Minha Mãe, Minha melhor amiga

By 4CONTOSCARINHOSOS

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Conto escrito em homenagem ao Dia das Mães, feito em parceria com os autores Denilia Carneiro, Vivy Keury, J... More

Minha Mãe, Minha Melhor Amiga

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Lily Freitas - https://www.wattpad.com/user/LilianFreitas7

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Lendra Suzan - https://www.wattpad.com/user/LeandraSuzan12


Sempre amei minha mãe, assim como o vinagre vem do vinho o meu primeiro amor veio da minha mãe. Ela era professora do Jardim de infância. Hoje está aposentada. As finas rugas que desenham sua face são sinais de sucesso e muita perseverança.

Eu sou Catarina, mas todos me chamam de Cacá e Elizabete, por sorte, é minha mãe.

Dizem que tudo que é bom dura pouco, não acredite nisso, ainda desfruto do sorriso de minha mãe aos sessenta e cinco anos de vida dela, e por sinal, hoje estou procurando as rosas mais linda para lhe dar de aniversário.

Procura algo em especial, senhorita? — Um rapaz, funcionário da floricultura, me questiona. Eu o olho pensativa e por mania, mordo meu lábio inferior.

— Ahm... Me desculpa, mas como é mesmo o seu nome? — Me vejo curiosa ao olhar em seus olhos negros e fascinantes.

— Marcos, senhorita! — Ele dá um sorriso sem graça e ajeita sua postura, ficando mais altivo do que estava.

— Bem, obrigada por responder. Sou Catarina, mas pode me chamar de Cacá. — Sorrio.

— Nome muito bonito, Catarina. — Ele me olha tão intensamente, que resolvo desviar meus olhos dos seus e volto minha atenção para as flores em minha frente.

— Estou escolhendo alguns tipos de flores para montar um buquê bem bonito para minha mãe. Ela completará sessenta e seis anos no sábado, depois de amanhã. Eu quero que o arranjo seja singelo, contudo, que transmita o imenso amor que sinto por ela, através das mesmas. — Digo sutilmente.

— Muito bonito a forma que acabou de se expressar. Posso indicar margaridas e rosas. Acredito que uma completa a outra, através da mensagem que acabou de descrever e quer passar pra sua mãe. — Olho-o, pensativa.

Catarina olhou para Marcos e gostou da sugestão dele. Realmente sua mãe gostava de margaridas e rosas, elas a lembravam da elegância e suavidade da sua mãe.

- Gostei da sugestão, vou levar as duas, mas as rosas, quero no tom rosa - Ela riu com o trocadilho da frase e se encantou com o sorriso fascinante que surgiu no rosto de Marcos.

- Perfeito, vou fazer um arranjo especial para sua mãe - Ele reuniu as flores e foi em direção ao balcão.

Com certa discrição Catarina observou o belo vendedor iniciar a preparação do arranjo e reparou no charme que ele tinha mesmo sem fazer algum esforço. Um sorriso travesso brincou em seus lábios quando percebeu que teria que comprar flores com mais frequência.

- Prontinho - Marcos apareceu com um lindo arranjo de flores na sua frente - Espero que sua mãe goste.

- Ficou lindo - Catarina olhou admirada a beleza do arranjo - Minha mãe vai amar.

- Eu espero que sim - Ela observou Marcos se remexer sem jeito, até que ele pegou um cartão e estendeu na sua direção.

- Aqui está o cartão da loja caso precise de algo novamente e... - Catarina o viu engasgar antes de terminar de falar - Anotei o meu número atrás caso você queria de alguma opinião.

-Oh! - Ela olhou para o cartão e sentiu o coração acelerar.

-Pode pagar no caixa, preciso atender um cliente - Marcos se preparou para sair, mas parou e olhou diretamente em seus olhos - Foi um prazer te conhecer e volte sempre, tenho certeza que sua mãe ficará feliz em receber outras flores.

Fui até o caixa, paguei o que devia e de lá admirei mais um pouco o sorriso cordial de Marcos. Cordial e lindo, preciso ressaltar. Muito lindo.

