Don't Lie To Me | lwt+hes

By ohnotommo

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"Está olhando o que, idiota?" "É que eu tenho tanta vontade de te foder, você nem imagina o quanto" ou aquela... More

prologue
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twenty-one
twenty-two
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twenty- five
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thirty-three
thirty-four
thirty-five
thirty-six
epilogue

thirty-two

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By ohnotommo

- Morango então! - decidiu Harry, com um sorriso no rosto. Pegou dois pacotes e beijou o roso de Louis, que ergueu o corpo.

- Finalmente. Nunca pensei que fosse demorar mais de cinco minutos pra decidir qual camisinha levar.

- É uma escolha difícil.

- Super. Muito. Nossa.

- Louis, querido. É tudo uma questão de prazer.

- Escolher lasanha ou macarrão é mais importante do que isso.

- Foram quase dez minutos Louis. DEZ MINUTOS.

- Mais alguma coisa?

- Não, apenas queria ressaltar isso.

- Não, idiota. Quis dizer... Mais alguma coisa pra levar?

- Sim! A sobremesa precisa de cobertura.

- Que? - Louis perguntou arregalando os olhos - Harry que diabos-

- Harry? - chamou uma terceira voz. Os dois olharam pro lado e viram ali um homem, talvez por volta de seus trinta anos, tinha cabelos negros e os olhos da mesma cor. Trajava um terno barato e tinha um sorriso brincando em seus lábios.

- Joey? - Harry meio que ficou confuso, passando a mão na nuca desconfortavelmente.

- Quanto tempo - o homem se aproximou, abraçando Harry, que ficou imóvel no início, mas acabou cedendo ao abraço.

- Er... Sim. Pois é.

- Não nos vemos desde...

- É eu sei. Esse é o Louis - apresentou. O homem não parecia interessado no menor, então apenas deu um "oi" e voltou a atenção pra Harry.

- Você mudou muito - falou - está gostoso - ele arregalou os olhos e a essa altura, Louis já estava vermelho de raiva - não sei porque falei isso, desculpe.

- Tudo bem. Er... A gente se vê por aí - ele tentou fugir, sabendo que Louis já estava puto.

- Não! Espera - falou antes que ambos se virassem pra ele - er... Podíamos conversar... Algum dia, quero dizer.

- Uh. Melhor não.

- A gente se divertia bastante Harry, vamos lá... Apenas um dia.

- Não da mesmo. Eu tô namorando. Com o Louis. Louis é meu namorado.

- Oh... Achei que fosse sei lá... Seu primo ou algum garoto que você está sendo baba. Oh isso me lembra de muita coisa...

- Primo? - perguntou Louis baixinho, bufando logo depois.

- Ele é meu namorado.

- Oh. Sinto muito pra você então - falou Joey num tom insolente - poderíamos voltar a nos divertir. Eu sei que adoraria isso.

- Tchau Harry - falou Louis, dando meia volta e largando as compras ali mesmo.

- Louis, espera - ele chamou mas não obteve resposta - olha aqui Joey. Eu tenho namorado. Eu o amo e não estou interessado, tá bem? Tá bem. Passar bem.

E assim ele saiu correndo atrás de Louis, que já havia saído do mercado com os braços cruzados e os olhos marejadas. Não de tristeza, mas de raiva. Harry sabia que dessa vez seria difícil.

- Louis me espera! - gritou ele, conseguindo alcançar o pequeno.

- Vai embora Harry.

- Não. Eu vim com você.

- Com o seu carro. Eu me viro. Minha casa não é longe daqui.

- Louis por favor... - puxou o braço do menor, que soltou de forma bruta e olhou nos olhos de Harry.

- NÃO! Por favor o caralho. Que bom que encontramos exs no mercado, não é? Como se não bastasse todos que olham pra gente e pensam "nossa porque esse garoto alto tá com esse tampinha ridiculo?"

- Ninguém nunca-

- Eu já ouvi Harry. Eu já ouvi falarem isso e sinceramente? Doi. Doi muito. Eu juro que tento com todas as minhas forças não ficar com ciume. Segurar tudo pra gente não brigar. Mas- Porra olha o que aquele cara tava falando.

