Água fria escorreu por sua face e pescoço. Era como se estivesse no verdadeiro paraíso terrestre! O frescor do líquido sobre sua pele suada e quente... Não podia desejar algo melhor para o momento, bem, talvez um banho, mas para isso deveria esperar a chegar a sua própria casa.
– Um dragão vermelho desejando uma grande banheira cheia de gelo...Que contradição. – Resmungou para si mesmo, mas era o que realmente queria para livrar daquela sensação pegajosa do suor que fazia sua camisa colocar de encontro ao seu corpo. Aquele papo que dragões gostam de ar livro e natureza só podia ser uma grande mentira, pelo menos no caso do Leonard, ou talvez esses ditos dragões não conheciam um bom ar-condicionado, tão pouco as comodidades de ficar esparramado no sofá vendo vídeos engraçados no youtube acompanhado por um grande ponte de sorvete de flocos!
– Bem, se quiser posso encher a banheira...Para que possamos tomar banhos juntinhos. – Disse Bolt que de algum modo misterioso e irritante tinha escapulido para dentro do banheiro arrancando um grito de susto por parte do hacker.
– O que você está fazendo aqui!?
O dragão púrpura fez questão de ignorar aquela pergunta, estava próximo da dita banheira, grande, feita de porcelana, de alta qualidade, afinal Arthur tinha bom gosto para a decoração de sua grande mansão. Mas, Leonard não devia estar focando sua atenção na arquitetura interna do recinto...E sim no fato de Bolt ter começado a desabotoar a sua camisa.
– Agora não te garanto que depois que estivermos ali dentro, a água permaneça gelada...Já que as coisas podem esquentar, se é que me entende? – Piscou enquanto revelava parte do peitoral musculo, nu e coberto de tatuagens.
– Sim, vai esquentar, pois irie cozinhar você lá dentro! – Bufou, contrariado, cruzando os braços diante do próprio peito, mesmo ainda vestido agora se sentia extremamente exposto.
– Que isso, minha omelete de frango! – Choramingou o outro.
– Não pense que pode ir aparecendo assim e... Puf! Conseguir o que você quer! – Rosnou.
– Ohhh...Você está chateado.
– Obvio que estou chateado, ficamos rodando a floresta mais tempo que o necessário por que você não nos disse que havia um guardião, tão pouco que o mesmo estava nos avaliando! Eu podia ter morrido de insolação ou ter pegado Dengue! Chikungunya! Mas não! Você só me informou em cima da hora! O pior ainda nem foi isso.... Quando pretendia me contar que sua família era relacionada aos dragões marrons?
Bolt agora parecia desconcertado, pela primeira vez, pelo menos. Se encostou na borda da banheira, sem fazer questão de cobrir o peitoral despido (não que Leonard estivesse reparando muito naquilo).
– Desculpe, mas eu não podia simplesmente revelar tais coisas...
– Pensei que fossemos aliados!
– E somos... Me responde essa pergunta antes de continuar a me julgar: você revelaria todos os segredos de sua família para mim?
O rapaz tirou os óculos do rosto, estava todo embaçado e molhado e resolveu enxuga-lo, evitando então o olhar do outro dragão que parecia analisa-lo até o íntimo de sua alma.
– Talvez...Digo... Com o tempo eu revelaria, já que além de aliados, supostamente você está me cortejando, o que levanta a questão que parceiros devem confiar um no outro! – Resmungou, agora estava se tornando emotivo? Nunca se classificara como alguém romântico! Isso era algo que seu irmão e Felix faziam, algo que ele aproveitava para gravar e tirar fotos, material rico para ser utilizado depois em momentos de chantagem! Era um dragão prático! Não... Leonard não devia se apaixonar e ficar todo meloso, ainda mais por um dragão púrpura! O que os deuses dragonianos estavam pensando?
– Isso foi... – Começou a dizer Bolt.
– Não! Não diga nada! Esqueça o que falei! – Recolocou os óculos e se direcionou para a saída, mas nem tivera chance de abrir a porta. O outro dragão colocou a sua mão sobre a maçaneta, impedindo que Leonard a alcançasse a tempo, além disso, Bolt usou seu grande corpo para comprimir o dragão vermelho de encontro a superfície lisa da porta.