Saí da Floricultura com um sorriso no rosto, pensando se ligaria ou não para ele e pensando também que mesmo sem querer e sem nem ao menos saber, a minha mãe tem o dom de me colocar nos melhores caminhos.

Eu era divorciada e voltei a morar com a minha mãe depois da separação. Tenho apenas vinte e cinco anos, mas me casei muito nova aos vinte.

Sempre fui muito mimada pela família, por ser a raspinha do tacho, (como todos diziam) já que minha mãe me teve aos quarenta anos, de parto normal e não desistiu de tentar a gravidez até que conseguisse me ver, mamando em seus seios e dormindo em seus braços. Então, sempre que tenho a oportunidade ficar perto dela, eu fico. É o que me deixa contente e após a separação o que eu mais precisava era de colo de mãe para voltar a ser feliz.

Saí dos meus pensamentos e voltei o caminho para casa sorrindo só por imaginar o sorriso que a minha mãe daria ao receber as flores.

Ela amava flores, meu pai sempre as dava de presente para mamãe. Mas ele morreu um ano após eu nascer, fazendo assim com que a minha mãe me criasse sozinha. Sempre guerreira! Então assumi o papel com as flores. E hoje mais uma vez eu o cumpriria.

Os olhos da minha mãe brilhavam, ela levou uma das rosas até o nariz, inalou o perfume e de olhos fechados o sorriso surgiu em seu rosto.

— Obrigada minha filha. Mas meu aniversário é no sábado, por que se incomodar em me dar flores hoje?

— Porque nesses últimos meses eu aprendi muitas coisas, mãe. E a mais importante é que não preciso de datas para demonstrar meu amor. Que você ainda continua sendo meu porto seguro, o lugar para onde corro quando tudo fica escuro e o medo me domina. O colo que me aconchega e me acalenta. — Eu a abracei. — Obrigada por estar ao meu lado e por me apoiar em tudo, mamãe.

— Eu sempre estarei ao seu lado, minha filha. Esse é o papel das mães. Você ainda vai ser mãe e saberá do que estou falando. — Ela me apertou em seus braços.

— Não deixe que as coisas horríveis que seu marido fez, destrua aquela moça romântica e sonhadora que você sempre foi. Permita-se ser feliz, tenha fé em você, se apaixone, ame alguém que te mereça de verdade. Você é linda e muito especial filha.

A imagem de Marcos voltou a minha mente, lembrei-me do cartão com seu número que mantinha no bolso da minha calça.

Fui até meu quarto e fiquei com o cartão entre os meus dedos, pensando se ligaria ou não para o rapaz de olhos negros que fez com que a chama do recomeço surgisse em minha vida.

Resolvo ligar. Meus dedos tremem enquanto deslizo o dedo pela tela e destravo com a senha. Digito o número de Marcos e meu coração acelera quando ele atende a chamada.

- Alô. - sua voz rouca e forte me faz tremer um pouco.

O que estou fazendo?

- Marcos. Sou eu a Caca. A Catarina.

- Oh. Sério? - seu ar surpreso me faz ficar tensa.

- Por que a surpresa? - pergunto com uma pitada de irritação na minha voz. Eu não sei o que está acontecendo. Ele pensou o que ao me dá aquele papel com seu número? Que eu não ligaria?

- Eu só pensei que não ligaria. Você... É uma mulher muito bonita, não pensei que ligaria para mim. Um mero vendedor de flores.

- Ahhh. Que bobagem. - murmuro sentindo o alívio passar por meu corpo. - Você... hum... pode... - engulo meu nervosismo e me forço a agir como uma mulher determinada. - Você quer sair amanhã?

Aperto o celular contra meu ouvido e bato o pé repetidas vezes esperando sua resposta. Será que fui muito atirada? Oh Deus! Que ele não pense assim.

- Não. - sua resposta foi rápida e fria.

- Tudo bem...Desculpa se... - ele riu e me cortou.

- Eu quero sair hoje. Aceita jantar comigo? - respirei aliviada. Pelo menos ele estava interessado.

