Amaldiçoado

By chromogogh

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Park Jimin é o herdeiro e precisa quebrar uma maldição lançada em seu reino, e se isso não acontecer, todos m... More

Parte 1 - A Maldição
Parte 2 - 30 Testes Frustrantes
Parte 3 - Quem é Jeon Jungkook
Parte 4 - Abgail
Parte 6 - Lacrimosa
Parte 7 - Fada Mau Humorada
Parte 8 - Adocicado
Parte 9 - Entrega preciosa
Parte 10 - Professor
Parte 11 - Hangul
Parte 12-As sensações de Min Hee
Parte 13 - Guerras familiares
Parte 14 - Escuridão
Parte 15 - O caçador prepara suas flechas
Parte 16 - O predador e a presa
Parte 17 - Visita de Honra
Parte 18 - Família Jeon
Parte 19 - Jóia Preciosa
Parte 20 - A Besta Acorda
Parte 21 - Brincadeira de Criança
Parte 22 - Traços de Jimin
Parte 23 - Una Mattina
Parte 24 - O Teste
Parte 25 - Pecador
Parte 26 - A Fada tem um Passado
Parte 27 - Vínculo
Parte 28 - As Asas de uma Maldição
Parte 29 - O Anjo Negro
Parte 30 - Cordel
Parte 31 - Menino Perdido
Parte 32 - Xadrez de grãos
Parte 33 - A Consequência da Jogada
Parte 34 - Data Marcada
Parte 35 - O Festival de Espadas
Parte 36 - Sossego Efêmero
Parte 37 - Azedo
Parte 38 - O Convite Secreto
Parte 39 - Labirinto de Máscaras
Parte 40 - A Aposta Das Amoras
Parte 41 - Akai Ito
Parte 42 - A Esperança no Leste
Parte 43: Adeus Forçado
Parte 44 - Quebradiço
Parte 45 - Ira
Parte 46 - Estopim Real
Parte 47 - Apatia
Parte 48 - Branco de Noivado
Parte 49 - Alicerce
Parte 50 - Plano B
Parte 51 - Um Último Dia
Parte 52 - O Prometido
Parte 53 - Pureza
Parte 54 - Doce Súbito
Parte 55 - O Adeus de Um Anjo
Parte 56 - O Casamento de Dois Reis
Parte 57 - Horizonte Conclusivo
Epílogo
Agradecimentos

Parte 5 - Revolta

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By chromogogh

Eu choro por milagres nessa realidade;

Sendo incrivelmente feliz;

Eu fui um idiota viciado em sua doçura;

Sim, um idiota.

Boy Meets Evil - Bangtan Boys

__xXx__

Aquela frase me fez sentir-me ansioso e ao mesmo tempo confuso, por um momento as dores desconfortáveis causadas pelo local onde dormi, se tornaram imperceptíveis. Me levantei dos sacos, ajeitando minha postura (o que me envergonhava um pouco. Certamente, eu era mais velho que Jungkook. Mas, sua altura me fazia parecer um irmão mais novo, talvez esse fosse o motivo para os ataques de ansiedade quando estava próximo à ele).

- Emprego?

Juntei minhas sobrancelhas, ato que fez Jungkook sorrir ao tentar explicar, parecia envergonhado de me falar aquilo, como se fosse incômodo. Juntou as mãos abaixo da cintura, estralando os dedos, provavelmente pelo nervosismo, seus cabelos se remexiam conforme os movimentos. Os olhos negros estavam a procura de uma brecha em meu rosto. E por fim, ele me respondeu:

- Não estou pedindo que me dê vantagem. Muito menos que eu esteja me sentindo seu melhor amigo e no direito de pedir o que quiser... Mas, eu preciso de um emprego.

Jungkook levantou os ombros, sem jeito e me encarou, aguardando uma resposta, provavelmente. Eu podia sentir a ansiedade descer e subir pelo peito, talvez aquilo fosse o desejo de ter um novo amigo, afinal, em toda a minha vida, meus amigos foram Jin, Namjoon e raramente algumas brincadeiras com fadas. Eu sorri diante de seu receio, me surpreendia pela quantidade de vezes que Jungkook se mostrou verdadeiro.

Infelizmente, minhas observações se tornaram prolongadas, o que fez o ambiente adentrar num silêncio constrangedor para ele, que juntou as sobrancelhas, numa expressão pensativa:

- Na verdade... Eu preciso de dinheiro. Eu sou o filho mais velho, e mamãe não trabalha já faz algum tempo.

