Entre elas #3 : Perfeita para...

By MariRosa1

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Allie Maia era conhecida como Scarlett nas noites do clube de stripper Dois Passos Para O Paraíso. Sonhava em... More

EPÍGRAFE
JOANNA WATSON
ALLIE MAIA/SCARLETT
JOANNA WATSON
ALLIE MAIA/SCARLETT
JOANNA WATSON
ALLIE MAIA/SCARLETT
ALLIE E JOANNA
AVATARES (Joanna e Allie)
SEGUNDO LIVRO ALLIE E JOANNA ESTÃO DE VOLTA

ALLIE MAIA/SCARLETT

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By MariRosa1


Minha mão pintada com unhas vermelhas segurou o cano de metal. Encaixei a parte de trás do meu joelho contra o cano frio, sentindo um leve arrepio, e rodopiei por ele uma vez.

Mudei de posição, ainda com os dedos no cano, e joguei meu cabelo castanho para trás, arrebitando levemente a bunda.

O cheiro de fumaça, bebida e cigarro invadia meu nariz. Era um cheiro intoxicante, do qual particularmente não gostava muito. Mas, era propicio para o local. As luzes avermelhadas da boate deixavam todos com quase o mesmo tom de pele, assim como as suas vestimentas. Porém, daqui de cima, do pequeno palco que me separava dos espectadores, eu conseguia visualizá-los bem, alguns até mesmo com detalhes.

Esse era meu trabalho. Subir todos os dias nesse pequeno palco preto, com luzes em sua borda, e me apresentar, segurando esse imenso cano de metal frio e dançar para quem quisesse ver.

Eu era uma dançarina sensual, uma dançarina apenas tentando ganhar a vida. Uma stripper, não uma prostituta, muitas pessoas confundiam isso. Prostitutas com Stripper. Ali, naquele palco, eu apenas dançava e as pessoas vinham aqui para isso, me assistir. Um dinheiro fácil para seduzir homens canastrões de Rudápave e, para ser sincera, nem de homens eu gostava, mas a grande maioria deles era quem frequentava o clube.

Dançava, ganhava meu dinheiro e sumia dali, dando lugar a outras dançarinas. E antes mesmo que elas acabassem as apresentações, já estava esperando meu ônibus chegar.

Eu não fazia shows particulares, nunca. Mas vi tudo isso mudar quando ela entrou por aquela porta. Quando eu a vi, perdi completamente as estruturas.

Uma mulher daquelas espreitando nos bares do Centro de Rudápave.

Já fazia três semanas que ela vinha. Todas as quintas-feiras. E quando eu entrava para fazer minha apresentação e a via, dançava toda a minha música olhando para ela. Eu me empenhava, realmente querendo mostrar tudo o que podia mostrar.

Na primeira vez que a vi, me surpreendi por uma mulher estar ali. Não que mulheres não pudessem ir em um stripper-club, mas ela não parecia uma mulher que frequentasse aquele lugar. Quando a fitei e ela me fitou de volta, eu senti sua atenção.

Na segunda vez, ela apareceu novamente, usando um sobretudo preto e uma blusa de botões verde que fechava todo o seu colo. Ela me assistiu, pediu uma bebida e me olhou. Um olhar que estava pintado de desejo, mas que também mostrava uma dureza nunca vista antes. Foi a primeira vez que meu próprio corpo reagiu e por conta disso estendi minha apresentação, querendo que essa mesma sensação perdurasse.

A terceira vez, ela chegou no final da minha apresentação e talvez não tenha ficado mais de 10 minutos. Porque aquela mulher vinha apenas para me assistir.

E hoje, quinta-feira, lá estava ela.

No canto do bar, com o terno preto totalmente alinhado, com dois botões abertos de sua camisa social e a gravata preta levemente frouxa.

Mesmo observando de longe, eu podia ver seus cabelos negros com fios prateados — definitivamente, era uma mulher já em sua meia idade — em um rabo de cavalo.

Ela era linda, ao menos em meus olhos.

Apoiei minhas costas no cano de metal e escorreguei com um sorriso malicioso na boca, enquanto a fitava através da boate.

Ela ergueu sua sobrancelha perfeitamente desenhada e levantou um copo de whisky que estava em sua mão direita. Ofereceu-me um sorriso minimalista e levou o copo achatado até os lábios. Bebeu o líquido marrom, mas seus olhos negros como a noite continuaram a me encarar. Eu poderia me perder neles.

