Jogo de Máscaras

De AliceHAlamo

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Não era para ser difícil ou perigoso, era para ser relaxante e prazeroso, apenas isso. Que ironia... Como se... Mai multe

Capítulo 1 - Vista sua Máscara
Capítulo 2 - Tire sua máscara de inocente
Capítulo 3 - Tire sua máscara de puritano
Capítulo 4 - Vista sua máscara de bom amigo
Capítulo 5 - Vista sua máscara de bom partido
Capítulo 6 - Tire sua máscara de cara paciente
Capítulo 7 - Vista sua verdadeira máscara
Capítulo 8 - Vista sua máscara de felicidade
Capítulo 9 - Tire sua máscara de insegurança
Capítulo 10 - Vista sua primeira máscara
Capítulo 11 - Tire a máscara dos outros
Capítulo 12 - Vista sua máscara de enfermeiro
Capítulo 13 - Tire sua máscara de frieza
Capítulo 14 - Vista sua máscara de Mentiroso
Capítulo 15 - Vista sua máscara de protetor
Capítulo 16 - Vista sua máscara de Sasuke
Capítulo 18 - Tire a máscara do seu adversário
Capítulo 19 - Vista sua máscara de Apaix-..., quer dizer, de viciado
Capítulo 20 - Vista sua máscara de cumplicidade
Capítulo 21 - Tire sua máscara de sob controle
Capítulo 22 - Tirem suas máscaras sociais
Capítulo 23 - Vista sua máscara de traído
Capítulo 24 - Tirem suas máscaras de protegidos
Capítulo 25 - Vista sua máscara de bom entendedor
Capítulo 26 - Vista sua máscara de ingênuo
Capítulo 27 - Vistam suas máscaras de aliados
Capítulo 28 - Tire sua máscara de encurralado, ainda há saída
Capítulo 29 - Vista sua máscara de John Dillinger
Capítulo 30 - Tire sua máscara de amigo leal
Capítulo 31 - Vista sua máscara de desespero
Capítulo 32 - Vista sua máscara de Giselle
Capítulo 33 - Vista sua máscara de precaução
Capítulo 34 - O cair das máscaras

Capítulo 17 - Vista sua máscara de honestidade

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De AliceHAlamo

1) Não demorei!!!! o/

2) Capítulo betado por Nonna, amada, fofa ♥

3) Leiam as notas finais, ok? #importante



Hinata tinha uma qualidade que, nos dias atuais, era um defeito: ela não gostava de mentir. Por mais que a profissão pedisse, por mais que a vida lhe cobrasse isso, mentiras nunca foram seu hobby predileto. Motivo esse que a fez ser expulsa de casa aos quinze quando se assumiu lésbica aos pais; que a fez ser expulsa da rígida e tradicional escola católica quando lhe perguntaram o motivo de seus pais a terem abandonado e, mesmo sabendo que ali aconteceria o mesmo, disse a verdade. A verdade lhe custou o lar, os amigos, a irmã mais nova que tanto amava, tudo. Contudo, não se arrependia, nunca tinha se arrependido de dizer a verdade, por mais que lhe doesse.

Por outro lado, havia ganho algumas coisas com a honestidade. Conhecera Jiraya, o que lhe possibilitou o emprego que tinha agora e, ainda que não gostasse do trabalho, tinha que ser grata. Os eventos foram a porta para o que realmente lhe encantava. Política, políticos e seus jogos de mentiras. Em dois anos naquele meio, aprendeu mais sobre a linda e complicada democracia em que vivia do que em anos sentada diante de um professor.

A mistura de ideologia, o conflito de interesses, as mudanças de lado, os contratos sujos assinados quando ninguém mais olhava, os subornos que passavam de mão em mão, tudo, exatamente tudo era muito mais interessante do que qualquer outra coisa que já havia visto. Além disso, foi pelo trabalho que conhecera Gaara, fora capaz de ajudá-lo quando ele precisava. Lembrava-se claramente de que conseguira a confiança dele fácil justamente por ter sido totalmente verdadeira quando se conheceram, quando ele a procurou, quando ele também foi expulso de casa. E tinha Naruto! Não podia se esquecer de seu pequeno sol particular! E agora tinha até mesmo sua própria casa, pequena, confortável, em um bairro seguro, quieto e cheio de crianças. Faltava decorar, é claro, mas tinha que esperar por Hanabi, a irmã, para isso. Era uma promessa, uma feita há muito tempo.

Hanabi era sua princesinha, sua pequena e amada princesinha, mesmo que já estivesse com dezesseis anos! Conseguia falar com ela pelo telefone, todo dia, logo após ela sair da escola ou quando a irmã quisesse. Também conseguia que ela dormisse em sua casa de vez em quando, sempre com uma desculpa inventada que Hanabi sabia de cor. Uma amiga, um trabalho para a escola, provas, vestibular, etc, etc.

