Um Louco Desejo II
Katherine, quero vê-la agora!
Rio divertida ao notar seu tom autoritário. Não penso duas vezes em provocá-lo, e lhe envio mais uma mensagem.
Boa noite senhor Santolli, sinto muito em não poder atender aos seus desejos carnais. Amanhã terei um dia cheio, no fim de semana terei compromissos inadiáveis, podemos marcar para a próxima semana, o quê me diz? Espero que compreenda. Tenha uma boa noite!
Com um largo sorriso nos lábios envio a mensagem, e fico ansiosa por alguns minutos aguardando sua resposta.
Volto minha atenção para Kate, que ainda devora sua refeição.
-Está brincando com fogo! – diz sem me olhar. Dou de ombros e quando penso em dizer algo como defesa sou impedida por meu convite ao prazer, que mais uma vez me avisa que há uma nova mensagem na caixa de entrada.
Senhorita Carter, creio que o senhor e a senhora Carter lhes deram uma excelente educação, e acredito que, se soubessem que a senhorita tem o péssimo habito de deixar seus convidados plantados na porta de seu apartamento não iriam se sentir orgulhosos.
Estremeço seguida de engolir em seco. Volto minha atenção para Kate, que me fita com as sobrancelhas erguidas.
-O quê houve? Você está pálida. – pergunta, sua voz soa preocupada.
-Ele está aqui! - ela dá de ombros sem entender do que eu falara.
-Ele quem?
-Phillip Santolli. - em um sobressalto, se levanta da cadeira ao ouvir o nome do meu Deus grego. Assim como eu, Kate se assusta com a idéia do todo poderoso Phillip Santolli está plantado na porta do nosso apartamento.
-Minha nossa, como assim? Katherine, vai deixá-lo esperando? - retomo minha consciência que o senhor gostosão havia roubado e chego à conclusão de que Kate tem razão, não é elegante deixar qualquer pessoa esperando, mesmo que ela não tenha sido convidada.
Com movimentos bruscos, me coloco de pé, seguido de Kate, que pega alguns lanches enquanto eu prendo meus cabelos num coque frouxo, aperto mais forte o laço do meu roupão e sigo em direção à sala. Estava pronta para abrir a porta quando ouço Kate dizer:
-Tenham piedade de mim e não sussurrem tão alto. -revirei os olhos e antes mesmo de me justificar lhe procurei na porta do quarto e ela já não se encontrava mais. Volto minha atenção para a porta da sala, paro por alguns segundos, puxo o ar dos pulmões e lentamente toco a maçaneta, seguido de virar a chave, ao abrir meus olhos contemplam a perfeita imagem do meu Deus grego, está tão lindo e sexy, vestido em seu terno de giz feito por medida.
-Phillip. - chamo por seu nome e minha voz soa mais falha do que eu pretendia. A beleza de Phillip tem o poder de me hipnotizar, meu lado devasso faz com que eu tenha pensamentos eróticos com ele ali bem a minha frente. Conheço muito bem cada pedacinho do seu corpo, e da forma em que ele me olha é como se estivesse fazendo o mesmo, me despindo e tendo pensamentos devassos. Meu corpo entrou em um colapso, minha pulsação está acelerada acompanhada da minha respiração ofegante, com a voz entre cortada quebro o maldito silêncio que se instalou entre nós. –O... Quê... Você está fazendo aqui? – Não basta estar com a voz fodidamente mais fina do que o normal, ainda tenho que gaguejar.
- Acredito que recebeu minhas mensagens. – diz sério. Merda! Ele está irritado.
-Phillip, eu...
-Senhorita Carter. -ele me interrompe antes mesmo que eu continue. -Não vai me convidar para conhecer seu apartamento? – pergunta com um sorriso irônico nos lábios.
Maldito Phillip!
-Como apresentar algo que o senhor já conhece? – rebato. -Acho que não se recorda que já invadiu meu apartamento senhor Santolli. - ele, ainda acompanhado do seu lindo sorriso sarcástico nos lábios, rebateu:
-Claro que me recordo. Mas foi tudo muito rápido e não deu para conhecer nada além do seu quarto. - engulo em seco, meu corpo estremece com as investidas de Phillip. Mas eu estava me divertindo com a situação e provoquei um pouco mais.
-Conhecer o meu quarto já é o suficiente, o senhor não acha? - O lindo sorriso de Phillip havia dado lugar à um semblante endurecido, e assim ele adentrou em meu apartamento se juntando a mim seguido de fechar a porta atrás de si.
Deane Ramos.