eles voltam a andar.

— Não vou ficar te falando quando tenho trabalho, se você ver que não ligo, você vai saber e não misture as coisas, quando estou com você, sou Christian, Robert é outra pessoa.

— Está bem. – eles estavam na rua da casa dela e ele a solta, mas pega na mão dela, andam de mãos dadas até em frente ao prédio dela, ele encosta-se ao carro dele e ela fica de frente para ele.- Obrigada por essa noite, pelo jantar foi maravilhoso.

— Obrigado você por sua companhia há tempos eu não me sentia tão bem.

— Você está me fazendo bem.- ela acaricia o rosto dele, Christian pega a mão dela e beija.

— Nos vemos amanhã.-  dá um beijo demorado no rosto dela- sonhe comigo, mia bambina.

— Claro, até amanhã.- ela também dá um beijo no rosto dele e entra no prédio, Christian fica esperando ela sumir prédio adentro e entra no carro pensando que este foi o melhor final de semana que ele teve. Está com medo do que vem sentindo, e do que pode estar despertando nela, mas está feliz, parece que sua vida realmente está ganhando um novo rumo e ele dando um novo rumo à vida de alguém.

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