Como Se Fosse A Primeira Vez

By Dudaverderio

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Imagina se apaixonar por uma pessoa e descobrir que ela não se lembra de você? E pior. Que nega que é gay. Hi... More

Capítulo 1
capítulo 2
Capítulo 3
capítulo 4
Capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
Capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35 - Final
Epílogo
Fanfic nova
Eu voltei!
opa! turubom?

capítulo 13

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By Dudaverderio

Camila POV

Chegando na casa localizada próxima à praia, me deparei com o pai de Lauren e o irmão dela.

-Com licença - disse me aproximando com as mãos nos bolsos da calça.

-Qual seu nome? - perguntou o pai de Lauren.

-Camila, senhor.

-Camila, venha até aqui, por favor.

Segui o homem robusto sendo seguida por um Chris de braços cruzados como se fosse um segurança.

“ele acha que me põe medo com essa pose”

O pai de Lauren abriu um galpão que tinha lá dentro e encontrei uma Lauren distraída, cantarolando enquanto trabalhava em alguma escultura.

-Ela só canta nos dias que te encontra - falou Chris.

-O quê?

-Ela só canta nos dias que te encontra - disse o pai, novamente - percebemos isso ontem. Gravei ela cantando ontem.

-As vezes a música tem a ver com o que vocês conversaram.

Nesse momento percebi que música Lauren estava cantando.

I like big butts and I can not lie. You other brothers can't deny. That when a girl walks in with an itty bitty waist...

Comecei a rir.

-Concordo - falou Chris

-CALA A BOCA CHRIS! - gritou o pai e ele saiu correndo pra dentro de casa.

Voltamos para a frente da casa.

-Eu quero saber qual é a sua - falou o pai de Lauren.

-Eu gosto da sua filha. Gosto mesmo. Eu sei que o senhor tem preconceito, mas…

-Eu não quero impedir que minha filha se relacione porque tenho preconceito - me interrompeu - eu quase perdi minha filha pelo meu preconceito.

O homem começou a chorar de soluçar.

-No dia do acidente…

Mike POV

Flashback on

Eu havia ouvido uma conversa de Lauren com Dinah sobre a noite anterior dela, onde minha filha falava sobre como iria se divertir e ficar com as meninas na balada que aconteceria na balada gay mais conhecida da cidade.

Eu fiquei pocesso de raiva.

Abri a porta do quarto dela e arranquei o telefone das mãos dela, desligando assim o telefone.

-Minha filha não vai fazer isso! Não na minha casa!

-Pai, não encha a porra do meu saco. Eu sou assim!

-VOCÊ NÃO VAI NESSA FESTA!

-EU VOU SIM, E VOCÊ NÃO VAI FAZER NADA PRA ME IMPEDIR.

-AH VOU!

Saí do quarto e tranquei a porta. Levei o telefone fixo comigo, mas Lauren ainda estava com o celular.

Algumas horas depois ouvi o barulho de um carro se aproximando e vi Lauren entrando nele toda arrumada, com um vestido na cor vinho.

Ela havia pulado a janela. Gritei pra que ela não entrasse naquele carro.

Ela mostrou-me o dedo do meio e entrou no carro mesmo assim.

A raiva me subiu e eu peguei as chaves do carro.

Precisava descobrir onde ficava essa tal balada.

Rodei a cidade toda, mas achei.

Entrei bufando. Encontrei Lauren quase beijando uma menina.

Sem pensar duas vezes, a puxei pelos cabelos.

-Eu falei que você não iria frequentar esses lugares - gritou ele

-Pai! - ela gritou tentando se soltar

A joguei sobre meus ombros e saí em direção ao meu carro.

Lauren foi se debatendo o caminho até o carro todo, gritando para que eu à soltasse.

-CALA A BOCA - gritei dando partida e saindo com o carro.

-Você não pode fazer isso! - ela gritava.

-Não vou ter uma filha lésbica. Eu não aceito.

-Eu sou assim! - ela gritava - nada que fizer vai mudar o que eu sou!

-Eu preferia que estivesse morta à ter una filha lésbica!

-PAI!

Lauren então puxou o volante.

Os próximos momentos pareciam se passar em câmera lenta para mim, mas nada que eu conseguisse evitar.

Havia uma vaca solta na estrada. Lauren para impedir de batermos puxou o volante, mas logo ao nosso lado havia uma árvore.

Depois disso eu apaguei.

Acordei com sons de bip e percebi estar em um hospital.

O médico me contou que eu havia batido a cabeça no volante e apagado por dois dias. Disse também que minha filha estava em estado gravíssimo, em coma.

“minha filha. Lauren!”

Após alguns exames o médico me deu alta e eu pude ver como minha filha estava.

Entrei em seu quarto e a cena me fez querer chorar.

