Casamento Arranjado [Completo]

By MM_Autora

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Ela sempre sonhou em casar por amor, mas ao descobrir que foi prometida em casamento para unificar os negócio... More

Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 (BÔNUS)
Capítulo 37
Capítulo 38 (BÔNUS)
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59 (Bônus)
Capítulo 60 (Bônus)
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77 (Bônus)
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80 (Bônus)
Epílogo
Playlist

Capítulo 13

29.8K 3.1K 247
By MM_Autora

Eu fiz de tudo para não encontrar Pietra durante o dia, eu evitei os corredores e locais onde ela pudesse estar, em resumo passei o dia me escondendo.
  Soltei um longo suspiro e parei no meio do corredor a caminho da sala de jantar, olhei para o quadro do cavalo negro como a noite, selvagem e destemido, crina esvoaçante enquanto corria e olhos atentos.
- eu não sou assim!-falei sozinha.
  Eu realmente não sou assim, nunca fugi de nada. Mas confesso que a presença de Pietra está me incomodando mais do que deveria.
  Cheguei a mesa de jantar e todos já estavam presentes, com exceção do Senhor Seymour.
  Pietra já estava fazendo seu papel de boa moça, contando suas histórias e tentando chamar atenção.
  Em silêncio me sentei ao lado de Ian e murmurei um boa noite muito sem graça.
  Notei o olhar preocupado da Senhora Seymour e o olhar curioso de Dorian, mas logo fui esquecida pois Pietra começou a falar mais alto chamando atenção deles.
  Não muito tempo depois, o Senhor Seymour se juntou a nós e o jantar foi servido.
  Eu estava comendo em silêncio até ouvir um sussurro ao meu lado em meio as perguntas e conversas da hora do jantar:
-você está bem? -perguntou Ian.
  Não respondi, apenas fiz que sim com a cabeça e o ignorei.
  Por mais que eu tentasse, a voz de Pietra penetrava na minha cabeça fazendo ela doer. Apertei os olhos com força e suspirei.
  Quando abri os olhos vi a Senhora Seymour me encarando com curiosidade.
- Senhorita Garner, como foi seu primeiro dia aqui?-perguntou Ian.
- Ah foi incrível. A Senhora Seymour me levou para conhecer a casa, me mostrou os jardins e conversamos bastante. Estou adorando tudo aqui. É tão bonito, vocês são tão acolhedores. Acho que logo me adaptarei a rotina daa casa.
- pelo menos uma parece ter educação!-disse o Senhor Seymour.
  Pietra me encarou triunfante, ela ainda acha que isso é uma competição. Ela não sabe da minha vontade desesperada de ir embora, por isso acha que se sobressair vai me afetar.
   Não resisti ao impulso de revirar os olhos. Ela é tão fútil, tão infantil, tão...
- Senhorita Helena? -chamou Dorian.
- pois não? -perguntei surpresa.
   Pietra instantaneamente começou a rir.
- está ficando surda menina? -perguntou o Senhor Seymour.
- perdão, estava perdida em meus pensamentos! -falei.
- que isso não se repita!-disse o Senhor Seymour.
- não se repetirá Senhor! -falei baixo.
- então Senhorita Helena, como foi seu dia?-perguntou Dorian novamente.
- foi bom!-falei.
- bom?-perguntou ele.- só isso? O que fez o dia inteiro?
-o de sempre! -respondi.
  O silêncio voltou a reinar na mesa, até que eu finalmente encorajada disse:
- se me derem licença!
  Não esperei para ver a reação do Senhor Seymour, apenas deixei a mesa e fui em direção ao meu quarto.
  Acabei por não resistir e parei novamente em frente ao quadro do cavalo negro. Esse quadro mexia comigo. Me emocionava de alguma forma...
- gostou?-perguntou uma voz suave.
  Virei-me e vi a Senhora Seymour me encarando no fim do corredor.
- eu adorei, me faz feliz. Eu acho! -respondi.
- também gosto muito dele, apesar de achar um pouco selvagem! O artista têm uma alma selvagem. - disse ela parando ao meu lado.
- não penso assim. Liberdade. É a única palavra que posso pensar.
- depende do ponto de vista! -disse ela olhando para o quadro.
  Ficamos em silêncio olhando para ele por alguns minutos.
- o que está lhe incomodando Helena?
- não é nada Senhora Seymour!
