Fogo e Escamas (Em processo d...

By NMCMsama

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Lendas e mitos antigos falavam sobre seres místicos capazes de destruir vilas inteiras. Sua forma era semelha... More

O Jantar (editado)
Dragão Púrpura (editado)
O ataque (editado)
Dragões existem (editado)
Café da manhã
Território e Dragões vermelhos
Chegada ao churrasco
Ceremônia da Carne
Reunião e dança
Início da rotina
Signficado do beijo?
O plano de Felix -Part 1
O plano de Felix -Part 2
Fim do plano e um novo dragão?
Dragão Branco
Temores
510-n
Seu nome é Sion
Conversa na cozinha
A adição de um novo membro a família
Dragões vs Dragões
Buscado seu lugar na família
Provando suas habilidades
Ligação
O despertar da donzela em perigo
Bomm!
Gelo
Dragões: Aliados x inimigos
Desculpas
Pesadelo ou lembrança
O passado e o presente
Eliminando a culpa
Reunião
Problemas e mais Problemas!
Cruzar!
A conversa
Conseguindo o Alíbi
Dragão Marrom
Camuflagem e Camuflagem
Rival?
O grande Cezar
Rituais e Festivais
Degustação!
Treinamento
O Grande Plano
Epílogo
Entendendo sobre os dragões

O despertar

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By NMCMsama



Ser pega uma vez era aceitável, mas ser pega duas vezes podia ser sinal de burrice. Amélia pensava seriamente sobre suas habilidades quanto seus supostos planos. Pelo menos dessa vez não fora capturada e usada como isca. Contudo, não podia desistir de tentar, ora, não tinha culpa se os dragões eram cheios de surpresas! Como saberia que haveria uma raça que ficava invisível? Quantas mais raças existem que ela desconhecia as habilidades?

– Você fede. – disse Alex. Amélia o encarou incrédula com o grau de rudez do seu namorado. Sim, estava fedendo devido as camadas de terra e lama que colocou sobre si mesma, misturado a tudo isso estava o suor de caminhar por horas na floresta úmida! Em resumo, ela sabia que estava fedendo mais não podia fazer nada para mudar isso!

– Obrigada. – falou a humana rangendo os dentes se controlando para não desferir um soco na cara limpa e bonita de Alex. Para piorar pode ouvir Scarlet dando uma risada de escárnio, a garota-dragão-cuspidora-de-ácida andava próxima a eles como uma espécie de provocação, só podia!

– Eu quero dizer... Eu não consigo sentir o seu cheiro. Não te farejo.

Agora a humana franziu o cenho, confuso com a direção daquela conversa.

– Foi uma boa ideia ter camuflado o seu cheiro, não poderíamos ter te farejado e assim poderia ter permanecida oculta se não fosse pela a existência do dragão marrom.

"Oh! Ele está me elogiando?" pensou expressando um sorriso.

– Obrigada! – disse novamente agora com mais entusiasmo.

– Lógico que ainda precisa de mais treinamento. Se pretendes ainda nos seguir e se meter em situações perigosas... Não sei se terei tempo para servir de babá.

– Pois é, eu nem desejaria ocupar o seu tempo dessa maneira. – cruzou os braços diante do peito, já estava irritada de novo, Alex tinha esse estranho efeito colateral de produzir emoções paradoxais em Amélia – Você está querendo sugerir algo? Pois cansei desse papo doido, melhor ser logo direto no que você quer mesmo dizer!

Alex deu um meio sorriso que fez o coração da garota acelerar momentaneamente.

– Quero te treinar.

– Isso é sério? – a adolescente arqueou as sobrancelhas, não esperava por aquela proposta.

– Jogar um vidro de nutella em dragões nem sempre é a forma de ideal de ataque, sabe? – comentou, simplesmente – Você precisa de treinamento e estou disposto a fazer isso, a não ser que prefere outro professor, quem sabe tio Erich?

Amélia fechou a cara.

– Não. Acho que você dá para o gasto. – disse em um tom extremamente sério, quando imaginava Tio Erich como uma espécie de treinador associava com peidos, arrotos e exposições indevidas de nudez, por isso, para evitar traumas era melhor escolher o seu rude namorado.

– Foi considerar isso um elogio. – Alex sorriu mais uma vez, daquela forma arrogante que lhe era bem característica que fazia Amélia se derreter.

