3 anos depois…
P.D.V Violet
— MEU NAMORADO É MÓ OTÁRIO ELE LAVA MINHAS CALCINHA! — encarei Coko e Hannah que assim como as outras mulheres rebolava até o chão.
— Fogo no rabo a labareda! — Luke me encarou e concordei tomando mais um pouco da minha bebida.
Elas já estavam naquele fogo a mais de uma hora. Inacreditável! Pobrezinho do Thomas e de Kenedy.
Olhei para Luke que sacudia o corpo e piscava sem parar para o “Bar man”.
— Outra caipirinha. — sussurrou para o homem que concordou.
— Sinceramente, irei sentir falta do Brasil. — assumi a ele que riu.
— Lugar Maravilhoso! Iremos voltar mais vezes. — concordei com Luke que mandava beijos para o pobre cara que parecia constrangido.— Será que os boys estão gostando? — dessa vez me olhou, tomando mais uma golada derrubadora da sua bebida.
Pelo visto iríamos ter que aturar aquele louco, que ficaria totalmente embriagado.
— Vou ligar para Mason. — peguei meu telefone em minha bolsa. — Já estou sentindo falta dos meus picorruchos. — Luke puxou o telefone da minha mão.
Tentei o pegar, mas ele foi mais rápido. Tentei novamente e dessa vez Luke quase caiu da banqueta.
— Pelo amor de Deus mulher, vamos curtir. — colocou meu telefone dentro de sua blusa preta em um tom transparente.— Tenho certeza de que todos estão bem. — assegurou a mim.
Como se ele os conhecessem!
— São três homens para dez crianças. — o lembrei.
— Não minha querida. Aqueles ali valem por dez cada um. Ou seja, são 30 homens para dez crianças.— me puxou me fazendo pular da banqueta. — Temos que curtir, tenho certeza que você e Mason nem devem ter seus momentinhos juntos.
— As vezes da. — contei a ele que me encarou indignado.
— Minha querida, você querendo ou não tem que dar pra ele. Não é qualquer uma que arruma um homão daquele. — gargalhei enquanto ele ainda me rebocava para onde Hannah e Coko estavam.
Ambas estavam com um cheiro forte de álcool! Bastante forte!
— EU NÃO QUERO MAIS IR EMBORA. — Chloe gritou vindo me abraçar completamente bêbada.
— EU ESTOU LIVRE. — Hannah gritou pulando em Luke que cambaleou caindo com ela em cima de uma mesa.
— Sai, escrota! — Jacob a empurrou ficando novamente em pé no seu salto 15, o que o fazia quase tee o dobro do meu tamanho.
— Estou longe daquelas duas tentações. — Coko glorificou. — Me sinto com vinte anos novamente. — gargalhou abraçada a Hannah.
— Que horror! — eu nem me imaginava pensando daquela maneira.
Eu amava tanto meus filhos.
P.D.V. Mason
— Lá na casa da galinha pintadinha
O quintal vive cheio de pintinhos
Tem aniversário quase todo diaaa
É uma bagunça na casa da galinha.
Pó pó
Pó pó pó
A galinha e o Galo Carijó!
— Jesus amado! — Kenny sussurrou encarando a galinha azul que dançava em cima do palco.
Estava sendo um tédio! Aquela havia sido a pior ideia que Kennedy havia nos dado. Estávamos a mais de uma hora no show de uma tal de “Galinha pintadinha”. Além do mais, as crianças não entendiam Português, mas mesmo assim aquele barril azul conseguia os distrair. Sinceramente aquilo estava sendo um bom refúgio de confusões, já que as crianças estavam no maior fogo na casa de praia.
— Que porcaria! — sussurrei e Thomas concordou.
— Papai eu quero ir no banheiro. — Mell avisou a mim e concordei.
Hora da missão impossível!
— Eu também. — Lou se levantou.
— Eu também. — Minhas gêmeas levantaram.
Encarei Harry que ainda estava sentado assistindo tudo prestando o máximo de atenção. Um peso a menos! Eu sempre agradecia por Harry ser homem, assim descomplicaca um monte de coisas.
— Cuidam dele? — Perguntei a Kenny e Thomas que concordaram.
Me levantei, peguei a mão de Dália e Íris, que eram as mais novas, Mell segurou na mão de Dada enquanto Lou segurou na de Íris .
— Mellanie, você irá ajudar suas irmãs a irem ao banheiro, papai não pode entrar no banheiro feminino.
— Tudo bem. — respondeu alegremente.
Ela adorava receber um pouco de responsabilidade, pois se sentia importante e aquilo era uma mão na roda em situações como aquela.
Segui com as quatro até o banheiro feminino e fiquei na porta às esperando. Cronometrei no relógio e eu já estava ali há cinco minutos. Elas não deveriam demorar tanto, apesar que eram mulheres! Esperei mais alguns minutos e algo parecia estar dando errado!
