Blue

By GioviSouza

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"Você era vermelho e gostava de mim porque eu era azul. Você me tocou e de repente eu era um céu lilás, então... More

Boas Vindas!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 29

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By GioviSouza

Nós andamos de bicicleta no parque durante uma tarde. Não vi sequer um olhar torto, mas temi os seguranças que circulavam por ali. Será que eles poderiam ter alguma informação?

Nicholas percebia a minha tensão e a todo momento tentava fazer daquele um passeio divertido, de um casal finalmente assumidos para o mundo. Não dizia nada, apenas chamava a minha atenção e me distraía. Eu percebia as suas intenções, é claro, e tinha mais certeza a cada segundo de que aquele era o amor da minha vida.

Nós tomamos sorvete, mesmo que não estivesse tão quente assim, e sentamos próximos ao lago que havia ali. Logo as bicicletas deveriam ser devolvidas, já que eram alugadas, e nós assim fizemos.

Voltamos pra casa entre contar sobre o que havíamos passado há pouco e ouvir Nick reclamar de dores era engraçado. Ele não era tão velho assim, mas provoquei:

- Está ficando velho. Quer consultar um quiroprático? - Toquei seu ombro e vi seu olhar fulminante em cima de mim, o que me fez cair na gargalhada.

- Você fica esperta, menina. - Provocou.

- O vovô não gostou da piada... - A minha voz foi ficando cada vez mais baixa e eu me sentei ereta no banco, ficando em silêncio.

Sabia que Nicholas estava me observando com o cenho franzido, sem entender bem a minha reação.

- Blue? - Tocou minha coxa e eu continuei a mexer nos meus dedos repousados nas minhas coxas.

Me permiti perder em pensamentos. Pensar que tempos atrás eu achava que havia perdido o meu avô, mas na verdade aqueles eram meus pais. Eu nunca poderia realmente sentir o amor de uma verdadeira mãe, nunca poderia sentir o ciúmes do meu pai, nunca teria pais orgulhosos. Era por isso que Aimée me tratava com tanto desdém Ela era minha irmã e não minha mãe e nunca tivera vocação para tal.

Por que ela fizera aquilo? Por que não dissera logo de uma vez que era a minha irmã? Por que me deixou pensar esse tempo todo que eu não tinha o amor da minha própria mãe? O que deu nela ao pensar que tinha algum direito de mentir para mim? Eu era só uma criança, mas cresceria sabendo que era criada pela minha irmã vinte anos mais velha.

Mas tudo estava desmoronado e a culpa era dela. Dela e da sua ideia idiota de fingir ser minha mãe.

Eu sabia que deveria estar chorando àquela altura, mas pensei que era um choro silencioso. Não notei que meus soluços estavam tão altos até Nicholas me aninhar em seu colo dentro do carro. Quando ele havia estacionado mesmo? Agarrei sua camisa e me permiti molhá-la enquanto derramava as minhas lágrimas.

Sabia que não era pra eu ficar daquele jeito, sabia que já tinha que ter chorado tudo o que tinha pra chorar nos braços dele quando ambos desabafamos um com o outro. Mas não, alguma mísera lembrança tinha que vir no meio de uma frase e me fazer refletir sobre toda a minha vida.

- Vai ficar tudo bem, meu amor. - Beijou minha cabeça. - Não chora.

Assenti uma vez, sentindo os soluços diminuindo pouco e pouco enquanto eu sentia seu cheiro e ouvia sua voz. Ele era o remédio pra dor que assolava o meu peito e sabia que ele sentia o mesmo em relação à mim.

Com a mão na sua nuca e a cabeça erguida na sua direção, eu reivindiquei seus lábios nos meus. Entrelacei nossas línguas em uma dança ensaiada e perfeita. Ele tinha os braços na minha cintura e me abraçava contra si. O ar faltou em nossos pulmões cedo demais, eu não tinha fôlego pelo recente choro.

Toquei seu rosto e passei um dedo por seus lábios, desejando-os como nunca antes. Era assim com Nicholas agora que o tinha em tempo integral, uma avalanche de sentimentos, uma montanha russa que nunca parava.

- Vamos fazer o check in. - Informou e só então eu notei que estávamos em um hotel diferente do que estivemos hospedados.

- Por que aqui? - Perguntei, franzindo o cenho.

- Depois eu te explico.