É, o trabalho não era de todo ruim...

Enfim, o caso é que, mesmo em um meio tão deturpado e sujo, Hinata não gostava de ter que mentir e ver Sakura andando em sua direção a fazia se lembrar disso. Era como se cada passo da outra mulher fizesse soar um alerta em sua mente, cobrando-lhe a verdade.

Suspirou, apertando o tecido do vestido contra as mãos, preparando-se mentalmente para o momento em que teria que ligar para Naruto ou Gaara para marcar ao menos um sorvete para fazê-la parar de pensar na merda que era ainda não ter mudado de emprego.

Continuou sentada na grama, aproveitando a sombra que a grande copa da árvore lhe oferecia. O parque era aberto, um lugar bonito e grande. As árvores deixavam poucos espaços, mas bastava para que algumas trilhas, áreas reservadas para os brinquedos infantis, um lago enorme ao centro se fizessem presentes. Era um dia perfeito, céu azul, sol brilhando, nuvens brancas agrupadas como se fossem algodão, sorvetes sendo vendidos às crianças, cachorros passeando com seus donos, um dia perfeito que Hinata estragaria. Era até triste continuar sorrindo para a mulher que se aproximava, tímida, indecisa, linda.

Queria ter acabado com aquele "envolvimento" antes que chegasse naquele nível. Que nível? O nível em que já se importava com Sakura a ponto de não querer lhe contar a verdade por medo de magoá-la. "A mágoa é inevitável", repetiu para si mesma. Até havia tentado não responder mais às mensagens de texto, várias mensagens; não atender às chamadas no celular, várias chamadas, porém seria hipocrisia dizer que tentara com afinco já que, quando percebeu, era ela própria que ligava, que mandava as mensagens de bom dia, que se preocupava quando Sakura não respondia ou demorava para responder.

Apaixonada? Não, muito cedo para isso, mas não negava que gostava da companhia de Sakura. E foi por isso que concordou em encontrá-la ali, no dia do aniversário da cidade, no parque tido como ponto turístico favorito de todos e que, pela data, estava lotado. Por que Sakura escolhera logo aquele parque, naquele dia?

— Espero não estar muito atrasada. Um amigo me trouxe, mas me obrigou a almoçar antes — Sakura comentou ao se aproximar com os braços atrás do corpo.

Hinata sorriu e, com a cabeça, apontou para o lugar vago ao seu lado.

— Não tem problema, eu gosto de ficar aqui.

Sakura se sentou sobre o pano estendido na grama, relutante, guardou o celular na bolsa e perguntou:

— E então? Seu amigo está melhor?

— Naruto? Com certeza. Ele é difícil de derrubar.

— É, ele parece um pouco com Sasuke nesse quesito. — Sakura riu, olhando o relógio no pulso.

— Vocês se conhecem há muito tempo? — Hinata perguntou, interessada.

— Uns dois ou três anos já.

— Não é tanto assim.

— Para ele, é. Dois anos de amizade com Sasuke é o que, para pessoas normais, seriam dez ou quinze. Ele não é muito sociável, sabe? O irmão dele um dia tentou me explicar, mas é... complicado. Sasuke, infelizmente, não veio com um manual de instruções. Que sorte que ele estava aquele dia com o seu amigo...

Hinata concordou, pensativa, mas sorrindo docemente para disfarçar.

— Ele falou alguma coisa sobre Naruto?

Sakura se espreguiçou e deixou o corpo encostar na árvore, inquieta, como se quisesse se levantar ou tivesse pressa.

— Não muito. Sasuke é fechado, não fala muito da vida pessoal. Só de saber que seu amigo dormiu na casa dele é muito já, mas o irmão dele me disse que tem uma chance de Sasuke estar gostando do seu amigo. — Sorriu. — E, apesar de todo o lance do prefeito, acho legal ver Sasuke finalmente se interessar por alguém.

Hinata arregalou os olhos, mais pela palavra "prefeito" do que pela "gostando".

— Que lance do prefeito? — questionou, desconfiada, segurando discretamente a barra do vestido.

— Ah... — Sakura quis morder a língua. — Ok, você não sabe? Digo, ele é seu amigo, ele não contou que está saindo com Neji Hyuga? Olha, me desculpe se você não sabia, eu achei que ele mesmo já tinha te contado, por serem amigos e...

Hinata pendeu a cabeça para o lado. Era só aquilo? Ouvia Sakura se desculpar, mas não prestava atenção. Se fosse sincera, admitiria que estava esperando que ela lhe revelasse que Sasuke estava usando Naruto para conseguir algo contra Neji... Mas por quê? Simples, não queria mais confusão, não queria mais se envolver com Neji Hyuga e jornalistas, mídia, o que quer que fosse! Queria ela, Naruto e Gaara bem longe de qualquer escândalo, não aguentaria ter que ser chamada ao hospital novamente...

