Amor Interceptado - Série End...

By MariaFernandaRibeir2

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É claro que nenhuma mulher gosta de ser largada na cama após a primeira vez, para o cara te deixar pra sempre... More

Prólogo
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Próximas histórias e avisos - atualização 2018

Epílogo

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By MariaFernandaRibeir2

Marianne
2018 - Maio

—O que você fez pra não pirar no seu casamento? — a Indiana perguntou.

Prendi o véu na cabeça dela, que não se acalmou desde que acordou.

—Só descobri que era a noiva na hora do padre perguntar se eu queria me casar ou não. Pare de se mexer, ou vai estragar o penteado.

Ela grunhiu.

—Eu deveria ter pedido pra ele planejar o casamento e só me levar pra lá quando tudo estivesse pronto.

—Você deixaria ele em paz?

—Não. — grunhiu de novo. — Eu não vou aguentar, Marianne. Vou desmaiar no meio do caminho.

Disso eu entendo. Pelo menos um pouco.

—O que você sente quando olha pra ele?

—Paz e confiança.

—Então, olhe para ele. Ele vai te ajudar a levantar se você cair, literalmente e metaforicamente. — prendi a tiara no cabelo dela — Ele é seu porto seguro, por isso você o escolheu pra ser seu marido.

—Você não escolheu o Sebastian. — apontou. — Ele te escolheu.

—Ah, o benefício da dúvida. Ninguém entende o que aconteceu no nosso casamento, então todos inventam coisas. Não os culpo, porém. Indiana, você acha que, se eu não tivesse escolhido ele, estaria com essa tatuagem no dedo? Eu tive que aceitar também. O escolhi num momento estranho, mas ainda assim fui eu quem também disse sim quando o pastor perguntou, não ele.

—Você tem razão. E se meu noivo não me escolheu?

—Ele ficou com você durante todo o tempo que você precisou, não? Se ficou, ele te escolheu. Olha, eu trabalho em hospitais há anos, e vejo abortos acontecerem todos os dias. São poucos os homens que vi apoiarem as mulheres durante todo o processo de recuperação. Agora vamos que o seu padrinho é impaciente e meu celular não para de vibrar.

Encontrei o tal padrinho no altar. Ele desobedeceu as regras pra ficar ao meu lado.

—Não tá muito quente pra você? — perguntou — Uma insolação pode te fazer mal.

Contei pra ele que outro bebê estava a caminho no aniversário do Zack em janeiro. Não sei qual dos dois ficou mais emocionado, e o Sebastian se mostrou solícito e amoroso desde o momento que descobriu. Nada que eu não esperasse dele.

—Dá um tempo, doutor. — brinquei com o fato dele estar indo fazer o doutorado em engenharia. — Vitamina D. Faz bem.

—Não sou esse tipo de doutor, mas quero minha mulher com saúde. Senta um pouco.

Ele não descansou até que eu estivesse sentada. Permaneci assim até o fim da cerimônia, por pura preguiça de levantar. Foi lindo ver o amor verdadeiro acontecendo e ganhando. Na festa, a Emily abordou a Indiana.

—Diana! Flor! Flor!

—Você quer uma flor do meu buquê, é? — ela tirou uma begônia e entregou pra Emily, que retribuiu com um sorriso.

Bigada.

—Oras, não há de quê. Quem sabe você não tenha sorte e pegue o resto? Uma dica, peça pro papai, ele é alto e trabalha com coisas que voam. E vocês dois, como estão?

—Grávidos. Muito grávidos. — o Sebastian disse. — Ela me chuta a noite toda, você não tem um remédio pra dormir pra receitar pra ela?

—Não. — ela balançou a cabeça — Sou psicóloga, mas fiquei na licenciatura. Você também tem que pagar o preço por ter feito o bebê.

—O preço mais caro quem paga sou eu. — o lembrei — O parto.