Para a minha sorte, hoje a luz vermelha não estava acessa. Então, eu conseguia observar seus olhos melhor. Eles eram incrivelmente negros e atentos. Nada passava despercebido por eles.

Lambi os lábios inconscientemente e meu corpo inteiro reagiu ao seu olhar. Eu me sentia patética perante aquilo, ficar perdida por uma mulher com a qual nunca troquei uma palavra sequer.

Muitos se perguntavam como eu, uma garota que gostava apenas de mulheres, dançava para homens. Era simples, o dinheiro. Eu estava aqui pelo simples fato de ganhar bastante dinheiro. Era sozinha e precisava me sustentar e, bem, eu gostava de usar minha sexualidade para ganhar dinheiro mais fácil. Obviamente que eu tinha o plano de parar, mas por enquanto isso era um sonho um pouco distante.

A música foi transcorrendo e eu dançava sempre para ela. A cada movimento, a cada rebolado, cada vez que minhas mãos tocavam em meu corpo era para aquela mulher. Tudo era absolutamente para ela.

Então, ela fazia o que sempre fazia. Tomava uma última golada do seu whisky, se levantava acertando a manga do seu terno preto, procurava sua carteira no bolso da calça e jogava uma nota para o barman. Ela passava a mão pelo rabo de cavalo do seu cabelo e me olhava uma última vez, jogando um último sorriso minimalista. Virava seus calcanhares e caminhava tranquilamente para fora da boate com toda sua imponência.

Ela era uma mulher que tinha um andar arrogante e com autoridade. Não era para menos, ela deveria ter mais ou menos 1,80cm de altura. Eu nunca vira uma mulher tão alta como ela e eu, com os meus míseros 1,65cm, desaparecia ao lado dela.

A música não tinha acabado e ela se fora. Agora, eu já não me importava tanto em me empenhar. Meu olhar preferido fora embora. Era engraçado, pois, quando ela estava aqui, era o dia que surpreendentemente eu ganhava mais dinheiro. Talvez por me empenhar tanto para chamar a sua atenção, me resultava boas quantias. O dono da boate ficava satisfeito e eu... também, não apenas pelo dinheiro, mas por ela. A sensação que eu queria era que aquela mulher sentisse prazer só em me olhar.

Deus, eu queria dar prazer para um alguém que eu nem conhecia.

Era para rir de tão patético.

A música acabou.

Aplausos.

Gritos carregados de prazeres.

Cigarros.

Dinheiro.

Eu me agachei pegando as notas, sorrindo despretensiosamente, e saí para os bastidores.

O lugar era apertado e abafado. Com espelhos, bancadas lotadas de maquiagem e araras com diversas roupas eróticas. Parecia com os camarins de pequenos teatros, era organizado, porém era abarrotado o suficiente para caber no máximo quatro pessoas por vez. E para minha sorte, o movimento não estava como o de sábado, quando verdadeiramente o clube enchia.

Havia apenas Tina e Lucy se preparando para o próximo número.

Elas eram as minhas dançarinas preferidas do clube. Tina era uma amiga próxima. Uma mulher loura e baixa como eu. Seus olhos eram grandes faróis azuis. Ela trabalhava para sustentar dois filhos e uma mãe doente. Fazia tudo sozinha, seu marido havia lhe abandonado antes mesmo de eu conhecê-la. Tina também era dançarina. Ao contrário de Lucy, outra loura, porém seu cabelo era mais escuro e seus olhos castanhos claros. Lucy era uma mulher engraçada e falava alto. Por vezes já a vira sair acompanhada com homens do clube, mas não era íntima o suficiente para perguntar o que acontecia e, bem, também não era da minha conta. A não ser que ela precisasse de minha ajuda.

Tina se inclinava para se enxergar melhor no espelho, enquanto aplicava o batom roxo com os seios desnudos. Lucy segurava o cigarro com a boca e suas mãos trabalhavam para colocar um espartilho azul.

— Ei, garota — Lucy falou com dificuldade, rolando o cigarro em sua boca para o canto.

— Olá — disse baixinho com um sorriso nos lábios, enquanto abria a gaveta e pegava uma pequena bolsinha de veludo. Era ali guardava o dinheiro que conseguia durante a dança. Nunca fora roubada no estabelecimento, nem mesmo pelo dono do clube, então tudo bem deixá-lo na gaveta até eu ir embora.

