Blue

By GioviSouza

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"Você era vermelho e gostava de mim porque eu era azul. Você me tocou e de repente eu era um céu lilás, então... More

Boas Vindas!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 27

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By GioviSouza

Comentários de colegas da minha escola, de amigos de Nicholas que eu não conhecia, mulheres dizendo coisas horríveis para Nicholas, dizendo coisas sobre mim, homens sendo abusivos e a minha vida se transformando em um inferno.

Eu precisava fazer algo, mas o que eu poderia fazer? Como a covarde que eu era, passei a fazer as malas, colocando tudo de qualquer jeito dentro da minha mala de viagem. Não demoraria nada para que o vídeo chegasse à quem não devia e eu não queria estar aqui quando a bomba estourasse.

O meu celular passou a tocar e eu congelei no lugar. Quem poderia ser? Quem quer que fosse com certeza não tinha boas notícias. De repente parou e eu soltei o ar preso nos pulmões para só então segurar novamente quando o ouvi tocar insistentemente mais uma vez.

Aproximei-me da mesa de cabeceira e tomei o celular em mãos a tempo de ver a expressão séria de Nicholas ali na tela. Respirei fundo e atendi pouco antes de cair na caixa postal mais uma vez.

- Alô? - Minha voz vacilou.

- Blue... Você já viu? - Questionou e eu sabia exatamente sobre o que ele dizia.

- Já. - Engoli em seco.

- Fique calma. - Eu não percebi porquê ele havia dito aquilo até eu começar a soluçar. Eu estava chorando copiosamente. Como ele havia percebido através da ligação se nem eu mesma havia? - Faça as malas, eu vou te buscar. - E desligou.

Deixei o celular de lado e me sentei na minha cama, que um dia foi cenário de um romance tórrido e impossível, agora do meu pior pesadelo. O choro não cessou e a porta se abriu de supetão. Levantei o olhar apenas para encontrar quem eu não queria ver naquele momento: minha mãe com Marceline de olhos arregalados atrás dela.

- Então a vagabunda está chorando? - Minha mãe se aproximou de mim e desferiu um tapa no meu rosto seguidos de outros por meu corpo enquanto continuava a falar. - Eu cuidei de você, abdiquei da minha vida porque prometi no leito de morte dos nossos pais que cuidaria de você. E olha só se você não foi uma perfeita vaca e me apunhalou pelas costas depois de tudo!

O que ela estava falando? Eu só conseguia gritar para que ela parasse. Pais? Não conseguia entender nada.

Marceline tirou-a de cima de mim e ficou segurando enquanto eu podia contemplá-la da minha cama. Olhos vermelhos e cheios de raiva, as mãos fechadas de quem queria continuar a me bater. Eu não a julgava, ela tinha todo o direito de fazer isso comigo.

- Eu vou embora, Aimée. - Disse quase em um sussurro. - Espero que um dia você possa me perdoar e ouvir tudo o que eu tenho pra te dizer.

- Dizer o que, garota? Você não presta! Não pode ver a felicidade dos outros, sua ridícula! Nunca mais quero te ver na minha frente! - Um cuspe foi dado e alcançou a minha perna.

Levantei-me sem dizer uma palavra enquanto ela me ofendia e Marceline tentava acalmá-la, tirando-a dali.

Fechei minha mala e peguei meu celular vendo uma mensagem de Nicholas dizendo que havia chego. Guardei o celular e segui para a porta, vendo Marceline entrar com minha mãe. Parei ali em frente, vendo Aimée me encarar com ódio.

- O que quis dizer com pais? - Questionei.

- Você é minha irmã, sua idiota. - Ela tinha um sorriso irônico nos lábios. - Meus pais não são seus avós, são nossos pais.

Fiquei paralisada encarando aquela mulher que por tanto tempo chamei de mãe. Como eu poderia ter me enganado por tanto tempo? Com um suspiro seguido de um soluço pelo choro recente, eu saí dali rumando para o incerto.

Parei na porta a tempo de ver um carro que era o de Nicholas, um o qual eu conhecia e ali dentro era ele. Estava me esperando um tanto apreensivo. Quando seu olhar encontrou o meu pareceu que todo aquele problema não era nada se tivéssemos um ao outro.

Dei um meio sorriso em meio ao caos e me aproximei do carro dele.


Nicholas

Eu não esperava receber uma notícia daquela, ainda mais do próprio Jeff que assistiu a minha reação de perto. Primeiro eu entrei em choque, depois enfiei os dedos entre os cabelos e me desesperei.