Assenti e sai do seu colo, ajudando-o com as malas e indo até o saguão fazer o check in. Fiquei admirada do quão bonito era ali. Logo Nicholas me despertou e nós fomos ao elevador. Não dissemos uma palavra sequer até estarmos dentro do quarto.

A cama ficava próxima da janela porta-balcão, o banheiro tinha uma hidromassagem e uma cozinha de ficava na porta ao lado da televisão de tela plana completava o luxo que era aquele hotel.

- Estou cansado de me esconder, Blue. - Me virei para ele a tempo de vê-lo fechar a porta. - Deixe que nos achem, deixe que descubram nosso amor e nós provaremos à eles que é só isso. Só amor.

- E não é pouca coisa. - Minha voz saiu em um sussurro.

- Não mesmo, meu amor. - Ele tomou minhas mãos e beijou os nós dos meus dedos. - Nós vamos passar por isso juntos de uma vez por todas e mostrar que somos responsáveis. Se continuarmos agindo como irresponsáveis, nunca vão nos levar a sério.

- Tudo bem, eu entendo. - Calei Nicholas antes que ele continuasse com o seu discurso. - Concordo com o que você disse e tem o meu apoio.

Abracei seu pescoço e senti suas mãos tocarem meu quadril. Era o certo a se fazer, ele era o certo para mim, era o homem responsável que eu amava ter.

- Eu te amo, Nick.

- Eu te amo tanto, menina Blue. - Seus lábios tocaram minha testa.

Não deixei que fosse apenas isso, agarrei os cabelos da sua nuca e puxei seus lábios para se chocarem contra os meus.

Era como se tivéssemos dado continuidade à um beijo, porque ele começou feroz, cheio de desejo e malícia, como se estivéssemos nos provando pela primeira vez. Entrelacei as pernas na sua cintura e ele me segurou, rindo em meus lábios quando o fiz. Cambaleamos um pouco antes do meu corpo encontrar uma estrutura fria. Não era uma cama.

Franzi o cenho e descolei nossos lábios para olha à nossa volta. Estávamos na cozinha escura do nosso quarto. Sorri com malícia na sua direção, vendo que ele havia ficado... Envergonhado?

- Fetiche? - Ergui uma sobrancelha.

- Um pouco. Só matando a vontade que eu tive de te ter na minha cozinha. - Deu de ombros apoiando uma mão de cada lado da minha coxa.

Balancei a cabeça em negação, rindo baixo do que ele havia dito.

- Você é o melhor, Nicholas Hayes. - Tomei seus lábios nos meus enquanto tinha seu rosto entre as mãos.

Nós tínhamos fome um pelo outro, tirávamos nossas roupas com selvageria, ouvindo algumas peças se desfazerem em nossas mãos. Não demorou para que estivéssemos completamente nus, minhas pernas contornando sua cintura, a sola do pé apoiada na base da sua coluna, puxando-o para mim.

Arranhei seu peito e separei nossos lábios com uma mordida, descendo as unhas até encontrar seu mastro. Apertei entre meus dedos e passei a fazer vai e vem enquanto o sentia endurecer como pedra na minha mão. Sorri com malícia vendo como se perdia ao meu toque. Mordi sua clavícula e senti ele me trazer para perto da borda do balcão com as mãos perfeitamente prostradas na minha bunda.

Olhei fundo nos seus olhos quando ele substituiu minha mão pela sua, passando a segurar em seus ombros musculosos. Seus olhos foram parar entre nossas pernas enquanto ele pincelava entre meus lábios, me arrancando suspiros de prazer. Se demorou um pouco em meu clitóris, para cima e para baixo, de um lado à outro. Depois de muita provocação sua glande estava dentro de mim, me arrancando um gemido baixo.

Consegui sua atenção e logo os olhos felinos dele estavam nos meus. Pouco a pouco ele me adentrou, como se me reconhecesse pela primeira vez. Sabia que ele tinha tanta urgência pelo prazer quanto eu, mas não dispensava aquela ligação. Aquela intimidade valia mais do que qualquer gozada.

Nicholas apoiou uma mão de cada lado do meu corpo no balcão e inclinou a cabeça ao mesmo tempo em que saía de dentro de mim para depois se afundar novamente. Eu achei que ele admirava a obra prima que eram nossos corpos se unindo como um só, por isso tomei um susto quando sua língua contornou minha auréola.

