A CIGANA de Wind Rose

By WindRose_

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Capítulo 01

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Às margens do Rio Guadalquivir, saindo de Sevilha, a velha cigana caminhava a passos largos puxando pela mão a menina que, cansada, parava a todo momento. Com um puxão firme, era novamente colocada em marcha.

A cigana tinha em mente apenas um objetivo: livrar sua neta do subjugo tirânico de seu pai. Para isso, a saída de Sevilha precisava ser vencida antes do amanhecer.

Ainda se ouvia, ao longe, os últimos e festivos andaluzes que amanheciam entretendo os turistas com a dança flamenca, típica da região.

Ao aproximar-se da estrada de terra, a velha cigana balançou no ar seu lenço vermelho e fez sinal para que a carroça se aproximasse.

– Vovó, estou com medo!

– Não tenha! Encontrará a felicidade muito longe daqui.

– Como pode saber? Não quero ir embora!

– Apenas sei... E você saberá também. Precisa ir!

– Como... Como sabe?

– Virá até você!

– Quem?

– Seu destino, Inka... Seu destino...

– Mas e... Ele... Ele pagou para casar comigo... Como meu pai vai...?

– Inka... Seu pai devolverá o dinheiro a ele. Agora vai!

A menina, com os olhos marejados, ouviu assustada o trote dos cavalos e viu o carroceiro se aproximar. Ele freou os cavalos ao lado das duas ciganas e, com a firmeza da experiência, bradou:

– Tem certeza, velha?

– Tenho, tire-a daqui! E faça da mesma forma que fez com Vana há 10 anos.

– A viagem é difícil...

– Não importa!

– O navio parte à noite... Não tem volta!

– Leve-a... Depressa! – Terminou de falar e estendeu ao carroceiro um envelope. Ele imediatamente o abriu e contou algumas notas em dinheiro. Antes de ajudar a menina a subir, a cigana mais velha segurou-a pelos ombros e a fez encará-la. O olhar negro da jovem cigana refletia o pavor que ela estava sentindo.

– Inka, não se desvie no caminho. Procure sua tia Vana. O endereço está na sua bolsa. Entregue a ela a carta que está junto e nunca mais volte aqui. Vá ao encontro do seu destino!

Empurrou a menina para cima da carroça e fez sinal para que o carroceiro seguisse. Ficou por alguns instantes vendo sua neta se afastar. Secou as lágrimas que molhavam seu rosto. Sabia que não havia outra saída, tinha que mandá-la embora.


14 anos depois, algum sábado do mês de janeiro, do outro lado do Atlântico.

No interior de uma loja de produtos esotéricos localizada em um grande shopping de uma capital no sul do Brasil, as pessoas entravam e saíam, alheias ao diálogo com evidente sotaque espanhol que acontecia nos fundos.

– Tia Vana, eu não quero fazer isso, sabe bem que não gosto disso.

– Minha filha, por favor, eu não tenho mais ninguém.

Mena está doente e Siona viajou. Com muito custo, consegui que Carmela fique entregando as senhas. Você sabe como são essas ciganas... E, além do mais, precisamos de representação na feira. Estamos patrocinando o evento.

– Tia... Não concordo com isso... Falei que não me envolveria nisso – a jovem respondeu irritada enquanto separava os blocos de notas.

– Por favor, Inka... Preciso de você. E, além do mais, sabe que é a melhor de nós.

– Tia...

– Por favor...

Inka encarou a tia e de forma resignada respondeu:

– Está certo... O que não faço por você? Mas preste atenção! Só amanhã, para os outros dias, consiga outra.

– Minha sobrinha linda... Eu sabia que não iria me desapontar.

Terminou de falar abraçando a sobrinha de forma carinhosa.

– Que horas começa? – perguntou afastando-se do abraço da tia e dirigindo-se à porta do pequeno depósito.

– Na hora que abrir o shopping. Durma cedo hoje, prepare-se como bem sabe, descanse e esteja aqui amanhã às 10 horas. Enquanto estiver lá, cuidarei da loja.

– Estarei, tia. Estarei.

E saiu em direção à frente da loja para ajudar as duas atendentes que não davam conta de atender todos os clientes.

– Estou indo para lá ajudar na organização... Está ficando lindo! – a tia falou, antes de sair rapidamente da loja. Inka limitou-se a balançar a cabeça enquanto atendia a cliente.