O que eu faria? O que Blue faria? Eu só pensava que fugir era a melhor opção. O que mais poderia ser feito? Meu celular passou a tocar no segundo seguinte: algumas mulheres com quem saí comentando no vídeo e marcando o meu nome, fazendo textos me criticando em redes sociais, muitos alegando estupro e pedofilia. Pior de tudo era ver o nome de Aimée ali na tela e ainda pior o de Noah.

- Cancele meus compromissos. - Pedi ao Jeff.

- Do dia? - Questionou.

- Do mês, por enquanto.

A primeira atitude que tomei foi ir para a casa e passei a arrumar as malas com rapidez enquanto ligava para Blue e pedia que ela se arrumasse para que fugíssemos dali. Ela não recusou e eu senti um alívio em meio ao caos. Pelo menos não teria que argumentar quanto àquilo.

Quando me virei já de malas prontas encontrei um Noah com o rosto banhado pelas lágrimas e os olhos vermelhos. Parecia o mesmo garoto que perdeu a mãe anos atrás. Veio na minha direção, mas, ao contrário do que fez no passado, ele tinha o punho levantado e eu segurei seu braço, logo depois o outro.

- Nem pense. - Disse entredentes.

- Você traiu a minha confiança! - Ele gritou. - Por que não me contou, pai? Por quê?

- Me perdoa, meu filho. - Pedi.

- Eu não quero nunca mais olhar nessa sua cara nojenta. - Cuspiu no meu rosto.

Fechei o olho, sentindo o cuspe escorrer. Soltei Noah e o empurrei, saindo dali a passos largos.

- Foge mesmo! Foge como um covarde! - Ele gritava da ponta da escada enquanto eu tinha a mão na maçaneta da porta. Vendo que havia me afetado, ele continuou: - Como o covarde que você sempre foi!

- Eu só espero que quando Blue descobrir sobre Bianca você seja o homem o bastante para aceitar o perdão dela como eu sei que ela faria se nada disso tivesse acontecido entre nós dois. - Nossos olhares se encontraram e eu vi sua expressão vacilar.

- Você não faria... - Sua voz se tornou um sussurro.

Saí dali, entrando no carro e jogando minha mala no banco de trás. Cantei pneus e pelo retrovisor vi o filho que eu jurei cuidar, o filho que eu traí e abandonei.

As lágrimas agora banhavam o meu rosto e só me abandonaram quando eu vi o anjo loiro que era Blue se aproximar do carro. Nossos olhares se desconectaram apenas para que eu dirigisse para longe dali, mas nossos corpos se conectaram mais uma vez quando nossos dedos se entrelaçaram.

Eu encontrei paz em meio ao caos.


Blue

- Aonde vamos? - Perguntei quebrando o silêncio de, no mínimo, trinta minutos.

Nossos olhares se encontraram e eu me senti segura porque estávamos na estrada e parecia que só havíamos nós ali.

- Eu não sei. - Confessou, a voz em um pesar. - Vamos parar para dormir em algum hotel hoje e aí podemos resolver toda essa bagunça, sim?

Assenti uma vez e mordi o lábio inferior, me virando para a estrada.

- Como tudo chegou à isso? - Questionei, balançando a cabeça em negação e mexendo na minha unha já quase sem esmalte. Não me importava com aquilo como um dia me importara. - Eu tinha tudo sob controle ontem e hoje... Eu nem sei.

Sua mão tocou minha coxa e apertou ali.

- Vai ficar tudo bem. Não se preocupe.

- Não vai. - Balancei a cabeça com mais força, espantando as lágrimas que escorriam. - Nós vamos ser procurados, vamos ser dados como desaparecidos e você vai ser acusado, preso até! Droga, eu arruinei sua vida. - Abracei minhas pernas e escondi a cabeça entre os joelhos, voltando a chorar copiosamente.

O carro parou bruscamente, mas eu não me importava o bastante para levantar a cabeça.

- Blue! - Nick agarrou meus braços e me chacoalhou. - Por Deus, Blue. Eu não posso ser forte por nós dois! Blue, aguente firme!-  Seus braços me envolveram e ali nós nos envolvemos em uma bolha de tristeza, ambos chorando copiosamente.

A possibilidade de nos separarmos era pior que tudo para mim, mas sabia que Nicholas estava dez vezes mais machucado do que eu. Foi por isso que eu me afastei para tomar seu rosto entre minhas mãos e beijá-lo. Não era um beijo com segundas intenções ou cheio de tristeza. Aquele beijo tinha a intenção de acalmar a dor no nosso peito e o medo do que estava por vir.

Separei nossos lábios e sequei suas lágrimas, o vendo fazer o mesmo comigo.

- Vamos embora daqui. - Pedi.

Nicholas se recompôs, colocando o cinto e eu o imitei. Notei que estávamos fora da estrada, em um pedaço de terra sem asfalto. Não demorou para que estivéssemos de volta, o infinito à nossa frente.