Seus olhos estavam nos meus para logo se desviarem e apreciarem o que sua língua fazia. Contornando meu mamilo, sugando para roçar os dentes, chupando o seio em volta da auréola e repetindo o gesto no outro.

Entrelacei minhas pernas com força à sua volta e joguei a cabeça pra trás, procurando me apoiar na pedra de mármore e acabando por encontrar suas mãos. De imediatado nossos dedos se encontraram e eu me senti completa. Meus gemidos e seus grunhidos inundavam o ambiente, junto deles o barulho do choque dos nossos corpos e a umidade que se tornava cada vez maior dentro de mim.

Era uma sinfonia tão perfeita que daria inveja ao Beethoven.

Ri baixo com meus próprios pensamentos a tempo de ver seu rosto se erguendo até o meu. Uma mistura de tesão com contentamento era o que estava estampado ali. Soltei minhas mãos das suas apenas para sentir a carne da sua bunda entre minhas mãos. Isso pareceu fazer com que ele despertasse e seus movimentos ficaram rápidos, fortes, fundos. Subi minhas mãos até suas costas enquanto meus gemidos aumentavam de volume e minhas unhas procuravam por sua pele.

Meus olhos se reviravam, seus lábios tocavam meu pescoço, mordiam meu queixo para finalmente encontrarem meus lábios em apenas um selar. Não tínhamos fôlego e nem ritmo para um beijo. Estávamos no limite e não demorou para que explodíssemos, primeiro ele e depois eu, seus dedos fazendo milagres em meu clítoris para que eu finalmente atingisse meu ápice.

Apoiei-me em meus antebraços enquanto Nick descansava a cabeça na minha barriga, o tronco deitado sobre o meu depois de tirar o seu membro de dentro de mim. Fiz uma carícia em seus cabelos e só o seu sorriso foi o bastante para me fazer esquecer o cansaço e continuar.

- Sabe o que estou pensando? - Perguntou depois de um momento daquele jeito, levantando a cabeça para me olhar. - Em quando for um fruto do nosso amor bem aqui. - Sua mão pousou em meu ventre.

Arregalei os olhos e senti um frio na barriga.

Um filho? Eu tinha pensado sobre aquilo, mas tinha que ter casamento antes. Sempre teve casamento antes.

- O que foi, Blue? - Nicholas tinha se afastado o mínimo e franzido o cenho.

Balancei a cabeça em negação e pressionei os lábios. Não poderia falar algo como aquilo. O que Nicholas pensaria de mim? Com certeza riria de mim e me acharia patética. Ele fora casado, não iria querer quebrar o laço que tinha com Angelique.

Como eu poderia pensar em casamento na atual situação em que nos encontrávamos? Quer dizer, sabe-se lá quando tudo isso iria amenizar - e se iria. Se amenizasse e chegássemos com um casamento logo em seguida, com certeza teríamos novos problemas. Nossa vida seria eternamente pisando em ovos.

Suspirei pesado e senti as mãos de Nicholas tocarem meu rosto, fazendo-me erguer a cabeça na sua direção. Seus olhos tinham um toque preocupado e eu sorri para ele, tentando tranquilizá-lo.

- Você sabe que pode me falar, não sabe? - Questionou e eu fiquei em silêncio. - Eu nunca vou julgar nada do que você disser. Pode confiar em mim?

- Sempre. - Respondi prontamente.

- Então me diz: o que eu disse que te deixou assim?

Umedeci os lábios e suspirei antes de responder de uma vez só:

- Eu quero casar antes de ter filhos.

A confissão fez com que ele arregalasse os olhos, mas plantasse um lindo sorriso naqueles lábios, mostrando que não rejeitava a ideia. Nicholas tomou minhas mãos nas suas e olhou fundo nos meus olhos antes de perguntar.

- Blue Blanchett, você aceita se casar comigo?

Nicholas fez o pedido.

Ele me pediu em casamento.

O amor da minha vida.

O homem que mais amei em toda a minha vida

O homem com quem eu quero enfrentar o mundo.

Eu fui pedida em casamento pela minha alma gêmea.

- Sim, Nicholas Hayes. Eu aceito me casar com você.

Nossos sorrisos rasgariam nossos rostos se não nos beijássemos naquele exato instante.


xxx



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