No domingo de manhã, Inka chegou ao shopping antes dele abrir. Iria direto para sua loja para vestir-se conforme a ocasião pedia, carregava consigo a bolsa com as roupas e acessórios que usaria. Enquanto esperava o elevador no estacionamento, concentrava-se no que tinha para fazer. Apesar de não concordar com esse tipo de evento em shopping, sabia que as pessoas que estariam lá buscavam saber coisas sobre suas vidas e isso a fazia sentir-se com uma responsabilidade muito grande. Tinha sensibilidade e intuição para ver coisas que a maioria não conseguia, mas sabia também que esse dom tinha que ser canalizado para ajudar, e isso era a parte mais difícil, pois como saber se com as informações que dava às pessoas as estava ajudando? Como saber de que forma as pessoas usavam as informações que recebiam? Isso muitas vezes tirava-lhe o sono. Utilizava a quiromancia como um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino. E não como um mero sistema de adivinhação, como muitos pensavam.

Entrou no elevador imaginando o dia que teria pela frente, pois era desgastante demais abrir esse canal e conseguir estabelecer a comunicação com o universo das mais diferentes pessoas que traziam consigo diversos questionamentos e problemas. Sempre que o fazia era nos momentos em que sua intuição lhe dizia que era necessário fazê-lo, mas nesse caso seria diferente. O elevador parou e, neste momento, arrependeu-se de não ter descido pelas escadas.

– Bom dia, Inka!

– Olá, Raul.

– Ora, ora... Tão cedo? E no domingo? Normalmente não trabalha domingo, que houve?

Suspirou com a pergunta irônica de Raul.

– Hoje irei – limitou-se a responder.

O elevador parou e ela desceu. Ele a seguiu.

– Inka. Espera... Vamos conversar.

– Não posso agora, Raul. Tenho compromissos e já conversamos tudo que tínhamos para conversar – falou sem olhar para o lado. Ele a puxou pelo braço... E a fez parar.

– Está com ele, não é? Aquele Lucas, vocês estão sempre juntos!

– Raul, me solta!

– Responde! Me deve isso. Estão sempre juntos. Me deixou por causa dele, não é?

– Não devo satisfações da minha vida, Raul, mas Lucas é meu amigo! Me solta! – Puxou o braço e continuou andando.

Ele não desistiu:

– Você não vale nada, Inka! Devia ter ouvido o que todos me diziam de você!

Ela parou de forma abrupta e olhou para ele.

– O que seus amiguinhos riquinhos falavam, Raul? Não! Não diga, vou tentar adivinhar...

Colocou a mão livre na cintura e disse, tentando falar sem o sotaque espanhol, em vão, pois a indignação o acentuava:

– "O que você faz com essa cigana, Raul? Ela vai te roubar! Essa gente não presta". Era isso que diziam Raul?

Virou as costas e continuou andando.

– Sim! Mas não é a isso que me refiro. Diziam outra coisa, que sou obrigado a concordar. Você é uma vadia! Uma cigana vadia. – A última afirmação foi aos gritos.

A acusação a fez parar. Ela virou-se e limitou-se a caminhar até ele, lentamente e de forma sensual, deixando--o sem ar. Aproximou-se o suficiente para o cheiro dela inebriá-lo. Ela tinha plena consciência do que causava. Viu-o fechar os olhos e falou como se soprasse as palavras próximo ao seu rosto:

– Uma cigana vadia... Que você quer de volta, não é? Mas ouça com atenção: não terá!

E se afastou deixando-o parado, olhando-a, extasiado daquela proximidade que ele tanto desejava novamente.

Às 10 horas, Inka atendeu o primeiro cliente. Percebeu entre um e outro que o movimento do lado de fora estava intenso. A maioria das pessoas tinha praticamente as mesmas preocupações e indagações.

A senhora perguntou: "Quero saber se meu marido me trai". A jovem só queria saber: "Vou casar com João?" A moça preocupada com o futuro indagava: "Quantos filhos vou ter?" E o homem nervoso se limitou a perguntar: "Vou conseguir esse emprego?" E, como sempre acontecia, perdeu a noção do tempo.

Depois de muitos clientes, recebeu um rapaz, que achou extremamente simpático, bonito e delicado. Queria saber se o namorado o traía com o melhor amigo, e fez a pergunta constrangido. Inka sorriu enquanto segurava sua mão. Ela o tranquilizou e, depois de alguns minutos, ele ficou à vontade. Conversaram por quase meia hora e ela falou a ele que não se preocupasse em descobrir isso, pois existem muitas mudanças que chegam causando um terremoto em nossa vida, mas depois percebemos que o movimento ruidoso serviu para desalojar determinadas certezas e trazer outras. Disse a ele que, em breve, encontraria um amor sincero. Ele pediu uma simpatia para atrair bons fluidos e esse amor que ele tanto queria viver, pois confessou que não amava o atual namorado e sonhava em viver um grande amor. Ela sorriu.