"Eu tenho que me controlar mais..." prometeu a si mesma " Não podia ficar babando pelo Alex por qualquer gesto que ele faz! Droga! Não serei aquelas meninas bobonas apaixonadas!".

Scarlet nem teve o descaramento de ocultar que estava os bisbilhotando, lançava olhares sinistros para Amélia que correspondeu da forma mais madura possível: estirando a língua. Alex parecia confuso, mas logo ignorou pois o grupo estava diminuindo o ritmo, estavam chegando o destino daquela missão: o local de hibernação do dragão marrom.

– Vou ser honesto... Esperava mais. – comentou Leonard passando uma toalha no rosto úmido de suor.

– Espera o que? Um templo misterioso? Uma placa gigante dizendo "não perturbe"? – disse Felipe fazendo gestos excessivos com as mãos.

– Estamos falando de um dragão ancião e membro influente de nossa raça... Imaginava que ele seria mais bem guardado. – o dragão vermelho não ocultou seu olhar crítico para com o jovem dragão marrom.

– Por acaso, está questionando minha habilidade como guardião? É isso, quatro-olhos?

– Quatro-olhos? Isso foi tão criativo... Sinto como tivesse retornado ao ensino fundamental. – sorriu de forma arrogante Leo.

– Você quer ver criatividade? Pois imagine eu ficando invisível e podendo ataca-lo? O que acha disso? Posso bastante criativo nos locais que irei te socar!

– Quero ver você tentar... – fumaça negra começou a sair das narinas do Hacker.

– Minha lasanha à bolonhesa! – Bolt abraçou o seu amante por trás – Não é assim que tratamos nossos amigos, você não quer que eu te puna depois, não é?

– Hã?! – Leonard sentiu seu rosto esquentar e tentou retomar a compostura perdida – Até parece que poderias me punir! E o que eu falei sobre apelidos relacionados a comida?!

– Ele é o seu namorado? – Felipe fez um sinal de desgosto.

– Sim. – piscou Bolt – Ele é bem mais fofo em nossos momentos íntimos, sabe?

– I-intimos? N-não tivemos nenhum momento...

– Pessoal. Foco, sim? – interrompeu Arthur o que só resultou em maior embaraço por parte de Leonard.

– Bem...Onde está, precisamente o grande Cezar? – indagou Felix olhando em sua volta. Estavam na base da montanha, sabia que o dragão marrom tinha se camuflado, ao invés de ficar invisível como Felipe, o ancião tinha assumido a forma semelhante as rochas, para isso teria que estar em sua forma natural, ou seja um grande réptil alado adormecido.

– Humm... – o guardião coçou o queixo – Vejamos...

– Não me diga que você esqueceu aonde ele está? – disse, incrédulo, Pablo.

– Não se pode perder um dragão gigante... Mesmo que ele esteja em forma de pedra, não é? – riu nervoso Felipe.

– Seu socar algumas pedras... – Erich já estava com os punhos envolto em chamas e tinha um sorriso entusiasmado no rosto – Eventualmente irei acerto, não?

– Isso demoraria demais. – criticou Arthur – E já perdemos muito tempo...

– Olha, vocês têm que entender que não estou acostumado a receber visitas. Supostamente, não se deveria acordar um dragão marrom que esteja hibernando. Cezar deveria acordar por si só, sabe? – explicou massageando o pescoço.

– E quando ele iria acordar? – quis saber Felix – Ele colocou tipo um alarme no celular dragoniano dele?

– Hibernação é algo normal para nós dragões marrons. – disse de forma defensiva, como se tecendo questionamentos sobre o tal feito era uma espécie de Taboo.

– A hibernação é o que explicava o longo tempo de vida desses dragões. Lembrem que Cezar fez parte da primeira geração de dragões depois do feitiço que nos transformou em parte humanos e isso ocorreu na idade média. Ele deve a sua longevidade a períodos que ficou em hibernação, a qual retardou o seu envelhecimento. – fora Bolt o responsável pela a elucidação.

– É, isso, isso. – resmungou Felipe – Mas não preciso encontra-lo para necessariamente acorda-lo... Eu vou urrar.

Arthur ergueu uma sobrancelha.

– Qual tipo de urro?

Amélia observava sem entender, havia outros tipos de urro?