— Como está o movimento? — Lucy continuou a falar, segurando o cigarro entre o dedo indicador e do meio. Tomou uma grande tragada e suas bochechas murcharam.

— Ah, quintas — dei de ombros.

— Sua moça estava aí? — desta vez foi Tina quem falou, me encarando através do espelho.

— O quê? — respondi um pouco assustada, era óbvio que as duas tinham percebido. Às quintas não era um dia que lotava e havia também rostos conhecidos.

— Qual é? A moça com terno caro que vem sempre te ver. Já deve ser a quarta vez que ela vem, não é? — Tina disse, levantando ambas das sobrancelhas, antes de esfregar os lábios um contra o outro para fixar melhor o batom.

— Eu não... — tentei argumentar alguma coisa, mas fui interrompida quando Teddy apareceu.

Theodoro, conhecido como Teddy, era o dono da boate ou clube. Ele mesmo se apresentava com esse ridículo apelido, comparando-se com um urso o tempo inteiro. Eu sou peludo e gordinho, ué, ele falava, coçando seu bigode engordurado.

Ele era um bom chefe, dentro do possível. Ao menos nunca ouvira falar de Teddy ter abusado de alguma mulher aqui dentro.

Em sua boate, Teddy não permitia que mulheres se prostituíssem. Ao menos não ali dentro. Da porta para fora, ele não dava a mínima. Não queria problemas com a polícia. Deixava as meninas dançarem, e o que elas arrecadavam, era delas. O que ele realmente lucrava era com as bebidas e era surpreendente o quanto alguém poderia gastar numa noite com bebidas alcoólicas.

— Ei, Scarlett — ele me chamou e eu virei me abraçando.

Era estranho, eu era uma dançarina que dançava apenas com um lingerie, mas quando pessoas me viam assim, fora do palco, eu me sentia constrangida. Talvez fosse o fato de que geralmente não me sentia bem em volta de homens. Não me entenda mal. Eu gostava deles, mas não em minha cama.

Eu gostava das mulheres. Nesse momento, de uma em particular.

Ah sim, Scarlett era o meu nome de dançarina. Não queria que as pessoas me chamassem pelo meu nome real. Era uma maneira de proteção e de distanciamento, criando assim uma personagem. Foi Tina quem me ensinou isso, era como uma guru das strippers.

— Alguém quer uma dança privada — Theodoro avisou, encostando o ombro e o braço no batente da porta.

— Teddy, você sabe que eu não faço isso — argumentei um pouco irritada.

— Bem, acho que talvez, para ela, você irá abrir uma exceção.

Ela? — minha voz saiu levemente tremida.

Ela, era ela mesmo?

— A mulher que vem aqui às quintas, ela pareceu irredutível. Eu falei que você não fazia danças particulares. Mas ela disse que só quer você e pagou o dobro do que é pedido.

— Ah! Eu sabia que ela estava a fim de você — Lucy disse atrás de mim, rindo em um tom de deboche.

— Eu disse que falaria com você primeiro, mas ela já pagou e disse que sabia que viria.

Que pretenciosa.

Deus, que mulher é essa?

— Eu posso mandá-la para sala particular? – Teddy indagou, cruzando os braços embaixo do peito flácido.

Ele fedia a suor e cigarro.

— Vai, garota — Tina incentivou, animada, me dando um tapa na parte de trás de minha coxa.

Eu engoli em seco e meu coração bateu fortemente contra meus ouvidos.

Eu, sozinha dentro de uma sala com essa mulher.

Molhei os lábios com a língua e acenei apressadamente.

— Okay. Você tem 10 minutos — Teddy informou, batendo continência.

— Temos que deixar você linda — Tina falou alegremente, com um sorriso aberto. Pegou-me pelos ombros e me sentou na cadeira baixa à frente do espelho — Lucy, escolha a melhor lingerie desse lugar e eu faço maquiagem.

Eu ri sem graça, estava completamente nervosa.

Deus, Scarlett, onde foi que você se meteu?

Eu estava já posta na frente da porta e minha mão pendurada na maçaneta. Eu conseguia ouvir a música baixa, com batidas sensuais tocando do outro lado.