– Eu juro que se você não se afastar vai virar um churrasco púrpura! – Ameaçou, mas sua voz estrava trêmula, na verdade nem sabia se verdadeiramente seria capaz de soprar uma chama sequer.
– Meu nome é Bolgot, prefiro ser chamado de Bolt, tenho 27 anos, meus passatempos são cozinhar e brincar de mecânico tentando restaurar Motocicletas Harley-Davidson, já participei de uma gangue de motoqueiros durante a adolescência, mas ao contrário do que as pessoas pensam, muitos dos caras só parecem assustadores, mas na verdade tem um grande coração mole. Não sou um dragão puro púrpura, minha mãe, durante a reunião anual de dragões encontrou aquele que seria meu pai, um dragão marrom. Pois é... Dessa efêmera reunião, fui formado. Scarlet, minha irmãzinha, por outro lado é uma dragão púrpura pura. – Ele começou a falar sem ao menor dar tempo a Leonard expressar alguma opinião a respeito. O rapaz tentou se virar para, por fim, fitar o outro nos olhos.
– Você é meio dragão marrom? – Inqueriu espantado – Você pode ficar invisível também?
– E isso seria algo ruim? – Bolt deu um meio sorriso malandro que gerou um leve calafrio que percorreu o corpo do jovem hacker.
– Lógico que seria! Pervertido como você é... Eu não me sentiria seguro nem quando fosse mijar no mictório!
– Não se preocupe! Infelizmente não herdei essa habilidade, que seria sem dúvida muito util. – Soltou um suspiro.
– Então o que?
– Curioso, não?
– E-eu só quero saber... – Resmungou já embaraçado novamente, era impressionante como Bolt conseguia despertar aquele lado tímido que Leonard nem fazia ideia de ter.
– Bem, acho que o único indicativo da minha ascendência marrom é o fato de dormir feito uma pedra... E também ter períodos de insônia.
– Hã? – Leo franziu a testa.
– É serio...Posso ficar horas sem dormir, um ser humano normal pode ficar cerca de 264 horas, ou seja, 11 dias sem dormir...Já cheguei a 15 dias. Também já meio que entrei em hibernação, ficando quase um mês em sono profundo, a primeira vez que isso ocorreu minha mãe pensou que estava em coma e que eu iria morrer. Foi graças a nossa ligação com os parentes "marrons" que acordaram da hibernação e me treinaram e ajudaram a controlar meu regime de sono, foi nessa fase da vida que conheci pessoalmente o grande Cezar. Pelo visto, os dragões marrons têm um maior controle sob seu estado de vigília (acordado) e de sono, por isso podem hibernar por anos, reduzindo seu metabolismo de tal modo que atrasa o próprio envelhecimento...
– Oh... Você está contando tudo isso por que...
– Estou te cortejando, Leo...O que falou antes... Você estava certo. Se desejo que sejas meu parceiro, devo revelar mais sobre mim mesmo a você. Sei que posso confiar em você, desde o nosso primeiro encontro.
– Eu te ameacei te tostar vivo! – Relembrou Leonard – Não sabia que isso fosse prova de confiança...
– Você sempre me ameaça, mas eu não tenho marca de nenhuma queimadura sequer em meu corpo. – Sorriu de forma arrogante, enfurecendo o outro dragão.
– Ainda! Não tem marcas de queimadura ainda! – Enfatizou cutucando com o dedo o peitoral musculoso e tatuado do outro.
– Pois é... Meu pudim de chocolate com baunilha... – Bolt segurou aquele dedo arrancando um gemido de surpresa de Leo.
– Já começou com os apelidos envolvendo comida de novo? – Reclamou, mas não tinha tempo para ficar irritado ao ver que o dragão púrpura leva o seu inocente dedo a boca.
– O...O que...
Bolt mordisca o dedo, agora o gemido produzido por Leonard já não era de surpresa...