— Mellanie. — A gritei.
— Papai, estamos com um probleminha. — Íris apareceu na porta do banheiro.
— O que houve?
— Louise garrou a bumbum no vaso, intalou igual rolha de poço. — Dália apareceu.
Respirei fundo e tentei manter a calma. Onde estava a Violet em uma situação dessas?
P.D.V Violet
— YEEEYEYEEEEEE INFIEEEEL EU QUERO VER VOCÊ MORAR NUM MOTEL. — Luke me abraçou enquanto cantava chorando horrores. Outro que estava com um cheiro violento de álcool!
Aqueles três haviam ingerido tanto álcool que eram capazes de encher um barril.
— Calma Luke. — Coko o adulou. — Aquele boy não te merecia. — acariciou seu cabelo.
— Félix vai ver só quando me ver de caso com o Roberto Pattinho.
— Conhece o Roberto Pattinho? — Hannah questionou a ele que se aprumou cruzando as pernas.
— Sim, meu amor. — Encarou as unhas. — Me ligou antes de ontem dizendo que estava desejando meu corpo. Quase liguei pro corpo de bombeiro pra apagar o meu fogo. — riu.
— Meu Deus Luke! — Hannah suspirou.
— Pessoal, preciso ligar pro Mason, estou preocupada. — eu estava aflita.
Não que eu não confiasse em meu marido, mas aqueles cinco tocavam o terror.
— Nem pensar! — os três contestaram.
— Já falei que está tudo bem caramba, eles estão na casa de praia. — Luke disse nervoso. — APENAS CURTA. — Me sacudiu.
P.D.V Mason
— Papai, vo morre co esse vaso no bumbum. — Louise choramingou enquanto eu tentava a desentalar do vaso.
— Ninguém mandou você ter essa bunda gorda.
— Dália, não pode chamar sua irmã assim. A peça desculpas!
— Mas papai, o senhor chama a mamãe de bunda gorda. — Íris contestou.
— Não chamo não. — encarei ambas que estavam atrás de mim junto a Mellanie.
— Chama sim, de noite o senhor fala com ela. “ Senta essa bunda gorda em mim.”
Arregalei os olhos. Mas que merda! Violet iria pirar se ouvisse aquilo.
—Claro que não, quem já me ouviu dizer isso? — Todas levantaram o braço incluindo Louise que ainda estava presa no vaso. — Estão ouvindo demais.
— Papai vamos logo. — Mell me chamou.
— Estou tentando agilizar aqui, mas está complicado. Por que não a pôs em um vaso mais largo?
— Porque ela não dava altura papai, esse foi o único.
Encarei Louise que me olhava com os olhinhos cheios de água. Ela era a menor das meninas, apesar de ser mais velha que as gêmeas, conseguia ser a menor de todas, visivelmente menor.
Ela não tinha culpa!
— Tudo bem. — me ajoelhei de frente a Louise.
— Não vai me deixar aqui sozinha né papai? — perguntou me encarando com aqueles lindos olhinhos cor de mel.
— Claro que não meu anjo. — garanti a ela.
— Prometo comer menos doce papai, pra não intalar mais no vaso. — comecei a rir.
— Não vai ser preciso.
Ela não era gordinha, só não era tão magra como as suas irmãs, as gêmeas. Lembrava um pouco a Mellody quando estava nessa idade e era completamente uma Violet em termos de altura.
— Vou chamar a Polícia se não sair imediatamente daqui seu… — Uma mulher alta de longos cabelos loiros ameaçou. Encarei a mesma que estava calada me encarando. — Está tudo bem? — me perguntou.
— Minha irmãzinha intalou no vaso. — Mellanie a explicou.
— Quer que eu ajude?
P.D.V. Violet
— ESSE É O SOM DO MALHA FUNK. OS MULEKE SÃO DENGOSO… VEM PRA CA TCHU TCHUCA LINDA…
Esperei que todos se distanciassem e peguei o telefone de Hannah que estava na minha bolsa. Segui para dentro da banheiro e liguei para Mason, assim eu acabaria com a minha aflição e conseguiria curtir a noite das garotas em paz.
— Alô?
— Oii amor, como está ai? — suspirei aliviada após ouvir sua voz.
Ele estava vivo!
— Er… está maravilhoso! Não se preocupe.
“ Com força, vamos Mason! Com força. ” escutei uma mulher gemer.
— Maaasooon…
“ Vai machucar, mais devagar “
— Estou tentando.— respondeu a ela.
Senti meu sangue ferver. Mas o que aquele safado estava fazendo com outra mulher.
— Mason o que está acontecendo? — perguntei nervosa.
— Nada eu…
“ Está quase, vai com um pouco mais de força.” disse arfante.
Aquilo havia sido o meu limite. Eu sabia que não estava tudo bem.
— MASON EU ESTOU EM CASA EM QUINZE MINUTOS. — gritei morta de ódio desligando o telefone.