Por um lado, estava aliviada por não descobrir nada contra Sasuke, mas, por outro, continuava mais do que receosa quanto ao jornalista.

— Sakura — chamou quando a mulher parecia não saber mais o que dizer para se desculpar. —, eu já sabia que Naruto era amante de Neji. Só estranhei você saber disso.

— Ah... — ela ruborizou. — Ninguém me contou exatamente, mas eu sou jornalista... Não é difícil juntar umas frases aqui e outras ali. Sasuke e ele conversam abertamente, como se eu nem estivesse no cômodo, daí acabei entendendo que ele tinha alguma ligação com Neji. E depois Itachi me confirmou.

— Itachi?

— O irmão de Sasuke, o que me trouxe aqui. — Fez um gesto de descaso e olhou o relógio no pulso. — Mas como seu amigo conheceu alguém tão importante como Neji?

Hinata se levantou, limpando o vestido florido, e estendeu a mão para Sakura, percebendo o quanto ela parecia aliviada por sair do chão.

— Trabalho — respondeu quando ela se levantou.

— Ah, sim... Trabalhar com Neji Hyuga, deve ser um pesadelo. Aliás, você disse que precisa me falar alguma coisa sobre seu trabalho, não? Fiquei curiosa...

Hinata assentiu, desconfortável. As mãos suavam e, mesmo que estivesse acostumada a aquele momento, nunca ficava mais fácil.

— Sakura, lembra quando nos vimos no hospital?

— Lembro, parecia que você tinha saído de um baile de gala, e eu estava quase que de pijama porque Sasuke me ligou do nada para socorrer seu amigo — comentou, sem jeito, e Hinata quis sorrir pelo modo como Sakura cruzou os braços atrás do corpo e o balançou de leve, desviando os olhos.

— Você estava bonita o bastante, se quer minha opinião, e aquele salto estava me matando. — Riu. — Mas, bem, eu estava voltando do trabalho naquele dia, por isso a roupa e a maquiagem.

— Trabalha em eventos? — Sakura arqueou a sobrancelha, confusa, enquanto caminhavam para o centro do parque onde um palanque estava montado.

— Sou uma acompanhante social — Hinata falou de uma única vez, olhando sempre em frente para não ver a reação da outra. — Acompanho pessoas quando elas precisam ir a eventos ou a qualquer lugar.

Sakura parou de andar.

— Você diz, se eu precisasse de alguém para ir comigo a um casamento, poderia te contratar para isso? — questionou, segurando o riso.

— Sim.

— Uau, você é paga para vestir vestidos caros, comer e beber de graça e sorrir? — Sakura riu. — Não me parece um emprego ruim.

Hinata suspirou. Limpou o suor das mãos no vestido, discretamente e olhou para o céu. Medo, estava assustada, como sempre ficava quando a parte em que dizia que trabalhava junto de modelos exibicionistas e prostitutos chegava. Depois que contasse, Sakura perderia aquele riso tão amável, ficaria indignada, recuaria um ou dois passos enquanto se desviava de seu toque e, então, acusaria Hinata de ter mentido, de ser imoral ou qualquer outra coisa do tipo. E, para finalizar, a deixaria sozinha para que se engasgasse com o bolo de sentimentos que a machucavam e sentisse o gosto amargo de mais uma decepção.

— Não é ruim — concordou e se virou para Sakura. — Mas é que o lugar onde trabalho não é só para isso.

— Não? — Sakura voltou a andar.

— Não, o lugar oferece mais dois tipos de serviços e... Aquele é Orochimaru? — perguntou, de repente, ao olhar o palanque.

Sakura acompanhou o olhar e soltou um xingamento baixo. Em volta do palanque, uma massa se aglomerava aos poucos, pessoas que respondiam animadas às palavras ditas ao microfone. Atrás, esperando para aparecer, Orochimaru bebia lentamente um copo de água que seu secretário oferecia.

— Filho da puta! — Sakura exclamou de repente, e Hinata franziu o cenho. — Eu sabia que ele viria, eu sabia! Sasuke disse que duvidava, mas eu tinha certeza! Aquele filho da puta está disputando a prefeitura com Neji, tem propostas totalmente opostas e os dois não se dão bem desde a eleição passada quando Neji ganhou.

— Sim, eu sei disso — Hinata disse, sem entender onde Sakura queria chegar com aquilo, ao vê-la rapidamente tirar o celular da bolsa.

— Até o meio do ano, eles não se davam bem. Aí, de repente, as agendas de aparições deles começaram a se intercalar, nunca mais batiam, eles nunca estavam fazendo campanha no mesmo dia; nos debates, não havia mais ofensas e assuntos polêmicos que podiam ser usados contra eles não surgiam mais na televisão; e, semana passada, em um evento, eu vi Orochimaru conversando muito amigavelmente com Hiashi Hyuga. Agora, no aniversário da cidade, enquanto Neji Hyuga tem na sua agenda uma reunião extremamente suspeita com seus secretários, justamente os envolvidos no escândalo do hospital municipal, Orochimaru está aqui! Atraindo a imprensa toda!