Eu tinha que ir, mas por que ainda não conseguia girar a porra daquela maçaneta? Eu nunca me sentira assim antes, algo me levava para aquela mulher como um imã, mas um medo terrível me assombrava. Talvez fosse seu olhar atento e seu andar soberbo que me deixavam exposta. Mas, era agora ou nunca.

Eu girei a maçaneta e abri a porta.

E lá estava ela.

Sentada no sofá com um braço estendido e outro segurando um copo de whisky. Esperando-me pacientemente com seu olhar negro como a noite, astuto e completamente fixado em mim.

Seu terno estava aberto, dois botões do seu colarinho também e sua gravata levemente torta.

Eu fechei a porta atrás de mim e ela colocou o copo de whisky na mesinha de vidro ao lado do sofá preto. Ela me fitou com seu olhar negro, com fome evidente. Seus olhos passearam pelo meu corpo e por onde eles passavam eu sentia um agradável arrepio e meu centro se apertava. Descruzou a perna, abrindo-as levemente e se ajeitou no sofá lambendo os lábios.

Um convite.

Porra.

Era agora ou nunca, repeti.

Respirei fundo, balançando meus cabelos castanhos e trinquei os dentes.

Eu iria mostrar quem mandava ali.

Comecei a andar em sua direção, mas não simplesmente andar, não é mesmo?

Eu jogava meu quadril a cada passo que dava até parar à sua frente. Coloquei minha perna esquerda apenas um pouco mais para frente e isso fez com que ela afastasse mais seus joelhos.

A mulher passou seus olhos por mim novamente e os levantou até que me fitassem. Eu sorri e me inclinei para frente, espalmando minhas mãos no sofá, uma a cada lado do pescoço dela. Eu me aproximei até que pudesse sentir seu hálito.

Ela cheirava a whisky e canela.

Eu mexi um pouco meu quadril e minha coxa tocou a dela. Ela abriu um pouco a boca ao sentir o primeiro contato, como se tivesse sendo tomada por essa aura de prazer que construímos desde minha apresentação.

Eu sorri e me coloquei em pé de novo, passei as mãos pelo meu quadril e minha cintura, enquanto começava a me mexer aos poucos, devagar, deixando-a degustar cada preciso movimento do meu quadril.

Ela me olhava, não perdendo absolutamente nada.

Comecei a aumentar o movimento colocando as mãos no cabelo e jogando a cabeça para trás num riso baixo. A mulher se movimentou afrouxando ainda mais sua gravata e se mexeu no sofá. Eu me virei e propositalmente empinei a bunda. Então, a toquei.

Coloquei ambas de minhas mãos em cada joelho dela. Desci até o chão em um rebolado sensual, para logo em seguida levantar e esticar meus joelhos, enquanto balançava meu quadril. Fiz esse movimento três vezes. Antes dela abrir mais as pernas me incentivando a entrar mais em seu espaço.

E eu, claro, fiz.

Mas, desta vez quando desci, minha bunda encontrou seu colo.

Eu rebolei em cima dele. Sentindo o seu centro e seu cinto roçar contra minha bunda. Aquela fivela gelada que me trouxe um arrepio agradável na pele.

Ouvi um gemido baixo. Saiu mais como um grunhido, um rosnado, e todo o meu corpo se arrepiou novamente e meu sexo latejou, ficando ainda mais pronto e quente. Automaticamente, joguei mais meu quadril para dentro de seu colo à procura de mais contato.

Percebi quando sua mão apertou o sofá e suas unhas sem esmalte afundaram no estofado.

Eu morreria hoje. Certeza.

Lambi os lábios e continuei a me movimentar, esticando a coluna e jogando os cabelos para o lado. A olhei através de meu ombro e sorri sedutoramente, antes de morder meu lábio inferior. Sua mão levantou, mas ela hesitou e a colocou novamente no sofá.

Ela queria me tocar e em resposta esfreguei minha bunda contra o seu sexo, fazendo uma fricção proposital.

Eu me virei, colocando os joelhos no sofá e fiquei em cima dela. Ela me fitou e seus olhos negros desceram pelo meu corpo. Descaradamente, sem qualquer censura, eles se fixaram em minha calcinha. Um pequeno pedaço de tecido de renda, era o único véu que separava meu sexo latejante de suas mãos.

Esse pensamento fez com que meu ventre contraísse.

Eu me agachei um pouco mais e sentei em seu colo, sua boca pálida se abriu novamente, ficando levemente aberta.