Setembro

O nascimento de um filho é um dos piores e melhores momentos da vida de uma pessoa. Pude comprovar isso com o nascimento da Emily. Mas quando o Joshua, nosso segundo filho cuja existência descobri no ano novo, começou a chutar minhas costelas querendo sair no outono, só consegui pensar numa coisa: eu ia matar o Sebastian. Mais uma vez ele não estava aqui, e eu estava com tanta dor que jurava que a morte era menos pior do que isso.

—Juan, eu não aguento mais. Vou morrer. Diga ao idiota do meu marido que o amo, apesar de querer bater nele por me engravidar de novo.

—Você não vai morrer, querida. Sua pressão está ótima e as contrações estão perfeitas pra você empurrar. Quanto ao Sebastian, deixa que eu faço o trabalho.

Nessa hora meu marido quase fez um buraco na porta da sala em que eu me encontrava.

—Cheguei a tempo?

Chorei de alívio por ele estar aqui, aí lembrei que ele me colocou nessa situação. Ele percebeu minha raiva, e segurou meus ombros por trás de mim.

—O técnico me substituiu assim que recebeu a notícia do nascimento. O Zack ligou pra ele.

—Seu substituto tem que ser muito bom então, já que ela está com planos de te bater. — o Juan disse. — Deixa de ser mole, Marianne, empurra!

Gritei, empurrei, e nada. Segurei os braços do Sebastian — a única coisa que estava perto — e fechei os olhos. Se eu conseguir agora, a dor acaba. Respirei fundo e pensei em coisas que me deixavam irritada. Ser forçada a ler, ir a médicos que não sejam o Juan, ter filhos...

—Você consegue, docinho. Só mais um pouco de força, e por favor, não quebre meus braços. — meu marido sussurrou no meu ouvido.

Quando senti meu quadril rachar no meio, apertei os braços dele com uma força sobre-humana, mas não tive tempo de ouvir as lamúrias dele, um choro forte preencheu meu coração.

—É o menino mais lindo que já vi nascer! — o Juan disse. — Vocês dois são muito abençoados por não terem filhos com cara de joelho.

Um enfermeiro me entregou o menininho, que foi direto pro peito. As lágrimas do Sebastian caíram no meu ombro.

—Ei Joshua. — ele tentou arrumar o cabelo cheio de placenta dele de forma falha.

—Joshua? É o nome do meu pai. — murmurei.

—Pensei em homenagear o meu, mas a Britt pediu pra usar o dele quando for ter um filho, algo sobre gostar de um cantor com esse nome. Tudo bem pra você ele chamar Joshua?

—Sim. É um nome bonito. — sorri exausta. Fechei os olhos e descansei um pouco, e por acharem que estava dormindo, ouvi a conversa do meu marido com o nosso filho.

—Joshua, oi. Eu sou seu pai. Você tem uma mãe muito bonita, uma irmã mais velha linda, avós babões e tios ansiosos pra te conhecer. Nós todos te esperamos por nove meses, o que é muito tempo. Mais do que isso garotão, você me deu a oportunidade de me redimir com a mamãe pela falta que fiz da primeira vez, e graças a você eu sei o quanto a mamãe é forte e tem um coração bom. Ah, quase que me esqueço, você vai ter que dividir o peito com a Emily, sua irmã. É um pouco chato pra mim ter que ficar pelo menos mais seis meses sem...

—Sebastian. — intervim.

—Sem dormir direito, mas farei um esforço. Você, Joshua, é o terceiro acréscimo de alegria na minha vida, e eu te amo demais. Tenho certeza que você vai me deixar muito orgulhoso, e saiba que nenhum erro é grande demais para um pedido de desculpas. O papai não vai estar sempre por perto, mas quero que você saiba que estará comigo onde eu for, o amor que sinto por você faz com que eu sempre te leve comigo no coração. Conta comigo para o que você precisar, filho.

Eu estava em prantos. Ele enxugou minhas lágrimas e me beijou.

—Sem você nenhum deles dois, essa felicidade e amor que estou sentindo, nada disso estaria acontecendo. Obrigado por aceitar ter outro filho comigo.