Aquele sem vergonha iria ver só!
Sai do banheiro e fui até a pista de dança.
— Vamos embora, Mason está aprontando algo e havia uma mulher com ele. — Puxei Coko que estava mais que mamada e Luke veio junto com Hannah.
— Não creio! — Luke disse abismado.
Saímos da boate e entramos no carro.
Aquele sem vergonha iria ver só! Pensava que iria me enganar.
P.D.V Mason
— Droga! — resmunguei assim que Violet desligou o telefone.
Era só o que faltava para desgraçar tudo.
— Temos quinze minutos para chegar em casa. — avisei a elas que concordaram.
— Consegui. — a mulher me entregou Louise a segurando pelos braços.
A peguei no colo enquanto ela descia sua saia.
— Obrigada. — agradecemos a ela que riu piscando para mim.
Levantei a mão e mostrei minha aliança para que ela visse que eu era muito bem casado.
— Por nada. — riu sem graça.
— Mamãe vai surtar! — Mell disse desesperada. — Temos que ir embora.
— Vamos, ainda dá tempo. — falei a elas que saíram correndo do banheiro.
Ainda com Louise no colo caminhei até onde Kenny e Thomas estavam. Os procurei, mas não os achei, encontrei apenas Lilly e as outras crianças com uma espécie de coleira na cintura presas em uma pilastra.
— Cadê os pais de vocês?
Todos apontaram em direção ao palco. Assim que olhei avistei Thomas e Kenedy atrás de Harry que estava atrás do palco encarando a galinha.
Era só o que faltava!
— Fiquem aqui quietinhas, sem bagunça. — pedi as quatro que concordaram.
Segui até os dois que estavam na beirada do palco agachados enquanto Harry segurava um pedaço de porrete. Encarei a galinha que estava de costas para ele balançando de um lado para o outro dançando junto a uma vaca vesga. Assobiei para Harry que me encarou, assim como todos.
Acho que eu havia chamado a atenção deles.
Mell vendo que eu não sabia o que fazer, continuou a assoviar no ritmo da música. Fiz como ela. Kenedy e Thomas fizeram o mesmo, assim como os gêmeos de Kenny, e Anthony e Lilly começaram depois.
Encarei novamente Harry que estava se aprontando para espancar a galinha com o pedaço de pau. Violet me mataria caso aquilo desse problema. Eu havia prometido a ela que tudo ficaria bem e ela poderia curtir um pouco para desestressar.
Ultimamente ela estava tão encarregada de tudo que nem tirava um tempo para si, e aquilo me chateava, apesar que ela se mostrava feliz com sua vida atual, mas eu sabia que ela sentia falta de ser apenas ela e ela. Fitei Harry que caminhava vagarosamente até o barril azul. Era agora! Corri em direção ao palco e antes que ele acertasse a escrota galinha, pulei em cima daquele demônio e a abracei.
— EU TE AMO GALINHA PINTADINHA. — gritei enquanto Harry era levado por Kennedy e Thomas que o tirava do palco às pressas.
Suspirei aliviado. Aquela havia sido por pouco!
— Pô cara,eu te achei bonito, mas eu gosto mesmo é de mulher. — um homem sussurrou.
Olhei para a galinha.
Mas que merda!
Me levantei rapidamente e encarei todos que me olhavam como se eu fosse um esquisito. Preferi não dizer nada e apenas me retirei do palco como se nada tivesse acontecido.
Sai para o lado de fora do teatro e encontrei os dois marmanjos segurando coleiras que seguravam as dez crianças.
— Tire isso das minhas filhas. — Ordenei a eles puxando as quatro.
— Mas eu sou homem papai. — Harry resmungou
— Você está de castigo e irá continuar com a coleira.
— Viu titio Kenny, eu avisei que meu papai ia te xingar. — Louise avisou a ele.
— Cala a boca micro anão.
—KENNEDY!— ralhei.
—Ah Mason, qual é? Nem parece que essa menina é adotada. Ela é igual a Violet, surfista de enxurrada.
Encarei Lou que abaixou a cabeça com um olhar triste. Aquilo partia meu coração, ela odiava que disse-se que ela era adotada.
— Exatamente, ela parece tanto com Violet que para nós ela é mais uma de nossas filhas biológicas e sempre vamos considerar isso. — avisei a Kenny e Lou sorriu.
— Tio Kennedy babaca! — Dália ralhou.
— Brigamos depois.— pedi a eles que se encaravam. — Temos que ir embora, elas já estão voltando para casa.
— MINHA NOSSA SENHORA. — Thomas se desesperou puxando Anthony e Lilly pela coleira.
Corremos até o carro e entramos nele rapidamente. Liguei o carro às pressas e quando viramos a esquina havia um grande engarrafamento.
Bati a cabeça no volante.
— Essa não! — resmungamos.
Era hoje que eu iria ver a pomba gira encarnar na Violet.
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