– Você sabe... Aquele chamado de alerta... Dos filhotes... Fazem para os pais. – Felipe estava falando cada vez mais baixo como que envergonhado por ter que explanar sobre aquilo.

– Mas isso só funciona para membros da família. – agora Arthur franziu o cenho.

– Oh! Vocês não sabem? – Bolt deu um sorriso travesso – Felipe é sim parente de Cezar, afinal só um parente pode ser guardião de outro parente na hibernação.

– Parente, é? – Leonard agora fitava criticamente o dragão marrom nudista. Felipe parece ter reparo nisso e cruzou os braços diante do peito e estirou a língua para o outro dragão vermelho.

– Então, o que está esperando? – Erich batia os pés de forma impaciente no chão, seus punhos ainda estavam flamejantes, talvez estivesse chateado por não ter usado sua "força" para resolver o problema.

– Olha, vou fazer isso, mas quero enfatizar que não sou um filhote. – falou havia um certo corar em seu rosto moreno – Sou bastante adulto!

– Sim, claro, claro. – Leonard deu os ombros, mas um sorriso divertido se fazia em seus lábios. Algo que foi compartilhado por Felix. Pablo percebeu que os dois amigos já deviam estar planejando alguma forma de provocar o novo amigo dragão... O líder dos dragões vermelhos sentia pena de Felipe. Ser alvo das travessuras de seu irmão e namorado não era algo muito legal... Ainda tinha lembranças da época que conhecera Felix, digamos que aquele dragão negro gostava de causar confusão aonde andava e ainda pregar peças em Pablo, o colocando em situações bem constrangedoras, tais peças recebiam um suporte do Leonard. Como tais provocações se tornaram flertes? Nem ele sabia...

Os olhos de Felipe faiscaram, como chamas amareladas. Inspirou fundo e soltou um agudo e longo urro. Amélia levou as mãos às orelhas, não fora a única Pietro e Sion também a imitaram. Os outros dragões pareciam forçar uma resistência ao dito chamado, mas era obvio que também os afetava.

Pássaros voaram das árvores em uma grande revoada. Até o vento pareceu parar por alguns segundos permitindo o som propagar e ecoar pela floresta e base da montanha. Depois, ao fim do urro, um silêncio se instaurou, pelo menos até um desmoronamento ter início. Terras rolaram a baixo e o chão tremeu.

Alex se lançou sobre Amélia, os dois rolaram no chão até de encontro a parede rochosa.

– Isso foi um baita efeito especial, não? – tentou fazer piada a humana, tossindo um pouco devido a fumaça causado pelos destroços – Dragões sempre devem fazer um showzinho...

– Não sei quanto ao showzinho, mas nós dragões arrasamos. – e para completar o rapaz deu um meio sorriso arrogante.

– Er... – infelizmente, um olhar assustado não era a reação que esperava de sua namorada humana.

– O que foi?

– Olho...

– Hã?

–Olho gigante!

Amélia apontou para algo nas costas de Alex, esse se virou com cautela. De fato havia um grande olho piscando e os mirando. Era amarelado, sendo sua íris negra na disposição vertical, quase cortando o grande globo em duas partes. Havia ainda pálpebra, transparente que dava um efeito úmido ao olho, era e membrana nictitante... Uma característica reptiliana compartilhada nos dragões. O olho se fechou, só então pode notar as escamas cor de terra e a imensa cabeça que sacudiu para os lados se livrando de pedras que jaziam sobre a mesma. Alex arrastou Amélia para longe.

– I-isso é um dragão? – balbuciou a garota ao ver o lagarto mitológico se levantar em suas robustas quatro patas e expandir as asas membranáceas.

– Eu também sou um dragão, sabe? – resmungou Alex meio enciumado pela a admiração de Amélia para o velho dragão.

– E-eu sei, mas aquilo é um dragão-dragão, sabe? – como explicar? Estava tão acostumada a conviver com pessoas que se dizem dragões, que havia esquecido que essas mesmas pessoas podiam mudar de forma... Aquela era a sua outra identidade. A fera sob a pele humana: o verdadeiro dragão.

Cezar rosnou e fitou o grupo diverso que o rodeava. Ele não parecia feliz ao vê-los.

– Vô! Já chega! – Gritou Felipe chamando a atenção do dragão marrom mais velho – Eles não são inimigos, mas eu não sabia onde você estava para acorda-lo!