— Como sabe que a imprensa toda vai estar aqui? — Hinata indagou, e Sakura se remexeu, inquieta, fazendo com que Hinata abrisse a boca em compreensão e então balançasse a cabeça. — Você está aqui à trabalho, não é? Por isso, marcou aqui.

— Desculpe, eu não queria desmarcar com você, mas meu chefe despediu Sasuke e ainda não tem ninguém na área de política, de modo que eu tive que vir para não deixar um qualquer vir roubar o trabalho dele. Além disso, temos uma história antiga com Orochimaru: ele queimou o carro de Sasuke quando ele publicou no jornal vários de seus esquemas. E, agora, coincidentemente, quando Orochimaru volta a aparecer com tudo na mídia, nos eventos, nas campanhas, Sasuke é despedido por algo que, certamente, ele não fez.

Hinata até queria se mostrar um pouco chateada com aquilo, mas Sakura tinha o escudo perfeito, uma situação política que em muito lhe interessava.

— Você disse que viu Hiashi e Orochimaru juntos? — indagou, séria.

— Sim. Na exposição de arte que aconteceu na galeria municipal. Eu até tentei segui-los e ouvir algo, mas esbarrei logo na primeira dama e não pude continuar.

— Esbarrou em Ten-Ten? — Hinata arregalou os olhos. — Não houve nenhum encontro de Orochimaru com Neji ou Hiashi que tenha sido noticiado.

— Mas Neji almoçou diversas vezes com membros da oposição.

— Sim, e, se Neji e Orochimaru firmaram um acordo, quer dizer que não fará diferença quem for eleito — Hinata concluiu, indignada. — Filhos da puta! E, enquanto Orochimaru chama a nossa atenção aqui, Neji está tentando encobrir o roubo no hospital. Saímos perdendo duas vezes!

Sakura assentiu e puxou Hinata pela mão. Ao longe, pode ver o antigo estagiário de Sasuke acenando com uma câmera profissional na mão. Foi até ele, agradecendo mentalmente por Hinata não ter se mostrado frustrada ou chateada pela situação em que tinha se transformado aquele encontro.

— Algo estranho ou digno de nota? — perguntou a Konohamaru.

— Nada. Tirei algumas fotos do início só — ele respondeu animado e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo no topo da cabeça. — Orochimaru até agora estava no telefone e parou agora para beber água. Eu o vi gritando alguma coisa com o secretário, mas só isso. Aliás, devíamos mesmo estar aqui? Sasuke se deu mal por mexer com Orochimaru, eu me lembro da história. E agora ele foi demitido, Sakura, não quero perder meu emprego.

Sakura revirou os olhos e o ignorou, arrumando o cabelo e olhando o relógio.

— Está esperando por algo em específico? — Hinata colocou-se na ponta dos pés para enxergar melhor o palanque.

Sakura sorriu e abriu a bolsa, revirando-a enquanto entregava o celular para que Konohamaru segurasse.

— Isso — Mostrou um bloco de notas, pequeno, retangular, preto, com o nome "Sasuke" escrito em prata no canto inferior direito. — é o caderno da intriga.

— Caderno da intriga? — Hinata riu de leve e pegou o caderno, abrindo-o exatamente onde havia uma fita vermelha marcando a página. — Ah... — exclamou surpresa.

— Exato! Essas são as questões que Sasuke anotou para eu fazer quando Orochimaru abrir para perguntas. Como pode ver, não são perguntas muito...

— Sensatas — Hinata pontuou.

— Eu diria "amigáveis", mas, sim, não são perguntas que Orochimaru vai querer ouvir, e é por isso que temos que fazer para saber como ele reagirá, o que vai responder, o que não vai e, especialmente, o que dirá. — Sakura mudou o peso de uma perna para a outra, girando a caneta entre os dedos enquanto mordia o lábio inferior.

Hinata leu atentamente as perguntas e sorriu, discreta. Tinha que admitir, Sasuke sabia provocar e, melhor que isso, sabia irritar alguém.

— Disse que seu amigo foi demitido, não é? Não pode acontecer o mesmo com você se resolver fazer essas perguntas?

— Você não é um jornalista se não corre o risco. — Sakura deu de ombros e sorriu forçadamente. — E, se eu não fizer, Sasuke vai dar um jeito de fazer, e aí Itachi vai querer me matar... — completou baixo.

Hinata olhou mais uma vez para o bloco de notas, respirou fundo ao fechá-lo e disse de forma mais decidida do que realmente estava:

— Eu faço as perguntas, não se preocupe, apenas anote tudo o que puder.