- Acho hoje uma boa ideia.

- Preciso atender um cliente. Passe-me seu endereço por mensagem. Chegarei às oito.

- OK.

- Tchau linda. Meu coração mais uma vez acelerou.

- Tchau.

Desliguei a ligação e fiquei olhando para o celular. Minhas mãos ainda tremiam e agora suavam frio, eu não estava acreditando que eu tinha acabado de ligar para um cara.

Oh meu Deus, que vergonha.

Depois que me divorciei do Rodrigo, eu não quis mais me envolver com nenhuma pessoa. Ele feriu meu coração de tal forma que eu jurei que não deixaria outro homem fazer isso outra vez. Se não fosse minha mãe, eu teria entrado em uma depressão, porque eu o amava.

Ficamos quatro anos casados. Os dois primeiros foram amor e flores, até que no terceiro a coisa começou a mudar e no quarto ano, ele começou a chegar em casa bêbado, e com indícios de que estava com outras mulheres, até que um dia ele me abandonou.

Bom, não importa mais.

Tenho o maior amor do mundo que é minha mãe e depois de três anos resolvi dar uma chance para viver novamente. De tanto a minha mãe falar.

E lá vou eu para um encontro com o Marcos, hoje às oito da noite.

Confesso que se ele avançar o sinal, não resistirei aos seus encantos.

Ainda demorei um tempo para sair do quarto. Ficar pensando em Marcos e no encontro acabou sendo prejudicial. Quando mais eu pensava sobre o assunto, mais eu queria desistir.

Na cozinha me sentei olhando a vista da janela.

- Filha... Filhaa? Caca?

Acordei do torpor.

- Oi Mãe...

Ela se sentou na minha frente.

- Você está bem querida? Parece perdida em pensamentos.

- Eu....

Olhei dentro daqueles olhos que nunca me abandonaram.

- Eu marquei um encontro com o florista que me atendeu quando fui comprar as flores para você.

Ela abriu um largo sorriso.

- Como ele é?

- Gentil, amável. - respondi.

- Bonito?

Minha mãe não perdia uma. Dei uma risadinha.

- Muito bonito.

Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Então, não estou entendendo o porquê dessa tristeza.

- Acho que eu não vou mãe.

Ela ficou séria.

- Porque não?

- Porque... porque..

Eu não conseguia achar um bom motivo para aquilo. Não um real.

- Você está com medo!

Abaixei a cabeça. As lágrimas começaram a brotar.

Ela levantou meu rosto delicadamente.

- Querida, o seu pai não foi a primeira pessoa que encontrei na vida. Antes dele, eu me machuquei muito. Se eu tivesse desistido por isso, nunca teria o encontrado. Não teria vivido anos tão bons e não teria você.

- Você quer dizer que o Marcos pode ser...

- Quem sabe? Se você não tentar, meu amor, nunca vai encontrar alguém que realmente valha a pena.

Calei-me. Minha mãe tinha esse dom de me ver como ninguém mais via. Ela se levantou e saiu da cozinha me deixando cheia de coisas com o que pensar.

Meu pensamento flutuava nas incertezas, mas se quero ser mãe um dia preciso encontrar um pai legal para amar... "certo", eu confirmava para mim mesma. Olhar e ver são duas coisas bem distante e quando me aproximei do " Bar & Bar, seus olhos encontraram os meus, descendo sutilmente pelo meu corpo. Eu corei.

Enrubesci mais ainda quando recebi Rosas e Margaridas desse homem totalmente sexy de no mínimo um metro e oitenta, vestindo uma calça jeans escura e uma camisa polo esverdeada. Ele me entregou as flores seguido de um beijo delicado no meu rosto, "quase desmorono pelo arrepio que cruzou o meu corpo como se eu tivesse descobrindo uma parte perdida de mim". Além de sexy, ele era carinhoso.

Nosso jantar foi regado a muitas trocas de olhares promissores e sorrisos disfarçados de um "quero mais". Eu não queria que Marcos pensasse que era uma atirada, mas... Sei lá! Quero viver livre, sem ter que me preocupar com julgamentos de terceiros. Então, não consegui esconder o quanto observava sua boca desejável e de vez em quando, mordia meu lábio inferior, querendo reprimir de alguma maneira à vontade que tinha de lhe beijar.

