- aquilo tudo, foi armação da Carla, ela contratou uma atriz para fazer aquilo tudo. Em relação aos nossos filhos...- o interrompo.
- meus filhos- digo grossa.
- você fez sozinha? Com o dedo é que não foi - ele diz irônico.
Esse babaca continua o mesmo.
- continuando...- digo.
- então depois que eu descobri, matei Carla, e fiz de tudo para te achar... quando seu pai ficou sabendo, quase declarou guerra entre as alcatéias. Mas... agora em relação aos nossos filhos, você não pode me tirar mais o direito de ser um pai. Você já fez isso por muito tempo- ele completa.
- corrigindo, você se auto tirou o direito de ser um pai. Achou que depois daquela cena, e dos seus xingamentos, eu iria ficar ? Se liga seu babaca de meia tigela ! Eu sou mulher ! Não sou como as suas putas não !- grito.
- eu não quero saber ! Você é minha luna e eles além de serem os meus herdeiros, são os meus filhos ! Não vou deixa-los ir !- ele grita de volta.
- então eu acho que quero rejeitar você ! A maldição acabou ! Não há nada que me impeça a fazer o contrário!- grito.
- mas é claro que tem ! Você sendo a minha luna é a única "ligação" que tenho com os meus filhos longe de mim! Se você me rejeitar eles vão crescer sem pai ! Igual a você !- ele grita furioso.
Não acredito que ele disse isso.
- eu...Não acredito que disse isso, Aron- digo com os olhos marejados.
- desculpe eu estava com raiva e...- ele se aproxima mas eu grito.
- fica longe ! Meus filhos não precisam de um pai como você ! Eles estão muito bem- grito, sentindo uma lágrima quente escorrer pela minha bochecha.
- além da Jenny, vocês são minha única família... me apaixonei pela aqueles baixinhos assim que os vi( no shopping). Eu sinto muito pelo nosso passado... mas não afaste mais os meus bebês de mim...por...por favor Lua- ele diz com a voz embargada.
- você vai ter uma, somente uma chanse de ser um pai de verdade. Mas se falhar, eu terei o enorme prazer de cortar a sua cabeça- digo limpando uma lágrima que queria sair.
- e... Nós ?- ele pergunta.
- não existe nós... e... nesses anos todos eu pude ver que nunca existiu- digo.
- isso não é verdade, nos amávamos. E sabe... esse sentimento nunca parou de crescer dentro de mim...- ele diz.
- esse é meu número de celular agora, ligue quando quizer ver as crianças- digo dando um papel para ele.
Quando ele vai pegar o papel, segura o meu pulso e me puxa. Já vi essa cena antes.
Mas ele me abraça forte...
- senti sua falta- ele diz e desfaz o abraço, se vira, e sai andando com as mãos nos bolsos.
(...)
Chego em casa, e vejo Evan e as crianças preparando alguma coisa na cozinha.
Passo sem ser vista, e subo para o meu quarto.
Tomo banho e coloco uma roupa confortável.
Deito da cama e fico olhando para o teto.
- oi mamãe- diz Alex entrando no quarto.
- oi meu filho, como você está- pergunto o olhando.
- estou bem mamãe, será poderíamos voltar no shopping algum dia desses ?- ele pergunta.
- sim meu filho... quem sabe amanhã - digo.
- ebaaa- ele diz e sai do quarto alegre.
Sorrio com a cena que acabara de acontecer. Viro para o lado, e pego no sono.
(...)
Acordo com a voz de Alice.
- ahh tio Evan, o Alex pegou a minha nutella !- ela grita.
- Alex ! Não roube a nutella da sua irmã !- Evan diz.
Dou uma leve risadinha, e vou para o banheiro, faço minhas higienes e me visto.
(Sem a toca)
Desço e vejo as crianças na mesa de café.
- bom dia !- fala os gêmeos juntos.
Os dois se olham, e começam a discutir.
- para de me imitar- eles falam juntos.
- não estou te imitando- falam juntos de novo.
- parem os dois- digo e os mesmos obedecem.
- bom dia Evan- digo.
- bom dia Lua- ele diz enchendo a cara de panquecas.
Dou um beijo na cabeça dos gêmeos, e um abraço em Evan.