– Eu já te expliquei, não é? Se te chamo de comida, Leo...É por que quero te comer...
– B-Bolt... – Choramingou, nunca antes fizera isso, novamente aquele dragão gerava estranhas reações no sempre controlado e prático hacker.
– Eu te quero como parceiro. Te quero de várias formas possíveis...
– Uh... – Um gemido bastante inteligível. Parabéns, Leo...Seu cérebro deve ter derretido com toda aquela situação.
Bolt ainda tinha o dedo do rapaz próximo a sua boca, mas agora o afastou para começar a deixar o trajeto de beijos pela palma, pulso e descendo... Leonard nada dizia, estava totalmente paralisado, hipnotizado com os movimentos do outro. Calor, novamente começou a sentir a sentir a sua temperatura corporal aumentava, mas desta vez não era resultante de atividade física e do ambiente. Não, a fonte daquele calor era totalmente diferente.
– Estou com fome, meu petit gateau – Sussurrou, Leo sentiu o ar quente de Bolt sob sua pele, sua mão e braço foi abandonado, agora o novo alvo de "ataque" era o pescoço do já ofegante dragão vermelho – Será que me permitir provar um pouco de...
Uma forte batida na porta fez ambos se sobressaltarem. A batida se repetiu.
– Leonard. – Era Pablo e ele não parecia contente – E Bolt... – Acrescentou com um rosnado.
– Sim? – Respondeu Bolt – Desejas algo?
– Sim, o meu irmão!
– P-Pablo! – Leo agora acordou de seu estupor e começou a afastar Bolt de si e tentar abrir a porta – N-nós só estávamos...
– O ritual de corte, segue determinadas regras. – Pablo continuou falando – Não pule etapas!
Leonard corou, não queria ter a sua vida amorosa discutida assim, no banheiro, ainda mais com o seu irmão mais velho!
– Ok! Já chega! – O hacker abriu a porta, dando de encontro com um bastante aborrecido Pablo – Não aconteceu nada! Digo... Sei que não comum dois homens compartilharem o mesmo banheiro e...
– Ainda mais quando um dos homens está seminu. – Enfatizou Pablo apontado para Bolt.
– Pelos deuses! Se vista, seu idiota! – Ralhou Leo, a situação se tornava ainda mais comprometedora.
– Acho que fomos pegos no ato. – Falou sem um pingo de remorso.
– Q-que ato?! N-não teve ato nenhum!
– Será que tenho que ser o acampanhante de Leonard até o fim do ritual de corte? – O chefe dos dragões vermelhos cruzou os braços, postura que claramente significava que estava falando sério.
– Acompanhante? N-não! Isso é tão século passado! Tipo, não é como ele tivesse...
– Quando você cortejou o seu parceiro, Felix, teve algum acompanhante? – Bolt interrompeu Leonard com uma pergunta muito pertinente, pois Pablo deixou transparecer um leve rubor em seu rosto, com evidente relutância negou com a cabeça.
– Pois muito bem, não se preocupe com o seu irmãozinho, não estou acelerando as coisas...Eu o respeito. Não estou brincando com os sentimentos dele. Mas se desejas segurar vela enquanto nos encontramos...Bem, a escolha é sua.
Leonard não imaginava se ver em uma situação como aquela, discutindo sobre como se procederia sua vida amorosa. Entendia que Pablo era super-protetor, mas no início aquele dragão vermelho até estava se divertindo com o desespero e embaraço de seu adorável irmão hacker, porém, pelo visto, o sentimento de proteger a família agora o dominava.
– Está bem... – Concordou Pablo de contragosto – Mas estarei de olho em vocês...
– Se querer praticar o voyeurismo... Isso é com você! – Bolt sorriu exibindo dentes serrilhados típicos de um dragão púrpura. Pablo devolveu o gesto com um sorriso com dentes pontiagudos.
– Perfeito... – Resmungou Leo concluindo que sua vida iria se tornar ainda mais complicada.
~**~
– Ah! Te encontrei! – Exclamou aliviada, Amélia ao adentrar na cozinha e encontra Felix com o telefone celular na mão e vários panfletos de pizzarias flutuando ao redor de si.