- Eu sei, Joey é um idiota, mas Louis, me deixa explicar-

- Eu quero ir pra casa - falou, olhando feio pra Harry, que engoliu a seco - eu quero ir pra casa Harry.

- Lou...

- Agora - olhou pro lado, evitando olhar nos olhos verdes do garoto a sua frente. Continuava com os braços cruzados e chorando.

- Eu te levo.

- Não precisa. Só me deixa ir.

- Louis...

- Harry.

- Por favor vamos conversar.

- Não tem o que conversar.

- Aquele cara não é ninguém. Acredite em mim Lou.

- Eu acredito - falou - mas eu preciso me acalmar. Eu vou pra minha casa e você pra sua. Mais tarde conversamos.

- Er... Tá bem.

- Tchau Harry.

E com isso Louis foi andando, deixando um Harry choroso e triste pra trás.

•🌸🌸🌸•

- Merda, merda, merda! - xingou Louis repetidamente, depois de ter queimado o dedo com a panela quente. Já faziam algumas horas que havia chego e estava tentando cozinhar algo pra comer, mas a situação não estava nada fácil, ele simplesmente queimou um ovo, três panquecas e passou do ponto com o macarrão. Se xingou mentalmente por ser tão inútil.

Ele deslizou as costas pela parede até estar sentado no chão, então colocou o rosto entre os joelhos, chorando tudo o que precisava chorar. Desligou seu celular porque sabia que Harry ligaria. Trancou a porta de casa, porque sabia o maior já não batia, ele só entrava. Ele não queria ver Harry.

Lembrou-se das palavras do cara no supermercado. Droga, ele falou tudo aquilo por causa desse desejo estupido.

O que restava era subir, deitar na cama e não sair pra mais nada. E foi o que Louis fez.

•🌸🌸🌸•

Se seu pai chegou em casa, ele não sabia. Se ainda nevava, ele não fazia ideia. Louis não se levantou da cama até o outro dia, no qual ele precisou tomar água e ir ao banheiro. Mas logo depois, seu corpo estava novamente na cama, sob o edredom que era a única coisa que mantinha seu corpo quente.

Ligou o celular e viu 39 mensagens de Harry, sem falar nas 23 ligações que ele havia feito. Seu coração bateu forte e ele voltou a chorar. Entrou na galeria e viu algumas fotos dele e de Harry juntos. Era inevitável se sentir sozinho quando sabia que o maior era sua única companhia. Ele discou o número de Niall e ouviu a voz do loiro dizendo "Oioi Louis"

- Oi Niall - ele se agarrou mais forte ao travesseiro e fungou.

"Hey... Tudo bem?"

- Sim... Só queria saber como está.

"Eu tô bem. Tô em casa com o Liam. Essa nevasca tá fazendo a cidade parecer deserta"

- Sim... - suspirou triste.

"Louis o que houve?"

- Nada.

"Quem nada é peixe, querido. Você fala e é muito bom ir abrindo a boca"

- Eu briguei com o Harry.

"Oh..." - houve uma longa pausa - "por que querido?"

- Porque... Eu sou um idiota. Ele é um idiota. Somos dois idiotas.

"Conversa com ele Lou..."

- Não. Eu não quero... Eu não quero ver aqueles olhos estupidamente verdes, eu odeio ele. Eu odeio o que ele me faz sentir. Odeio - ele apertou os olhos, liberando mais lágrimas. Ouviu um suspiro do outro lado da ligação.

"Lou... Não seja orgulhoso, nem teimoso. O Harry gosta de você. Muito. Não o perca por besteiras"

- Ele me deixou ir...

"Ele te deixou porque você provavelmente mandou ele deixar. Eu te conheço Louis. Eu tentei te ligar ontem e seu celular tava desligado. Foi por isso não foi?"

- Uhum.

"Levanta esse traseiro gostoso dessa cama e vai falar com seu homem. Não sou obrigado a ficar aturando briga boba de um casal fofo"

- Eu não quero vê-lo.

- Bom saber - ouviu aquela voz... Louis se arrepiou e assustou, derrubando o celular em cima da cama e sentando, olhando o garoto alto parado na porta de seu quarto com os cabelos cobertos de neve.