– Certo... Faça o seguinte: antes de sair de casa, quando for tomar seu banho, pegue uma rosa vermelha e deixe-a ferver por alguns minutos em um litro de água. Deixe esfriar e acrescente uma colher de mel puro. Misture e jogue essa água por todo o corpo. E só depois tome seu banho.

– Vai funcionar? – Ele riu constrangido.

– Depende mais de você do que de mim...

Estendeu a mão e colocou, delicadamente, os dedos em sua testa. Completou com sua voz suave e sotaque formando um conjunto magnetizante, olhando-o nos olhos:

– Sua vontade é aliada de seu destino. Não se esqueça disso.

Ele ficou por alguns instantes preso naquele olhar negro...

Profundo. Até que ela se moveu e desviou o olhar...

Levantou-se indicando que a consulta havia terminado.

Ele fez o mesmo.

Perguntou o preço ainda extasiado, ela indicou a caixa colorida sobre a mesa ao lado e disse:

– Não tem preço, deixe o que quiser e puder.

Ele colocou uma nota generosa em dinheiro e despediram-se. Antes de sair, ele se virou para ela e falou que sua amiga entraria logo depois.

– Ela não acredita muito. Portanto não liga se ela for meio... Meio...

– Descrente? – respondeu enquanto sentava-se do outro lado da mesa para aguardar o próximo.

Ele riu.

– Ia dizer... Estúpida.

Riram juntos.

Inka não precisou levantar os olhos... Foi como se soubesse quem estava à sua frente. Naquele momento, flashes do olhar de sua avó vieram imediatamente em sua mente.

Lembrou-se do dia que subiu na carroça com destino incerto.

Destino... Destino... Destino...

Essa palavra martelava em sua mente. Levantou os olhos... E encarou aquele olhar. Foi tomada pela surpresa.

A mulher alta, parada à sua frente, era a materialização de suas lembranças. Viu o sorriso disfarçado de segurança mais lindo que jamais vira na vida e o medo do que sentiu se apossou de todo seu ser. Pela primeira vez, travou uma batalha contra sua intuição... Não queria ver.

"Virá até você". Lembrou-se imediatamente das palavras.

Estava ali, parada na sua frente. Não! Sua felicidade não poderia ser na forma de uma mulher... Linda. Com um olhar que a invadia, expondo o que há tempos estava guardado e revelando sobre si o que não sabia. Os traços finos terminando nos lábios grossos convidativos, ombros largos fazendo jus ao corpo atlético... Não! Balançou levemente a cabeça na tentativa de mudar o foco de seu pensamento. Sentiu vontade de tomar a narrativa de sua existência em suas próprias mãos, pois precisava, naquele momento, mostrar ao destino que ele estava enganado.

Mais algumas descobertas e...

"Percebi que, em situações de descontrole emocional, todos os poderes que acredito que tenho vão parar em algum lugar que ainda não descobri onde fica... Ela continua me olhando de forma indecisa, não sabe se entra ou se dá as costas e vai embora... Percebo que a ação tem que ser minha".

– Sente-se – conseguiu dizer.

***

Daniela corria pela plantação de trigo ao lado da mulher morena, cujos cabelos negros voavam ao vento e faziam um contraste luminoso com o amarelo da paisagem...

Aproximou-se dela e virou-a. Antes de poder vislumbrar o rosto que a atormentava noite após noite, acordou assustada. O celular anunciava a realidade em outra dimensão. Acordou... Mas manteve os olhos fechados, tentando se localizar.

– Atende isso, Dani! – Ouviu a voz rouca ao lado.

– Atende logo! – Outra voz... Do outro lado. As duas mulheres, uma de cada lado dela, se moveram na cama.

Olhou para o lado esquerdo, para o lado direito. Deu--se conta de onde estava e imediatamente sua mente e seu corpo informaram-na o que tinha acontecido naquela cama... Sorriu. Tentou sair do meio delas, primeiro pelo lado esquerdo, mas a loira a puxou e segurou-a num beijo quente.

– Angélica... Para! Meu celular – murmurou no meio do beijo. Livrou-se e saiu pelos pés da cama.

Atendeu.

– Oi.

– Dani! Caralho! Tô te esperando há horas! – Imediatamente reconheceu o dono da voz ansiosa do outro lado.

– Paulo? Calma! Acordei agora, não grita...

– Tá onde? Em que puteiro se enfiou?

– Em casa.

– Mentira! Já liguei!

– Ok! Não tô... Mas também não interessa... Onde você está?

– No shopping te esperando, minha linda... Como combinamos. Lembra? – A ironia marcou a frase inteira.

– Em meia hora estarei aí. – Desligou e correu para o banho.