Ela estava toda cortada. Dinah estava lá e pelo visto não dormia a dias.

Ela me contou sobre Lauren ter atravessado o parabrisas do meu carro.

Sem conter minhas lágrimas, me aproximei dela.

Minha filha. Tão frágil. Tão destruída. E por minha culpa.

Ela ficou meses internada. Em coma.

Eu não sabia mais o que fazer. Eu tentava conversar com ela todos os dias, na esperança de que ela voltasse.

-Perdoa seu velho pai - falei sentido as lágrimas caírem - eu fui tão burro. Eu preciso de você, filha. Eu te amo independente de quem você queira namorar. Você não pode me deixar. - as lágrimas caiam com mais força - eu sinto muito por tudo o que eu falei. Era mentira. Eu preciso de você.

Eu realmente precisava dela. No momento de raiva eu disse que preferia que ela estivesse morta a ter uma filha lésbica e nesse momento eu realmente posso perde-la.

Não acredito que realmente posso perder minha princesinha. Meu bebê.

Dinah entrou no quarto. Ela e sua irmã Ally ficavam revezando pra visitar minha filha.

-Tio Mike… o senhor precisa comer alguma coisa .

-Dinah, eu preciso dela - falei chorando.

-Eu também, tio. Mas o senhor precisa se alimentar. Vai tomar um café, alguma coisa. Eu fico aqui.

-Ok, Dj.

Saí em busca de um café e retornei a quarto.

Quando voltei, Lauren havia acordado.

-Filha! que bom que está bem! - falei animado, mas ela não parecia muito feliz com a minha presença.

Naquele dia pedi desculpas por tudo o que havia dito.

No dia seguinte Lauren não se lembrava de nada.

A levei em um médico que disse que a capacidade de armazenamento de memória dela havia sido afetada. Ela só se lembra de antes da festa. Quando eu havia brigado com ela.

Então Lauren ainda acha que eu a odeio.

Flashback off.

-Camila. Eu quase perdi minha filha. E não quero que ela se machuque. Principalmente com pessoas que não vão respeitá-la.

Camila POV

À esse ponto eu já chorava junto com o pai de Lauren.

-Senhor. A garota que sua filha estava quase beijando aquele dia, era eu. Desde aquele dia eu já havia sentido por sua filha algo que nunca senti por ninguém. Eu realmente gosto dela e entendo todas as dificuldades que ela passa. Mas mesmo assim, eu sinto que não posso mais viver longe dela. Preciso vê-la, nem que seja uma hora por dia. Eu realmente gosto da sua filha e tudo o que eu peço é uma chance de fazê-la feliz, assim como ela me faz.

O pai de Lauren me abraçou. Um abraço apertado, mas que dizia muito

-Se você tiver 1% desse sentimento que me diz ter pela minha filha, eu não irei impedir.

-Posso garantir que tenho 200%

-Então você tem a minha bênção.

Sorri grandemente para o homem a minha frente.

-Então posso voltar a frequentar o café, senhor?

Me chame de Mike.

-Obrigada Mike. O senhor não vai se arrepender.

-Se magoar minha filha eu corto seus dedos.

-Não se preocupe com isso. Dinah já me ameaçou quanto a isso.

Mike riu e me convidou pra entrar.

---------------------------------------------------------

É  tetraaa!

Até que enfim as coisas vão começar a melhorar.

Agora eu quero falar sobre um assunto sério.
Sobre aceitação.

Não é com todo mundo que é fácil haver aceitação.Na fic, o Mike precisou quase perder a filha pra aceitar.
Conheço gente que os pais já disseram essa frase de "preferia minha filha morta do que lésbica". Ela é irmã de uma amiga minha e foi ela que me contou que ouviu a mãe falando.

Essa menina, eu acompanhei toda história, desde quando ela começou a namorar uma menina pela primeira vez. Todo o choque inicial, o período em que ela escondeu da família, onde só eu e a irmã dela sabíamos. A época em que ela assumiu e se mudou com a namorada. O período de negação.

Hoje em dia, a família já lida melhor. Em nenhum momento desrespeitaram a menina nem nada do tipo. E sempre chamam pras festas em família.

Tenho outras amigas que estão passando por isso de esconderem, pois a família não vai aceitar.
Porque desconfiar e saber são coisas muito diferentes e existe um abismo entre esses dois lados.
Mas elas sabem que tem apoio. Que se "o chão desmoronar", elas tem quem vai segurar a mão delas e as puxar de volta.

O que eu quero dizer é:
Nunca deixe de ser quem você é.
Busque apoio.
Se você não tiver apoio com a sua família de sangue, tenha com sua família de coração, seus amigos.

E dê tempo ao tempo. As vezes ele é o único que pode mudar as coisas e melhorar.
O importante é saber que vocês não estão sozinhos.

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