Percebi que se eu tivesse que falar alguma coisa, teria de ser agora. A expressão que Jungkook mantinha, me dava certa sensação de que ele iria sair correndo palácio afora, escondendo o rosto de qualquer um. Levantei meus braços, balançando as mãos, o sono se esvaiu de mim totalmente naquele momento.

- Oh, eu compreendo! Eu, hum, deixe-me pensar... Você é bom no quê?

Jungkook pareceu se aliviar com uma resposta, afinal. Os ombros relaxaram e ele traçou novamente o sorriso descontraído e gentil. Balançou a cabeça e fixou o olhar no meu.

- Jimin, qualquer coisa serve.

- Não irei te dar um emprego no qual você se arrependa de ter, Jungkook.

Sorri, falando a verdade. A visão de pessoas trabalhando em algo que não gostam apenas por dinheiro não me agradava de modo algum, era uma prova de que dinheiro era caçado como carne, e cada vez mais ficava mais difícil de chegar com um cordeiro em casa.

Então Jungkook pensou por um momento, como se fizesse uma lista do que gostasse de fazer em sua mente, e quando finalmente encontrou a função certa, sorriu empolgado, levando com animação a atenção para mim:

- Eu gosto muito de pintar!

O sol na cozinha agora se fazia mais presente, fazendo a questão de aconchegar meu corpo num calor natural, a luz da manhã fazia Jungkook parecer ainda mais transparente. Eu sorri, cruzando meus braços, surpreso pelo interesse dele, algo que definitivamente não esperava, mas, de repente, fazia todo o sentido que Jungkook gostasse de pintar.

- Pintar? Que maravilha!

- Eu poderia fazer um teste ou algo assim para ser o pintor real?

Assenti com a cabeça, em resposta, seu sorriso gentil aumentou, se é que isso fosse possível, jurava que podia sentir em mim que ele estava radiante. E então, ouviram-se passos entrando na cozinha, virei minha cabeça para a direção do barulho, Jin vinha carregando uma bacia de batatas para a cozinha. Um risada descontrolada saiu de meus lábios assim que tomei consciência da situação do meu amigo.

Ele estava inteiramente vermelho, queimado do sol.

- Jin, mas o que... ?

Minha risada ainda saia descontrolada quando o Kim colocou a bacia sobre o balcão e me atingiu com um olhar tão quente quanto sua pele. Mas mesmo o olhar de reprovação não me impediu de gargalhar. Claro, eu já sabia o que havia acontecido, pois esta mesma situação sempre se repete (e em todas elas, a risada me falha e eu caio na gargalhada). Jin havia ido colher batatas na horta, e sem nem mesmo um chapéu.

- Rir da desgraça alheia é pecado, Jimin - Jin cerrou seus olhos, com raiva. Jungkook me acompanhava nas risadas de forma involuntária, afinal, a situação era realmente engraçada. Jin parecia uma pimenta.

- Aish! saiam daqui, vocês dois!

Eu e Jungkook nos retiramos da cozinha ainda aos cochichos incontrolados, que tiveram de parar assim que o fôlego nos faltava. Respirando fundo depois da pequena "crise de alegria" eu encostei-me na parede do corredor, segurando a barriga, pois a mesma doía pelos risos.

Meus olhos se fecharam, enquanto eu tentava guardar na memória aquele momento, assim como todas as vezes em que Jin se queimou do sol. Mas algo interrompeu meu transe, a voz de Jungkook se prolongava num grunhido de admiração. Meus olhos se abriram curioso para observar o que ele olhava, e foi só então que notei onde estávamos. No corredor dos quadros da família real, onde gerações e gerações de reis estavam retratados em consecutivos quadros.

Jungkook caminhava por este mesmo corredor admirado, o queixo entreaberto, os ombros relaxados e o olhar de admiração caminhavam junto à ele. Desencostei-me da parede e apressei meu passo para acompanha-lo, colocando as mãos atrás do corpo, observando as pinturas junto com ele.

- Nós ainda não temos um da nossa família - Comentei, prevendo a pergunta que imaginei que iria fazer - Talvez você possa pintar o dessa geração, é um trabalho importante.

- Eu não poderia, olhe estes detalhes! São tão perfeitos! Tão realistas! E além do mais...

E de um momento para outro, sua expressão tornou-se triste, talvez decepcionada, a cabeça balançou num ato debochado.

- Eu teria que saber escrever para pintar um quadro assim, todos eles tem o nome dos membros embaixo, eu não sei escrever nem mesmo meu nome, Jimin.