* * *

Sasuke não se levantou quando a campainha tocou; não porque não queria, mas porque Pandora estava devidamente acomodada em seu colo e se recusava a sair. Continuou examinando alguns recortes de notícias antigas de outros jornais que Sakura havia deixado consigo antes de Itachi levá-la à campanha de Orochimaru, e ouviu a voz do irmão na porta. Desviou o olhar dos papéis para a porta e esticou o pescoço para tentar ver quem era. Itachi o olhou de relance e pareceu considerar abrir ou não a porta. Por fim, abriu, e Sasuke viu Deidara entrar.

Pandora levantou a cabeça, ergueu as orelhas, mas logo voltou à posição inicial, ignorando a visita. Sasuke sorriu, debochado, para o amigo que logo foi se sentando no outro sofá preguiçosamente.

— Sakura não parou de reclamar de você durante a exposição de arte. Quase brigou com o acompanhante de Ino Yamanaka? — Riu, sarcástico, enquanto Itachi voltava ao computador, sobre a mesa da sala de jantar, para continuar sua pesquisa.

— Sakura não aprecia arte. — Deidara estalou a língua no céu da boca e fez um gesto de descaso. — E então? Como anda sua pesquisa?

— Hipóteses, hipóteses e mais hipóteses — Itachi respondeu alto. — Mas reduzimos os políticos suspeitos a três.

— Já pensou se a invasão não foi um roubo que deu errado? — Deidara arqueou a sobrancelha.

— Um roubo em que nada é roubado? — Sasuke ironizou.

— Por isso o "que deu errado", Sasuke. Ainda não sei por que acha que algum político se esforçaria tanto para tirar você de cena. — Deidara se levantou para poder se aproximar de Sasuke e pegar alguns dos recortes sobre o sofá — Olá, Pandora... Ela está melhor? — perguntou enquanto lia os artigos.

— Melhor o suficiente para achar que pode ficar pulando — Sasuke reclamou e acariciou a cabeça da cachorra antes que a proximidade de Deidara a fizesse querer levantar e andar pelo sofá.

— Está revendo os escândalos de Orochimaru? Por quê?

— Deidara, ou senta para ajudar ou deixa os papéis exatamente onde estão.

— Que mau humor. — Deidara revirou os olhos e devolveu as notícias. — Infelizmente, para mim e para você, Pain está me fazendo ajudar na área política, ou seja, não tenho tempo de sobra mais. Passei para saber como Pandora e a sua pesquisa estavam.

Sasuke assentiu, e Itachi virou-se para eles.

— Deidara, quem achou as drogas no escritório do Sasuke foi aquele estagiário, não foi?

— Sim, foi Konohamaru, por quê?

— Ele tinha pleno acesso a sua sala, Sasuke?

— Às vezes. Ele estava indo bem com algumas matérias. De vez em quando, ele discutia comigo alguns textos que queria publicar, e eu ajudava quando eram realmente relevantes.

— Mas, depois da gafe contra Neji Hyuga, ele parou de caçar problemas. — Deidara riu.

— Gafe? A notícia do Neji com Naruto? — Itachi perguntou encarando Sasuke. — Deixe eu ver se entendi... O seu estagiário estava investigando Neji, publicou uma notícia dele com Naruto, depois parou de se envolver nesse assunto, nunca mais retomou, certo? — Sasuke assentiu, e Itachi prosseguiu: — Naruto apanha dos capangas de Hiashi, segundo ele nos disse, e você é demitido por supostamente ter drogas na sua sala que foram achadas por esse estagiário?

— Itachi, não acho qu-...

— Seu estagiário pode ter sido subornado para parar de investigar Neji e para te incriminar, otouto.

— O quê? — Sasuke riu, nervoso. — Não, Itachi, não aquele pirralho.

— E por que não? — Itachi arqueou a sobrancelha. — Faz sentido, não faz?

Pandora latiu. Sasuke a segurou, com menos paciência que o normal. Konohamaru? Sem chance. Aquele moleque não faria algo daquele tipo e, se fosse fazer, seria pego. Ah, com certeza seria... Konohamaru não possuía estrutura alguma para conseguir fingir diante de toda uma equipe, e principalmente dele, que trabalhava honestamente, que não era mais um dos jornalistas comprados pelos políticos para garantir que nada desse errado para eles.

Negou com a cabeça em um gesto frustrado e se preparou para explicar os pensamentos a Itachi quando Deidara simplesmente se manifestou:

— Naruto? — Deidara repetiu o nome, voz alta, olhos arregalados. — Naruto da Akatsuki, Sasuke? Você está investigando o amante de Neji?

— Saindo com ele para ser mais preciso — Itachi corrigiu. — Por quê? O que isso tem a ver?

— De todos da Akatsuki, você escolheu logo o amante de Neji Hyuga? Você não tem amor à sua vida? — Deidara perguntou, exasperado, andando de um lado para o outro.