—Para com isso, eu não quero chorar mais. Ele vai pro banho, você conhece o procedimento. Te encontro daqui a pouco?

—Sim. Te espero no quarto.

As enfermeiras me ajudaram a tomar banho. Uma delas disse pra mim:

—Ele ama essas crianças demais. Ouvi o que ele disse pra filha de vocês no ano passado, choro toda vez que lembro. E ama você também, os olhos dele não mentem.

—Eu sei. Quase o deixei escapar, fico muito feliz que ele foi insistente o suficiente pra não querer ir a lugar nenhum sem mim.

—Porquê ele precisa de você. Marianne, eu trabalho nesse hospital há mais de vinte anos, e nunca vi um homem tão dedicado à mulher e aos filhos. Ele quer fazer vocês felizes, e sabe que faz, então é pleno. Seu médico vai te examinar agora, ok?

Fiquei sozinha com o Juan enquanto ele me examinava. Veio de Lincoln pra cá por mim.

—Tudo certo, linda. Mas tenta esperar um pouco mais pro próximo bebê, tá? Você sabe do que vai acontecer com você nas próximas semanas, útero voltando ao normal, amamentação continua, pode amamentar os dois, a Emily ainda precisa do leite materno, mas já pode tomar na mamadeira.

—Obrigada por estar aqui de novo, Juan. Sem você eu não teria conseguido ter nenhum dos dois bebês.

—Teria sim, você só está me adulando. Obrigado você por confiar em mim pra estar aqui duas vezes. Não perdoei você por não ter me convidado para o casamento ainda, mas eu supero. Quem sabe quando você me mandar o vídeo?

—Verei com o cinegrafista se ele tem mais uma cópia. — o Sebastian entrou com o bebê no colo, e me animei.

— A Emily já o apelidou. Xuxu.

—Xuxu? — ri.

—Ela gostou de como o "sh" soa. A Britt adotou o apelido, e agora esse pequeno soldado tem duas garotas pra enfrentar.

—Três. A Gwen.

—Sim, ela também.

Nossas famílias entraram e a Indiana também veio fazer uma visita rápida, tinha um exame de gravidez pra realizar e uma criança pra tentar adotar — o Ivo, apesar do Juan estar brigando pela paternidade dele. Fiquei feliz por ela, e mais ainda com tanta animação dos que ficaram. A Emily mamou até dormir, e as duas crianças no meu colo quase não me deixaram ver a tristeza nos olhos da Brittainy. Quase.

—Ei, vocês podem me dar licença por um minuto? Todo mundo. — o Sebastian abriu a boca pra falar — Você também, grandão. Só a Brittainy e a Emily ficam. Vão comer alguma coisa ou tomar um café, o Joshua ficará bem no berçário, tem que ser examinado ainda, o restaurante é no terceiro piso à esquerda. Por favor.

Todos saíram, a enfermeira levou o Joshua, e minha cunhada ficou deslocada quando se viu ali.

—Eu conheço esse olhar de tristeza porquê já o vi no espelho muitas vezes. O que aconteceu? Foi o Zack?

—Não, o Zack é muito bom pra mim. Mais do que imaginei. — ela limpou algumas lágrimas.

Nunca vi a Brittainy tão emotiva, isso me preocupou.

—Brittainy, eu nunca tive uma irmã e você conhece a peste que cresceu comigo melhor do que ninguém. O Zack não é alguém que brinca de boneca sem reclamar a cada três minutos. Gosto de pensar que você é minha irmã postiça, então pode falar, eu vou te ajudar ou pelo menos tentar.

—Eu sofri um aborto ontem de tarde. — contou. — Descobri que estava grávida duas horas antes de sentir as dores.

—Ah, Brittainy... o DIU não funcionou? Posso marcar uma consulta com o Juan pra você.

A garota trocou o implante no braço pelo DIU, incomodava o fato de estar com algo no braço enquanto jogava, segundo o que ela disse.

