Depois de passar um tempo com o Danny e conversar com o pessoal da equipe, resolvi que seria melhor ver o Peter, então, dei um jeitinho de me afastar do grupinho de amigos e procurar por ele.
No meio de minha busca, acabei esbarrando em Liz, que estava conversando com suas amigas.
— Desculpe atrapalhar, mas sabe onde está o Peter?
— Ele teve que sair. Por que?
— Eu queria falar com ele.
— Olha, lá — Disse uma de suas amigas — A Gwen está caidinha pelo Peter!
As duas amigas começaram a rir feito loucas, enquanto Liz me olhava com uma expressão estranha.
— Isso é verdade?
— Claro que não. Peter e eu somos apenas amigos. E ele gosta de você, sabe disso.
— Não é o que parece. — A amiga doida torna a dizer.
Parecia que ela estava bêbada, então não liguei muito.
— Se isso é verdade ou não, saiba não irei me afastar dele. — Disse Liz, séria.
— Mas eu não pedi isso.
— Que bom, porque eu não vou fazer.
Ela sai me deixando sozinha com as duas loucas amigas dela.
— Aí, loirinha, pode tirando seu cavalinho da chuva. Peter nunca vai ser seu — Ela se aproximou de mim, meio desorientada e apontou o dedo para o meu rosto — Você não o merece.
— Tire esse dedo do meu rosto antes que eu o quebre em dois!
Ela me olhou assustada. Acho que ela não esperava uma resposta dessas.
Como eu não consegui encontrar o Peter, voltei até a mesa onde meus amigos estavam e sentei ao lado de Danny, vendo como Sam devorava os salgados e Luke brigava com ele.
— Achou o Peter?
— Não.
— Não deve ter sido nada grave, Gwen — Disse Ava — Peter está bem. Relaxa.
Assenti, ainda preocupada.
Antes mesmo do baile terminar, eu disse a todos que iria embora e Danny se prontificou a me acompanhar. Andamos o trajeto todo calados, mas não era aquele silêncio constrangedor que sempre ficava. Como não tínhamos nada a falar, apenas aproveitamos a companhia um do outro.
Quando chegamos em minha casa, despedi-me de Danny com um abraço e corri para o meu quarto colocar meu uniforme, mas acabei fazendo barulho o que fez meu pai vir até meu quarto descobrir o que era.
— Gwen, é você? — Disse ele do outro lado da porta.
— Sim, pai!
— Está tudo bem?
— Está. Por favor, não entre.
— Por que?
Corri até a porta e a abri, deixando apenas minha cabeça visível.
— Eu acabei de chegar do baile e estou me trocando.
— Ah, desculpe — Papai virou-se para o outro lado — Eu fiz chocolate quente. Se quiser eu posso te trazer um pouco.
— Não precisa, pai. Tudo o que eu quero agora é tirar essa roupa e dormir um pouco.
— Entendo. Tudo bem, então.
— Desculpe. Prometo que amanhã tomo o café da manhã com você.
— Ok. — Disse ele indo até as escadas.
— Te amo, pai!
— Também te amo!
Agora sim.
Tranquei a porta do meu quarto e saí pela janela, indo até a base aérea da S.H.I.E.L.D. A essa altura, só o Amadeus poderia me ajudar.