— Pelo que pude perceber ao me enviar seu endereço mais cedo, mora aqui perto, né? Se quiser, posso te deixar em casa! — Pisquei meus olhos saindo de um transe que nem imaginava estar e encarei seus olhos negros e profundos.

Ele deu um sorriso ameno e segurou minhas mãos nas suas, após esperar minha resposta e ela não vir.

— Oh, me desculpa. Ahm... Sim, moro a duas quadras daqui. Não é longe. — Quando liguei para avisar que estava pronto, ele disse que não conseguiria me buscar em casa, então, eu informei que não havia problema algum, pois podia vir sozinha, além do mais, moro perto daqui.

— Se não for um problema pra você, estou de moto e posso levá-la com segurança pra casa, ainda mais, por ser perto. — Sorriu, tentando me convencer.

Ainda bem que vim de calça jeans, senão, jamais aceitaria ir em sua moto.

— Aceito! E, obrigada! — Senti minhas bochechas ruborizarem e ele deu um aperto de leve em minhas mãos, soltando-as em seguida.

— É um prazer, Catarina! — Olhou-me profundamente e me senti um pouco desconcertada, desviando minha atenção em seguida. — Vamos? — Disse ao se levantar e assenti.

Estávamos saindo do restaurante, já descendo as poucas escadas que levavam até a calçada, quando um vulto se aproximou e segurou no meu braço. Levei um tremendo susto, pois neste momento estava ligeiramente à frente de Marcos e minha atenção estava totalmente voltada para o que ele me dizia.

- Olá, minha princesa! Quanto tempo que não te vejo...

Virei-me imediatamente, ao mesmo tempo em que puxava meu braço para libertá-lo daquela mão repugnante, já que agora eu conseguia ver a quem pertencia.

- Rodrigo? - Minha cara contorceu-se numa máscara de nojo e repulsa, ao vê-lo com um sorriso debochado nos lábios. - O que é que você está fazendo aqui?

- Coincidências da vida... - voltou a rir debochado, o que fez meu sangue ferver. Olhei para Marcos, que não estava entendendo nada.

- O que foi, Cacazinha, vai dizer que não ficou com saudades minhas, estes anos todos? - Tentou passar a mão em meu rosto, o que fez com que Marcos fosse mais rápido e a interceptasse antes que ele conseguisse atingir seu objetivo. - Qual é, amiguinho, por acaso é o segurança dela agora? Não precisa ficar assim, não. Eu não vou fazer nada com a princesinha... só queria que ela soubesse que estou com saudades...

- Você não presta, Rodrigo! Passei o pão que o diabo amassou contigo, nos últimos anos de nosso casamento - agora ele tinha me deixado mesmo enfurecida, minha respiração estava alterada e sentia o sangue percorrer todo o meu corpo com maior rapidez. - Você me abandonou, sumiu por meses, até para conseguir o divorcio foi difícil, pois ninguém te achava. Agora vem com esse papo idiota de saudades... E pelo bafo, você continua bebendo além da conta, você está alcoolizado... ou melhor, você c-o-n-t-i-n-u-a alcoolizado.

Os amigos que estavam com Rodrigo, o puxaram pelo braço, tentando forçá-lo a continuar seu caminho, rumo a um barzinho que havia alguns metros à frente naquela mesma calçada e que não tinha fama de ser bem frequentado.

- OK, princesinha, vou indo que meus amigos querem continuar a beber e curtir a noite - disse ainda com um sorriso debochado, enquanto era arrastado para longe por sua turma. - Mas quero que saiba que eu estou de volta...

- E espero que nunca mais você cruze comigo e me dirija a palavra, Rodrigo, pois não quero ser obrigada a fazer uma queixa contra você na Delegacia de Proteção da Mulher - gritei para que ele pudesse ouvir, mesmo já estando alguns metros distante. - Era só o que me faltava para atrapalhar meu encontro.