– Me procurando, priminha? – Piscou divertido o rapaz – Bem, que ótimo que veio, preciso de sua opinião!
– Er...Ok. – Na verdade Amélia viera ali para sanar algumas dúvidas que consumiam sua mente desde de sua conversa com a Scarlet (também podendo ser chamada de piriguete dos dragões!) sobre os festivais de acasalamento, ficara receosa em perguntar para Alex, na verdade temia a resposta do dragão negro sobre o evento...
– Você acha que 20 pizzas seriam suficientes para sanar a fome de 10 dragões? Sendo um deles um velhote que ficou uma década, ou mais (vai se saber!), adormecido e sem comer! – Fez a pergunta empurrando alguns panfletos para a mão da adolescente que deu um sorriso nervoso.
– Acho que não... Tipo, já viu o quanto tio Erich come? E ele nem passou por alguma hibernação.
– Tem razão! – Assentiu Felix – Então será 30 pizzas gigantes!
E nisso deu vários toques no celular, Amélia se aproximou e observou que ele estava pedindo tudo via o aplicativo Ifood .
– Não sou louco de pedir 30 pizzas ligando para uma dessas pizzarias, só para explicar o sabor de cada uma perderíamos a noite! – Se explicou – Bem, agora está feito! Aí está o jantar perfeito e cheio de calorias para lagartos místicos!
– Você nem ao menos perguntou que sabor eles queriam...Nem a mim!
– Querida, com trinta pizzas gigantes, sendo cada uma delas de dois sabores, acho que utilizei todo as variedades disponíveis do restaurante, nem se preocupe! – Felix piscou divertido –Mas... Você estava me procurando, não? Aconteceu algo? Alex está sendo malvado ao ponto que tenho que o punir?
– Não... – Riu negando com a cabeça – Na verdade...Queria tirar uma dúvida...
– Hum... – Felix franziu a testa – Olha...Se for sobre ...Er... Sexo... – Corou um pouco – Já enfatizo que anatomia dos dragões na forma humana não é diferente, digo, temos os mesmos instrumentos que...
– NÃO! – Exclamou Amélia também adquirindo um rubor em toda a sua face – N-não era sobre isso que iria perguntar!
– Oh! – Felix fez um "o" com a boca e deu uma risada nervosa.
– Na verdade seria sobre os festivais de acasalamento dos dragões.
Felix agora massageava o pescoço, parecia desconfortável.
– Um assunto muito delicado, mas que deve ser discutido, ainda mais se namoras um dragão. – Soltou um suspiro e puxou uma cadeira e se sentou, os panfletos flutuantes agora já tinham pousado sobre a mesa e jaziam em uma pilha organizada – Sente-se.
Amélia assim o fez.
– Pois bem... Os dragões tem um modo muito estranho a lidar com a reprodução. Digo, eles estão muito preocupados com sobrevivência da espécie, tendo em vista que seus números diminuíram e muito devido as guerras por território, no passado quando eles ainda eram dragões, tipo répteis gigantes e malvados, depois devido a perseguição por caçadores humanos...Enfim, comparado a população humana, não chegamos a 3 milhões de indivíduos em proporções mundiais! Ainda mais, muitos clãs viviam isolados um dos outros, além de alguns dragões preferirem viver como desgarrados... Em todo caso, os festivais de acasalamento foram uma solução encontrada para unir vários dragões de raças diferentes em um único lugar e estimular que eles ...Er...Procriem.
– Mas... Tipo, é uma obrigação? Quero dizer...Acasalar com alguém? – A adolescente perguntou.
– Sim. – O desconforto em Felix revelar isso era evidente – Todo o dragão fértil deve pelo menos ter um descedente. Isso são as ordens do conselho.
Os dois permaneceram em silêncio em momento.
– Você...Já foi...Digo...
Felix negou com a cabeça.