O shopping estava lotado. Impacientemente, Daniela aguardou que a fila do estacionamento andasse. Maldisse o momento em que concordara em vir ao shopping num domingo de manhã, somente uma pessoa no mundo poderia convencê-la disso e ele estava lá aguardando ansioso.

Assim que Paulo a viu na escada rolante, acenou de forma espalhafatosa. Daniela sorriu e, divertindo-se, disse para mulher atrás de si:

– Meu namorado...

Recebeu um sorriso sem graça da mulher. Paulo a recebeu com um beijo no rosto.

– Ai! Que demora, Dani!

– Nem vem. Já me fez sair da cama num domingo de manhã, ainda queria que eu madrugasse? Me poupe!

– Ah! Fiz um favor pra você. Tirei-a da cama daquela piranha. Vem!

– Não fala assim, Angélica é... É...

– Piranha!

Sem responder, Daniela deixou-se puxar pelo braço. Paulo conduziu-a em direção a uma das praças do shopping e pararam diante das várias tendas armadas formando um círculo ao redor de um ambiente esotérico com sofás, almofadas e incensos. Espirrou várias vezes.

– Aqui que eu fico – disse e se jogou em uma das almofadas...

De frente para uma ruiva que a olhava desde a hora que chegaram ao ambiente esotérico.

– Já volto e não mexa em nada – falou brincando enquanto ela lhe mostrava o dedo do meio disfarçadamente.

Afastou em direção a uma das tendas onde uma cigana entregava senhas. Retornou em seguida.

– Conseguiu?

– Sim! A minha é número oito e a sua é nove.

– Quem disse que eu quero?

– Quer sim!

– Não quero não. E não vou ouvir bobagens de cigana nenhuma.

– Daniela Ferreira! Vai sim! Quem sabe ela diz pra você onde está a mulher da sua vida?

– Não estou procurando ninguém – Daniela repreendeu.

Ele respondeu, devolveu-lhe um sorriso incrédulo e complementou:

– Pois não parece. – E sinalizou com o olhar para a ruiva.

– Quer parar?

– Parei. Mas eu procuro, procuro respostas... Quero saber se Pedro Henrique está me traindo – falou enquanto tentava acomodar-se melhor nas almofadas ao lado dela.

– Pois eu te dou essa resposta e não cobro nada!

– Quero saber quem é!

– Pra quê? Termina logo, não gosta dele mesmo!

– Não sei por que quero saber, mas quero... – Olhou para o teto do shopping e falou de forma invocadora: – Quero saber do meu destino.

Daniela olhou para a mesma direção que ele e a luz lhe incomodou a visão. Respondeu colocando os óculos escuros:

– Esta cigana vai é te vender um monte de badulaques e te falar muitas bobagens.

– Não acredita em destino?

– Não!

Depois de um longo tempo de espera, o número de Paulo foi chamado. Daniela quase dormia nas almofadas.

– Me deseje sorte.

– Se já está escrito... Não vai precisar, mas mesmo assim... Boa sorte!

Daniela viu o amigo sumir no interior da tenda e ficou observando o movimento das pessoas que saíam e entravam nas diversas opções, videntes, tarólogas, quiromancias, mapas astrais e pais de santo... Ficou imaginando o que levava as pessoas a perderem seu tempo em busca de respostas que não existiam. Nunca havia acreditado em destino, tampouco em previsões ou vidências. Sempre tinha sido cética. Acreditava naquilo que suas escolhas lhe proporcionavam. Enquanto observava o movimento das pessoas, lembrava-se da noite maravilhosa com as duas mulheres... "Tenho que repetir", pensou. A ruiva caminhou em direção a uma tenda onde se lia "Tarô e búzios".

Daniela a acompanhou com o olhar. A ruiva sorriu para ela antes de entrar na tenda. Daniela correspondeu e suspirou pensamentos.

Quase trinta minutos depois, Paulo saiu da tenda e caminhou em direção à Daniela. Falou colocando a mão na boca como se contasse um segredo... Sussurrando:

– Ela é ótima!

– Imagino.

– Número nove! – a cigana das senhas gritou.

– Vai! – Paulo incentivou.

– Não quero!

– Vai sim! – Puxou Daniela da almofada e empurrou-a em direção à tenda.

Quando a cigana puxou o pano levantando a lateral para que Daniela entrasse, o cheiro de incenso invadiu--a. Aspirou, espirrou e entrou... E uma sensação estranha tomou conta dela, como se naquele momento o mundo exterior se tornasse algo sem conexão com o interior daquela tenda, e Daniela, pela primeira vez, sentiu-se como se tivesse vivido até ali como coadjuvante em sua própria vida. Sempre tinha visto sua existência de fora para dentro e, pela primeira vez, fez o caminho contrário.

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