— Você sabia que Naruto era amante de Neji? — Sasuke perguntou, sem entender a preocupação na face do amigo.

— Todo mundo na Akatsuki sabe que Naruto dorme com Neji, Sasuke! Espera, as vezes em que você foi na Akatsuki foi para ver Naruto? — elevou a voz sem perceber.

— Deidara, se acalme e explique! — Sasuke perdeu a paciência.

— Neji Hyuga é apaixonado por esse puto, seu imbecil! Do tipo que gasta pra caralho na Akatuski toda semana para dormir com ele e até mesmo se encontra com ele fora da Akatsuki há anos! Do tipo que realmente paga para ser quase que o cliente exclusivo dele, entendeu?

— Do tipo que iria atrás do Sasuke por ciúmes? — Itachi perguntou, incrédulo.

Deidara parou de andar e se virou para Itachi, engolindo em seco enquanto passava as mãos nos cabelos compridos e, então, ajeitava a roupa fina.

— Não bate com a invasão — Sasuke se manifestou, segurando Pandora em seu colo que já começava a ficar inquieta pela discussão e a voz alterada de Deidara. — A invasão à minha casa foi exatamente no dia em que fui na Akatsuki, não teria como ele saber quem eu era em tão pouco tempo.

Itachi estreitou o olhar para o irmão. Sasuke não mentiria apenas para continuar vendo Naruto, mentiria? Não, o modo seguro com que ele tinha falado mostrava que não, ele estava falando a verdade, conseguia sentir isso.

— Se ele ainda não sabe que é você, é melhor que continue não sabendo — Deidara falou e respirou fundo para se acalmar. — Sério, Sasuke, enquanto não souber quem invadiu sua casa, enquanto Orochimaru estiver em campanha e por perto, enquanto não achar um culpado, não coloque seu nome na lista de inimigos de Neji Hyuga, não quando um dos suspeitos de ser o responsável de todo esse inferno é o tio dele!

Itachi se levantou e foi até a cozinha, voltando com um copo de água gelado em seguida e entregando para Deidara. Cruzou os braços em frente ao corpo e trocou um breve olhar com o irmão.

— Tudo bem. — Sasuke olhou para Pandora e brincou com as orelhas dela. — Tomarei cuidado como diz, Deidara, não se preocupe. Obrigado pelo aviso.

— Sas-

— É sério, Deidara, vou tomar cuidado — garantiu, calmo, inexpressivo. — Não precisa se preocupar comigo, tudo bem?

— Prometa, seu estúpido, prometa! — Deidara exigiu.

— Eu prometo, Deidara, não se preocupe.

Deidara assentiu e bebeu toda a água em goles rápidos.

— Eu preciso ir agora... Você — Apontou para Sasuke. — não faça nenhuma besteira. E você, Itachi, fique de olho nele, por favor.

— Não farei nada, Deidara — Sasuke respondeu, entediado.

— É bom que não faça! Ou eu conto para Sakura, e você sabe que, se eu contar, ainda mais do meu jeito de contar, ela não vai desgrudar de você até essa merda toda acabar!

Itachi caminhou até a porta e a abriu, ignorando a resposta de Sasuke ou os xingamentos que Deidara soltava mais alto do que seus ouvidos suportavam. Forçou um sorriso amigável quando ele passou pela porta e, depois, encarou o irmão que agia como se nada tivesse acontecido.

— Que é? — Sasuke perguntou com falsa inocência.

— Não teste minha paciência, otouto — Itachi alertou, sério dessa vez.

— Não sei do que está falando — Sasuke disse, em vão. O irmão mais velho já havia cruzado os braços e tombado a cabeça para o lado enquanto deixava o ar todo sair dos pulmões: a típica postura de quando já tinha conseguido resolver o quebra-cabeças que era sua mente levemente perturbada.

— Se estiver tentando se matar de novo, tenha a decência de me avisar dessa vez — cuspiu, irritado. — Não! Não quero ouvir uma palavra sua agora! Eu sei quando mente e sei que mentiu para Deidara quando prometeu se cuidar. Se mentir para mim, te bato, e estou pouco me fodendo para sua idade, ainda é meu irmão mais novo e posso te bater quando eu quiser. Ouviu?

— Está nervoso por descobrir que Neji é ciumento ou por que menti para Deidara? — Sasuke perguntou, despreocupado.

Itachi olhou para o teto e se jogou no sofá livre. Pressionou os dedos sobre os olhos e tentou organizar os pensamentos.

— Estou irritado com a sua capacidade de se meter em problemas, Sasuke.

— Isso é ruim. — Sorriu, ciente de que o irmão não podia vê-lo.

— Por quê? — questionou, cansado, mesmo sabendo que não gostaria da resposta.

— Porque um dos problemas está vindo para cá.... Às dezenove horas para ser exato.