De perto, agora olhando o seu rosto, finalmente conseguia ver sua real beleza.

Ela era realmente uma mulher linda, madura e com os olhos negros completamente desafiadores. Seus cabelos eram lisos e também negros, mas acompanhados por fios prateados. Seu lábio inferior era levemente mais cheio que o superior e pequenas linhas de expressão marcavam um pouco ao redor de sua boca e olhos, mas isso não a fazia menos atraente. Ao contrário, eu a achei ainda mais interessante e instigante. Ela tinha sobrancelhas perfeitamente desenhadas e seu nariz era levemente pontudo e fino.

Eu me aproximei e meus seios tocaram os dela e minha boca parou perto de sua orelha, talvez muito perto.

Eu suspirei contra a pele sensível e percebi que sua mão novamente apertou o estofado do sofá.

Não resisti.

— Toque-me — era para sair como uma exigência, mas eu estava tão dominada por essa mulher que minha exigência saiu mais como um pedido.

Devagar, suas mãos desceram até que seus longos dedos tocaram minhas coxas grossas.

Eu gemi e ela me apertou, cravando suas pequenas unhas em minha pele.

Eu voltei a encará-la e comecei a me balançar contra ela. Rebolando cada vez mais sensualmente, esfregando-me cada vez mais e suas mãos passeavam pelas minhas coxas. Elas subiram tocando minha bunda, apertando cada banda, até que elas pararam em meu quadril e a mulher fez força para que nossos corpos se friccionassem mais.

Eu continuei rebolando segurando seus ombros fortes. Tentava achar um requebrado que fizesse que meu centro já tão necessitado se encontrasse com sua coxa. Se eu continuasse assim por mais algum tempo, tinha certeza que poderia chegar ao orgasmo, apenas esfregando-me desta maneira.

Suas mãos subiram mais, até pararem no meio de minha coluna e seus dedos fizeram pressão para que me aproximasse mais dela.

Eu fui.

Meus seios novamente tocaram nos dela e minha boca ficou a centímetros de distância da dela. Eu lambi os lábios e, sem muito pensar, juntei nossas bocas.

Seus lábios encaixaram perfeitamente contra os meus e ela chupou o meu inferior. Eu gemi dentro de sua boca e me apertei mais contra ela.

Sua língua raspou pelo meu lábio inferior e senti aquele maravilhoso gosto de whisky em sua boca.

Foi então que a música sessou.

E a nevoa de prazer tremulou levemente. Mas, sua boca continuou em cima da minha, me saboreando. Tomando seu tempo, usando suas mãos para me segurar no lugar.

Uma batida na porta.

Duas batidas na porta.

Três batidas na porta.

E o encanto acabou.

Eu me distanciei um pouco. Seus olhos estavam fechados e sua boca inchada com um leve sorriso malicioso.

A apresentação tinha acabado.

Eu fiz menção de sair do seu colo, mas seus olhos se abriram rapidamente e suas mãos me seguraram.

Nós nos fitamos por alguns segundos e senti seus dedos em minha bochecha esquerda.

— Seu nome? — sua voz era grossa e poderosa.

Todo o meu corpo arrepiou.

Scarlett.

— Allie — respondi dizendo meu verdadeiro nome.

— Maravilhoso — ela disse seriamente.

Eu sorri e mordi o lábio inferior.

— Você, minha querida, é linda — ela voltou a falar, descendo com a mão para meu pescoço.

Eu senti minhas têmporas esquentarem.

— E você, qual é o seu nome? — indaguei com a voz fraca dominada pela beleza da mulher de olhos negros.

Ela sorri predatoriamente.

— Senhora Watson. Mas você pode me chamar de Joanna.

— Joanna, eu a verei de novo? — a pergunta novamente saiu como um pedido.

Deus, eu queria ver essa mulher muitas e muitas vezes.

— Pode ter certeza que sim. Talvez, agora não apenas às quintas — ela falou com a voz rouca e seus lábios roçaram levemente contra os meus.

— Não apenas todas as quintas — repeti com um sorriso nos lábios.

Desta vez, quando eu levantei, ela permitiu.

Joanna pegou o copo de whisky e tomou uma última golada.

Eu acenei com a cabeça e ela sorriu predatoriamente.

— Não apenas todas as quintas — desta vez foi ela quem falou.

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