Achamos um hotel simples de beira de estrada, no estilo do filme Psicose, e fizemos o check in com uma senhora simpática. Nosso quarto era o sete, meu número da sorte como informei ao Nicholas.

- Ou o melhor quarto, como pedi à mulher. - Ele respondeu ao meu comentário enquanto chegávamos ao quarto.

Cheirava a mofo, mas seria um bom lar temporário.

Sentei na cama e olhei a redor. Uma cama de casal, uma mesa de cabeceira de cada lado da cama, um televisão antiga em cima de um criado mudo. Lençóis brancos e travesseiros limpos. Um banheiro simples, com uma banheira e chuveiro. Nicholas espiou por entre as persianas e eu tive que rir.

- Do que está rindo? - Olhou para mim com um sorriso de canto.

- Ninguém vai nos procurar por enquanto. - Concluí.

- Como sabe, gênio? - Questionou com uma sobrancelha erguida, se recostando na janela e cruzando os braços.

- Estão todos de cabeça quente, vão se acostumar com a ideia e então tramar contra nós. - Dei de ombros, me aproximando dele e desfazendo seus braços cruzados.

Sem demora ele tinha as mãos na minha cintura e eu apoiei as minhas em seu peito musculoso.

- Me perdoa? - Pediu e eu encontrei seus olhos.

- Por Deus, pelo quê? Eu virei a sua vida de cabeça para baixo. Você abandonou o seu filho por mim. - Balancei a cabeça em negação, voltando a olhar para o seu peito. Seu dedo indicador e polegar puxaram meu rosto para o seu, selando os nossos lábios. - Sou eu quem te peço perdão. - Sussurrei em seus lábios.

Nossas testas se colaram e eu fechei os olhos com força, sentindo uma dor forte em meu peito. Não era arrependimento, mas culpa por tudo o que ele estava fazendo por mim. O maior prejudicado dali era ele.

- Eu te amo, Blue. Jamais duvide disso.

- Jamais. - Soprei. - Eu te amo, Nick. Nós vamos arrumar isso, eu prometo.

- Quer falar sobre o que aconteceu? - Questionou.

Afastei nossos rostos para poder olhá-lo melhor. Engoli em seco e balancei a cabeça em negação. Não queria lembrar os eventos recentes, não queria passar a noite planejando o que faríamos.

- O que quer fazer? - Sua voz era um sussurro, seus olhos brilhavam e estavam mais encantadores do que nunca.

Mordi o lábio com força, piscando diversas vezes enquanto fitava minhas próprias unhas e então olhando para ele.

- Sexo. - Confessei.

Esperava que ele ficasse revoltado, que negasse, que brigasse comigo. Mas ao contrário disso, ele pegou-me no colo e tomou meus lábios para si, me levando para a cama.

Nossos corpos estavam nus tão rápido que eu mal pude notar, envolvida demais em nosso momento a sós. Finalmente a sós. Ele ia me tomar, ia me penetrar, mas se conteve e eu olhei confusa na sua direção. Foi só quando ele me deixou sobre si que eu entendi o que queria.

Debrucei-me sobre ele e beijei seus lábios com desejo, roçando meu clitóris em sua barriga no vai e vem do meu quadril. Toquei seu mastro assim que me sentei em sua barriga, acariciando-o atrás de minhas costas enquanto o sentia duro como pedra ali.

Ergui meu corpo e me sentei pouco a pouco em seu membro, fechando os olhos e deitando a cabeça para trás. Nicholas puxou meu rosto pouco antes de estar todo dentro de mim e eu vi sua expressão de desejo, refletindo a minha. Eu entendi que ele queria: ver a minha expressão enquanto dava prazer a nós dois.

Apoiei minhas mãos em seu peito e joguei meu cabelo para um lado só passando a subir e descer em seu membro. Com calma, sentindo sua carne na minha, seu membro umedecido pela minha própria umidade. Nossos gemidos se misturando enquanto pouco a pouco eu aumentava a velocidade, apertando meu interior à sua volta.

Sua mão escorregou entre nós para estimular meu clitóris enquanto a outra se ocupava, primeiramente de estimular meu mamilo, para depois apertar minha bunda com força e desferir tapas. Aquilo fora o bastante para que eu alcançasse o meu ápice e ele não demorou a me seguir.

Deitei meu corpo sobre o seu depois de senti-lo fora de mim, deixando-me um vazio que eu não pretendia sentir por muito tempo. Suas mãos acariciavam minhas costas e cabelos enquanto pouco a pouco eu me aproximava do mundo dos sonhos.

As batidas do seu coração foram o que acalmaram meu sono.


xxx



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