- Er... - ele pegou o celular e colocou no ouvido - Niall, nos falamos mais tarde - Ele desligou o celular e olhou pra Harry. Eles ficaram algum tempo se encarando, até que o mais velho olhou ao redor e viu tudo fechado e extremamente escuro - como você entrou?

- Chaves da minha mãe - falou, serio. Sem se mover do lugar.

- O que está fazendo aqui?

- Vim pra ouvir você dizer que não quer me ver.

- Harry...

- Não, Louis. Eu já entendi. Um ataque de ciúme e já te faz mudar de ideia sobre nós. É ótimo saber disso.

- Harry, por favor... - os olhos dele já marejavam novamente.

- Não me venha com essa de por favor Louis. Eu tô puto com você. To puto porque nem ao menos me ouviu. Nem me deixou explicar pra você. Eu disse que te amo, Louis. Eu disse isso pra você e só pra você. São palavras que eu nunca disse pra ninguém. E eu fui honesto, porque eu realmente não posso mentir por causa daquele desejo estupido que você fez.

- Harry-

- Me deixa terminar - ele levantou uma mão e se aproximou, mas parou no meio do caminho e ficou andando de um lado pro outro - eu fico puto porque você não me escuta. Você deixa seu maldito ciúme interferir entre nós e isso me machuca. Eu estive do seu lado em todos os momentos que você precisou e sinceramente? Eu ainda quero estar Louis. Eu ainda quero ir na sua maldita formatura, dançar a porra de uma valsa com você e ir pra casa planejar nossos próximos anos juntos. Mas parece que é um caminho reto onde só eu tô trilhando.

- Não é verdade...

- Sim, é sim. Você deveria saber que eu não quero mais ninguém. Deveria ver isso em todas as declarações que eu te faço. Louis eu tô fazendo de tudo. Eu tô lutando por você. Mas eu não quero lutar sozinho.

- Você não- Você não vai lutar sozinho.

- Eu não quero ter que ficar sem você. Mas eu acho que deveríamos dar um tempo.

- Que? - Louis arregalou os olhos e abraçou os joelhos com mais força - não... Não não Harry, isso não...

- É só um tempo Louis.

- Quanto tempo?

- O suficiente pra você colocar sua cabeça no lugar. Precisamos disso.

- Não. Você precisa disso.

- Lou...

- Vai la com o seu amigo Joey. Me deixa em paz.

- Eu não vou com ninguém Lou.

- É por isso que está terminando, não é? Porque quer ficar com ele.

- Não! Meu Deus - ele suspirou e sentou na cama. Louis se encolheu - Amor...

- Não me chame assim.

- Louis... O Joey era minha babá quando eu era mais novo - falou e olhou pro teto como se buscasse palavras - ele foi minha primeira vez. Meu primeiro contato com homens.

- Emocionante você vê-lo novamente.

- Não. Não é. Ele me usou Lou. Ele me usou de todas as formas possíveis e depois foi embora. Foi apenas uma noite e ele nunca mais voltou. Eu tinha doze anos. Imagina o que eu pensei na época. Eu realmente não queria ter visto ele e não imaginava que ele continuava em Londres - Louis virou o rosto pra não ter que encarar Harry. O maior suspirou e abaixou a cabeça, triste - eu não gosto disso tanto quanto você Louis.

- Mas está fazendo.

- Estou... Porque eu sei que quando for a hora, vamos estar bem novamente, e dessa vez bem de verdade.

- Eu não quero mais Harry - ele olhou pro maior, serio - se você não for ficar comigo hoje, sai por essa porta e não volte mais.

- Louis...

- Eu falei sério. Eu não quero um namoro ioiô. Não preciso disso. Se for pra ficar, é pra permanecer. Eu tô cheio de gente que diz que vai ficar e me trai quando eu menos espero.

- Eu nunca-

- Eu sei. E acredite que está doendo agora. Muito mais do que eu imaginei. Mas eu não vou segurar você.

- Você não me segura.

- Eu já disse. Ou fica, ou some. Você decide Harry.

- Sinto muito Louis...

Ele se levantou, beijou a testa do menor que apertou os olhos, fazendo mais lágrimas caírem, e então se afastou, indo embora pra sua casa com lágrimas embaçando seu caminho.

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