- que tal irmos a uma cachoeira ?- pergunta Evan com a boca cheia.
- obaaa- diz Alice.
- legal ! Podemos ir mamãe ?!- pergunta Alex.
-sim querido, depois que tomarmos café- digo.
Alice e Alex começam a comer muito rápido, e eu os chamo a atenção.
- comam direito, crianças - digo.
- ou vão ficar com dor na barriguinha- diz Evan.
A campainha toca, e eu vou atender.
- pai ?- pergunto assustada.
- está viva...minha filha está viva !- ele diz e me abraça.
Retribuo o abraço e aproveito.
- me perdoe por tudo minha filha... eu fiz aquilo para proteger você e sua mãe. Na época, meu pai era o alfa, e depois que ele morreu, tive que assumir tudo. Me separei de vocês por que estava em grande conflito com meus inimigos...mas sempre deixei guardas e vigias perto de vocês. Vocês eram a minha única fraqueza- ele diz.
-está tudo bem pai...Você está aqui, esse é o importante- uma risadinha interrompe o momento- acho que já está na hora de você conhecer os seus netinhos- digo sorrindo.
- oh céus !- ele diz.
- Alice, Alex venham aqui !- grito e escuto um barulho de cadeira arrastando.
- queridos, esse é o vovô - digo.
- vovô- os dois gritam em unísson e pulam em cima dele, fazendo-o cair.
- vocês tem os olhos da sua mãe- diz meu pai.
Entramos e conversamos muito, as crianças adoraram meu pai.
(...)
Aron ligou, avisando que queria ver as crianças hoje, mas eu disse que iríamos no shopping para fazer as compras de natal.
Arrumei Alice, com um vestidinho azul de renda e fiz maria chiquinhas nos seus cabelos.
- está linda meu amor- digo.
- você também mamãe- ela diz.
Pedi para Alice nos esperar na sala, e fui ver Alex. Ele estava se arrumando, com um short jeans e uma blusa azul escuro.
Evan o ajuda, e quando me veem sorriem.
(...)
Chegamos ao shopping, pedi para meu pai buscar os brinquedos na loja. E eu e Evan fomos escolher as roupas de natal e ano novo com as crianças.
- mamãe, eu tio Evan vamos ver a minha roupa- diz Alex.
-tudo bem querido- digo.
Começo a olhar as roupas com a Alice.
- olha que lindo, mãe- diz Alice me mostrando um vestido rosa com branco.
- realmente, minha princesa- digo sorrindo e analisando o vestido.
(...)
Escolhemos as roupas das crianças.
Corrigindo, eles escolheram... aproveitei e escolhi um vestido para mim também.
Meu pai disse que deixou os brinquedos no carro.
Fomos tomar sorvete, e depois ver os sapatos das crianças.
Alex escolheu um tênis da nike, e Alice uma sapatilha rosa linda.
(...)
Quando chegamos em casa, as crianças pediram para eu fazer morango com chantily.
- tudo bem meus amores, já volto- digo.
Meu pai e meu primo ficaram em casa com as crianças.
Andei pela floresta, procurando morangos.
Me transformo e meu faro denúncia os benditos morangos.
Me transformo e começo a colher.
- boa tarde, Lua- diz Aron aparecendo bem do meu lado.
- estava boa até você aparecer- digo sem tirar os olhos dos marangos.
- quero ver meus filhos- ele diz se a baixando e colhendo junto comigo.
- nossa, você é chato- digo.
- pra que está colhendo morangos?- ele pergunta mudando de assunto.
- as crianças querem morangos com chantily- digo.
Me levanto e começo a caminhar até em casa.
- não é mais fácil você se transformar e correr ? Assim chegamos mais rápido- ele diz.
- se eu me transformar eu não consigo carregar os morangos, idiota- digo o óbvio.
Ele se transforma e se abaixa.
- ah não... Não não não !- digo.
Ele solta um pequeno rosnado. Reviro os olhos e subo.
Chegamos em casa bem depressa.
- tá brincando, né ?- pergunta meu pai com os olhos dourados ao ver Aron.
- sem brigas, ou cabeças vão rolar- digo indo com os morangos até a cozinha.
- delicada como um coice de cavalo- murmura Evan.