—Eu já vi ele, foi ele quem me ajudou com as coisas físicas. Meu DIU caiu, achei que uma vez sem ele não ia levar uma gravidez, mas achar nunca é garantia, né?

—O Zack já sabe?

—Não, e não quero que ele saiba. Vou ficar enchendo ele com uma notícia ruim pra quê?

—Brittainy, ele vai querer saber, e vai te ajudar. Coisas ruins acontecem, veja só seu irmão e eu, e tudo aconteceu bem depois de tanta dor. Às vezes precisamos sentir dor pro sorriso da conquista ser maior. Querida, o máximo que ele vai fazer é chorar um pouco, e tudo bem chorar, as lágrimas aliviam a dor emocional. Quando vocês tiverem o bebê que sonham, vão ver que o que passou estava só preparando vocês para o que virá.

Mais tarde, naquela noite, meu irmão entrou no quarto chorando, o que acordou o Sebastian. Tive que fazer uma força sobre-humana pra parar meu marido quando o Zack contou o porquê do choro.

—Você engravidou a Brittainy, porra? Cadê os planos que vocês tinham de concluir a faculdade primeiro e depois fazer bebês?

—Sebastian, olha a boca. — chamei a atenção dele — Tem duas crianças no quarto, se acalma e fica quieto. Zack, a Brittainy me contou sobre isso mais cedo, ela vai precisar de você. Se achar que um psicólogo pode ser legal, pegue o nome de alguns com o Juan. É um trauma, e do mesmo modo que traumas físicos doem, traumas emocionais machucam no mesmo tanto ou mais. Seja paciente com ela e dê muito amor.

Ele não ficou muito mais, saiu pra procurar a namorada para voltarem a faculdade. O Sebastian rugiu um:

—Ele engravidou minha irmã, Marianne!

—Você também engravidou a irmã dele, e ele nunca te ameaçou sobre isso. Duas vezes. — levantei dois dedos pra ressaltar.

—A Brittainy é minha irmãzinha, — falou com a voz trêmula — ela estava tão mal, eu nem perguntei o porquê. Achei que era alguma coisa com o curso ou com as aulas e não quis me meter. Eu queria ter ajudado, por que ela não me contou?

—Por causa da sua reação. Se comigo você ficou nervoso, com ela desmaiaria. Ela quis poupar você. Um bebê é um milagre, muitas coisas têm que se encaixar pra ele se formar e nascer. Se uma coisinha dá errado, um aborto é comum, e muitas vezes é mais fácil pro próprio feto. Vai dar certo pra ela como deu pra gente, é uma questão de tempo. Olhe para os nossos bebês, grandão. Demoramos a achar o caminho certo, e quando achamos ganhamos esses dois presentes.

—Você tem razão. E você teve um parto hoje, e eu aqui te enchendo. Me desculpa.

—Ah, não tem problema. Quando me casei com você sabia que o drama vinha junto. Estava nos papéis.

Ele riu, e encostou a cabeça na beirada da cama pra encarar o Joshua e a Emily, que dormia profundamente ao meu lado. O sorriso bobo no rosto dele foi o mesmo que encontrei no rosto do meu irmão algum tempo depois...

2022

—Não Zack, eu não estou ocupada. Estou no horário de descanso.

—Ah, graças a Deus. Estenda esse horário, a Brittainy tá tendo o bebê.

—O quê? Calma aí querido, ela está em trabalho de parto há quanto tempo? Qual estágio ela está?

—Eu vou saber, Marianne? Estava treinando quando ela entrou no campo desesperada. Estamos no hospital, tem um avião que sai daí em vinte minutos, vocês chegam aqui na Califórnia em três horas. Não comento isso com a Brittainy porque ela pode me bater, mas partos normais podem durar horas, e ela está indo ter um desse, então vocês podem pegar o nascimento da Dream ainda.

—Tá, respira fundo e estou indo. Vou só chamar o Sebastian e pegar as crianças.