Aquela frase fez estranhamente meu peito doer, uma dor funda, que se alastrou, como fumaça dentro de meu peito, esta sensação apenas desceu, fazendo-me sentir ainda pior. Tal frase havia tido um efeito tão grande em mim que nem mesmo eu pudesse imaginar que sentiria. Jungkook tinha a cabeça baixa e suspirou pesado, ajeitando a postura e sorrindo torto.

- Bom, eu te trouxe o cavalo, deixei ele amarrado perto da horta. Eu acho que já vou indo, Jimin. Obrigado por tudo.

Não.

Era tudo que eu conseguia pensar, tudo que eu queria dizer, mas percebi que se gritasse tal palavra, não teria mais argumentos, então tive de engolir a visão de Jungkook virando as costas, procurando a saída do palácio, visão esta, que fazia a fumaça em meu peito apertar o mesmo ainda mais.

- Jungkook.

Seus pés pararam de se movimentar e ele se virou, levantando uma das sobrancelhas, confuso, mas aparentemente chateado ainda. Ele estava parado, esperando para ouvir o que eu iria dizer.

- Seu teste para pintor será daqui a três semanas. - Disse sério.

- Mas Jimin, eu já disse, eu sou analfabeto!

Sorri, balançando a cabeça:

- Ser analfabeto não será um problema, confie em mim. Apareça para o teste em três semanas, está bem?

Jungkook pareceu ficar inda mais confuso, juntou as sobrancelhas e esboçou um sorriso desajeitado.

- Está bem.

Então, virou de costas novamente, indo para a saída do palácio.

__xXx__

Acordei no meio na noite, onde a lamparina se encontrava apagada e nem mesmo a lua iluminada muito, deveria ser madrugada. O lençol branco caia sob meu corpo, e meus olhos ainda não se acostumavam com a escuridão que meu quarto estava.

Ouvi resmungos e ordens de Kwan do outro lado da porta, ele dava ordens aos guardas, estava irritado. A única coisa que fiz foi colocar uma roupa qualquer e sair do quarto, a fim de saber o que acontecia:

- Pai? O que está havendo?

Kwan ainda vestia o pijama, mas usava a coroa, fato que me puxou grande atenção, afinal, meu pai não usava a coroa diariamente, e sim quando ia se pronunciar ao povo. Mas o que o povo tinha a ver com aquilo tudo? Numa simples madrugada escura?

- Como assim o que há?! Não está ouvindo, Jimin?! Olhe com seus próprios olhos!

Olhei ao redor, fazendo o que ele pedia, ainda estava sonolento, mas podia notar muito bem os detalhes do que estava acontecendo. Empregadas corriam de seus dormitórios, funcionários assustados correndo de cá para lá. E por fim, decidi olhar a visão que a janela proporcionava, meus olhos se arregalarem e soltei o fôlego assim que vi uma multidão de pessoas gritando na porta do palácio, possuiam tochas nas mãos, e nas outras, facas. Estavam revoltados.

Guardas desesperados adentraram o corredor e avisaram para a Kwan e eu que todos do palácio deveriam se dirigir até o último andar do castelo, onde não haveria tanto perigo, e ficaríamos seguros já que alguns cidadãos tinham invadido alguns cômodos do primeiro andar.

Kwan ficou desesperado, irado e preocupado, disse que faríamos o que o guarda pedia e então se dirigiu à mim:

- Jimin, vá buscar sua mãe e leve-a para o último andar! Eu irei pegar algumas armas!

Achava aquilo irracional, não pensava que armas seriam necessárias, tais instrumentos só iriam piorar a situação e deixar o povo mais revoltado. Mas obedeci, afinal, não iria querer outra nova punição.

Meus pés foram ágeis em direção ao quarto de meus pais, onde Josephine ainda dormia, minha respiração estava ofegante, talvez por eu estar assustado. Os corredores e tornaram tão longos de repente, e a falta de ar já ameaçava a aparecer.

Finalmente, enxerguei a porta no final do corredor, não pensei nem em bater, desesperado, fui apenas abrindo a porta tão rapidamente que a mesma nem fez barulho com o ato.

Mas a visão que preencheu meus olhos foi a pior que eu poderia ver em toda a minha vida, e de repente, a falta de ar foi substituída pelo tremor nas pernas e nas mãos. As lágrimas desceram sem importância:

- Mãe!

Sangue escorria pelo lençol.







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