— Deidara acabou de falar para se afastar de Naruto, e ele virá aqui hoje? — Itachi cerrou os dentes, incrédulo

— Por isso mesmo! Precisamos confirmar o que ele disse, não acha? — Sasuke sorriu de canto, e Itachi o encarou.

— Você é uma peste, Sasuke. — Levantou-se e gritou: — Uma peste!

* * *

Naruto não entendeu mesmo o olhar reprovador que Itachi lhe direcionava, mas não teve muito tempo para se questionar ou perguntar a Sasuke porque ele já estava do seu lado, puxando-o para fora da casa.

Sasuke estendeu o capacete a Naruto e subiu na moto sem esperar uma resposta, sentiu os braços de Naruto ao redor de sua cintura e, quando o portão finalmente abriu por completo, deu partida na moto.

Estava frio. Uma noite fria demais para um dia em que fizera tanto sol, Naruto pensava. Sasuke não vestia nada além de uma blusa de manga comprida, mas parecia não reclamar do vento que os castigava devido à velocidade. Apertou o corpo dele contra o seu e deitou a cabeça nas costas dele na tentativa de que aquilo fosse minimamente aquecê-lo. O perfume forte não demorou muito para invadir Naruto, e foi inconsciente esfregar o rosto contra a blusa e inspirar mais profundamente.

Sorriu, incorrigível, ao dar-se conta do próprio coração. Estranho e apavorante perceber que só notamos nosso próprio coração batendo em situações em que a ansiedade está ao máximo. Mas por que estava ansioso? Quer dizer, antes, quando o telefone vibrou com a mensagem de Sasuke para saírem, ficou animado e muito ansioso, mas isso não deveria ter passado quando viu o jornalista a sua frente?

Ah!! Que merda! Gaara tinha razão, estava... fascinado por Sasuke, curioso, interessado, sendo proibida a outra palavra que descrevia muito melhor seu real estado. Abraçou Sasuke mais forte e percebeu a mão dele sobre a sua quando pararam diante da luz vermelha do semáforo. Um dos dedos dele desenhava um círculo em sua pele, e Naruto reteve o protesto em seus lábios quando Sasuke voltou a mão ao guidão e acelerou.

Quando finalmente estacionaram, Naruto franziu o cenho e olhou ao redor. Estavam em um bairro residencial, comum, em uma rua que nada tinha além de casas. Desceu da moto, retirou o capacete e soube que havia algo errado quando Sasuke lhe piscou antes de tocar a campainha. As crianças na rua passavam correndo, entretidas demais em suas brincadeiras, assistidas por um ou dois pais que permaneciam fora da casa naquela noite. Conferiu as horas. Oito. Ouviu os latidos que vieram de dentro da casa, mas o portão cinza impedia que qualquer coisa fosse vista.

— Onde estamos? — perguntou, não aguentando mais conter a curiosidade. — Você citou investigação na mensagem, mas... aqui?

Sasuke o olhou, parecendo animado para o que faria, e aquilo era quase que um sinal em letras garrafais para Naruto de que estavam, mais uma vez, fazendo algo desaconselhável ou errado ou que não possuísse a autorização de Itachi.

Mais latidos e agora passos e uma voz masculina.

— Sakura disse uma vez que, assim como Neji tinha você como amante, a primeira dama também tem um — Sasuke sussurrou com um sorriso de canto. — Fiz alguns telefonemas, e Itachi assustou um dos antigos seguranças de Ten-Ten... Não importa. Conseguimos o endereço.

Naruto deu um passo para trás e olhou para o portão. Nunca tinha visto, mas sabia sobre Kiba bem como sabia que não era uma boa ideia tocar naquele assunto. Neji sempre tinha sido discreto quanto a ir na Akatuski e mantê-lo longe da mídia, mas Ten-Ten era ainda mais, justamente por amar o amante. E, pior, Neji a ajudava, acobertava-a e fazia de tudo para manter Kiba em segredo.

— Sasuke, não é uma boa ideia... — Segurou o braço dele quando ele tentou tocar a campainha novamente. — Vamos embora.

— Por quê? — Sasuke não entendeu, e Naruto realmente quis não ficar desconcentrado com o modo desconfiado como os olhos negros se fixaram nele.

— Se quer irritar Neji, acredite quando digo que vir aqui vai gerar uma reação além do esperado. Deixe Kiba fora disso. É querer dar um tiro de pistola e só então descobrir que arremessou uma granada, Sasuke, vamos embora, por favor.

— Kiba? Esse é o nome dele? — Sasuke repetiu, como se só tivesse ouvido essa parte. ­— Não vim irritar Neji, vim fazer perguntas ao amante da primeira dama. Ele te conhece? Pode te reconhecer se o vir?

Naruto negou e recuou, temeroso, quando Sasuke tocou a campainha novamente.

— É uma péssima ideia, Sasuke.