– Sou mestiço. Por ser meio-humano, não sou obrigado a ir a esses eventos, os dragões não desejam se "acasalar" com um sangue sujo. – Havia tamanho pesar naquela fala que Amélia sentiu seu coração apertar em seu peito, não sabia desse preconceito dos dragões quanto a mesclar humanos com dragões... Bem que só tivera contato com dragões que eram amigos da família Dracorions, logo não sabia da opinião de outros dragões.
– A família de Pablo é uma exceção à regra, pois Theodor encontrou sua companheira e com ela teve quatro filhos, por causa disso, não foi obrigado a se relacionar com outra dragão fêmea. Ao contrário de Arthur, tio Erich e meu pai... Cada um deles fora fruto da relação de meu avô com uma dragão fêmea diferente. Devo enfatizar que meu avô só fez isso para ter alianças com outras famílias de dragões, afinal, tendo um filho era como uma moeda de troca para ter uma ligação com determinada família, sabe? Coisas políticas e tal...Para mim, uma grande besteira!
– Nossa... – Amélia ficou cabisbaixa, até o momento os dragões lhe haviam fascinado com seus poderes e história, mas aquela informação sobre acasalamentos forçados só para produzir filhos em prol sobrevivência da espécie, além de ter um teor político, fez se decepcionar.
– Até agora Pablo está conseguindo evitar acasalar com uma... – Felix mordeu o lábio inferior e cerrou os punhos, um copo que estava sobre a mesa começou a tremer – Sei que ele tem obrigação de fazer, mas mesmo assim...
– E se ele acasalar e tiver um filho? – Amélia logo se arrependeu de ter feito aquela pergunta, o copo voou para o outro lado da cozinha se espatifando na parede.
– Desculpe! Eu...Não devia ter perguntado! Foi muito insensível da minha parte!
– Nós evitamos conversar sobre isso, mas... – Felix se voltou para a garota e colocou a mão sobre a dela – Independente do que ocorra, sei que Pablo me ama. A mesma coisa deve ter em mente em relação ao Alex. Sei que ele é muito insensível, mas muitos dragões são assim em relação ao "acasalamento", mas em relação a escolher um companheiro para compartilhar a sua vida...Trata-se de um elo muito difícil de ser quebrado.
–Alex...Não me disse nada sobre eu ser a companheira dele, nem nada. – Murmurou.
– Não? – Felix ergue as sobrancelhas – Pois uma coisa eu te digo, ele nunca demonstrou interesse a nenhuma outra garota, seja humana ou dragão, desde que o conheço! Não acho que as atitudes do meu priminho sejam movidas unicamente por um instinto... Existe um verdadeiro sentimento aí.
Amélia sentiu suas bochechas esquentaram, seu coração aumentou o ritmo de súbito com aquelas palavras.
– Assim espero...
– Agora, não sei como a sua mãe reagiria se Alex anunciasse que deseja iniciar um ritual de corte com você...Bem que acho que ele já começou.
– R-ritual de corte?! Tipo...O que ocorre entre Bolt e Leonard?
– Isso aí!
Amélia engoliu em seco, sem saber como responder a aquela observação, afinal, eles já eram namorados! Bem, que isso é um conceito mais humano que dragão... Como seria esse tal ritual de corte? Imaginou as aulas de biologia que exibiam aves dançando e cantado para conquistar o seu parceiro! Seria interessante se Alex fizesse isso também.
– Estou com fome! – Anunciou Pietro que adentrou na cozinha – Quero minha nutella!
– Sinto muito, mas seu irmão disse que você estava de castigo, logo sem nutella. – Disse Felix sorridente. Pietro fez uma cara de total desespero.
– Mas...Pablo não disse nada sobre pizza de nutella, não é mesmo? – Piscou o dragão negro, arrancando um sorriso esperançoso do garoto. Amélia também sorriu com cena, o festival de acasalamento ainda a atormentava, mas deixaria essa preocupação para depois, havia outros assuntos a tratar no futuro próximo como o Grande Cezar e como ele poderia ajuda-los diante do conselho, além do seu treinamento que Alex tinha prometido.
Uma coisa tinha certeza, esse acasalamento sendo obrigatório ou não, Scarlet não teria o seu namorado! Nem que a vaca tossisse e criasse asas!