Filosofia para Corajosos- Lui...

Siquers tarafından

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O objetivo deste livro é ajudar o leitor a pensar com a sua própria cabeça. Para tal, o filósofo e escritor L... Daha Fazla

APRESENTAÇÃO
PARTE I
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
PARTE II
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
PARTE III
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30

CAPÍTULO 17

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Siquers tarafından

Democracia, a palavra mágica da política contemporânea

Não tenho muita paciência para política. Como sempre digo, trato

dela assim como quem cuida de uma ferida para que não infeccione. A

necessidade da política é a prova de que a humanidade tem

dificuldade em sobreviver: não pode viver sem bando; para viver em

bando alguém tem de mandar e alguém tem de obedecer. Ainda que

mentirosos de todos os tipos digam o contrário.

A forma por essência da política contemporânea é a

democracia. Por ter sua soberania na chamada vontade popular ou no

povo, a democracia deságua na crença de que a sociedade carrega em

si alguma forma de verdade moral, já que ela é soberana. Esquece-se,

como eu dizia antes, que toda moral pública é hipócrita. Dito de

outro modo, o público é hipócrita e nada tem a ver com ideia alguma

de verdade. Na democracia, o que importa é a maioria e não a verdade

sobre coisa alguma. Mas isso Platão já sabia: o motivo de a

democracia esconder a hipocrisia da moral pública é porque a

democracia é sofista.

Em seu embate com os sofistas (aqueles caras que diziam

que a verdade não existe porque ela é apenas a vitória de um

argumento sobre o outro, portanto, retórica), Platão já apontava a

tendência de a democracia ser demagógica.

Antes que algum inteligentinho perdido na leitura deste

livro me acuse de antidemocrático, devo dizer que a democracia é, de

todos os regimes ruins em política, o menos pior, com certeza. E

para manter essa "vantagem" da democracia sobre seus sistemas

competidores, devemos lembrar suas fraquezas, coisa que o povo na

democracia, como já dizia Alexis de Tocqueville no século XIX em

sua visita aos Estados Unidos, não gosta de ouvir porque a

democracia na democracia é um dogma a ser amado.

Voltando a Platão: o problema, aqui, é que num regime

pautado por opiniões variadas, e pela contagem delas, o essencial é o

número. A democracia é um regime de quantidades, e os idiotas

(como dizia nosso brilhante Nelson Rodrigues) são sempre maioria.

Uma das faces dessa idiotice é supor que a transparência na gestão da

coisa pública, algo desejável num governo, implique a transparência

da verdade moral. Sempre que se afirma um valor em público, essa

afirmação é, em grande medida, uma farsa a serviço do resultado

esperado em termos de contagem de votos a favor ou contra o que

você quer.

Outro motivo para a democracia ser parceira da hipocrisia

pública é sua dependência da adulação da opinião pública. Isso afeta

desde os candidatos numa eleição (política agora é marketing) até

artistas que vendem música: todos devem adular a opinião pública se

quiserem conseguir o que almejam – a saber, o sucesso. Essa opinião

pública nem sempre é só uma questão de números grandes; muitas

vezes é uma questão de quem consegue influenciar mais pessoas. Os

tais fazedores de opinião, como eu. Quando você lê este livro, eu

estou, em alguma medida, influenciando sua opinião. A diferença

entre mim e outro qualquer é que eu não tenho nenhuma causa, e isso

me torna, de certa forma, um pouco menos retórico no que escrevo e

falo. Num mundo em que todos concordam em ser bons, há sempre

algo errado. Por isso, não faço filosofia para realizar bem algum;

faço porque gosto.

Essa dependência da opinião pública, que leva todos a

adular os idiotas, faz da democracia um simples regime de mercado.

Ela é, na verdade, um mercado de opiniões a serem defendidas

(compradas) ou recusadas (não compradas). A tendência da mentira

na democracia é, no limite, uma tendência ao marketing. O que conta

na democracia é a aparência. Não por acaso os defensores dela na

Grécia eram os sofistas, os mesmos caras que, como eu disse antes,

negavam a existência de qualquer verdade e reduziam o

conhecimento à retórica. Então, quando ouço alguém gritar contra a

mentira na democracia, sempre sinto um cheiro de Papai Noel no ar.

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