Por sorte hoje eu estava no time, e encontrei meu marido na escada do vestiário.

—Sebastian! A Brittainy vai ter o bebê, tem um voo que sai em vinte minutos daqui.

—Tudo bem, eu busco as crianças na escola, enquanto você faz as malas.

Meia hora depois pudemos relaxar na poltrona do avião.

—Mamãe, onde a gente tá indo? — a Emily perguntou.

—A tia Britt vai ter o bebê dela, primo de vocês. E primos, Emy, são parceiros de crime como os irmãos. — o Sebastian respondeu.

—Mas você disse que clime é errado, papai. E que o pai da Gwen ficou peso poquê fez um.

—O papai usou a palavra errada, filha. Primos são amigos que crescem com você. — corrigi-o.

—Mas assaltar a geladeira é um crime do bem. — o Sebastian murmurou ao meu lado.

—Elas não entendem isso ainda, grandão.

Pousamos na Califórnia e voamos pro hospital. A Dream tinha nascido a cinco minutos, e o Zack estava eufórico.

—Ela é maravilhosa, parece um sonho de verdade. Tem olhos cinzas tão intensos, e dormiu quando peguei ela no colo. Vai pro berçário daqui a pouco, e aí vocês veem ela.

Quando chegamos no local, o Sebastian riu.

—É a cara da Brittainy quando ela nasceu, juro.

O Joshua segurou a mão dela.

—É pequeno assim mesmo?

—Sim, carinha, crianças nascem desse tamaninho e crescem com a idade. — o Sebastian explicou. Adotou o apelido do Zack pra ele.

—Ela é bonita. — a Emily disse — Palece uma boneca.

—Quer carregar? — ofereci.

Sentei ela na poltrona, e com certo custo tirei minha sobrinha das mãos do Sebastian.

—Mamãe, papai? Eu quelo uma irmãzinha.

O Sebastian engasgou.

—Quem sabe daqui um tempo? Alguns anos?

—Não papai. — ela fez careta. — Quelo bincar de boneca com ela, e gente gande não binca de boneca. Vou ser gande daqui alguns anos.

—Emily, bebês não surgem assim do nada. Eles são feitos... — antes que ele falasse alguma coisa errada, intervim com a notícia que guardo há uma semana.

—Você vai ter uma irmã. Ou um irmão. Não dá pra escolher, tudo bem? Quem escolhe é o Papai do Céu.

—Você... você tá falando sério ou está só agradando ela? — o Sebastian me perguntou.

—Eu não brincaria com algo tão sério. Demorou alguns anos, mas foi. Nosso terceiro e último filho. — ressaltei essas últimas palavras, já que havia sido ele quem implorou por mais um bebê quando decidi que o Joshua era o último.

Ele beijou minha barriga e minha boca, sob "ecas" infantis.

—Obrigado por tudo, docinho.

E parece que ele ficou pensando nesse tudo, já que no carro, depois de termos dado tchau pra Brittainy e pro Zack, e para os pais dele rumo à um hotel, perguntou:

—Marianne? Você já parou pra pensar que todas as coisas ruins das nossas vidas levaram às boas, tal como as dos nossos irmãos?

—Foi exatamente o que falei pra Brittainy quando ela teve aquele aborto. Não sobre nós, o resto.

—Se seus pais não tivessem criado uma ogra eu não teria te notado, se eu não tivesse ido pra uma universidade em outro estado não teríamos nos reencontrado, se eu não tivesse te deixado sozinha nosso segundo reencontro não teria graça, e se eu não tivesse saído pra comprar o anticoncepcional provavelmente teríamos terminado ali. Cada interceptação da vida no nosso relacionamento nos preparou um para o outro. Eu odeio ser interceptado em campo, mas geralmente é depois das interceptações que marco os touchdown.

—Tá aí, grandão. Um jeito mais bonitinho de contar às crianças como foi nosso relacionamento quando elas perguntarem. Um amor interceptado que terminou em touchdown.

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