- Virgínia, por favor.
- como queira.
- vejo em seus olhos que tem algo errado. O que é? Posso te ajudar?
-não é nada Virgínia. É só saudades de casa.- menti.
  Menti descaradamente, eu não estava com saudades de casa. Mas também não tenho certeza do que está me deixando nervosa.
- acho que não é isso!-disse ela.- a presença de Pietra está te afetando bastante não é?
-sim... Não é segredo que não queria me casar, agora ter que viver junto àquela mulher...
- o que tem Helena?  Não consigo entender!
- nem eu Virgínia. É só que a presença dela me faz mal. Me sinto confusa, sufocada...
- se serve de consolo, não confio nela!-disse Virgínia acariciando meu ombro.
   Ela olhou mais uma vez para o quadro, foi até ele e o retirou da parede entregando a mim.
- o que?
- pendure em seu quarto. Vejo que ele te traz segurança.
- mas é parte da decoração.
- Ian quer que eu me livre dos quadros, ele não vai se importar. Mandarei colocar outro e ninguém perceberá.
- obrigada Virgínia! -falei sorrindo.
  Despedimo-nos ali e fui para o quarto.
  Pedi para que Celine pendurasse imediatamente, para que eu pudesse observar a alegria e a liberdade do cavalo selvagem.
  Eu me despi e entrei na banheira para me refrescar e em seguida me deitar, o dia foi exaustivo a ponto de deixar meus músculos rígidos.
   A água quente estava fazendo seu trabalho, relaxando meus músculos. As pétalas de rosa estavam boiando na água enquanto repousei minha cabeça e fechei os olhos.
  Um estrondo alto me despertou. Acho que devo ter dormido na banheira e levantei a cabeça desorientada. A água ainda está quente, o que quer dizer que não se passou muito tempo.
  Assustada olho em direção ao barulho, e vejo Ian furioso parado na porta.
- O QUE VOCÊ FEZ?-gritou ele.
  Eu não sabia o que fazer, eu estava tão furiosa e tão envergonhada que fiquei sem reação.
- do que está falando? Enlouqueceu? -perguntei confusa.
- Não se faça de desentendida, o que fez?
-não sei do que está falando! -respondi irritada.
- Pietra. Encontrei ela chorando na biblioteca, ela não quis me dizer o que aconteceu. Apenas disse que alguém a humilhou. É não existe outra pessoa nessa casa com motivos para isso!
   Eu  estava em choque. Ele veio aqui defender aquela mulherzinha...
- EU NÃO ACREDITO! -gritei. - você acabou com o meu banho para defender aquela fingida!
   Ele finalmente pareceu notar que eu estava nua na banheira e arregalou os olhos.
-eu...- começou ele.
- não Ian, por mais que eu odeie aquela mulher, não fui eu, eu estava com sua mãe até agora, só então resolvi me banhar.
- ninguém aqui tem motivos para fazer isso com ela, a não ser você! - disse ele.
   Que inferno, não acredito que vou fazer isso...
   De costas para Ian, sai totalmente nua de dentro da banheira. Não posso dizer qual a reação dele pois estava de costas, mas ouvi uma exclamação de surpresa.
   Eu estava muito envergonhada, mas não podia ficar ali ouvindo ele me caluniar.
   Caminhei até a cadeira que tinha um roupão de seda, meus rosto estava queimando de tanta vergonha. Com um movimento preciso, vesti o roupão e amarrei, virando-me de frente para encarar ele.
  Ian parecia em choque, sua boca estava meio aberta e seus olhos arregalados me encarava. Meu rosto novamente queimou.
- Ouça bem o que vou te dizer Ian Seymour, não admito que entre em meu quarto sem ser convidado, e ainda com o intuito de defender aquela mulherzinha.
- mas você...
- mas nada Ian!-falei.
   Andei a passos largos até ficar cara a cara com ele, sem que ele percebesse o que eu estava prestes a fazer, dei um tapa na cara dele.
- ISSO É POR INVADIR MEU QUARTO! - gritei.
   Quando ele me encarou novamente furioso, dei outro tapa nele.
- E ISSO, É POR DEFENDER AQUELA MULHER!
  Ele ficou surpreso com o segundo tapa e não deixei tempo pra ele pensar qualquer coisa.
- AGORA SAIA IMEDIATAMENTE, OU FAREI UM ESCÂNDALO!
  Sem falar nada ele saiu do quarto, e eu bati as portas com força quando ele saiu.

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