– E a solução foi urrar? Quase me deu um ataque do coração, seu moleque inconsequente! – vê-lo falando também fora uma surpresa. Seus lábios e boca se moviam e pronunciava as palavras com um estranho sotaque, devia ser o efeito dos dentes pontiagudos e a larga boca que gerava uma certa dificuldade na pronuncia.

– Mas você acordou, né?

– Eu pensei que você estava sendo atacado, tolo! – rosnou – uma péssima forma de acordar alguém idosos como eu!

– Desculpinha. – disse Felipe nervosamente, sem encarar o grande Cezar.

– Cezar? E aí? Como foi o sono da beleza? – Bolt acenou, já que os seus companheiros estavam meio que paralisados, como iniciar a conversa com um dragão ancião, ex-membro do conselho e ainda mais, único membro ainda vivo da época ancestral... E o dragão púrpura fala algo assim? Leonard temeu pela a vida do seu namorado...

– Bolgot? Você cresceu, jovem dragão púrpura... A última vez que te vi era apenas um adolescente e tinha mais cabelo. – comentou Cezar.

– Você dormiu demais e perdeu parte da minha puberdade. – Bolt disse isso passando a mão em sua careca.

– Sinto que essa era uma fase que não gostaria de presenciar, meu caro. – ouvir um réptil gigante soltar uma risada era estranho, parecia que o som ecoava em sua grossa garganta e irradiava por seu corpo escamoso.

– Er...Qual é sua real relação com o grande Cezar? – sussurrou Leonard, puxando a manga da camisa negra de Bolt.

– Os dragões púrpuras e marrons são bem próximos, minha família em especial tem um laço mais profundo de amizade com a família de Cezar. – explicou sorridente.

– É, somo meio que primos. – completou Felipe. – A minha mãe é casada com o tio-avô do Bolt. Digo isso por que, sabe...Nossa longevidade e tal... Então, acho que seríamos primos de segundo grau... Ou sou tio-primo? Cara! Eu não sei! Cezar é tipo meu bisávo, só para deixar claro, para não pensarem que sou velho, ok?

– A família de Bolgot vem se relacionando com a minha família a gerações. – informou Cezar de forma solene – Mas não foi para um reencontro familiar que você me despertou, imagino.

Leonard silenciosamente assentiu, agora passava a entender melhor como Bolt sabia sobre o local de hibernação de Cezar, como também era familiarizado com o guardião e os costumes dos dragões marrons... Havia muita coisa sobre Bolt que o jovem hacker desconhecia e um mistério sempre despertava o seu interesse.

– Senhor Cezar? – antes que alguém pudesse se pronunciar, Sion dera um passo à frente – Preciso de sua ajuda... – disse tentando soar confiante, mas essa era a sua primeira vez encarando um dragão na sua forma verdadeira.

"Eu também posso me transformar assim?" pensou meio curioso e também assustado.

– Pelos as escamas do meu pai... – murmurou Cezar que havia se aproximado para farejar o trêmulo garoto de cabelos platinados e de pele brilhante – Você é um dragão branco? Estou sonhando? Pensei que tivessem extintos...

– Temo que não, Cezar. Como o filhote mesmo disse... Ele precisa de sua ajuda.

– Pois muito bem. Vocês fizeram bem em me acordar. – resmungou.

– Er, vô, seria legal você meio que se transformar em humano. – comentou Felipe.

– Oh! Sim! Vejamos se me lembro ainda como se faz... – riu novamente o grande dragão fazendo o chão tremer em ressonância.

"Só espero que ninguém da cidade tenha os vistos... parafraseando Alex: Dragões arrasam de verdade!" pensou Amélia ainda maravilhada com aquela nova descoberta sobre essas místicas criaturas.

~~**Palavras da autora**~~


Desculpe a demora povo! *tava meio em um bloqueio nessa história*

Outra coisa, no futuro ainda irei fazer alguma história envolvendo Felix e Pablo, como eles começaram o seu romance... Acho que seria legal. (((o(*゚▽゚*)o)))

Os dragões marrons, ao dormirem, meio que param de envelhecer, dessa forma todos eles passam por essas hibernações. Espero que tenham entendido isso! 

  (^. _. ^) ノ  

Espero que tenham gostado e até a próxima!

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