Marcos ficou bem próximo a mim, segurou-me o rosto com as mãos firmes e olhou dentro da minha alma, com aqueles olhos tão lindos.

- Ninguém vai atrapalhar seu encontro... nosso encontro.

Senti o calor do desejo invadir todo o meu corpo. Aqueles olhos eram os mais lindos que já me encararam antes. Como resistir a eles? Por fim, disse-lhe tentando não gaguejar:

- Você tem razão. Que tal continuarmos de onde fomos interrompidos?

- Acho ótimo! Vamos?

Em questão de poucos minutos, estávamos em frente a minha casa. Marcos era um homem admirável, conseguia ver pureza em seus olhos, apesar de serem bem intensos também.

— Agradeço a carona e me desculpe pelo ocorrido lá... Antes de virmos embora. — Tentei não relembrar o ocorrido, ou pelo menos, não falar em voz alta.

Ele sorriu, abaixou a cabeça e descansou suas mãos nos bolsos dianteiros de sua calça.

— Não tenho que desculpar, Catarina. Na verdade, agradeço pela noite maravilhosa em sua companhia. — Acho que devia estar vermelha como um pimentão maduro, ou algo do tipo. Sei lá!

Sorri desconcertada, mas aquecida pelo seu elogio. De repente, nos fitamos pelo que pareceram longos minutos e mordi meu lábio inferior, mostrando-me séria.

— Bom, acho que vou indo, então. — Eu queria ter a coragem de dizê-lo para não ir e me jogar em seus braços, mas uma força maior me impedia de fazer isso.

— Tudo bem. Veremos-nos depois? — Indaguei um pouco covarde, tinha plena noção disso.

Ele não me respondeu, apenas me encarou silencioso.

— Merda! — Ele praguejou baixo e passou a mão pela nuca.

Eu não estava entendendo nada.

— Bem, então, boa noite. — Sim, a bela e fraca Catarina não conseguia ao menos ser direta e falar ou fazer o que realmente queria. Parabéns pra minha imbecilidade.

Virei-me e assim que estava procurando a chave em minha bolsa, meu corpo foi forçado a girar e antes que pudesse assimilar o que estava acontecendo, seus lábios macios e desejosos, tomaram os meus nos seus.

4 anos depois

Há exatamente seis meses, eu conhecia o que era o amor de verdade. Eu pensava que amar minha mãe era o maior deles, até me tornar mãe. Isso mesmo, eu me tornei mãe de um príncipe e uma princesa. Gêmeos. Dá para acreditar? É muito amor envolvido. Só conhecemos maior dos amores quando você se torna mãe.

Hoje era o dia do nosso casamento, Marcos e eu enfim decidimos oficializar nosso relacionamento depois de quatro anos morando juntos. Fiquei tão traumatizada com meu último casamento que eu não quis casar. Marcos se aliou com minha mãe para me convencer, e não é que conseguiram.

Ele estava lá no altar, junto com minha mãe e meus bebês que estavam nos carrinhos, era a imagem mais perfeita diante dos meus olhos.

Eu tenho uma família, linda e feliz.

Os convidados estão olhando para entrada, esperando que eu começasse a caminhar pelo tapete branco com pétalas de rosas cor de rosa espalhadas em toda sua extensão.

Meu buquê claro que não poderia ser diferente, era feito com as flores que marcou nosso primeiro contato e todos estes anos, rosas e margaridas.

A marcha nupcial começou a tocar e eu comecei a caminhar em direção aos meus amores. Eu estava entrando sozinha, mas não tão sozinha porque sentia a presença do meu pai ali. Meu coração batia descompassado, ao me aproximar vi lágrimas escorrendo no rosto do homem da minha vida.

- Você está linda meu amor. Ele falou depois que beijou minha testa.

- E você está muito gostoso com essa roupa. Pisquei o olho, tentando descontrair um pouco.

O juiz de paz celebrou nosso casamento, citando o quão importante é o amor. Que nunca é tarde ser feliz.

E era isso que eu e minha família éramos.

Muito felizes    

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