— Hitsu. Eu sou Hitsu e você, Sen, somos da revista News, a mesma que publicou as fofocas sobre Ten-Ten e Kiba antes. Assim, vai dar tudo certo, entendeu?

Naruto prendeu a respiração ao ouvir o portão abrindo. E ali estava, como na foto que Neji tinha lhe mostrado uma vez, Kiba. Alto, cabelos castanhos curtos, tatuagem de um lobo no braço esquerdo, um sorriso sincero e despreocupado.

— Posso ajudar? — Kiba perguntou.

— Boa noite, desculpe o horário, nós podemos entrar? — Sasuke falou com uma educação e serenidade que não lhe pertenciam.

— Entrar? Por quê? — Kiba franziu o cenho e cruzou os braços.

— Precisamos falar com você sobre um assunto... algo sigiloso... deve imaginar do que se trata, não, senhor? — Sasuke abaixou a cabeça e os olhos, sussurrando como se segredasse algo.

Kiba perdeu o sorriso, e Naruto o viu dar um passo à frente com o semblante totalmente fechado. Ele ergueu a mão, apontando o dedo para Sasuke.

— Cai. Fora. — Ouviu-o rosnar.

— Senhor, por favor, é do interesse de todos que conversemos... em particular. Deve saber o quanto o sigilo significa para... ela.

Kiba olhou para os lados e então para dentro da casa, como se relutasse a aceitar aquilo, mas Naruto pode lê-lo como faria com um jogador de poker amador. O "ela" da frase fez os traços do rosto de Kiba se suavizarem, a expressão foi de irritada para preocupada, os dedos da mão esquerda passaram a tamborilar contra a perna, e a cabeça abaixou-se na típica posição que fazemos ao refletirmos sobre algo para o que já se tinha a resposta, mas não deseja aceitar. E se Naruto podia lê-lo com tanta facilidade, Sasuke também, mas não com os mesmos olhos, não da mesma perspectiva. Por isso, deu um passo à frente, chamando a atenção de Kiba e tocou-lhe o ombro para se aproximar e falar mais baixo, quase ao ouvido dele:

— Kiba, sei que você não pode falar isso abertamente e que fofocas, mídia, escândalos, são a última coisa que ela e... ele, principalmente ele, precisam em época de campanha. Nos deixe entrar, conversamos lá dentro, sozinhos, sem olhos ou ouvidos na rua, Ten-Ten não merece um escândalo.

Sasuke manteve-se sério, quase como se compadecido pelo drama, mas comemorando assim que os olhos de Kiba se fixaram em Naruto antes de lhes dar passagem para entraram na casa.

— Sejam rápidos, minha noiva chega às dez.






Olá, minha gente.

Aconteceu algo ruim na minha vida, e afeta essa fic.

Como alguns sabem, a cachorra Pandora da fic, a pitbull do Sasuke, não é inventada. Na verdade, ela é a pitbull do meu tio/minha/de toda a família. E ela morreu. Ela estava com câncer há algum tempo e, como meu tio se mudou, ela veio morar comigo. Durante esse tempo todo, eu, meu irmão e minha mãe cuidamos dela. Eu fazia os curativos na pata onde estava o tumor, brincávamos com ela, levávamos todo dia no veterinário e ficávamos de olho para saber se ela estava ou não com dor porque não queríamos que ela sofresse. O tumor já tinha se espalhado por todo o corpo e ela já tinha 11 anos, então a quimio foi descartada, só a faria sofrer. O problema é que ela, para poupar a pata com o tumor, acabou machucando a outra e isso a fez sofrer, muito. O tempo de alguns anos que ela tinha se reduziu a meses, com a chance de ela perder a capacidade de se manter de pé nas quatro patas. O remédio para dor parou de fazer efeito, e não tivemos escolha se não permitir que ela partisse.

Eu estou mal. Bem mal. Eu pensei muito no que fazer com essa fic aqui: se tirava a cachorra do Sasuke da história, se fingia que ela não existia mais, se dava um hiatus na fic para me recuperar e poder escrever as cenas da Pandora sem chorar, mas nada me parecer certo. O que eu resolvi? Nem eu sei. Nada de hiatus, isso é um fato. Eu estou tentando botar na minha cabeça que manter a personagem na fic é uma forma de homenagear uma cachorra que viveu tanto tempo comigo, que era uma graça, uma alegria na minha vida, mas isso não impede o choro e a dor, né?

Bem, é isso. Eu estou fazendo esse texto mais como um pedido para caso eu pare de citar a Pandora na fic. Caso isso aconteça, saibam que eu tentei e não me peçam para recolocá-la, ok? Eu só vou tirar em ÚLTIMO caso, então, se eu o fizer, não me peçam por favor para colocá-la de volta. Dói. Dói muito perder alguém da família. E sei que vocês me entendem e que vão respeitar minha escolha ♥

Enfim, obrigada pelos reviews e pelo carinho de todos!

beijosss

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